segunda-feira, 29 de junho de 2015

Boi internacional





Entre 2000 e 2014 a receita brasileira com a exportação de

 carne bovina saltou 727%, saindo de US$ 779 milhões para 

US$ 6,4 bilhões
Entre 2000 e 2014 a receita brasileira com a exportação de carne bovina saltou 727%, saindo de US$ 779 milhões para US$ 6,4 bilhões. 

Ao todo são 151 clientes internacionais, para o produto in natura e 103 para a produção industrializada. O levantamento foi divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), confirmando que a proteína está entre os principais produtos da pauta exportadora do país. 

O crescimento é sustentado em três fatores chave no mercado internacional: aumento da renda, mudança nos hábitos de consumo e crescimento populacional. 

Com a abertura de novos mercados como Estados Unidos e Japão os pecuaristas brasileiros podem sentir novo aquecimento na demanda. 

A expansão faz do Brasil o segundo maior fornecedor mundial de carne bovina, com 17% de participação nas vendas mundiais. Somente os Estados Unidos tem presença maior, de 19% do volume. 

Estima-se que a oferta global chegará a 59,7 milhões de toneladas neste ano. Só no mercado brasileiro a cadeia produtiva da carne movimenta recursos de R$ 167,5 bilhões ao ano, gerando perto de sete milhões de empregos, aponta a CNA.

Publicado em: Gazeta do Povo

29/06/2015

Ambientalistas – Predadores de grande porte e curta inteligência, muito protegidos pela mídia



de Jacinto Flecha


CAPIVAROL SEM AMBIENTALISTAS

            Quem viveu em cidades grandes na época do bonde deve lembrar-se de algumas propagandas afixadas no interior desses desajeitados veículos, com versos facilmente memorizáveis. Melhor dizendo, obrigatoriamente memorizáveis, pois lidas e relidas diariamente. 

Cito de memória esta, de uma loja que vendia bilhetes de loteria em Belo Horizonte: Cansado de andar “de tanga” / Um dia a gente se zanga / E sai, danado da vida / Mas logo “cava” dinheiro / Comprando um bilhete inteiro / No Campeão da Avenida. Outra, cujo âmbito de circulação não se limitava à capital mineira, enaltecia as virtudes terapêuticas de um produto para males dos pulmões: Veja, ilustre passageiro / O belo tipo faceiro / Que o senhor tem a seu lado / Mas, no entanto, acredite / Quase morreu de bronquite / Salvou-o o Rhum Creosotado.

            Esses artifícios de propaganda chamavam a atenção de todos. Não sei se ajudavam a vender, pois nunca me convenceram a comprar o artigo do Campeão da Avenida, nem usar o Rhum Creosotado. Mas eram pelo menos divertidos.

            Outro artifício da propaganda eram os almanaques. Devem ter dado bom resultado nas vendas, pois precisavam compensar o custo dos milhões de exemplares distribuídos gratuitamente em todo o Brasil. Eram brochuras pequenas, contendo muitas informações úteis e instrutivas. 

Não a ponto de garantir um diploma universitário, nem era essa a sua função. Há quem guarde ainda hoje, com carinho, coleções preciosas desses almanaques, e se deliciam em mostrá-las aos amigos.

            Calma, leitor! Já estamos perto do meu alvo de hoje. Mas antes de tratar dele, preciso referir-me a um dos almanaques mais famosos – o do Capivarol. Não me lembro especificamente de informações colhidas nas várias edições que manuseei, mas certamente elas se incorporaram ao meu acervo cultural, enriquecendo-o difusamente com essa “cultura de almanaque”. 

O Capivarol deixou de ser fabricado, provavelmente devido à proibição da caça. E assim os ambientalistas radicais privaram a população de um produto presumivelmente terapêutico, e também do seu famoso almanaque. Mas a minha bronca é estar impedido de consumir a carne de capivara.

Chegamos, afinal. E já estou percebendo o focinho torcido de algum ambientalista extraviado, que chegou até aqui atraído pelo título desta crônica. Para cortar pela raiz qualquer patrulhamento ideológico, deixo claro que há muito tempo não tenho o prazer de caçar capivaras e comer sua carne, da qual tenho irreprimível saudade. 

Se não proliferassem atualmente ambientalistas insensatos, capazes de proibir liminarmente a caça de animais predadores como javali, lobo e capivara, eu faria a esses leitores extraviados o convite para uma caçada de capivaras, durante a qual demonstraria também minhas habilidades com arco e flecha. Concluída a caçada, teríamos um banquete com carne de capivara.

            Não consigo entender que ambientalistas radicais se empenhem na insensata proibição da caça de animais predadores, sem estabelecer medidas práticas para evitar efeitos indesejáveis como a superpopulação. Muitos desses efeitos já são patentes no Brasil e em outros países. Menciono alguns deles, apenas como exemplos:

Lobos – Sempre foram animais predadores, prejudiciais e perigosos, a ponto de os contos de fada alertarem as crianças contra o “lobo mau”. Apesar de regularmente caçados, nunca foram eliminados. Agora estão livres para os estragos que costumam fazer, e não são poucos os prejuízos que vêm causando.

Elefantes – A caça desses graciosos e esbeltos bibelôs, cuja alimentação diária atinge 120 quilos, foi proibida para inibir os negociantes de marfim. Os bibelôs se multiplicaram, e hoje sua módica dieta devasta grande parte das savanas africanas.

Javalis – Parente próximo do porco, esta espécie selvagem é perigosa e agressiva, inclusive para o homem. Proibida a caça, está livre para dizimar animais de criação.
Lebre europeia – Sua multiplicação rápida inviabiliza o cultivo de hortaliças, maracujá, laranja e café. É predador dos coelhos nativos.
Maritacas – Aves conhecidas como “ratos voadores”, causam danos a diversos cultivos, como sorgo, girassol, frutas e grãos; e destroem a fiação elétrica.
Raposas – Sempre eram caçadas, para proteger os animais de criação, e a proibição da caça está tornando impossível muitas dessas atividades.

Capivaras – Destroem a vegetação e disseminam doenças mortais, mas a lei ambiental tornou-as intocáveis.

Ambientalistas Predadores de grande porte e curta inteligência, muito protegidos pela mídia. Refugiam-se em ONGs, malocas dos governos mundiais, e se alimentam com voracidade nos incentivos fiscais. Manipulam teorias catastrofistas contra o progresso, impedem pesquisas científicas, retardam e encarecem obras necessárias.

A esta altura da sanha ambientalista contra a caça, não faltam capivaras para fabricar Capivarol e satisfazer minhas preferências gastronômicas. Mas antes será preciso promover uma caçada sistemática a ambientalistas radicais e insensatos...


(Para receber novas crônicas, inscreva-se no blog: www.jacintoflecha.blog.br)

Papa Francisco põe em xeque a nossa soberania sobre a Amazônia?


O Papa e a Amazônia


Moral e religiosamente, o Brasil se veria destituído de soberania sobre essa porção de seu território

A encíclica Laudato si, do Papa Francisco, dedicada a questões ambientais e também denominada de “Sobre o cuidado da casa comum”, entendida esta última como Criação, suscitou uma enorme reação, sobretudo favorável. Poucas foram as vozes críticas. Isto se deve, principalmente, ao fato de o ambientalismo ser, hoje, uma nova forma de ideologia, fortemente compartilhada pela opinião pública, sobretudo nos centros urbanos.

Trata-se de um documento muito bem escrito, em torno de 80 páginas, que se dedica ao que chama de “ecologia integral”, unindo questões propriamente ambientais, com questões morais, sociais, religiosas e econômicas. Isto significa que, sob este nome, o Papa tem a pretensão de oferecer toda uma nova concepção de mundo, que, no seu entender, deveria passar a orientar a vida das pessoas em geral, independentemente de seu credo religioso.

Sua encíclica, então, não está voltada exclusivamente aos católicos, mas a toda a humanidade, a todos os habitantes do planeta Terra. Mais ainda, visa a que se estabeleçam formas internacionais de controle de grandes empresas e países, a partir do fortalecimento de organismos internacionais e de atuação de ONGs ambientalistas e indigenistas.

O Papa critica fortemente as grandes empresas internacionais que estariam preocupadas exclusivamente em saquear os recursos naturais de regiões de grande biodiversidade como a Amazônia, a Bacia do Congo e os grandes lençóis freáticos e glaciares. Aliás, no documento, são as três únicas regiões do mundo referidas. Neste sentido, ele seria contra a “internacionalização” política dessas áreas do planeta.

Aparentemente, ele seria contra a internacionalização da Amazônia, entendida como uma forma de dominação de grandes empresas e dos países mais desenvolvidos. A imprensa nacional tomou essa formulação pelo seu valor de face, ressaltando o fato de o Santo Padre defender a soberania nacional, no caso brasileiro, a da Amazônia. Logo, o Brasil não teria com o que se preocupar. Uma leitura atenta do documento, contudo, permite desvelar uma outra concepção.

A Amazônia, mais especificamente, é considerada como um dos grandes pulmões do planeta. Ela é vital para o conjunto da Terra, enquanto criação divina, e para o futuro da humanidade. 

Ou seja, ela não pode ficar à mercê dos grandes “interesses econômicos internacionais”, nem, poderíamos acrescentar, da soberania do Brasil, pois ela é, na verdade, um patrimônio internacional, da humanidade, uma obra mestra da Criação, tendo sido Deus o seu artífice. 

Atentar contra a Amazônia significaria atentar contra um pulmão do mundo, talvez o mais importante e, teologicamente, contra a Criação. Isto é, moral e religiosamente, o Brasil se veria destituído de soberania sobre essa porção de seu território.

Em linguagem papal, “torna-se indispensável criar um sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a protecção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecno-económico acabem por arrasá-los não só com a política, mas também com a liberdade e a justiça” (a ortografia é de português de Portugal).

O novo sistema normativo, moralmente fundado, passaria a ser exercido por organismos internacionais e ONGs nacionais e internacionais, ambientalistas e indigenistas, que passariam a ditar o que pode ou não ser feito nesse enorme território nacional. A decisão última seria transferida do Estado nacional para elas, contando, internamente, com a participação ativa — e decisiva — da CNBB e de seus órgãos como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Comissão Missionária Indigenista (Cimi). Ou seja, um país como o Brasil poderia perder “religiosamente”, “moralmente”, “ecologicamente” e “socialmente” a Amazônia, que passaria a ser controlada por essa nova espécie de poder.

A construção da Usina de Belo Monte e outras na Amazônia tornar-se-iam inviáveis. Na perspectiva papal, os interlocutores privilegiados seriam os indígenas e, principalmente, seus porta-vozes de ONGs e movimentos sociais, pois deveria caber essencialmente às “populações aborígenes” o cuidado da “Casa Comum”. Não poderia um país decidir o que fazer com o pulmão do mundo, que seria, moral e religiosamente, propriedade de todos os membros do planeta, da Obra Divina. O Brasil deveria, realmente, abdicar de sua soberania.

Seguindo a linha dos movimentos sociais, centra sua crítica ao agronegócio em geral, principalmente à monocultura e às empresas proprietárias de grandes extensões de terra. Seu elogio reside no acolhimento da agricultura familiar, da pequena propriedade e das populações aborígenes. O “clamor da natureza” se identificaria com o “clamor dos pobres”. Saliente-se igualmente suas constantes investidas contra o “lucro” e o “egoísmo”. A sua concepção está baseada em uma relativização da propriedade privada.

Há, portanto, neste documento, uma confluência entre questões ambientais, religiosas, morais e sociais, fazendo dos porta-vozes dos pobres e de questões ambientais os verdadeiros representantes de uma nova humanidade a ser construída. As ONGs ambientalistas e indigenistas são, então, erigidas em um novo poder mundial, entendido, contudo, como se fosse uma espécie de poder moral.

Elas estariam se tornando uma espécie de novo Evangelho, como se suas concepções pudessem ser, de certa maneira, identificadas a uma nova forma de religiosidade universal. Isto é, elas passariam a ser um tipo de poder supranacional que contaria com o beneplácito da Igreja, que as sustentaria nas críticas que recebem dos países nos quais operam.

Os movimentos sociais de esquerda e as ONGs ambientalistas e indigenistas nacionais e internacionais seriam, nesta perspectiva, não apenas os representantes desta nova humanidade, mas os interlocutores privilegiados do mundo político em escala planetária. Teríamos, aqui, uma nova forma de poder político, tido por moral em sua essência, que não poderia ser limitado por nenhuma forma de poder nacional.

Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Leia todas as colunas...



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/o-papa-a-amazonia-16574695#ixzz3eSF03Qo3
© 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Francisco, consumismo, miserabilismo y Boff (em espanhol)



Francisco, consumismo, miserabilismo y Boff

1. En su reciente encíclica Laudato Si, el pontífice Francisco, como ya lo hiciera en su encíclica Evangelii Gaudium y en declaraciones a medios de comunicación, parece arrinconar el derecho de propiedad privada que no es objeto de ningún incentivo o elogio - como lo hicieron durante décadas sus predecesores que defendían la doctrina tradicional de la Iglesia - y sí de desconfianza. 

En efecto, la función primordial de ese derecho, legítimamente personal y familiar, respaldada nada menos que por dos mandamientos de la ley de Dios – “no robar” y “no codiciar los bienes ajenos” - no se realza siquiera una vez en la encíclica. Por el contrario, el derecho de propiedad privada queda debilitado ante la insistencia papal en una “función social” que parece adquirir un papel hipertrofiado (No. 93).

2. El pontífice llega al punto de anatematizar el actual sistema internacional de propiedad como “estructuralmente perverso” (No. 52), al tiempo que embiste contra el “consumismo obsesivo” (No. 203) y “sin ética” (No. 209). 

Y coloca como uno de los ejemplos a ser seguidos el de ciertas “comunidades de pequeños productores” que estarían desarrollando un saludable “modelo de vida” y de “convivencia no consumista”. Lamentablemente el pontífice no identifica esas “comunidades”, en qué parte del mundo se localizan, y sus características propias,  porque el análisis de las referidas “comunidades”, colocadas como ejemplo por el pontífice, serviría para conocer mejor su pensamiento. 

3. De cualquier manera, delante de lo anterior, no parece en vano que el tirano Raúl Castro haya declarado a la prensa, después de ser recibido por Francisco en Roma, y de estrechar las manos del pontífice con sus manos ensangrentadas: “Como ya les he dicho a los dirigentes cubanos, yo me leo todos los discursos del Papa y sobre todo los comentarios que él hace. 

Y si el Papa sigue hablando así, comenzaré a rezar y volveré a la Iglesia. Y no lo digo en broma” (Página 12, Buenos Aires, 11-05-2015). En ese sentido, para no dejar dudas sobre la continuidad de su real pensamiento, inmediatamente después de despedirse de Francisco, el tirano reafirmó su condición de “comunista, del Partido Comunista de Cuba” (Radio Habana Cuba,10-05-2015). 

Entonces, ¿qué tipo de “conversión” sería esa de un comunista que anuncia que podrá volver al seno de la Iglesia, pero que continúa siendo comunista? Todo indica que, en ese contexto, podría tratarse de una sui generis “conversión” al comuno-progresismo católico y no a la verdadera fe católica.

4. En la encíclica Laudato Si, el pontífice Francisco señala que en el fondo está defendiendo una bandera de “creyentes y no creyentes” (No. 93). 

Con ello, parece interpretar el discurso de las izquierdas latinoamericanas y de la teología de la liberación, según las cuales prácticamente toda la culpa de la miseria en el mundo tendría su causa en régimen actual basado en la propiedad privada y la libre iniciativa, estigmatizando a la propiedad como esencialmente contraria a los intereses populares, generadora de desigualdades injustas y mero instrumento de los capitalistas nacionales y extranjeros para explotar a la mayoría oprimida.

5. No obstante, en América latina los porfiados hechos muestran lo contrario. Los países que han mejorado el nivel de vida de la población han sido aquellos cuyos gobiernos incentivaron la propiedad privada y la libre iniciativa. 

En sentido diametralmente opuesto, los gobiernos socialistas que asfixiaron y continúan asfixiando la propiedad son los mayores productores de miseria y de agresión al medio ambiente. Venezuela es un caso típico de régimen socialista que, además de producir represión y aplastamiento de libertades, se ha transformado en uno de los mayores creadores de miseria. 

Por su parte, el régimen comunista cubano mantiene a los habitantes de la isla-cárcel en la pobreza más humillante por causa del propio sistema que aplasta a la propiedad privada, y no por causa del alegado embargo norteamericano, un mero pretexto del régimen y de sus protectores internacionales, incluyendo al presidente Obama y al propio Francisco (cf. Armando Valladares, “Eje Obama-Francisco: Cuba, prestidigitación y confusión”, Enero 04, 2015 http://www.cubdest.org/1506/c1501franciscoav.htm ).

6. Es importante mencionar que, en el caso de Cuba, teólogos de la liberación desde hace décadas han hecho las mayores apologías del miserabilismo comunista, como una salida supuestamente cristiana ante el consumismo occidental.  Hace años, el teólogo de la liberación brasileño Fray Clodovis Boff viajó a Cuba con su hermano Leonardo Boff y con Fray Betto. En su crónica del viaje a la isla-cárcel, titulada “Carta teológica sobre Cuba”, Fray Boff afirmó haber tenido “la impresión general” de visitar “una inmensa comunidad de religiosos, donde todos tienen lo necesario y no hay nada de superfluo o lujoso”.  

El religioso liberacionista añadió en el mismo sentido: “Me gustó esa vida reducida a lo esencial. Para mí, la austeridad no es un expediente económico para salir de las crisis, pero sí un ideal de vida social”. Fray Betto,  confidente de Fidel Castro, añadió en el mismo sentido miserabilista: “Para vivir en Cuba hay que tener vocación, saber compartirlo todo y pensar en términos de nosotros y no del yo, de su egoísmo”. 

Y el teólogo de la liberación nicaragüense Ernesto Cardenal, que acaba de ser rehabilitado por Francisco, llegó a afirmar que “en Cuba se desarrolla la primera sociedad verdaderamente cristiana de América latina”. 

El tema del “miserabilismo” cubano, al mismo tiempo como una doctrina, como una meta común comuno-católica y como un ejemplo de modelo social anticonsumista, defendido o justificado por importantes teólogos de la liberación y por el propio Episcopado cubano, fue abordado en el libro “Dos décadas de progresivo acercamiento comuno-católico en la isla-presidio del Caribe ( Cubanos Desterrados, Miami – New York, junio de 1990, Introducción y Parte III, Capítulo 8; este libro se puede bajar gratuitamente en el link http://www.cubdest.org/libros/hastacuando1990.pdf ).

7. En ese contexto, cobran importancia las detalladas revelaciones, con nombres y apellidos, que acaba de hacer el teólogo comuno-ecologista Leonardo Boff sobre las consultas que Francisco le fue haciendo sobre asuntos ecológicos, y los recados que el pontífice le fue enviando a través de comunes amigos, como el embajador argentino ante la Santa Sede. 

En esas recientes declaraciones, Boff da detalles de llamadas de agradecimiento hechas a comunes amigos por colaboradores de Francisco, por su ayuda en la preparación de la encíclica. A esas revelaciones las hizo Leonardo Boff al periódico Jornal do Brasil (edición electrónica, Junio 21, 2015 http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/06/21/enciclica-do-papa-vai-reforcar-visao-mais-integral-de-ecologia-diz-leonardo-boff/ ) y hasta el momento no fueron desmentidas.

8. Delante de todo lo anterior, el rumbo del pontificado de Francisco en asuntos sociales y políticos va tomando un cariz cada vez más preocupante. Es del caso de preguntar si con el resurgimiento de la teología de la liberación no estaremos siendo empujados en la dirección deseada por monseñor Helder Camara, el arzobispo “rojo” de Olinda y Recife, manifestada en sus conversaciones con el teórico comunista Roger Garaudy en 1975: 

“Para nosotros, los cristianos, el próximo paso a dar es que se proclame públicamente que no es el socialismo, y sí el capitalismo, que es ‘intrínsecamente perverso’, y que el socialismo no es condenable sino en sus perversiones. Y para Ud., Roger, el próximo paso a dar es mostrar que la revolución no está ligada por un vínculo esencial, sino solamente histórico, con el materialismo filosófico y el ateísmo, y que ella es, por el contrario, consubstancial con el cristianismo” 
(“Parole d’Homme”, Editorial Robert Laffont, Paris, 1975, pág. 118; citado por Plinio Corrêa de Oliveira en el libro “La Iglesia ante la amenaza de la embestida comunista – Un llamado a los obispos silenciosos”, São Paulo, 1976; el libro puede bajarse gratuitamente en el link http://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1976%20-%20Escalada.pdf ).

Mientras tanto, se acercan los trascendentales viajes papales a tres países de América del Sur, a Cuba y a Estados Unidos.


9. Importante: Estos apuntes de Destaque Internacional son breves comentarios interactivos, de carácter oficioso, que no necesariamente representan la opinión de todos los miembros de su consejo de redacción. Los comentarios se destinan a llamar la atención sobre temas “políticamente incorrectos” y que suelen quedar al margen, a pesar de que son vitales para la sociedad.  Son bienvenidas sugerencias, opiniones y críticas.

domingo, 28 de junho de 2015

Dilma, a bolinha do Terena, a mandioca e as mulheres sapiens



O samba do crioulo doido

Péricles Capanema

No último 23 de junho a presidente Dilma discursou de improviso na solenidade de lançamento dos Jogos Mundiais dos Povos indígenas. Bem-humorada e autêntica, deixou o Brasil aturdido e triste. A íntegra do discurso (áudio de 21 minutos e transcrição) está no portal da Presidência. Abaixo, trechos.

Pontapé inicial: “Então, eu vou começar comprimentando [a transcrição oficial sempre coloca caridosamente cumprimentar] os guerreiros que representam os povos indígenas aqui presentes, vou saudá-los a todos eles”.

Mais um pontapé, parecido primarismo de ideias e expressão, além do português estropiado: “Eu quero comprimentar o Marcos Terena, e perguntá prá vocês se vocês acreditam que alguém que conhece o Marcos Terena esquece dele, se é possível. Não é possível. Então, eu lembro perfeitamente”.

Do meio da parlenga vagante despenca de repente uma concepção pasmosa: “Aliás, nós num podemos falar só de cultura indígena, a gente teria de falá, no nosso hemisfério de uma civilização indígena". 

"Houve aqui neste hemisfério uma civilização do porte da civilização hindu, da civilização chinesa, da civilização egípcia, da greco-romana, que foi a chamada civilização da Mesoamérica e também a civilização inca. Eu acredito que nós somos todos é, eu acho que herdeiros, daquilo que é a afirmação da civilização dos povos indígenas no nosso hemisfério”.

Morro abaixo no palavrório errático: “Sem deixar de comprimentar também aqui todas as lideranças indígenas nacionais e estrangeiras que participam do lançamento desse primeiros jogos que vão integrar, eu acredito, a agenda internacional, muito bem dita pelo ministro, primeiro da paz, foi em torno da paz que se recompôs aquilo que era tradição grega de transformar os jogos num momento de confraternização entre diferentes representantes das cidades gregas, e que nós, ocidentais e orientais e povos de todas os hemisférios, transformamos num momento especial, durante uma fase muito difícil por que passou o mundo, que foi no entreguerras.[Os primeiros jogos olímpicos se deram em 1896; o período entreguerras vai de 1918 a 1939.]" 

"Eu quero comprimentá aqui também o nosso governador Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal, e a senhora Márcia Rollemberg. Quero aproveitá imediatamente e comprimentá a senhora Cláudia Lelis, governadora em exercício do Tocantins. Tanto o governador Rollemberg como o Marcelo Miranda, aqui representado pela governadora em exercício, Cláudia Lelis, ambos estão participando dum ato de extrema relevância e de extrema importância, que vai marcá, eu acho, a história das etnias no mundo.”

A seguinte descoberta espetacular foi destinada aos diplomatas presentes: “Quero comprimentar também os senhores e as senhoras chefes de missão diplomática acreditados junto ao meu governo e relembrar a eles a importância do caráter internacional desses jogos, né? Um dos is, porque é o nosso COII, é o Conselho Olímpico Indígena Internacional, um dos is é a parte internacional”. Palmas no auditório. O que teriam pensado os diplomatas?

Nem o pobre governador envolvido entendeu a alusão na frase sem pé nem cabeça: “Não posso deixar de comprimentar o nosso governador do Piauí, Wellington Dias, que nós carinhosamente chamamos ‘o índio’ e que se caracteriza pelo fato de que todos nós sabemos que se ele pular uma janela é bom a gente pulá atrás, porque ele descobriu alguma coisa absolutamente fantástica”.

Continua comprimentando sem fim: “Quero fazer três comprimentos especiais: quero fazer um comprimento especial ao Hamilton de Holanda e à Margareth Menezes, mas também queria dirigir um comprimento todo especial ao nosso querido Marcos Frota, que fez a apresentação com aquela capacidade que ele sempre demonstrou, e aquela sensibilidade e dedicação que ele tem a todos aqueles que se interessam e lutam por melhorar a nossa sociedade e o nosso país”.

Agora, em dilmês castiço (expressão de Augusto Nunes) apresentação eufórica e desparafusada da função civilizatória da mandioca: 

“Eu acredito que é necessário que nós tenhamos muito orgulho da formação histórica deste país [...] nós temos de ter um imenso orgulho de na composição da nação brasileira nós sermos uma mistura de várias etnias. 

"E aqui, hoje, nós estamos saudando uma delas: nós estamos saudando a etnia indígena [não é uma delas; quis dizer, etnias indígenas, povos indígenas ou nações indígenas] que trouxe para nós [...] Mas eu queria saudar, porque nenhuma civilização nasceu sem ter acesso a uma forma básica de alimentação. E aqui nós temos uma, como também os índios e os indígenas americanos [até hoje ninguém tinha se dado conta que os Estados Unidos, a eles se refere a douta Presidente, foram habitados outrora pelos índios e pelos indígenas; os apaches são índios ou indígenas?] têm a dele, nós temos a mandioca". 

"E aqui nós estamos comungando a mandioca com o milho. E certamente nós teremos uma série de outros produtos que foram essenciais para o desenvolvimento de toda a civilização humana ao longo dos séculos. Então, aqui, hoje, eu tô saudando a mandioca. Acho uma das maiores conquistas do Brasil”. Mais palmas intensas no auditório, havia ultrapassado os próprios marcos anteriores de fulgor intelectual.

O palanfrório oferece a seguir o auge da elaboração teórica: “Aqui eu queria mostrar o que é a nossa relação antiga com o esporte. Aqui tem uma bola que eu passei o tempo inteiro testando. É uma bola que é uma bola que o Terena me presenteou e que eu vou levar, e ela vai durar o tempo que for necessário, e ela vem de longe, ela vem da Nova Zelândia". 

"E é uma bola que eu acho que é um exemplo, ela é extremamente leve. Eu já testei e ela quica. Eu testei, eu fiz assim uma embaixadinha, minto, uma meia embaixadinha. Bom, mas eu acho que a importância da bola é justamente essa, o símbolo da capacidade que nos distingue como.. nós somos do gênero humano, da espécie sapiens. Somos aqueles que têm a capacidade de jogar, de brincar."

"Porque jogar é isso aqui: o importante não é ganhar e, sim celebrar. Isso que é a capacidade humana, lúdica, de ter uma atividade cujo o fim é ele mesmo, a própria atividade. Então, o esporte tem essa condição, essa benção. Ele é um fim em si e daí porque não é ganhar, é celebrar, é participar dos jogos indígenas." 

"É participar celebrando o que significa essa atividade que caracteriza primeiro as crianças. Atividade lúdica de brincar, atividade lúdica de ser capaz de jogar. Então, pra mim essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nós criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres sapiens”. De novo, aplausos, agora tímidos. Dose forte demais, parece, até para áulicos.

E vai por aí afora. Ainda existem na mente presidencial, boiando à toa, nacos intoxicados das doutrinas totalitárias e coletivistas do VAR-Palmares, a mais de cacos mal digeridos de teorias keynesianas. Aqui e alhures, o mesmo padrão: afirmações disparatadas no meio de bolodórios sem costura minimamente concatenada de ideias. 

Desafortunadamente, não será a última vez que o povo, confrangido, escutará o que a mente presidencial tem de mais autêntico. Com piloto de cabeça assim desnorteada, nos últimos anos o Brasil teve, por mínima que fosse, alguma chance de norte?

terça-feira, 23 de junho de 2015

No campo ou na cidade os crimes dos corruptos sãos os mesmos. Rainha do MST pega 31 anos de prisão.


José Rainha, ex-líder do MST, é condenado a 31 anos de prisão

Sérgio Lima - Folhapress



A 5ª Vara Federal em Presidente Prudente (SP) condenou o ex-líder do MST José Rainha Júnior a 31 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de extorsão, formação de quadrilha e estelionato, além do pagamento de multa.

Rainha foi investigado em 2011 pela Polícia Federal na Operação Desfalque, que apurou um esquema de extorsão em empresas e desvio de verbas destinadas a assentamentos agrários. 

De acordo com o Ministério Público Federal, Rainha e os outros réus da ação utilizavam trabalhadores rurais ligados ao MST como "massa de manobra" para invadir terras e exigir dos proprietários o pagamento de contribuições para o movimento.

Porém, interceptações telefônicas apontaram que o dinheiro era desviado para os integrantes da quadrilha. Também foi condenado Claudemir Silva Novais, apontado como um dos principais integrantes da quadrilha liderada por Rainha.

Em 2011, Rainha teria recebido R$ 70 mil de duas empresas para não invadir e queimar plantações de cana em fazendas da região do Pontal do Paranapanema e Paraguaçu Paulista. 

Também foi acusado de pedir R$ 112 mil a uma concessionária de rodovias após ameaçar obstruir e danificar praças de pedágio da empresa.

A decisão aponta que a quadrilha também se apropriou de cestas básicas fornecidas pelo INCRA a famílias de assentamentos – cobravam uma taxa dos trabalhadores rurais alegando que se tratava do custo do frete.

"A ganância desenfreada se mostra na realização de diversas ameaças ou invasões de terra, sempre com o objetivo de auferir proveito próprio", afirma o juiz federal Ricardo Uberto Rodrigues na sentença.


A Folha tentou contato com José Rainha Júnior, sem sucesso. 

O MST, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que Rainha não integra o movimento desde 2007, e que não comentaria a decisão.