quarta-feira, 30 de abril de 2014

ESQUERDA CATÓLICA E O COMPROMISSO COM...



 ... A REVOLUÇÃO MARXISTA


Não só a CNBB, enquanto organismo episcopal, tem atuado em favor de um agro-reformismo radical, mas também bispos individualmente o têm feito. 

Enquanto a moralidade no Brasil decai de modo vertiginoso, com a dissolução das famílias, aborto, uniões homossexuais, amor livre, e a religiosidade da população entra em acentuado declínio, a ponto de muitos, inteiramente aturdidos, procurarem amparo em seitas protestantes, a preocupação primordial dos pronunciamentos episcopais continua a ser com os problemas econômico-sociais, apontando “soluções” socialistas...

Gregorio V. Lopes

terça-feira, 29 de abril de 2014

Mais confusão : quilombolas protestam em Belo Horizonte...




...  contra a condenação de cinco quilombolas 




Quilombolas de Brejo dos Crioulos, comunidade do Norte de Minas Gerais, fazem uma manifestação nesta terça-feira em frente ao prédio do Tribunal de Justiça de Minas, Centro de Belo Horizonte. 

Segundo a Polícia Militar, são cerca de 50 pessoas protestando contra a condenação de cinco quilombolas acusados de assassinato. O grupo pede a nulidade do processo. 

Advogados da Associação do Brejo dos Crioulos vai entrar com recurso para anulação da sentença na tarde desta quarta e os manifestantes ficarão na porta do prédio para apoiar ao advogados. 


Os cinco quilombolas foram condenados pela morte de um jagunço (?) durante confrontos no território ocupados por eles em 2011. 

Um decreto federal determinou a reintegração de posse para saída das famílias de um terreno no Norte de Minas e houve confusão no dia da retomada das terras. 

Os quilombolas tiveram a prisão decretada 12 dias após o conflito. O homem morto seria funcionário do prefeito de Varzelândia, que também é fazendeiro na região. 

Em janeiro deste ano, cerca de 120 famílias quilombolas de Brejo dos Crioulos reocuparam a fazenda do prefeito. Desde então, o clima está tenso na região, com ameaças entre as partes, tiroteios e disputas.

Estado de Minas Luana Cruz



O Brasil começa a colher o que o governo semeou


Dois agricultores são mortos por índios

O conflito agrário que assola o norte do Estado teve um capítulo violento nesta segunda-feira. Dois agricultores foram mortos em um suposto confronto com indígenas em Faxinalzinho, na região de Erechim.

Conforme o Comandante da Brigada Militar (BM) do município, sargento Valdecir Golfetto, um grupo de cerca de 50 índios bloqueou a estrada que dá acesso às Linhas Faxinal Grande e Coxilhão, no interior da cidade, em um protesto para reivindicar a demarcação de terras indígenas na região. 


O grupo reside em um acampamento chamado Candoia e, segundo a Funai, aguarda há 12 anos pela publicação da portaria que declara a área como indígena.


Por volta das 17h, segundo a BM, um grupo de agricultores tentou liberar a estrada para a passagem de um caminhão carregado com ração, o que teria iniciado um confronto. 
Segundo Golfetto, dois agricultores teriam sido mortos a tiros durante o conflito.

Governo começa a colher o que semeou...


Quem semeia vento...


O ministro Gilberto Carvalho foi vaiado e ridicularizado ontem no Rio de Janeiro por manifestantes que participavam de um debate sobre Copa.
Um dos militantes chegou a colocar um rolo de papel higiênico diante do ministro, depois de protestar contra a violência da polícia do Rio e das ameaças de remoções. Carvalho ficou calado, mas, contrariado, balançou a cabeça negativamente.
A ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, referiu-se a Carvalho como "palhaço" e "ministro da Suíça". Outro manifestante da Frente Independente Popular (FIP) disse que o lugar de Carvalho era "sete palmos abaixo do chão".
Quando uma faixa foi estendida com os dizeres "não vai ter Copa" durante o debate, o ministro tomou a palavra. "Nada vai ser resolvido no grito. Vamos ouvir os companheiros e quem sabe desconfiar que não somos os donos da verdade", disse Carvalho.
Carvalho foi questionado por integrantes de movimentos sociais sobre investimentos do governo. Uma moradora do Horto reclamou das más condições das UPAs, diante do dado de que a União investiu R $ 825, 3 bilhões em Saúde e Educação desde 2010.
Um integrante da UNE questionou gastos com Segurança Pública. "Em que política de segurança o governo investe? A que continua exterminando preto, pobre e favelado?", indagou o Estudante.
O diretor do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, José Olinto, reivindicou providências para evitar as agressões a profissionais que cobrem manifestações, especialmente por parte da polícia.
Ele entregou um documento ao ministro com casos de agressões sofridas por jornalistas no Rio. A certa altura, a plateia entoou o coro de "não vai ter Copa".
Fonte: OESP Luciana Nunes Leal


Quem fará o arranquio de batas ou de amendoim?



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Envelhecimento no campo

Xico Graziano* - O Estado de S.Paulo
Nas comemorações do Dia do Trabalho, que ocorrem esta semana, sempre se costuma reclamar, com razão, do desemprego. Na economia agrária, porém, esse problema desapareceu da agenda. Ao contrário de antes, quando sobrava gente na roça e não havia faina para todos, atualmente o campo se esvaziou. Procura-se trabalhador.
"Apagão de mão de obra" foi destaque da Bienal da Agricultura, encontro recentemente promovido, em Cuiabá, pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Especialmente no Centro-Oeste, nas fronteiras de expansão da agricultura nacional, depara-se com forte escassez de pessoal. Segundo Alexandre Mendonça de Barros, consultor presente no evento, o grande desafio hoje é "encontrar, qualificar e reter o profissional" na fazenda. Nada fácil.
Nas novas regiões agropecuárias do Brasil central impera o mundo da moderna tecnologia. E a oferta de trabalho local não mostra tarimba capaz de operar os sistemas tecnológicos, mecanizados e computadorizados que funcionam na linha de produção rural. A "agricultura de precisão", conectada aos satélites de posicionamento global (GPS), avança maximizando a produtividade e minimizando o uso de insumos. 
Maravilha tecnológica da lavoura nacional, o plantio direto, que permite realizar duas ou três safras sucessivas na mesma área, ou ainda a integração entre a lavoura e a pecuária - sai a soja entra a boiada - são sistemas que exigem elevada qualificação profissional. Tudo mudou desde quando a enxada carpia o mato do milharal e as galinhas caipiras botavam ovos no ninho do curral.
Onde ocorreu a ocupação agrícola tradicional, como nas zonas cafeeiras de Minas Gerais e São Paulo, próximas das montanhas da Mantiqueira, o gargalo anda apertando na hora da colheita. No passado, sobrava gente para a apanha do café; hoje, é cada vez mais difícil encontrar pessoas dispostas a subir os morros, derriçar os grãos, varrer o chão, ensacar o produto. Fora a qualidade. 
O que se fala, por aí afora, é que sumiram os trabalhadores dedicados, e os que se recrutam agora fazem meros bicos, sem gosto pelo serviço. Desejam ocupações mais "nobres" do que sofrer debaixo do sol escaldante. A escassez e a baixa qualificação da mão de obra afetam igualmente a colheita manual na citricultura. Pior, volta e meia se descamba para o litígio na Justiça. Em vários setores de produção no campo, a outrora alegria da colheita se transformou no desgosto da encrenca trabalhista.
Nesse contexto, a mecanização da colheita continua se impondo. Há meio século as primeiras colheitadeiras, mais simples, começaram a chegar às lavouras de milho e de arroz. Depois, mais elaboradas, avançaram para o feijão e o algodão. O progresso tecnológico nunca cessou. Complexas e eficientes máquinas dominaram também fases jamais imaginadas escaparem do processo manual, por serem difíceis, tais como o arranquio de batatas ou de amendoim. 
O último degrau da sofisticação da colheita chegou aos cafezais. Poucos conseguem imaginar como uma supercolheitadeira consegue, com seus múltiplos bastões, qual dedos vibratórios, derrubar os grãos de café por dentro da planta, derrubando-os automaticamente sem quebrar a galharia. Simplesmente sensacional.
Há tempos os economistas agrários discutem sobre este dilema histórico: a falta de trabalhadores estimulou a mecanização da colheita ou foi a introdução da colheita mecânica que expulsou os operários rurais? A difícil resposta, semelhante ao enigma do ovo e da galinha - quem veio primeiro? -, pouco importa aqui. 
Fundamental é mostrar que, na realidade da agricultura brasileira atual, existe falta de mão de obra generalizada, nas tarefas simples ou qualificadas, lacuna que em alguns lugares já está causando a desistência da produção rural. Nem se encontram mais facilmente trabalhadores permanentes dispostos a residir nas propriedades rurais. Desamparadas, cresce nelas o roubo vulgar.
Soma-se a esse cenário socioeconômico um terrível fenômeno demográfico: o envelhecimento dos agricultores. Não apenas os operários progressivamente se distanciam do campo, em busca das oportunidades e do modo de vida oferecidos na cidade grande, como poucos filhos permanecem ao lado dos pais, suportando sua trajetória, atavicamente apaixonados pelo ambiente agrícola. Os jovens saem para estudar e buscam fazer brilhar sua carreira longe da poeira do estradão. Nada segura a força de atração dos aglomerados urbanos.
Não é exclusivo do Brasil. Na Europa, o envelhecimento dos produtores rurais vem sendo analisado há muito tempo. No relatório (2013) do Parlamento Europeu para a aprovação da atual Política Agrícola Comum (PAC), lamenta-se que apenas 7% dos agricultores europeus apresentam menos de 40 anos e que daqui a cerca de 10 anos 4,5 milhões de produtores rurais irão se aposentar. 
Esse drama agrário atrapalha a inovação, empaca a produtividade, reduz a ousadia. A notória perda de competitividade agrícola foi compensada com fartos subsídios, que seguram a renda familiar e confortam os agricultores, mas, ao mesmo tempo, os acomoda.
Nos EUA também se discute, nestes dias, a alteração nos vistos de entrada para trabalhadores estrangeiros, incluindo o programa H2-A, destinado aos assalariados temporários na agricultura. A Califórnia, especialmente, ressente-se da falta de mão de obra rural. Segundo a Western Growers Association, 80 mil acres de frutas e vegetais deixaram de ser cultivados no Estado em decorrência da falta de braços nas lavouras.
Como atrair gente para o trabalho na agricultura? Como estimular os jovens a permanecerem no campo? As respostas indicarão o Brasil que será construído no futuro.
*Xico Graziano é agrônomo, foi secretário de Agricultura e secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. E-mail: xicograziano@terra.com.br


segunda-feira, 28 de abril de 2014

Agrishow é aberta: o Brasil no caminho errado


Críticas a Dilma

FolhaPress


RIBEIRÃO PRETO - Maior feira do agronegócio da América Latina, a Agrishow começou hoje em Ribeirão Preto com duras críticas ao governo de Dilma Rousseff.
 
As críticas foram feitas pela organização da feira, pela Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) e pela SRB (Sociedade Rural Brasileira). 

O presidente da feira, Maurilio Biagi Filho, disse que a presidente comete um equívoco ao não comparecer ao evento, "ainda mais como candidata à reeleição". Dilma informou na sexta-feira que não estaria em Ribeirão Preto. 

O senador tucano Aécio Neves, provável candidato à presidência, confirmou presença para quarta-feira. 

"O julgamento dela [Dilma Rousseff] eu não sei qual é [para não comparecer à feira]. Talvez não tenha vindo porque aqui é uma região com presença muito forte da cana-de-açúcar e o pessoal do setor está muito bravo com ela", disse Biagi Filho. 

O setor sucroalcooleiro afirma passar pela maior crise da história em consequência da política econômica adotada pela atual presidente. Nas últimas cinco safras, 44 usinas fecharam, 33 estão em recuperação judicial e ao menos dez não irão moer cana este ano. 

O presidente da feira disse ainda que o país está no "caminho errado" e é preciso que algo novo aconteça para evitar que tenha mais problemas. 

O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, também criticou a política econômica do país. Para ele, a alta carga tributária impede os investimentos e o crescimento da indústria de base brasileira. 

"A política dos últimos oito anos está acabando com a indústria de base brasileira. Temos que desonerar o investimento, nós vamos apoiar [na campanha eleitoral] quem tirar a carga tributária", disse.
 
Gustavo Junqueira, presidente da SRB, por sua vez, criticou a política econômica externa do país.

"Temos [no Brasil] uma cultura de hippie fazendo pulseirinha e querendo vender para todo mundo. Temos que produzir o que o mercado demanda, precisamos procurar novos mercados", disse. 

A feira termina na sexta-feira e deve receber 170 mil visitantes. No ano passado, movimentou R$ 2,6 bilhões em negócios.  

sábado, 26 de abril de 2014

Juiz mantém comercialização de 180 agroquímicos



Negado pedido do MPF

Como reflexo da iniciativa institucional da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Justiça Federal assegurou a comercialização e o uso de 180 agroquímicos no mercado nacional, permitindo o controle de pragas e doenças em 56 culturas, entre elas feijão, arroz, trigo e soja.

É a terceira vez só neste mês que os juízes federais negam pedido do Ministério Público Federal mantendo a venda de herbicidas, fungicidas e inseticidas que, na maioria dos casos, não possuem substitutos no Brasil.

Na quarta-feira (23/04), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para retirada imediata do mercado de oito ingredientes ativos.

Assim, está liberada a comercialização e uso de produtos que contenham em suas fórmulas, como princípio ativo, parationa metílica, lactofem, forato, carbofurano, abamectina, tiram, paraquate e glifosato.
Na primeira manifestação em resposta às solicitações do procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Alves, a Justiça Federal manteve a comercialização e uso de um dos herbicidas mais utilizados no Brasil: o 2,4 D, que consta da fórmula de 46 agroquímicos.
Posteriormente questionada pelo MPF, por meio de um embargo declaratório, a Justiça Federal voltou a rejeitar o pedido de suspensão. A decisão foi proferida no último dia 14. 

Em linhas gerais, os juízes federais têm apresentado os mesmos argumentos para negar os pedidos do Ministério Público. Eles lembram que tais moléculas vêm sendo utilizadas nas lavouras brasileiras há muitos anos.

Lembram, ainda, que não há estudos conclusivos sobre o risco desses produtos para a saúde humana. Não há, portanto, razões para a drástica decisão de suspender imediatamente a venda.

Tendo em vista os prejuízos para o setor produtivo, estimados em R$ 400 bilhões, em 2014, da eventual suspensão da comercialização dos agroquímicos, a CNA enviou ofício às autoridades do Judiciário Federal solicitando o indeferimento dos pedidos apresentados pelo MPF.

A confederação argumentou que a suspensão da comercialização poderia comprometer fortemente a produção agropecuária nacional, especialmente porque não há similares destes produtos no mercado interno.

O caso foi parar na Justiça por conta da demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em reavaliar os agroquímicos.

Em 2006, a agência editou portaria anunciando a reavaliação do 2,4 – D. Dois anos depois, um novo regulamento incluiu os outros princípios ativos no processo de reavaliação. A lei prevê prazo de 120 dias para que a Anvisa divulgue o resultado deste trabalho, o que até hoje não ocorreu.

Canal do Produtor

Iniciativa da CNA junto à justiça federal garante produção agropecuária

Assessoria de Comunicação CNA

Legítima-defesa: moradores reagem contra invasores...

22/04/2014
 às 12:20 \ Lei e ordem

 ... em Santa Catarina

Fonte: Diário Catarinense
Quando a polícia e o estado não cumprem sua função básica, de garantir o direito de propriedade privada, os próprios moradores resolvem pegar em paus e pedras para impedir uma invasão e a criação de uma nova favela. Foi o que aconteceu em Santa Catarina nesta segunda-feira:
Pedras e paus de um lado, tiros de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta do outro. Anunciada desde domingo, a batalha envolvendo integrantes da Ocupação Amarildo e os moradores do Rio Vermelho, revoltados com invasão de novo terreno, acabou se transformando em um confronto da Polícia Militar com a comunidade do bairro.
Inconformados desde o fim de semana com a invasão do terreno na SC-406, os moradores entraram em clima de guerra contra o movimento.
As ameaças e os insultos terminaram com cenas de violência por volta das 16h desta segunda-feira na rodovia, que foi bloqueada pelo tumulto entre PMs e moradores.
Parece haver algo novo no ar. Antes, os invasores gozavam de uma espécie de salvo-conduto para seus crimes, agindo supostamente em nome da “justiça social”. Hoje, está cada vez mais claro para a população que movimentos como o MST não têm legitimidade alguma, que não passam de criminosos sob o manto da ideologia comunista, que representam uma grande ameaça ao estado de direito no país.
Claro que o ideal não é partir para a “justiça com as próprias mãos”. Em democracias, delegamos a função precípua de preservar a propriedade e a ordem ao estado, cuja existência se deriva exatamente desta necessidade. Para evitar que cada um tenha de pegar em armas para se defender e defender suas propriedades, todos fecham uma espécie de “pacto social” tácito e entregam essa responsabilidade ao estado.
Mas quando este falha mais do que acerta nessa função, ou pior!, quando atua ao lado dos criminosos, financiando invasores, sendo negligente com a criação de novas favelas ilegais em terrenos públicos ou privados (como no Rio, na “favela Telerj” no terreno da Oi), isso acaba criando um clima de “cada um por si”.
Não é um ambiente saudável para a democracia. Instala-se um clima de anomia, de desordem, perigoso à própria democracia. Mas é totalmente compreensível o ato desesperado de moradores cansados da inoperância estatal, que partem para a legítima-defesa para impedir a destruição de seu entorno.
Que esse acontecimento em Santa Catarina sirva de aviso às autoridades: é preciso agir com firmeza e de forma preventiva para preservar a ordem e a propriedade privada, caso contrário cada vez mais gente irá incorporar o perfil justiceiro e combater os invasores e criminosos com as próprias mãos.
Rodrigo Constantino

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Novidade em invasão: "Ocupação Amarildo"


Ainda há juízes em Florianópolis


Nem sabia que há essa modalidade: juiz agrário. Tive o prazer de ver, na TV, o juiz agrário Rafael Sandi, jovem, objetivo, seguro cumpridor da lei, tratar da invasão que vagabundos do esquerdismo fizeram na área de Canasvieiras, em Florianópolis, a tal de "Ocupação Amarildo" (nome que nada tem a ver com Floripa).
Dispondo de bons automóveis, camionetes e boa logística de estilo militar, eles invadiram um enorme terreno à beira da SC-401, que dá acesso às praias mais procuradas de Florianópolis: Canasvieiras, Jurerê etc. Por lá ficaram durante quatro longos meses, esses violadores da lei, que agora estão sendo investigados por ter casas na região da capital.
A data prevista para a retirada dos vagabundos foi 15 de abril e, no dia anterior, o bravo juiz disse que o acordo feito com os invasores seria "improrrogável e inegociável". No dia 15, eles saíram para um local no continente. Segundo o juiz, serão investigados pela polícia.
Reproduzo abaixo o post de Cacau Menezes, famoso colunista da capital catarinense, sobre o líder desse movimento de desrespeitadores da lei. O texto é do jornalista Renan Antunes, que dormiu por uma noite no acampamento dos invasores.
É de estarrecer o comportamento do líder da invasão, um tal de Rui Fernando, que foi militante – nenhuma surpresa - do PT e da CUT e que criou uma associação em homenagem ao terrorista Carlos Marighella:
Dormi numa barraca da Ocupação Amarildo de ontem para hoje, esperando pra ver como vai ser o despejo daquela gente.

Pra entender o que acontece, conversei longamente com Rui Fernando, líder do assentamento e da desconhecida Brigada Marighella, organização bombando apenas entre os invasores da Vargem Grande.

Surpresa: o homem que lidera a Amarildo é funcionário público aposentado da Casan! Tem 50 anos, foi petista e sindicalista da CUT, hoje milita no PCB.

O nome completo dele é Rui Fernando da Silva Junior. Ele me contou que a invasão “foi nossa primeira ação”, o cartão de visitas da recém-criada Brigada Marighella.

O líder explica que a brigada é de Floripa, nossa, criação coletiva, lutamos por reforma agrária popular, por terra, trabalho e teto, como verdadeiros comunistas.

Ele disse que o nome foi inspirado no guerrilheiro Carlos Marighella, morto em 1969 pela ditadura militar: O nome dele é sinônimo de luta. Rui Fernando tem 1,67 m, 68 quilos e cultiva um cavanhaque bem aparado.

Usa boné com a bandeira de Cuba e a estrela de Che, escondendo cabelos grisalhos. Veste uma jaqueta estilo militar. Fala com sotaque manezinho. Catarinense de Capivari, pai de três filhos e avô de duas crianças.

 Ele veio do sindicalismo da CUT, mas diz que “eu e meu grupo de camaradas rompemos com a estrutura peleguista, estamos na ação direta”. Um dos filhos, a nora, um neto e a mulher também estão na ocupação.

Rui Fernando contou que sua aposentadoria na Casan é de mil reais. Ele cursou Direito na Unisul, mas não terminou a faculdade. Quando não está na invasão, mora nos fundos da casa dos pais, em Imbituba (70 km de Floripa).

Mais da Marighella: “Nosso grupo vai atuar politizando jovens e trabalhadores, nas ocupações urbanas, nas lutas por moradia e pela terra”.

 A súbita notoriedade dele não significa que Rui Fernando sairá candidato nas próximas eleições: “Não acreditamos no sistema político que esta aí”.

Na ocupação, Rui Fernando está instalado na “base” – uma casa que foi a sede da fazenda. Seu quarto tem montanhas de roupas sujas e é dividida com um cachorro de pelo claro. Serve também de banheiro para os ocupantes da Amarildo.

Parece que de hoje para amanhã a PM vai acabar com a festa. Rui Fernando não está nem aí: “Se vierem, nossa luta vai continuar no asfalto”.

Renan Antunes de Oliveira

 P.S: se eu tivesse seguido a carreira jurídica, seria um juiz assim.

PT faz “camping digital” para organizar guerrilha virtual.


Que medinho!


Vejam esta foto de Werther Santana, publicada no Estadão de sábado, 19/4/14


Debaixo de cada uma dessas barracas, há um petista. Ave! Eles participam neste fim de semana de um “camping digital” para organizar a guerrilha virtual contra os reacionários, entendem? 

Estão lá para aprender a fazer blogs, perfis nas redes sociais, militância em suma. Podem se preparar: a partir de segunda ou terça-feira, certamente aumentará muito o teor de trolagem na rede. São especialistas nisso. 

É alguém expressar uma opinião com a qual não concordam, tem início o festival de agressões, de baixarias, de demonização. Também fazem patrulha organizada dos meios de comunicação.

Essa coisa de “exército” organizado para defender pontos de vista me remete sempre a coisas como estas:



Uma das imagens dispensa comentários elucidativos. A outra retrata meninos da Juventude Fascista fazendo exercícios.

Na reportagem do Estadão, um dos participantes explica: “Hoje, um idiota de direita com cinco milhões de seguidores faz um estrago que não conseguimos conter com nossos militantes”. Por isso o partido decidiu reunir a sua “juventude”. Ah, entendi. 

O exército virtual está sendo montado para enfrentar “os idiotas de direita”.Leio na reportagem que este blog — ou, quem sabe, o blogueiro — preocupa alguns membros da Juventude Petista. Uma das militantes virtuais explicava por que Dilma usou uma expressão de Valeska Popozuda no Facebook nestes termos:

“A gente não quer atrair só o pessoal da esquerda; queremos atrair a direita. Queremos atrair a juventude. Quem atrai a juventude? A Valeska Popozuda! Mas sou contra o pancadão político, bater por bater. Bloqueie quem te agredir. É melhor você eliminar uma pessoa agressiva do que alimentar o ódio dela. Se chamar de petralha, nem precisa responder!”.

Nem sabia que essa palavrinha doía tanto. E olhem que já expliquei mais de uma vez: nem todo petista é petralha, mas todo petralha é petista. Ou por outra: o petralha é um tipo de petista que justifica o assalto aos cofres públicos em nome da causa.

Evidentemente, a palavra teria caído no vazio se isso não acontecesse com escandalosa frequência no país, certo? Em vez de cair, foi parar no “Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa”.




Verbete “petralha” no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa
Pronto! Hoje é dia de odiar mais um pouquinho Reinaldo Azevedo, debaixo daquelas barracas. Imagino como deve ser à noite, com todos aqueles petistas pensando e rimando ao mesmo tempo… Estou a muitos quilômetros de São Paulo, mas sinto daqui…

Por Reinaldo Azevedo


Rojões e pedras de vizinhos põem invasores para correr em Santa Catarina


Povo vai se cansado de invasões e das conivências do Governo

Moradores tocam fogo em barricada montada por moradores de terreno público em Florianópolis. As cerca de 100 famílias de invasores das terras da União no bairro Rio Vermelho, ocupada sábado (19), em Florianópolis, enfrentaram 24 horas de hostilidade e violência por parte de um grupo de moradores da região. 

Elas cederam à pressão e concordaram com as autoridades em deixar o lugar, voltando para Maciambu, em Palhoça. Durante a tarde, moradores atacaram os sem-terra com rojões e pedradas.

A PM conteve os moradores mais exaltados com bombas de gás e tiros de balas de borracha. Um homem foi detido. Três pessoas ficaram feridas. Às 17h10 o último ônibus com sem terra deixou a área sob escolta da PM. Os moradores comemoraram vitória.
O local invadido é próximo a um campo de golfe do resort Costão do Santinho. Os invasores são os mesmos da chamada ocupação Amarildo. Funcionários uniformizados do resort participaram do despejo, porque, segundo eles, os sem-terra ameaçavam invadir o campo de golfe.

A violência começou às 14h desta segunda (21), quando os moradores atacaram e incendiaram uma barricada que tinham as bandeiras da ocupação. No momento do ataque não havia policiamento suficiente para conter a briga. A tropa de choque foi chamada para separar os grupos.
O estudante de agronomia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Fabio Ferraz, 27, engrossava a barricada atacada. "Tivemos que recuar porque não queremos lutar contra a classe trabalhadora", disse. Os moradores não quiseram dar entrevistas e hostilizaram jornalistas.

Às 16h, depois da chegada do choque, e mesmo enquanto a saída dos sem-terra era organizada pela PM, alguns homens da comunidade provocavam os acampados. Centenas de moradores, mulheres e crianças na maioria, assistiam ao desmonte das barracas, muitos gritando palavrões.

Pouco depois das 16h, um homem não identificado furou a barreira e disparou um rojão contra os invasores, acertando a estudante da UFSC Amanda Castro, que estava entre eles. Ela sofreu ferimentos leves.
Segundo Denilson Machado, do sindicato dos bancários, que participou das negociações pelos invasores, "foi a primeira vez que as autoridades usaram civis na linha de frente para combater o movimento popular". "A invasão se dá numa terra pública, acredito que os moradores foram insuflados a combater o movimento social."
Segundo Pepe da Silva, liderança dos invasores, "os PMs foram embora ao amanhecer, para deixar a comunidade agir contra nós". "Só voltaram depois do incêndio. Isto prova que a PM usou o povo contra nós."
O coronel Araújo Gomes contestou a afirmação dizendo que "os sem-terra tinham uma linha de defesa bem firme, com homens armados com paus e estacas".
O coronel comandou a retirada dos sem-terra em um comboio escoltado pela tropa de choque. Os bombeiros relataram atendimento a três feridos.
O trânsito na rodovia que liga o leste da Ilha ao centro de Florianópolis ficou paralisado por duas horas.



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Negócio da China?


Que negócio é esse?
Graça: foi um mau negócio. 
Cerveró: foi um bom negócio. 
Dilma: não teria assinado o negócio. 
PT: foi um grande negócio. 
Contribuinte: fora do negócio...

MARIA LÚCIA FITTIPALDI  
Fonte: O Estado de S. Paulo - Fórum dos leitores

Já pensou o Estado cuidando da agropecuária e da terra? A sua Reforma Agrária é "a terra dora"



Custódia, não: inferno



A realidade das unidades de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, e de Taubaté, no interior, descrita no livro Hospital de custódia: prisão em tratamento, que traz o resultado de uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremesp), não é surpreendente. É aterradora. 
O desmazelo que os fiscais encontraram nos hospitais em que são internados condenados por crimes portadores de transtornos mentais não poderia diferir do inferno das prisões nem das condições dos hospitais públicos em geral, e dos psiquiátricos em particular. 
Então, não é surpreendente. Mas a descrição do que foi encontrado choca pelo cenário de descuido e inadequação das instalações às funções a que se destinam, o que revela insensibilidade e incompetência da gestão pública.
Conforme reportagem de Fabiana Gambicroli publicada no Estado (14/4), "entre os principais problemas apontados pelo Cremesp estão a péssima estrutura física e a ausência de um tratamento adequado para os internos. Na maioria das unidades, a limpeza era quase inexistente. 
Havia restos de comida embaixo das camas, quartos com urina e fezes e cheiro forte de fumaça de cigarro nos ambientes em que os pacientes dormiam". Embora a inspeção se tenha limitado a três unidades, seria ingenuidade imaginar que o cenário é muito diferente nas outras. Para dizer o mínimo, esta é a rotina da grande maioria dos 1.070 pacientes que sofrem de transtornos mentais e cometeram crimes.
A fiscalização, feita de maio a julho de 2013, constatou que esses "hospitais de custódia" se limitam a medicar os pacientes. Nas unidades faltavam psiquiatras, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais. 
"Nenhuma das unidades apresentou laudo de Vigilância Sanitária nem do Corpo de Bombeiros", contou o psiquiatra forense Quirino Cordeiro, do Cremesp, um dos coordenadores da fiscalização. Numa das unidades visitadas havia apenas 28 dos 72 profissionais de saúde necessários. "Na maioria dos locais, no período da noite não há médico plantonista. 
Muitas vezes os agentes de segurança penitenciários fazem o papel de farmacêuticos ou de auxiliares de enfermagem", disse Cordeiro. Segundo ele, não há tratamento individualizado. Por isso, os remédios são aplicados, muitas vezes, "em doses mais elevadas".
A principal consequência desse descalabro é a completa inadequação dos hospitais para suas funções de tratar os pacientes que lhes são enviados para que possam voltar à vida normal. 
"Esses pacientes, quando cometeram crimes, estavam doentes, não tiveram dolo nem culpa e por isso não receberam uma pena, mas, sim, uma medida de segurança para que possam ser tratados. 
Só que, sem esse tratamento, o quadro deles só piora e eles acabam condenados à prisão perpétua, já que, sendo tratados dessa forma, nunca estarão aptos a retornar ao convívio social", disse o psiquiatra Mauro Aranha de Lima, vice-presidente do Cremesp. De acordo com o Código Penal, o paciente em medida de segurança, caso de tais internados, deveria de ser avaliado de novo após um ano por um perito.
Internações por um período acima do necessário criaram um problema a mais além dos descritos na fiscalização: a falta de vagas nos hospitais de custódia. Segundo o juiz-corregedor dessas instituições, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, "hoje temos 500 pessoas presas em penitenciárias aguardando vagas nos hospitais". Ou seja: o tratamento inadequado aumenta a lotação dos hospitais e também contribui para superlotar os presídios.

Os portadores de transtornos mentais internados em instituições penais por crimes são uma faceta cruel do pouco-caso de certos gestores públicos para assuntos graves. 
Esquecidos de que podem administrar de maneira eficiente os parcos recursos orçamentários, tais gestores não ligam para essas instituições que exigem atenções especiais e verbas adequadas para sua manutenção. 
O relatório da fiscalização do Cremesp nos hospitais de custódia paulistas é o trágico retrato de uma realidade cruel que a administração pública nem sequer se interessa em resolver.
Fonte: O Estado de S.Paulo