Declaração de Voice of the Family sobre a
encíclica Laudato Si
A coalizão
internacional Voice of the Family está profundamente
preocupada pela ausência, na encíclica Laudato Si, de qualquer
reafirmação do ensinamento da Igreja contra a concepção e pela procriação como
fim primeiro do ato sexual.
A encíclica
publicada nesta manhã afirma oportunamente que “a defesa da natureza não é
compatível …. com a justificação do aborto” (no 120) e “que o
crescimento demográfico é plenamente compatível com um desenvolvimento integral
e solidário” (no 50).
Contudo, a
omissão de qualquer referência ao ensinamento da Igreja sobre a contracepção
deixa os católicos despreparados para resistir ao programa internacional de
controle da população.
“Deus
ordenou ao homem: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a’ (Gn 1, 28)”, declarou Maria Madise, porta-voz de Voice of
Family, “mas o movimento ecológico vê o crescimento da população como uma
ameaça”.
“Os países em desenvolvimento se desmoronam com os anticonceptivos e
estão submetidos a fortes pressões para legalizar o aborto. Dado que a
contracepção e a ecologia caminham com tanta frequência de mãos dadas, preocupa
profundamente que o ensinamento da Igreja sobre a primazia da procriação não
seja reafirmado”, deplorou.
Patrick
Buckley, lobista da Sociedade de Proteção aos Nascituros (SPUC) na ONU, notou
que “a encíclica convida, nos parágrafos 173-175, a reforçar a ação
internacional em matéria de ambiente, mas esquece ao mesmo tempo de preparar os
católicos para as consequências evidentes dessa ação: um recrudescimento das
tentativas de impor ainda mais a contracepção e o aborto aos países em
desenvolvimento”.
O Prof. Hans
Schellnhuber foi uma das pessoas escolhidas pela Santa Sé para apresentar a
encíclica à imprensa nesta manhã.
Schellnhuber é conhecido por ter declarado
que a “‘capacidade de acolhimento’ do planeta” situa-se “abaixo de um bilhão de
pessoas”. A população mundial deveria portanto ser reduzida em mais de 80% para
alcançar esse objetivo.
John-Henry
Westen, cofundador de Voice of the Family e redator-chefe de
LifeSiteNews, comentou: “O professor Schellnhuber é um ativista favorável à
criação de um governo mundial dotado de poderes para impor medidas necessárias
para resolver a crise do meio ambiente, a qual, segundo ele, exige uma
diminuição da população.
Neste contexto, as referências na encíclica à necessidade
de uma ‘verdadeira autoridade política mundial’ com o poder de ‘sancionar’ são
profundamente preocupantes.”
Ontem foi
anunciado que o professor Schellnhuber acabava de ser nomeado membro da
Academia Pontifícia de Ciências pelo Papa Francisco.
Em novembro
próximo, a Academia Pontifícia de Ciências acolherá um colóquio para discutir
sobre a utilização das crianças como “agentes da mudança”. Ele prevê, na ordem
do dia, refletir sobre as estratégias possíveis para convidar as crianças a se
tornarem emissárias do programa ecológico mundial.
Tais ações parecem estar
aprovadas pela encíclica nos parágrafos 209-215. Alguns dos implicados nos
ateliês do colóquio, como Jeffrey Sachs, estão entre os mais veementes
promotores da contracepção e do aborto como meios indispensáveis ao controle da
natalidade.
John
Smeaton, cofundador de Voice of the Family e diretor do SPUC,
declarou:
“O movimento ecológico internacional procura com frequência convencer
as crianças de que o mundo está superpovoado e que isso deve ser resolvido pelo
controle da natalidade por meio da contracepção e do aborto.
Há hoje um grave
perigo de nossas crianças serem expostas a esse programa, sob a roupagem de
sensibilização para as questões ecológicas.
Os projetos da Academia Pontifícia
de Ciências e a ausência na encíclica de um ensinamento claro sobre esses
perigos nos deixam em alerta.
Os pais católicos devem resistir a todos os
ataques contra as nossas crianças, mesmo quando eles vêm do interior do
Vaticano.”
Fonte: Voice
of the Family pode ser contatada por e-mail no endereço
enquiry@voiceofthefamily.info ou por telefone em +44 (0)20 7820 3148 (linha fixa no Reino Unido).
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