José
Rainha, ex-líder do MST, é condenado a 31 anos de prisão
Sérgio
Lima - Folhapress
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A 5ª Vara Federal em Presidente
Prudente (SP) condenou o ex-líder do MST José Rainha Júnior a 31 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de
extorsão, formação de quadrilha e estelionato, além do pagamento de multa.
Rainha foi investigado em 2011 pela
Polícia Federal na Operação Desfalque, que apurou um esquema de extorsão em
empresas e desvio de verbas destinadas a assentamentos agrários.
De acordo com o Ministério Público
Federal, Rainha e os outros réus da ação utilizavam trabalhadores rurais
ligados ao MST como "massa de manobra" para invadir terras e exigir
dos proprietários o pagamento de contribuições para o movimento.
Porém, interceptações telefônicas
apontaram que o dinheiro era desviado para os integrantes da quadrilha. Também
foi condenado Claudemir Silva Novais, apontado como um dos principais
integrantes da quadrilha liderada por Rainha.
Em 2011, Rainha teria recebido R$ 70
mil de duas empresas para não invadir e queimar plantações de cana em fazendas
da região do Pontal do Paranapanema e Paraguaçu Paulista.
Também foi acusado de
pedir R$ 112 mil a uma concessionária de rodovias após ameaçar obstruir e
danificar praças de pedágio da empresa.
A decisão aponta que a quadrilha
também se apropriou de cestas básicas fornecidas pelo INCRA a famílias de assentamentos – cobravam uma
taxa dos trabalhadores rurais alegando que se tratava do custo do frete.
"A ganância desenfreada se
mostra na realização de diversas ameaças ou invasões de terra, sempre com o
objetivo de auferir proveito próprio", afirma o juiz federal Ricardo
Uberto Rodrigues na sentença.
A Folha tentou contato com José Rainha Júnior,
sem sucesso.
O MST, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que
Rainha não integra o movimento desde 2007, e que não comentaria a decisão.
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