quarta-feira, 31 de julho de 2013

Reflexão econômica sobre entrevista de Francisco I


Mensagem ao Papa Francisco



JOÃO LUIZ MAUAD *


Somente ontem consegui finalmente assistir à Vossa entrevista ao Fantástico.  Entre os diversos assuntos abordados, chamou minha atenção a preocupação de V. Santidade com a exclusão dos jovens do mercado de trabalho em diversos cantos da Terra.  

Com todo respeito, ouso dizer que V. Santidade demonstrou uma percepção equivocada das causas do problema, ao dizer que a questão está centrada numa tal “feroz idolatria do dinheiro”.



Com as devidas vênias pela impertinência desse mero pecador, me parece que escapa a V. Santidade o fato de que o trabalho, seja ele juvenil ou adulto, é regido por leis econômicas universais, há muito tempo descobertas, mas eternamente negligenciadas.  É sobre elas que desejo falar.



Uma dessas leis nos diz que o trabalho é um custo, não um benefício, independentemente do lado em que estejamos.  Para quem vende o trabalho (empregado), o trabalho é o meio (custo) necessário para a obtenção dos fins desejados – a renda que propiciará o consumo e/ou o investimento.  Para quem compra (empregador), o trabalho é um insumo (custo), necessário à produção de bens e serviços que devem gerar lucro. 

É claro que se pode, eventualmente, trabalhar ou contratar trabalho por caridade, mas esta será sempre uma exceção, nunca a regra.  Portanto, vincular escassez de empregos com falta de solidariedade, ganância ou com a “idolatria do dinheiro” me parece uma perda total de tempo e energia.


Como ensinou Milton Friedman “os economistas podem não saber muito. Mas sabem uma coisa muito bem: como produzir excedentes e escassez. Você quer um excedente? Basta o governo legislar um preço mínimo que está acima do preço que prevaleceria naturalmente…. Você quer a escassez? Basta o governo legislar um preço máximo, abaixo do preço que prevaleceria sem esta legislação”. 

Esta é uma das leis econômicas mais vilipendiadas da história e está intimamente relacionada ao enorme déficit de empregos para jovens e outras pessoas de baixa qualificação, graças à imposição, em praticamente qualquer lugar do mundo, de legislações de salários mínimos.


Recentemente, por exemplo, a presidente do seu país natal, em atitude absolutamente voluntariosa, oportunista e absurda, determinou um aumento de 25% no salário mínimo, como forma de melhorar a renda dos menos favorecidos.  

Não é preciso ser nenhum grande economista para intuir que, embora tal medida possa trazer benefícios imediatos para alguns poucos, prejudicará muitos argentinos jovens e de baixa qualificação, que ficarão impedidos de vender seu trabalho pelo preço que ele realmente vale, de acordo com a respectiva produtividade.



Outra bobagem muito comum, que vai de encontro a leis econômicas elementares, é achar que o objetivo do mercado é a criação de empregos e, ato contínuo, imputar a uma eventual falha do mercado a existência de índices elevados de desemprego, devendo o governo intervir para criar os empregos que o mercado “negligenciou”. 

Entretanto, como muito bem explica o professor Steve Horwitz, há uma diferença enorme entre a criação de postos de trabalho e criação de riqueza. Seria muito fácil criar milhões de empregos da noite para o dia. 

Bastaria, por exemplo, eliminar todas as máquinas e inovações utilizadas atualmente na agricultura. Com isso, milhões de empregos no campo seriam criados para produzir alimentos. Mas será que alguém, em sã consciência, sugeriria esse retrocesso?  Não creio.



Como V. Santidade pode ver, criar empregos por decreto é relativamente fácil. O problema é que esse processo não se sustentaria por muito tempo, pelo simples motivo de que (ao contrário do que a maioria pensa) o progresso econômico ocorre justamente quando certos tipos de trabalho são eliminados, ao tornarem-se desnecessários. 

Inovação tecnológica e aumento da produtividade significam que mais gente estará disponível para trabalhar em novas áreas, além de que as pessoas terão de aprender novas habilidades, ainda que a custa de desemprego temporário.



Foi assim que progredimos da economia agrária para a economia industrial, desta para a de serviços e de tecnologia.  Apesar de todo o desemprego gerado no meio desse longo caminho, V. Santidade tem alguma dúvida de que vivemos hoje num mundo muito melhor do que os nossos antepassados?


Somente os sinais do mercado podem indicar em que tipo de habilidades as pessoas devem investir e onde os empregos do futuro estarão. Os governos não dispõem desses sinais. Por isso, os programas de criação de emprego governamentais satisfazem apenas as necessidades eleitorais dos políticos, e não as necessidades dos consumidores. 

Portanto, se me fosse dado a oportunidade de dizer-lhe apenas umas poucas palavras, eu repetiria as do professor Horwitz: “O melhor programa de criação de emprego da história humana é o livre mercado e o empreendedorismo que ele gera”, embora, paradoxalmente, este nunca tenha sido o real objetivo.

* ADMINISTRADOR DE EMPRESAS


Posted on 31/07/2013 by Rodrigo Constantino

Frio na medida certa...



... beneficia lavouras de trigo 


Frio na medida certa. Para os agricultores do norte do Rio Grande do Sul, a queda nas temperaturas da última semana fizeram muito bem para o desenvolvimento do trigo, como conta o agrônomo Cláudio Doro. 

“No ano passado tivemos uma quebra de safra justamente pela questão do clima. Esse ano a arrancada foi muito boa, uma série de fatores está fazendo a diferença. Clima seco temperaturas noturnas baixas, diurnas amenas, chuvas escassas, está ideal para o desenvolvimento das lavouras”.

Por enquanto, o trigo está em plena fase de crescimento no norte do estado. Em uma lavoura, por exemplo, o clima está ajudando os produtores que já apostam em um aumento da produtividade. 


Idalino Dalbello está otimista. Na propriedade dele estão sendo cultivados 46 hectares de trigo. Ele conta que o ano passado a safra não foi boa justamente por causa do clima.

De acordo com a Emater, a área plantada com trigo no norte do Rio Grande do Sul é 7% maior que a da safra passada.

Fonte Original: Globo Rural
Expresso MT, Quarta-feira, 31 de julho de 2013

Convite para mais um lançamento de Psicose Ambientalista



     A Livraria FNAC e a Editora Petrus têm o prazer de convidá-lo para o lançamento e sessão de autógrafos do livro 
    

           PSICOSE AMBIENTALISTA - Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma "religião" ecológica, igualitária e anticristã      


Com base em rica e abundante documentação de especialistas, a obra do Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, desmitifica os embustes de certo ambientalismo radical, fabricante de catástrofes imaginárias e posto a serviço de uma "religião" ecológico-panteísta divinizadora da Terra. 

Data: 6 de agosto de 2013, terça-feira
Horário:  a partir das 19h30
Local: Livraria FNAC - Shopping Flamboyant - Piso 1

(Av. Jamel Cecílio, 3300 / Jardim Goiás / Goiania - GO)



terça-feira, 30 de julho de 2013

E o feijão da Reforma Agrária?




*Xico Graziano

Feijão chinês no prato do brasileiro. Sim. Acontece que a safra nacional de feijão, a menor dos últimos 12 anos, fragilizou o abastecimento interno. Os preços subiram e o governo, preocupado com a inflação dos alimentos, suspendeu o Imposto de Importação sobre a leguminosa estrangeira. Caldo sem qualidade.

Faz tempo que o Brasil perdeu a autossuficiência em feijão. Embora pequenas, entre 3% e 5% do consumo interno, as importações têm sido constantes na última década, com viés de alta. Jamais, desde que na escravagista senzala inventaram a feijoada, temperando as tranqueiras de porco, se poderia imaginar que faltaria o rico grão para misturar na farinha de mandioca. Típico do paladar tupiniquim, nenhum povo mais que o brasileiro sente saudades do arroz com feijão quando viaja para o exterior. Concordam?

Embora muito querido, o consumo per capita de feijão mostra-se decrescente. Na década de 1970 os brasileiros ingeriam 18,5 quilos por habitante/ano, quantidade atualmente reduzida para 16 quilos por habitante/ano. Os economistas costumam apresentar o feijão como um produto de 'elasticidade-renda negativa', ou seja, seu consumo baixa à medida que a renda das famílias cresce. Vários fatores explicam essa tendência e na urbanização da sociedade se encontra a maioria deles.

Tradicionalmente uma lavoura de subsistência, plantada em pequenas roças perto das colônias rurais, o feijoeiro acabou escanteado pelo êxodo rural, substituído por novos hábitos alimentares. Cozinhar feijão gasta tempo e energia, problema inexistente na época dos preguiçosos fogões a lenha, em que ardia madeira, nas fazendas do interior. Hoje, na cidade grande, nem a presteza da panela de pressão supera a correria do dia a dia. Fora a conta de gás. Diferentemente de outrora, as pessoas agora comem feijão principalmente nos restaurantes, fora de casa. Mundo da comida rápida.

Não é fácil, agronomicamente, produzir feijão. Suas frágeis plantas sucumbem às pragas e doenças - insetos, fungos, bactérias, terríveis viroses - que limitam a lavoura. Sensível também às secas e às geadas, a leguminosa exige, nos dias atuais, muito profissionalismo para vingar boa produtividade. É muito complexa, na verdade, a economia agrária do feijão. Começa por existirem duas espécies vegetais básicas: o feijão comum (Phaseolus vulgaris) e o feijão fradinho (Vigna unguiculata).

Este último, típico do Nordeste, apresenta hábito de crescimento 'indeterminado', quer dizer, a planta vai crescendo, florescendo, lançando vagens que amadurecem e são colhidas enquanto outras se formam, continuadamente. Cultivada durante todo o ano, a espécie também chamada de caupi, ou ainda feijão-de-corda, representa cerca de 10 % da produção total. Já o feijão comum, consumido preferencialmente fora do Nordeste, apresenta hábito 'determinado' de crescimento, ou seja, após a semeadura a planta desenvolve-se, entra em floração, madura suas vagens e depois entra em senescência. Ciclo curto, colheita única. Mas atenção: existem três modos de cultivo - o feijão 'das águas', o feijão 'da seca' e o feijão 'de inverno'. Em cada safra, para cada local de produção, a produtividade cerca-se de várias incertezas. Mercado volúvel.

O tradicional feijão comum ainda se distingue entre diversas variedades, coloridas: preto, rosinha, roxo, pintado, jalo, branco. Na década de 1970 chegou a revolução tecnológica causada pelo feijão carioca, geneticamente aprimorado, mais produtivo. Curiosamente, ao contrário do que se pensa, a novata leguminosa nasceu em São Paulo, mais precisamente nos laboratórios do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), conduzidos pela equipe do pesquisador Luiz D'Artagnan. Seu nome homenageia, pela semelhança de cores, a pelagem de uma raça caipira de porco. Nada que ver com as calçadas do Rio de Janeiro.

O modo de produção antigo, tocado com pouca tecnologia, ainda subsiste, especialmente na agricultura nordestina, mas produz num patamar de baixa qualidade, atendendo apenas aos mercados regionais. Os cultivos de feijão dominantes no Sudeste são marcadamente empresariais. Embora as áreas plantadas sejam relativamente reduzidas, a natureza da produção expressa elevada tecnologia, alto custo, especialização, forte vinculação ao mercado, todos os requisitos da moderna produção no campo. Nada que ver com as roças de subsistência: quem sustenta os trabalhadores da metrópole é o feijão capitalista.

Se estiver faltando feijão no mercado, isso se deve à falta de rentabilidade diante das alternativas de produção. No Sudoeste Paulista, por exemplo, a soja e o milho ocuparam seu espaço. Idem no Paraná. Em Goiás e na Bahia, ademais, a seca prejudicou recentemente as lavouras. Como o grão não configura uma commodity, com oferta consolidada no mercado internacional, as importações são incertas. Apenas a China, quem diria, dispõe de algum estoque, colhido ano passado.

Um paradoxo permeia o campo. 

O Brasil realizou, nos últimos 20 anos, a maior distribuição de terras conhecida no mundo democrático, repartindo 90 milhões de hectares entre 1,2 milhão de famílias sem terra. 

Na prática, porém, essa volumosa reforma agrária pouco elevou o nível da produção interna de alimentos básicos. 

Por alguma razão, nunca devidamente explicitada, os assentados não se dedicaram a produzir o feijão nosso de cada dia. Muita política, pouco resultado.

Final da história: as gôndolas vão incomodar as donas de casa até chegar a nova safra das águas do feijão, daqui a quatro meses, em novembro. Enquanto isso, o consumo contará com a ajuda do feijão chinês, caro e duro, na panela. Falta uma política de autossuficiência alimentar para o feijão brasileiro.

*Xico Graziano é agrônomo e foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 23/07/2013.

Plantio hidropônico tem menor ...


... risco de pragas e contaminações 


Fazenda Quinta da Estância utiliza a técnica em leguminosas em geral
 


A técnica de plantio que consiste em cultivar plantas sem solo, utilizando uma solução nutritiva balanceada com água e nutrientes indispensáveis ao desenvolvimento da planta, a hidroponia, vem conquistando espaço entre cultivadores. 

Um exemplo de quem aderiu à hidroponia é a Quinta da Estância, maior fazenda de turismo rural pedagógico do país, situada em Viamão, que possui várias estufas hidropônicas para o cultivo de leguminosas em geral, como o alface. O espaço, juntamente ao pomar e a horta orgânica, está sempre aberto a visitantes.

“Utilizamos diversas formas de plantio e a hidroponia tem se destacado. As vantagens da prática hidropônica começam no desenvolvimento rápido do plantio, podendo este ser fora de época e em ambiente fechado. O resultado é um produto final de maior qualidade e com menor risco de pragas e contaminações tóxicas”, explica o Diretor da Fazenda Quinta da Estância, Rafael Goelzer.

A origem deste modo de cultivo vem de grandes civilizações da antiguidade, como Mesopotâmios e Chineses, apesar de o termo só ter surgido em 1935, nos Estados Unidos. Mas foi a partir da década de 80 que a técnica se espalhou pela Europa tendo em vista seu uso em um mercado emergente. 

O Rio Grande do Sul, junto com a região Nordeste, é pioneiro no cultivo que se expandiu pelo Brasil na década de 90. “Apesar de o foco ser em hortaliças, são inúmeras as espécies que podem ser cultivadas, entre elas tomate, pepino, berinjela, agrião, rúcula, salva, couve e até plantas ornamentais”, conclui Goelzer.

Fonte: Enfato multicomunicação 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mato Grosso do Sul: Arrendamento de terras...


... não soluciona conflito fundiário



Arrendar as propriedades rurais invadidas por indígenas até o término da decisão judicial é uma das propostas da União, como forma de solucionar ou minimizar os problemas e tensões referentes às demarcações de terras em Mato Grosso do Sul. 

Durante a reunião ocorrida no Tribunal de Justiça (TJ/MS), nesta quarta-feira (24), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - FAMASUL defendeu que o arrendamento não é uma solução viável. 

Esta sugestão do Governo Federal integra o relatório com outras alternativas que foram analisadas pela comissão criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e deverá ser entregue ao ministro Joaquim Barbosa, até o dia 30 de julho. 

O desembargador do TJ/MS, Sérgio Fernandes Martins, afirma que a proposta de arrendamento não seria uma solução definitiva para o problema. Do mesmo modo, o advogado da Famasul, Gustavo Passarelli, afirma que os produtores rurais não concordam com o arrendamento, uma vez que os valores pagos no aluguel serão abatidos ao final do processo. 

"A medida proposta é paliativa e não resolve o problema, coloca os indígenas em posse da terra invadida e é economicamente inviável para o produtor", ressalta Passarelli. 

De acordo com o coordenador do Comitê Executivo do Fórum de Assuntos Fundiários do CNJ, Rodrigo Rigamonte, o Governo Federal disponibilizou, por meio de uma emenda prevista no Orçamento Geral da União, a cifra de R$ 50 milhões para compra das terras invadidas. 

"O valor é insuficiente, mas tentaremos aporte de recurso ano a ano", afirmou Rigamonte. 

Além de considerar o valor como tímido, Passarelli repudia o pagamento apenas das benfeitorias das propriedades, sem considerar a terra nua, e ressalta que a proposta será motivo de impasse. "A FAMASUL possui uma visão inabalável de compras das terras invadidas. Não há resistência por parte dos produtores no que diz respeito à venda, desde que ocorra o pagamento da terra nua e também das benfeitorias", salienta o advogado. 

No documento que será entregue ao ministro Joaquim Barbosa, além do arrendamento, citam como alternativas de solução para o conflito agrário em Mato Grosso do Sul, a proposta de acordo judicial, com pagamento pelas terras; permuta (troca) por outras áreas; e, inclusive, a alteração constitucional, permitindo o pagamento da terra, entre outras medidas. 

Participam da reunião, o coordenador do comitê, Rodrigo Rigamonte, membros do TJ/MS, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, da Procuradoria da República no Estado do Mato Grosso do Sul, da Advocacia-Geral da União (AGU), da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Secretaria de Direitos Humanos, além de líderes indígenas e representantes dos produtores rurais.



Fonte: 
Canal do Produtor


Quando a utopia dos ecologistas ...


 ... tropeça na realidade

         Os ecologistas que se cuidem, pois nem a natureza nem a ordem natural das coisas gostam de trabalhar ao lado de seus autoproclamados defensores. O gás de xisto está aí para desmitificar mais uma vez o fascínio europeu de reduzir 20% de suas emissões de CO2 para “salvar” o planeta.

         Com efeito, a produção americana desse gás não convencional vem pondo de lado o uso do carvão, cujo excedente os EUA vendem a preço baixo. Para Kash Burchet, analista do IHS Energy, as empresas geradoras de energia vêm apanhando por operar centrais de gás, inclusive as de última geração, em decorrência do carvão barato.

         Resultado: um número crescente de empreendimentos europeus geradores de energia elétrica fecha suas modernas plantas de ciclo combinado de gás, enquanto as termoelétricas à base de carvão fazem a festa, escreveu o Wall Street Journal

         A geradora norueguesa Statkraft acabou de fechar uma central na Alemanha. Por sua vez, a empresa alemã E•ON considera hibernar mais centrais de gás, incluindo uma planta de última geração na Eslováquia, diante de uma queda de 94% nos lucros do primeiro trimestre de 2013.

         A eletricidade gerada com o carvão americano é mais barata e alivia as precárias economias europeias. Os opositores argumentam que os países europeus se engajaram em utópicos planos e tratados internacionais para reduzir as emissões de CO2 e instalar fontes de energias renováveis.

         Os europeus já não vinham respeitando esses tratados, cuja violação escancarou-se agora, imposta pela necessidade. Em 2012, as exportações americanas de carvão à Europa cresceram por volta de 23%, atingindo 66,4 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Energia dos EUA.


         No Reino Unido, o volume de eletricidade gerada pelo carvão atingiu seu nível máximo em 17 anos, enquanto o produzido com gás convencional caiu a um mínimo histórico equivalente. Também a geradora checa CEZ manterá fechada sua nova usina. A britânica SSE, além de fechar uma usina dessas, não pensa em construir mais nenhuma.

sábado, 27 de julho de 2013

Mais um retrato do Brasil


Sede do IBAMA caindo aos pedaços

Sonia Racy



Clima de guerra no Ibama em São Paulo. A sede do órgão, segundo os servidores, está (literalmente) caindo aos pedaços. 

Há problemas estruturais, bem como nas instalações elétrica e hidráulica, banheiros quebrados, vazamentos, infiltrações, elevadores parados e risco de incêndio, entre outros.

Cerca de 100 pessoas trabalham no instituto. Ante o quadro, funcionários pediram à Justiça a interdição do local. 

A juíza Maria Vitória Maziteli de Oliveira negou. Entretanto, deu prazo de 45 dias para o início das obras de recuperação estrutural de pilares e vigas do prédio.

Murilo Rocha, superintendente do Ibama em SP, informa que a AGU deve recorrer da decisão. E que soube do risco de corrosão da estrutura por meio do laudo pericial. “Estou solicitando verbas a Brasília para resolver a questão.”


Fonte: OESP

segunda-feira, 15 de julho de 2013

E a agropecuária continua fazendo seu caminho


Agronegócio competitivo


Apesar da persistência de problemas na economia mundial, como os enfrentados pela zona do euro, e da preocupação crescente com a desaceleração da economia chinesa, entre outras dificuldades para a expansão do comércio internacional, o agronegócio brasileiro continua a registrar notável crescimento de suas exportações.
As vendas externas do agronegócio durante a safra 2012/2013 (entre julho do ano passado e junho deste ano) ultrapassaram US$ 100 bilhões pela primeira vez na história, com aumento de 4,2% sobre os resultados da safra anterior.
O desempenho do setor tem contribuído decisivamente para evitar que os resultados da balança comercial do País sejam piores do que têm sido. Com exportações de US$ 100,61 bilhões e importações de US$ 16,70 bilhões, a balança comercial do agronegócio registrou, no período considerado, superávit de US$ 83,91 bilhões.
Recorde-se que, nesse período (de julho de 2012 a junho de 2013), a balança comercial brasileira, incluindo todos os produtos, registrou superávit de US$ 9,35 bilhões.
Se tomados apenas os dados do primeiro semestre deste ano, a diferença entre o desempenho na área de comércio externo do agronegócio e o dos demais setores é ainda mais notável.
Com exportações de US$ 49,6 bilhões nos seis primeiros meses de 2013 (10,7% mais do que o total exportado na primeira metade de 2012), o agronegócio alcançou um superávit de US$ 41,3 bilhões. Como o déficit comercial global do País no período foi de US$ 3 bilhões, "os demais setores tiveram um déficit de US$ 44,3 bilhões", lembrou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade.
Esses números não deixam dúvidas quando à dimensão do papel do agronegócio no comércio exterior brasileiro, e mostram também o grau de desenvolvimento alcançado por esse segmento da economia, que vem conquistando mercado e tornando o País líder mundial em diversos produtos. Isso se deve à contínua e intensa modernização do campo, associada a políticas comerciais eficazes.
Novas técnicas de cultivo ou de criação, uso mais intenso de insumos, mecanização, introdução de novas variedades, novas formas de gestão, avanço para novas fronteiras mais produtivas vêm propiciando contínuo e rápido crescimento da produtividade do campo.
Pesquisa de Armando Fornazier e José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mostra que o índice de produtividade agrícola do Brasil foi multiplicado por 3,7 entre 1975 e 2010.
O avanço foi aproximadamente o dobro do observado nos Estados Unidos nesse período. A produtividade, nesse estudo, considera o aumento do produto não explicado pelo aumento da quantidade de insumos, mas por ganhos de eficiência, que dependem do desenvolvimento científico e tecnológico.
Trata-se de um processo de ganho continuado e que persiste, como mostram as mais recentes projeções para a safra de grãos 2012/2013. 
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de grãos alcançará 185,05 milhões de toneladas - um novo recorde. O volume é 0,4% maior do que o estimado no levantamento anterior da Conab, feito em junho.
Se confirmada essa projeção, a produção da safra 2012/2013 será 11,4% maior do que a da safra anterior, de 166,17 milhões de toneladas. 
Tal produção será alcançada com uma área plantada de 53,23 milhões de hectares, 4,6% maior do que a cultivada na safra anterior. 
A produção crescerá a velocidades mais altas do que a da expansão da área plantada, o que mostra a persistência dos ganhos de produtividade do campo.

 Fonte: O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 12 de julho de 2013

É!!! Mas se a galinha dos ovos de ouro morrer sufocada...

Para juízo do leitor


Suzano pagará R$ 2 milhões por 

terceirização ilegal


A Suzano Papel e Celulose vai pagar R$ 2 milhões por terceirização ilegal. O dinheiro corresponde ao pagamento de indenização por dano moral coletivo. A empresa tem três anos para acabar com a contratação de prestadores de serviço para funções como produção de mudas, atividades de silvicultura, plantio e colheita de eucalipto, ligadas a atividade-fim.

A medida atende a acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), na quinta-feira (11). A conciliação encerra ação civil pública contra a empresa que tramita na Vara do Trabalho de Teixeira de Freitas, onde o acordo deverá ser homologado.

“Estamos eliminando uma imensa fonte de precarização do trabalho, já que a Suzano é uma das maiores empresas do setor, que vinha se valendo da contratação de empresas terceirizadas para realizar serviços, o que garantia salários menores, condições de trabalho inferiores e maior risco de acidentes para centenas de pessoas”, afirmou o procurador do Trabalho Márcio Cabral de Andrade, que atuou no processo.

O procurador Alberto Balazeiro, um dos autores da ação, destacou a importância do acordo, que prevê também obrigações relativas à saúde e a segurança no meio ambiente de trabalho em todas as unidades da empresa. 

“Esse acordo ganha ainda maior importância pelo momento em que ocorre, quando o Congresso Nacional discute o Projeto de Lei 4330, que praticamente liberaria a terceirização. Se for aprovado do jeito que o texto está, teremos talvez o maior retrocesso em termos de direitos trabalhistas em todos os 70 anos de história da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, afirmou.

Pelo acordo, o pagamento da indenização será feito em duas parcelas, cada uma no valor de R$1 milhão. A primeira com vencimento para o dia 31 de dezembro deste ano e a segunda para o dia 30 de julho de 2014.  O dinheiro será destinado a fundos como o de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), do governo do estado da Bahia, ou a instituições filantrópicas indicadas pelo MPT.

A Suzano está no mercado há 89 anos e é a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. 

Possui mais de 6 mil empregados próprios e cerca de 11 mil terceirizados. Sua sede administrativa fica em São Paulo.  A empresa é dona de um terreno de 803 mil hectares em áreas florestais, dos quais 346 mil com florestas plantadas, concentradas na Bahia, no Espírito Santo, em São Paulo, em Minas Gerais, no Tocantins e no Piauí.

ACP nº 0002069-52.2010.5.05.0531


Fonte Informações:
MPT na Bahia

(71) 3324-3460

Mais uma safra recorde


 Brasil será 5º maior produtor


Os dados são da FAO, que, ontem, apontou que a produção mundial de grãos atingirá novo recorde neste ano, em parte graças à expansão na safra brasileira.



GENEBRA - O Estado de S.Paulo

O Brasil vai bater um recorde na produção de grãos em 2013 e se consolidará como quinto maior produtor de cereais e terceira maior safra de milho, superando a Rússia. Os dados são da FAO, que, ontem, apontou que a produção mundial de grãos atingirá novo recorde neste ano, em parte graças à expansão na safra brasileira.
A estimativa é de que o ano termine com aumento de 7,2% na produção mundial de cereais, o que ajudaria a preencher estoques e reduziria a pressão sobre os preços. 
Os estoques devem crescer 11,5%, o que deve colocá-los nos maiores níveis desde 2001, com 567 milhões de toneladas. Já o crescimento da demanda deve ser de apenas 3,4%, mesmo assim com a maioria para ração animal.
  A safra de trigo será 6,8% acima do volume de 2012, com expansão significativa na Europa. Já a produção americana pode sofrer, diante da seca. No caso da safra de arroz, ela deve crescer bem menos que a de outros grãos: apenas 1,9%.
Mas é a safra de milho que terá o maior aumento, com 9,7% em comparação a 2012. As boas perspectivas de Brasil e Argentina estão entre os motivos dessa expansão. No caso do Brasil, a safra de milho em 2013 deve bater novo recorde.

A produção internacional de grãos chegará a 2,4 bilhões de toneladas. No total, a liderança continua sendo da China, com 551,9 milhões de toneladas, seguida pelos EUA com 422 milhões, a União Europeia com 301 milhões e a Índia com 291,4 milhões. 
O Brasil vem na quinta posição, mas com expansão rápida. Entre 2011 e 2013, a safra passou de 78 milhões de toneladas para 99,3 milhões. Em um ano, o aumento foi de 10,2%, bem acima da expansão média da região, de 3%. / J.C.

Os dois gurus: Eike na economia e Lula na política





RODRIGO CONSTANTINO

Eike Batista está para a economia como Lula está para a política. O “sucesso” de ambos, em suas respectivas áreas, tem a mesma origem. Trata-se de um fenômeno bem mais abrangente, que permitiu a ascensão meteórica de ambos como gurus: Eike virou o Midas dos negócios, enquanto Lula era o gênio da política. Tudo mentira.
Esse fenômeno pode ser resumido, basicamente, ao crescimento chinês somado ao baixo custo de capital nos países desenvolvidosAs reformas da era FHC, que criaram os pilares de uma macroeconomia mais sólida, também ajudaram. Mas o grosso veio de fora. Ventos externos impulsionaram nossa economia. Fomos uma cigarra que ganhou na loteria.
A demanda voraz da China por recursos naturais, que por sorte o Brasil tem em abundância, fez com que o valor de nossas exportações disparasse. Por outro lado, após a crise de 2008 os principais bancos centrais do mundo injetaram trilhões de liquidez nos mercados. Isso fez com que o custo do dinheiro ficasse muito reduzido, até negativo se descontada a inflação.
Desesperados por retorno financeiro, os investidores do mundo todo começaram a mergulhar em aventuras nos países em desenvolvimento. Algo análogo a alguém que está recebendo bebida grátis desde cedo na festa, e começa a relaxar seu critério de julgamento, passando a achar qualquer feiosa uma legítima “top model”.
Houve uma enxurrada de fluxo de capitais para países como o Brasil. A própria presidente Dilma chegou a reclamar do “tsunami monetário”. Os investidores estavam em lua de mel com o país, eufóricos com o gigante que finalmente havia acordado. Havia mesmo?
O fato é que essa loteria permitiu o surgimento dos fenômenos Eike Batista e Lula. Eike, um empresário ousado, convenceu-se de que era realmente fora de série, que tinha um poder miraculoso de multiplicar dólares em velocidade espantosa, colocando um X no nome da empresa e vendendo sonhos.
Lula, por sua vez, encantou-se com a adulação das massas, compradas pelas esmolas estatais, possíveis justamente porque jorravam recursos nos cofres públicos. A classe média também estava em êxtase, pois o câmbio se valorizava e o crédito se expandia. Imóveis valorizados, carros novos na garagem, e Miami acessível ao bolso.
O metalúrgico, que perdera três eleições seguidas, tornava-se, quase da noite para o dia, um “gênio da política”, um líder carismático espetacular, acima até mesmo do mensalão. Confiante desse poder, Lula escolheu um “poste” para ocupar seu lugar. E o “poste” venceu! Nada iria convencê-lo de que isso tudo era efeito de um fenômeno mais complexo do que ele compreendia.
Dilma passou por uma remodelagem completa dos marqueteiros, virou uma eficiente gestora por decreto, uma “faxineira ética”, intolerante com os “malfeitos”. Tudo piada de mau gosto, que ainda era engolida pelo público porque a economia não tinha entrado na fase da ressaca. O inverno chegou.
O crescimento chinês desacelerou, e há riscos de um mergulho mais profundo à frente. A economia americana se recuperou parcialmente, e isso fez com que o custo do capital subisse um pouco. Os ventos externos pararam de soprar. Os problemas plantados pela enorme incompetência de um governo intervencionista, arrogante e perdulário começaram a aparecer.
A maré baixou, e ficou visível que o Brasil nadava nu. O BNDES emprestou rios de dinheiro a taxas subsidiadas para os “campeões nacionais”, entre eles o próprio Eike Batista. O Banco Central foi negligente com a inflação, que furou o topo da meta e permaneceu elevada, apesar do fraco crescimento econômico. Os investidores começaram a temer as intervenções arbitrárias de um governo prepotente, e adiaram planos de investimento.
A liquidez começou a secar. O fluxo se inverteu. E o povo começou a ficar muito impaciente. Eike Batista se viu sem acesso a novos recursos para manter seu castelo de cartas. As empresas do grupo X despencaram de valor, sendo quase dizimadas enquanto as dívidas, estas sim, pareciam se multiplicar. A palavra calote passou a ser mencionada. O BNDES pode perder bilhões do nosso dinheiro.
Já a presidente Dilma, criatura de Lula, mergulhou em seu inferno astral. Sua popularidade desabou, os investidores travaram diante de tantas incertezas, e todos parecem cansados de tamanha incompetência.
Eike e Lula deveriam ler Camus: “Brincamos de imortais, mas, ao fim de algumas semanas, já nem sequer sabemos se poderemos nos arrastar até o dia seguinte".

Fonte: O GLOBOm

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Paradoxo ambiental...


... eis o resultado da política de falsas soluções para problemas inexistentes 

A realização, em agosto, do primeiro leilão em cinco anos para a oferta de energia elétrica a ser gerada em usinas térmicas que utilizam o carvão como combustível sintetiza o que o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, chama de "paradoxo ambiental" no setor.
De fato, a maior utilização de usinas térmicas - inclusive as que usam carvão, cuja combustão resulta em lançamento de poluentes no ambiente - tende a piorar a qualidade do ar, mas ela decorre de restrições ambientais à ampliação da geração hidrelétrica, que não polui o ambiente.
Há tempos, o presidente da EPE, a empresa federal encarregada de planejar a expansão das fontes de energia do País, vem observando que será necessário incluir novas usinas térmicas na próxima revisão anual do Plano Decenal de Expansão de Energia, cujo horizonte será estendido para 2022.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Questões para o plebiscito da Dilma



Rodrigo Constantino

Tenho dito que um dos grandes problemas de plebiscito, além dessa questão da "democracia direta" descambar quase sempre para demagogia e populismo, é que quem controla as perguntas controla boa parte do processo. A forma de perguntar faz diferença, assim como o que é perguntado. 

Por isso gostei da provocação da revista VEJA, que preparou seu próprio plebiscito, sugerido para o governo. Seguem as dez questões recomendadas:

1. Os brasileiros trabalham cinco meses do ano só para pagar impostos e agora o governo quer que paguemos também todas as campanhas eleitorais dos políticos? Você concorda?

2. Se bem gasto, o dinheiro dos impostos seria mais do que suficiente para prover de educação, saúde e segurança os brasileiros. No entanto, a população tem de pagar uma segunda vez por escolas privadas, médicos e segurança. Você concorda?

3. Você concorda em proibir o uso de jatinhos da FAB por políticos e autoridades e, com o dinheiro economizado, investir na melhoria do transporte coletivo urbano e na saúde?

4. Aos 16 anos, um(a) brasileiro(a) já pode votar e se casar. Caso ele(a) cometa crimes bárbaros, deve ser julgado(a) como se fosse uma criança?

5. Você concorda que Brasília deveria abandonar a galáxia distante onde está e voltar para o Brasil?

6. Você concorda que deveria acabar a alegação de "réu primário", uma vez que isso beneficia quem mata pela primeira vez, mesmo que de maneira cruel e sem chance de defesa para a vítima?

7. Você aceita ceder aos caciques dos partidos políticos seu direito de escolher o candidato em quem votar?

8. Você concorda que deveriam ser fechadas as embaixadas brasileiras na Coreia do Norte, Cuba, Azerbaijão, Mali, Timo-Leste, Guiné Equatorial, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, Botsuana, Nepal, Barbados e em outros países sem a menor expressão, e o dinheiro gasto com elas investido nos hospitais públicos brasileiros?

9. Você concorda que quem recebe dinheiro do governo federal poderia ter o direito de se declarar impedido de votar por óbvio conflito de interesses?

10. O governo tem 39 ministérios e nenhum deles resolveu sequer um problema relevante do Brasil. Você fecharia a maioria deles?

Esse plebiscito sim, seria um sonho! Mas sabemos que não passa de mera ficção, pois o governo jamais vai perguntar ao povo tais coisas, por motivos óbvios. 

Por essas e outras é que não devemos aplaudir, em hipótese alguma, um plebiscito, especialmente coordenado pelo governo petista. Tal plebiscito visa apenas a concentrar ainda mais poder no PT e seus caciques. Xô, plebiscito!

PS: As sugestões da VEJA dariam um ótimo foco para os protestos vagos, difusos, cacofônicos que tomaram as ruas do país...

Trabalho escravo = armadilha para a propriedade rural


http://www.paznocampo.org.br/images/logomapaeverdeamrelo.jpg
Sem Medo da Verdade
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 226 - 08/07/2013 
www.paznocampo.org.br
linhagrossa

Caso não esteja visualizando o texto deste boletim, acesse através do endereço: 
http://www.paznocampo.org.br/boletim

PEC 'trabalho escravo' = armadilha contra a propriedade

São Paulo, 3 de junho de 2013
Prezado leitor(a) 
Queremos chamar sua atenção para um assunto que afeta o direito de propriedade no campo e na cidade.
Durante a noite, sob estrito silêncio dos meios de comunicação e da classe proprietária, o Congresso tenta aprovar Proposta de Emenda Constitucional – PEC 57A – que prevê expropriação sumária, sem indenização, da propriedade rural ou urbana caso haja' trabalho escravo'.

Trata-se, aliás, de uma figura jurídica ambígua que abrirá caminho para as maiores arbitrariedades. Ela poderia se chamar com todo propósito PEC-armadilha contra a propriedade.

 Alguém já a apelidou também de PEC da hipocrisia, pois seus autores a conceberam com alta carga emocional, explorando ao máximo a palavra escravidão. A quem pode interessar isso? – Àqueles que odeiam o agricultor e a sua propriedade!

Sim. Eles querem a expropriação das terras. Aquilo que não se conseguiu na Constituinte em nome da Reforma Agrária, pretende-se agora ­– a propósito do pretenso trabalho escravo – golpear mortalmente, isto é, o direito de propriedade.

Com efeito,a PEC fala em expropriação.O que equivale a penalizar a propriedade e não o proprietário criminoso. Expropriação é igual à desapropriação sem nenhuma indenização.

A Cortina de Ferro caiu em 1989 desvendando para o mundo o fracasso e o terror do socialismo. Na América do Sul, suas viúvas querem ressuscitá-lo com outras roupagens, como os 'direitos humanos' do PNDH-3.

A agropecuária foi escolhida como alvo pela CPT, remanescentes das CEBs, MST,certas ONGs, setores influentes da OIT e Ministério do Trabalho como o principal obstáculo a ser derrubado para se alcançar a meta socialista e igualitária.

 Porque tanta insistência sobre trabalho escravo? Por que vinculá-lo quase tão- só à agropecuária, como se trabalho escravo fosse prática habitual no meio rural? Por que expropriação? Não constituirá temeridade pôr na Constituição esse instrumento draconiano, aplicável a um crime indefinido, sujeito a generalizações?

Campanha Paz no Campo alerta sobre os efeitos da eventual aprovação da PEC 57A, pois o Brasil ganhará mais uma fonte de conflitos no meio rural, onde os agitadores e invasores profissionais não desejam outra coisa!

O que o País precisa é de uma reforma das leis trabalhistas para mais bem atender as suas atividades econômicas, sobretudo às do campo. Leis que facilitem a geração de emprego e a legalização de milhões de trabalhadores informais.

Não permitamos esse golpe mortal contra o direito de propriedade sob pretexto escuso de 'trabalho escravo'.

Envie sua mensagem a todos os senadores de sua região.


Não perca tempo! Participe da Campanha enviando logo a sua mensagem. Clique aqui.

Certo de sua efetiva participação, renovo os meus cumprimentos.


Atenciosamente
Paulo Henrique Chaves
Coordenador de Paz no Campo