segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Falcatruas da FUNAI (de mãos dadas com o CIMI)



FUNAI: de aparelho do Estado a laboratório do crime.
CPI investiga 16 irregularidades até o momento
Publicado em 23/12/2015 13:18 e atualizado em 23/12/2015 14:27
CPI da FUNAI investiga pelo menos 16 crimes entre eles, fraudes em laudos antropológicos, desvio de dinheiro público e descumprimento da lei

Veja o vídeo: Notícias Agrícolas




sábado, 26 de dezembro de 2015

PAJELANÇA IGUALITÁRIA



                               PAJELANÇA IGUALITÁRIA


Jacinto Flecha




         Depois que se tornou patente aos olhos do mundo a situação de miséria na União Soviética, os adeptos de doutrinas igualitárias deveriam ter pedido perdão por espalhar suas ideias, tão contrárias ao progresso da humanidade. Seria esta uma atitude razoável, decente, mas se alguém esperava ou ainda espera esse improvável mea culpa, é melhor reavaliar seus conhecimentos sobre a natureza humana, pois não existiu nem existirá essa retratação. Não se deve esperar também que escolham caminho diferente, a não ser que o tal caminho diferente seja o mesmo.

         Não pense que estou brincando com os termos, logo você verá que o mesmo é diferente de diferente.

         Uma constante nos países comunistas foi explicitada neste paradoxo muito divulgado no Ocidente não comunista: Todos são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros. Já era assim antes de desmoronar o comunismo (você deve se lembrar da famigerada e privilegiada nomenklatura soviética), e continua adquirindo requintes o favorecimento desses “amigos do rei”. Também nos poucos países onde se manteve o regime, basta comparar o padrão de vida do povo com o do “rei” e seus amigos. Nos países que agem atualmente de acordo com a cartilha bolivariana, o espetáculo dos “mais iguais” se renova com outras cores, outras moedas, outros atores, a mesma desonestidade e incompetência. Aí você tem algumas diferenças no mesmo caminho.

         No ambiente psicossocial posterior à derrocada do império comunista, muitos estudiosos se esforçaram honestamente para explicar por que não deu certo. São muitas as explicações válidas, e uma delas está na base de todas as outras: o ser humano é desigual pela própria natureza, e tende a melhorar sua situação com esforço e iniciativa próprios, aumentando assim a desigualdade. Portanto as doutrinas igualitárias tendem necessariamente ao fracasso. E fracassarão sempre, ainda que meios coercitivos tentem impedir essa diferenciação.

         Além desses estudiosos bem orientados, alguns esquerdistas com graus variáveis de preconceitos igualitários apresentaram tentativas de explicação, com o objetivo de disfarçar algumas coisinhas para poderem permanecer nos mesmos erros. Não vou catalogar nem discutir cada uma dessas tentativas de explicação, apenas direi algo sobre uma que li em alguns comentaristas, desses que encontram sempre abertas as portas da mídia. Assim se resume a explicação: o socialismo, para dar certo, tem de ser aplicado em todos os países, não pode restringir-se a um só ou a alguns.

         Qualquer filósofo, psicólogo, sociólogo, antropólogo dotado de bom nível de conhecimento da sua ciência, terá argumentos incontestáveis para aniquilar propostas como essa. Na faixa científica em que sempre atuei, exemplos abundantes mostram a falsidade dessa pretensa explicação. Comento apenas um, muito fácil de entender. Antes de lançar no mercado um medicamento novo, indicado para o tratamento de certa doença, a eficácia dele é inicialmente testada in vitro, depois em animais de laboratório. Se funcionou bem, sem efeitos colaterais consideráveis, será em seguida testado em número restrito de voluntários. O uso em maior escala só será permitido se sua eficácia for comprovada, sem riscos consideráveis. Esse processo costuma demorar mais de dez anos. Mesmo na última fase, em que o medicamento passa a ser usado pelos pacientes em geral, qualquer alerta sobre alguma consequência imprevista ou imprevisível acarretará sua exclusão imediata. Com a Talidomida aconteceu isso, e o laboratório foi processado no mundo inteiro, com enormes multas e indenizações.

         Imagine agora o que aconteceria se não fossem tomadas todas essas precauções. Suponhamos que um vendedor ambulante – digamos, um Carlos Marques da Sillva – saia por aí vendendo uma “garrafada” igualitária que produziu. Ele imagina bons efeitos terapêuticos, mas não a testou cientificamente. Você correria o risco de tomá-la? Se muitos se deixassem convencer, e as consequências danosas começassem a aparecer, você recomendaria que fosse usada por todos?

Formulo estas perguntas apenas pro forma, pois não imagino estar sendo lido por algum desparafusado e inconsequente. Mas veja bem que esta é a atitude sugerida por aqueles comentaristas igualitários da mídia. E as minhas perguntas precisam ser respondidas por quem dirige os destinos de países e governos, como também pelos que pretendem assumir essa condição. O destino de um país não pode ser confiado a quem se serve de pajelanças perigosas, como a “garrafada” comunista. E agora nem há mais desculpa, pois as consequências desastrosas já estão comprovadas. Só não entendo que não entendam isso nossos terroristas enfeitados e empoleirados.

(Para receber novas crônicas, inscreva-se no blog: www.jacintoflecha.blog.br)

Esta crônica semanal pode ser reproduzida e divulgada livremente


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Líder dos sem-teto preso porque roubava dos pobres...





Líder de movimento dos sem-teto é preso em Brasília. Ele morava em um apartamento confortável, tinha carro do ano e extorquia os associados
Há cinco anos, Edson Francisco da Silva recebeu a missão de montar em Brasília uma célula do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) — uma versão urbana dos baderneiros do MST. 

A exemplo da sede, a sucursal da organização faz seu proselitismo usando a boa-fé de pessoas humildes. Em l9 de dezembro, Edson e seis companheiros de luta foram presos pela Polícia Civil do Distrito Federal acusados de integrar uma quadrilha responsável por diversos crimes. Edson não era o que parecia. 

Não era sequer um sem-teto. À noite, ele e a família deixavam os imóveis invadidos — normalmente desprovidos de água e luz — e iam descansar num confortável apartamento alugado de dois quartos, a bordo de um carro do ano avaliado em 80 000 reais. 

Edson não era apenas um farsante. 

Para ingressar nos quadros do movimento, ele cobrava do interessado uma mensalidade. O governo de Brasília paga 600 reais por mês de auxílio-aluguel para famílias ligadas ao grupo. O "líder" ficava com a metade do dinheiro. Edson não era apenas um espertalhão. 

Quem não pagava as taxas, além de perder os benefícios que o grupo conseguia, era perseguido e ameaçado. O líder do movimento mantinha uma turma de capangas treinados para intimidar os inadimplentes. 

A matriz do MTST descobriu que Edson da Silva roubava os pobres e decidiu expulsá-lo em maio deste ano. Nada que abalasse os negócios. Ato contínuo, ele fundou o Movimento de Resistência Popular (MRP) e passou a executar ações ainda mais ousadas. 

A principal delas foi a invasão do hotel Saint Peter, no centro da capital. Em setembro, manifestantes ocuparam boa parte dos quartos do hotel durante dias. Além de depredarem as instalações, como de costume, eles furtaram televisões, objetos de decoração e bebidas. 

O que os bandidos não sabiam é que a polícia já estava monitorando o grupo. Na casa de um dos líderes, os agentes encontraram eletrodomésticos, taças e vinhos que tinham sumido da adega do hotel. VEJA teve acesso ao material coletado durante as investigações. Nele, fica evidente que os "sem-teto" se comportavam como máfia. 

Edson tinha um informante no coração do governo. O suspeito da polícia é Acilino Ribeiro, subsecretário de Movimentos Sociais e Participação Popular do governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Dias antes da prisão do grupo, Ilka Conceição, mulher de Edson, em uma conversa telefônica interceptada, informou ao marido que a polícia havia instalado escutas em um dos prédios invadidos pelo movimento: "(Acilino) disse que tem escuta aí. Vou chegar aí, eu vou falar "Acilino, então vamos queimar Rollemberg e você agora"". 

O currículo de Acilino é curioso: ele é um ex-guerrilheiro que trabalhou como segurança do ditador líbio Muamar Kadafi na década de 70. "Ela deve ter lido isso no meu livro Estratégia e Tática da Luta Revolucionária. Escrevi que, aonde os movimentos sociais forem, a polícia sempre vai usar agentes de inteligência para acompanhar", garante Acilino Ribeiro.

Fonte: Veja, 16/12/2015


"O que é certo, indiscutível, solarmente claro, é que o comunismo, em lugar de diminuir o número dos pobres, transforma em pobres todos os habitantes de nações inteiras. A evidencia deste fato para o grande público constitui o aspecto positivo deste torvo e tumultuoso ano de 1972, que os teve tantos negativos. Pois contra os pregoeiros do comunismo, qualquer um pode lançar em face a inconsistência da meta que adotam."

(Plinio Correa de Oliveira em 1972)


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Rússia de Putin: o mundo não conhecerá mais paz?



Economia russa: 

espoleta de uma precipitação de efeito mundial?



O ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, disse ao Parlamento que “2016 será o último ano em que teremos reservas”

Putin multiplicou planos sociais, empregos públicos e despesas militares para aquecer a histeria nacionalista na qual baseia seu governo. Agora, a perspectiva é de não pagamento de ordenados e pensões, sobretudo de médicos e professores. 

As pequenas e médias empresas rumam para a falência e milhões de empregados ficarão na rua. O único setor poupado será o militar e dos serviços de repressão. As desordens sociais e o crime podem atingir níveis ainda não vistos no país. 

O Banco Central russo fechou mais de 60 bancos desde o início de 2015. Mas Putin não deseja uma marcha ré e planeja manobras insensatas. 

Nesse caso o mundo não conhecerá mais paz.

Fonte: Revista Catolicismo

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Parques ecológicos aqui e na China...



Ninguém deseja o “paraíso verde” 
de horror e mentira



O governo chinês anunciou que criará um “paraíso ecológico” no local das pavorosas explosões no porto de Tianjin. 

O anúncio indignou os chineses: “Isso deveria chamar parque químico. No ‘Paraíso’ pululam cenas dantescas. Como vamos viver junto de uma fossa comum?” – explicou um morador. 

Por sua vez, o pai de um dos falecidos no desastre reclamou: “Nossos filhos não foram objeto de enterro”

No primeiro semestre de 2015, morreram na China 26.000 operários em acidentes industriais, mais de 140 por dia! 

Os responsáveis pela incúria que provocou o acidente de Tianjin estão ligados ao Partido Comunista. Para os chineses, o anúncio do “parque ecológico” é um insulto e um acobertamento da corrupção socialista. 

NASA põe no chão os promotores do “banzé” aquecimentista



NASA: gelo na Antártica não cessa de aumentar




O ciclo periódico do Ártico entrou em fase crescimento e deixou de interessar aos alarmistas verdes. Estes foram procurar outro pretexto para seu gasto realejo do aquecimento global, tendo-o encontrado na região ocidental da Antártica, onde o gelo está diminuindo. 

Mas novo grande estudo da NASA pôs no chão os promotores do “banzé”. 

Resumidamente, a acumulação de gelo na Antártica cresce há 10.000 anos. Segundo os satélites, de 1992 a 2001 ela aumentou 112 bilhões de toneladas por ano. Só em 2015 foram 135 bilhões de toneladas. 

A espessura do gelo cresce 1,7 centímetros há 10.000 anos. Essa acumulação abaixa o nível dos mares 0,23 milímetros por ano. 

A ciência imparcial, a natureza e os homens não interessam ao fanatismo verde, que continua exigindo reformas socialistas planetárias para evitar perigos inexistentes. 

Quem tem Cuba como amiga, precisa de inimigo?



Quem tem Cuba como amiga, precisa de inimigo?

Os jornais publicaram, com alarde, mais um “avanço” na negociação de paz entre o governo colombiano e a guerrilha marxista, as FARC, que há décadas assola com violência e pânico o nosso país irmão.
Dessas negociações, o mínimo que se pode dizer é que são injustas, pois do modo como estão se desenvolvendo, põem em pé de igualdade o agressor e a vítima, isto é, os guerrilheiros terroristas e o povo colombiano.  A última parte do acordo inclui um Tribunal de Paz, que julgara os “crimes” de ambas as partes. Uma comissão da verdade com efeito penal… a que abusos não estará sujeita?
O bandido invasor entra em casa, rende a família, e atira no filho do dono, que com uma faca de cozinha tentava defender sua irmã da acometida do assaltante. Chega a polícia, e após tentar acalmar os ânimos das partes,  põe o ladrão e o pai à mesa. Os termos da discussão: é preciso que o filho e o bandido reconheçam seu erro, e se indenizem mutuamente. Pode-se chamar isso de paz? Não cabe ao dono da casa a propriedade inteira? E a legítima defesa do filho, como fica?
* * *
Mas enfim, deixemos isso de lado por hoje. O que realmente queria pôr em foco é que um dos garantes de paz é… Cuba! O quadro do ladrão e do pai de família se agrava: o garante das negociações é o mesmo que arrombou a porta para a entrada do bandido…Sim, é universalmente sabido que Cuba sempre promoveu e secundou os esforços das FARC na Colômbia. E agora não só participa das negociações de “paz”, mas senta-se à mesa como garante!
Mas por que comentar isso agora, sendo a participação de Cuba nas tratativas um fato já sabido há meses? É que acabo de ler que, após a retomada das relações entre EUA e Cuba, o regime apertou o cerco contra os dissidentes do regime comunista. “Cuba ainda é um estado de partido único e a normalização com Washington deixou as autoridades comunistas mais inquietas com a dissidência e determinadas a reprimi-la” (OESP 17/12/15)
Segundo o mesmo jornal, “dezenas, e às vezes centenas de ativistas são detidos ou presos a cada domingo”. Ainda segundo o diário, foram computadas só em novembro último 1.447 prisões políticas ou detenções arbitrárias. Faço notar que nenhum ativista levou dinamite, bomba, nem o famoso “colar da morte” utilizado pelas FARC.
Esse é o governo, ao lado do norueguês, “garante” das negociações de paz na Colômbia. Para ser coerente, o governo Cubano deveria no mínimo abrir negociações de paz com os dissidentes… cuja dissidência não poderia ser mais justa, após décadas de repressão comunista!

É com razão que largos setores da opinião pública colombiana estão francamente descontentes e desconfiados, conforme me informou há pouco um membro do Centro Cultural Cruzada, entidade co-irmã do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que atua naquele país. Pois quem tem Cuba como amiga… precisa de inimigos?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Recordes no campo e no mercado. Aos produtores rurais, parabéns e feliz Natal!



Recordes no campo e no mercado

Luana Gomes

O agronegócio está prestes a encerrar um ano para ficar na história. Em meio às turbulências políticas e econômicas do país, o setor foi beneficiado por uma conjuntura que favoreceu produção e exportação recordes no período. A rentabilidade pode não ter sido a esperada, mas com certeza foi positiva. Fator de risco em uma atividade altamente atrelada ao dólar, o câmbio foi a variável que fez a grande diferença.

Foi a relação entre o dólar e o real que manteve as cotações das principais commodities agrícolas no Brasil descoladas, e muito, da Bolsa de Chicago, referência na formação de preço, cenário que deu mais competitividade à produção e ao produtor nacional. Enquanto a cotação internacional, em dólar, despencou para algo em torno de US$ 19 a US$ 20 a saca, os negócios com a oleaginosa no Brasil se mantêm firmes acima dos R$ 60 a saca.


Tivemos problemas? Sim! Mas são muitas as conquistas. Estamos batendo recordes nos embarques de soja e milho, nos reafirmamos como o maior exportador de carne de frango e agora também somos o segundo maior produtor mundial de aves. E o ano ainda não terminou. Se a chuva permitir, os terminais continuam carregando soja e milho até o último instante de 2015.

Em resumo

A safra foi boa e a rentabilidade idem, a considerar o cenário econômico, porque o dólar mudou a sazonalidade de preços. As cotações permaneceram atraentes no plantio e na colheita e estabeleceram maior dinamismo e liquidez na soja, que se reafirma como a grande cultura no Brasil. Já o milho, com o volume de produção e de embarque, assume definitivamente postura de agricultura comercial no país. Veja também Demissões ainda não freiam inflação

Em 2015, a expectativa é embarcar mais de 50 milhões de toneladas de soja em grão e atingir uma marca histórica para o milho, que pode chegar a 30 milhões de toneladas exportadas. Estamos falando de mais da metade da soja e quase um terço do milho produzidos em território nacional que são comercializados no mercado internacional. Haja produção, de norte a sul do país.

Para mandar tudo isso para o exterior, o Brasil também teve recorde de produção, com 210 milhões de toneladas de grãos. Na mesma linha, o Paraná, segundo produtor nacional, no ciclo 2014/15 registrou marca histórica de 38 milhões de toneladas. Da safra nacional, quase a metade do volume vem da soja, a commodity agrícola com maior liquidez no mercado nacional e internacional.

Perspectivas

Para a safra que está em andamento, muita atenção ao clima. O indomável El Niño começa a comprometer o desenvolvimento das lavouras com excesso de chuva na região centro-sul e falta de água no centro-norte. Preocupação menor que o clima, o câmbio deve continuar favorável às exportações, entre R$ 3,80 e R$ 4, no primeiro trimestre do ano novo, quando se concentra o pico da colheita de verão. Outro destaque está na demanda, interna e externa, que não deve ter grande alta, mas continua crescendo. Com infraestrutura em plena expansão, em especial no tocante à logística, que privilegia o escoamento da produção, o agronegócio brasileiro também deve melhorar em eficiência e competitividade.

Contudo, mais do que nunca, será preciso muito cuidado na gestão do negócio. Os estoques mundiais em alta exercem pressão sobre os preços. O crédito agrícola no Brasil está escasso e mais seletivo.


E a ferramenta de proteção, o seguro rural, uma novela. Sem recursos garantidos, promessas não cumpridas, incertezas e muita insegurança, as indefinições sobre seguro representam um entrave e uma limitação na tomada de decisão pelo produtor. Por fim, todo o cenário político-econômico do Brasil, que afeta a confiança do consumidor e do produtor, com impacto direto e indireto no campo.

domingo, 20 de dezembro de 2015

DALTONISMO ESTATÍSTICO-IDEOLÓGICO


DALTONISMO ESTATÍSTICO-IDEOLÓGICO
Jacinto Flecha



Você sabia que só os 10% mais ricos comem alimentos caros, do bom e do melhor, e os 90% mais pobres só comem o resto? Não sabia!? Mas esta afirmação é muito natural. Muito normal também, pois todos se alimentam como querem e como podem. Os donos de muito dinheiro só comem os alimentos que podem comer, não conseguem ir além disso, e o mesmo acontece com os outros.

Será que a estatística lhe deu a impressão de injustiça? Claro que deu, pois foi feita para isso. Numa formulação demagógica como essa, os ricos parecem injustos, exploradores. Quem ouve coisas assim imagina cenas dantescas, onde miliardários obesos esbanjam fortunas com alimentos caros, enquanto multidões de proletários esquálidos e famintos mal conseguem se alimentar.
Um milionário paulistano, cuja única atividade era consumir a fortuna herdada, precisou defender-se dos críticos, e afirmou que cada um dos seus hobbies gerava empregos para cinco pessoas. Entre oshobbies dele, boa alimentação e colecionar carros antigos, por exemplo. Tanto ele como os seus empregados comiam o que podiam comer, com o dinheiro disponível, e ainda sobrava para as outras despesas. A alimentação de muitos deles, por sua própria função doméstica, era a mesma do patrão rico. Muito natural e normal.
Comparações tendenciosas como essas, sempre com forte carga igualitária, são repetidas por aí como artefatos da luta de classes. É flagrante a ausência de base estatística confiável, e as fontes nunca são reveladas. Em outras palavras, não passam de chutes. Tão falsas quanto outras que mudassem apenas o ponto de corte. Por exemplo, de um lado 10, 20, 30, 40, 50 por cento; de outro lado, 90, 80, 70, 60, 50 por cento, respectivamente. Para dar mais aparência de exatidão, alguns chegam ao requinte de incluir alguns decimais.
Um literato, tão confiável em assuntos de estatística quanto quem inventou a dos 10 contra 90, fez a clivagem em 50, e decretou: Metade da população mundial passa fome, a outra metade faz regime. Qual a diferença entre os dois chutes estatísticos? A rigor, nenhuma diferença, mesmo porque ambos são inventados, têm apenas a credibilidade que se deve atribuir a chutes. O primeiro contém forte ranço demagógico, e no outro está evidente o objetivo humorístico, contrapondo uma fome real ou imaginária por escassez de alimentos com outra de objetivos estéticos.
Por que estou tomando o seu tempo com estatísticas inexistentes, que nem sequer obedecem ao método científico de levantamento e avaliação dos dados? Meu objetivo é chamar a atenção do leitor para a manipulação abusiva de números, geralmente apresentados como dados indiscutíveis. Posições ou propostas de caráter esquerdista se sustentam frequentemente com base neles, visando influir nas pessoas quando se discutem pontos de vista ideológicos. Ficarei contente se conseguir que o leitor não se deixe iludir por tais manipulações.
Quando demagogos esquerdistas deblateram a favor da reforma agrária, por exemplo, não é raro tirarem da cartola coelhos como este: 10% de latifundiários exploram 90% das terras, enquanto 90% de miseráveis derramam seu suor em apenas 10%. Por que uns derramam suor, enquanto outros exploram? Onde fica o limite entre latifundiários e miseráveis? De onde saíram esses dados? Não ouse pedir ao demagogo tais informações, pois se arrisca a receber dele torrentes de desaforos acusatórios, lançados a fim de livrar-se das perguntas incômodas, sem dar nenhum esclarecimento.
Na atual controvérsia ambientalista sobre poluição e aquecimento global, os decepcionados herdeiros do fracassado regime comunista mudaram um pouco a cantilena antiga, mas prosseguem jogando pobres contra ricos. Batucaram longamente sobre o consumo predatório das reservas mundiais de petróleo – os 10% mais ricos consumindo 90% do petróleo mundial, ou algo assim – mas já se cansaram da música, pois as reservas de petróleo não param de crescer. Quanto maior o consumo de petróleo, mais fontes de petróleo aparecem. A ponto de um potentado do mundo petrolífero afirmar que a era do petróleo não terminará por falta de petróleo, da mesma forma que a idade da pedra lascada não terminou por falta de pedras.
Diante desses fatos indiscutíveis, os esquerdistas passaram a acusar os 10% mais ricos de poluir o mundo dos 90% mais pobres. Trauteiam também que o planeta vai ser destruído pelo CO2 que os ricos despejam no ar.
Sofrem de um curioso daltonismo, esses esquerdistas. Durante décadas a fio, empenharam-se em propagar como solução para o mundo uma revolução vermelha. Fracassou esta quando o mundo ocidental não comunista já estava em plena onda verde do agronegócio, caminhando decididamente para saciar a fome mundial. Mas o progresso inegável do agronegócio, gerador de empregos e alimentos, passou a ser incriminado por eles como fator de poluição ambiental e aquecimento global. Tudo indica que o verde deles não é o mesmo que conhecemos. Deve ser por daltonismo ideológico, doença sem remédio e sem boas intenções.
Estamos próximo do Natal, e ocorreu-me sugerir aos ecologistas mudar a roupa do Papai Noel de vermelho para verde. Seria muito propagandístico, e também uma boa oportunidade para mudar de mentalidade. Que tal presentearem a humanidade com algum progresso (verde, que seja), ao invés de criticar qualquer progresso?

_______

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mato Grosso: tensão com indígenas por sumiço de jovens


População fecha BR-174 

Tarso Nunes / Internet

População de Juína interdita BR-174 devido ao desaparecimento de 2  jovens 

A presidente da Câmara de Juína (a 750 km de Cuiabá), Ivani Dalla Vale (PSB), afirma que o clima é tenso entre a população e os índios da etnia Enawenê Nawe. Isso porque dois jovens - Marciano Cardoso Mendes, 27 anos e Genes Moreira dos Santos, 24 anos - estão desaparecidos desde o dia 9, após supostamente ter furado o pedágio cobrado pelos índios.

Neste momento a população interdita a BR-174, que liga Juína a Vilhena (RO), para protestar contra o desaparecimento dos jovens e pedir justiça. Segundo a vereadora cerca de quatro agentes da Polícia Federal, com o apoio da Polícia militar, fazem a segurança do local.

Na última quarta Marciano e Genes partiram rumo à Bolívia para comprar roupas, que depois seriam revendidas. Quando os jovens chegaram ao pedágio, cerca de 60 km de Juína, eles supostamente entraram em confronto com a etnia por terem se negado a pagar. Há suspeita também de que os jovens vendiam armas e munições aos indígenas e teria havido desentendimento.

Diante disso, segundo a vereadora, os indígenas alegam que os rapazes atiraram nas placas e fugiram pelo mato. Familiares deles, no entanto, afirmam que ambos nunca tiveram contato com armas. Para a população, os indígenas  sequestraram os jovens que depois foram executados.

A vereadora pede que autoridades resolvam o caso o mais rapidamente possível para evitar qualquer tipo de confronto entre a população civil e indígenas. “Está tenso demais. Familiares dos rapazes estão revoltados. A população está enfurecida sem saber o que aconteceu”, relata a vereadora ao Rdnews.

Governo

O governador Pedro Taques (PSDB) visitou o município ontem (11) e aproveitou para se reunir com as famílias dos jovens. Taques lembrou que a reserva indígena é de competência da União e atribuição da Polícia Federal. No entanto, colocou as Policias Militar e Civil à disposição da União.

 “É mais uma incompetência do governo federal que não resolve a questão indígena para dar dignidade ao índio e ao não índio para que tenhamos mais tranquilidade em todas as regiões do país”, enfatizou.



Clima: Em Paris tudo continua como “dantes no quartel de Abrantes”


Conferência mundial sobre o clima
Nelson Fragelli


 Em Paris tudo continua como “dantes no quartel de Abrantes”
O quotidiano alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung” publicou no último dia 11 interessante artigo sobre as agruras dos cientistas da climatologia, reunidos na Conferência mundial em Paris (COP21), procurando o inexistente: as consequências desastrosas do “aquecimento global” para a humanidade.

Os “sumos sacerdotes” da climatologia se afanaram até o último instante para redigir um texto de acordo final entre representantes das nações presentes. O texto deveria alarmar o mundo proclamando que o gás carbônico está nos matando… 
Mas, com que argumentos convincentes criar o medo? E saiu um texto que, segundo os renomados cientistas participantes, é bem bonito, mas inconsistente. E têm o desplante de pedir menos oposição às suas fofas teorias. Eles se sentem ameaçados em seus objetivos. As conferências climáticas mundiais redundam num fracasso após outro.
O Ministro do Exterior francês propôs um texto para o difícil acordo final. A uns esse texto decepcionou e irritou. A outros ele aliviou e deu esperanças. Tais são as opiniões antagônicas na Conferência. “Um balaio de caranguejos” — dizem os franceses a respeito de uma reunião onde todos se mordem e não encontram saída. 
Restam as esperanças, dizem os cientistas ao deixar Paris. Ei-las a que eles que eles chegaram: “Nada se perdeu, poderia ter sido pior; sei por experiência própria que ao se procurar a aprovação final de um texto, a penúltima redação é sempre melhor do que a última”, sintetiza o renomado cientista Schellnhuber.
Johan Rockström, de Estocolmo, detentor de prêmios internacionais resmungou: “É melhor um tratado aguado do que nada”.
Incapazes de apresentar provas científicas convincentes (um grande número de cientista detentores de prêmios Nobel negam a existência dessas provas) repetem entretanto sua cantilena: as emissões de gás carbônico pelas indústrias devem ser imediatamente reduzidas. Falso dogma dos “sacerdotes” da climatologia.

À questão do clima poder-se-ia bem aplicar o refrão popular: “Tudo muda, mas continua a mesma coisa”…

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Negócio de PT, negócio da China





Desnacionalização suicida

Péricles Capanema

Nunca fui nacionalista; vejo com simpatia a presença de empresas estrangeiras entre nós. Mas o caso agora é outro. Em 25 de novembro último, o governo colocou à venda concessões por 30 anos para as usinas de Ilha Solteira. Jupiá, Três Marias, Salto Grande, vinte e nove hidrelétricas no total. Ganharam o leilão CEMIG (estatal), COPEL (estatal), CELG (estatal), CELESC (estatal), ENEL (forte presença do governo italiano) e THREE GORGES (estatal chinesa). A estatal chinesa ficou com 80% da energia e pagou R$13,8 bilhões pela outorga.

Vejam esta falácia lida por milhares, quem sabe milhões, ilustra como os meios de divulgação vêm tratando o caso: “Com os ativos recém-adquiridos, a CTG [China Three Gorges, a estatal chinesa] atinge capacidade instalada de 6.000 W, tornando-se a segunda maior geradora privada do país”.Privada? Quem acredita? — É estatismo do pior, mais danoso que o estatismo brasileiro.
E agora mergulho em assunto sobre o qual não apenas a ignorância e o descuido, mas a covardia e até o temor reverencial emudecem as línguas. Quem tomou conta de boa parte da geração de energia no Brasil, à vera, foi um país totalitário e imperialista que caminha a passos gigantescos para ser a primeira potência do mundo. Vai chegar lá? Sabe Deus. E que, ponto que ninguém de bom senso nega, usa sem escrúpulos todos os instrumentos de que dispõe para impor seus objetivos. 

O que aconteceu em 25 de novembro não foi fato isolado, faz parte de política de longo alcance; grande parte do capital chinês investido no Brasil é estatal, controlado pela ditadura comunista. Imagine uma disputa comercial de uma estatal chinesa — tributos, mercados, preços, admissão e demissão de empregados,dumping, oligopólios e monopólios, sei lá mais o que — com o governo brasileiro. Pelo que estamos acostumados a ver, bastaria a ameaça de retaliação comercial do nosso mais importante parceiro internacional, por exemplo, cortar a importação de ferro ou carnes, perseguir empresas brasileiras instaladas na China, para Brasília piar fino.
Falando em pios, a esquerda não solta um pio a respeito desta gritante desnacionalização, que carrega no bojo potencial e gravíssima ingerência externa em assuntos internos. Essa mesma esquerda que esgoelava décadas atrás contra a Light, o chamado polvo canadense, e berrou contra as privatizações do período FHC (entrega de propriedade do povo ao capital estrangeiro), vê agora, silenciosa, o governo, entre outros motivos premido por terríveis problemas de caixa, se lançar às carreiras numa política suicida de desnacionalização.
Repito, o episódio das três gargantas que engoliram de uma só vez parte do potencial elétrico do Brasil não é isolado. As estatais chinesas estão ativamente comprando propriedades entre nós nas mais variadas áreas. Na década de 70 foi usual a palavra finlandização. A Finlândia havia perdido mais de 10% de seu território para a Rússia, quase 20% de seu parque industrial e, pelo temor do vizinho ameaçador e poderoso, acertava sempre o passo com Moscou, não importava o que fizessem os tiranos comunistas. Aquele antigo e civilizado país, formalmente soberano, de fato padecia uma forma larvada de protetorado.
Queiramos ou não, a mesma situação, ainda que incipiente, ocorre no Brasil. Com a enorme e cada vez maior presença econômica do Estado chinês entre nós, vai chegar o dia em que o país, em numerosos assuntos internos, vai ter diante de si potência mundial imperialista. E, se colocarmos como padrão como trata os governos esquerdistas e comunistas, facilmente imaginaremos a subserviência diante do poderio chinês.

Cortando caminho, vilmente protegido pelo mutismo da covardia e da cumplicidade, está em curso entre nós um processo que vai levar à perda efetiva da soberania nacional. No fundo do horizonte, terrível perspectiva, nos espera o protetorado envergonhado, mesmo que cuidadosamente disfarçado. (fonte: blog do Péricles Capanema)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Índios paraguaios manipulados para fraudar aposentadorias rurais...-




Em duas operações, realizadas em Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí, a PF desbaratou esquemas de fraudes em aposentadorias que totalizaram R$ 15 milhões

Índios eram recrutados no Paraguai para fraudar aposentadoria rural
Marcelo Casal Júnior/Agência Brasil


Em duas ações distintas, realizadas em estados diferentes, 14 pessoas foram presas nesta terça-feira (25) por práticas de crimes previdenciários. Uma das operações da Polícia Federal que mais chamou a atenção dos investigadores foi a denominada Coiote Kaiowá. 
Para fraudar aposentadorias, os donos de uma financeira, em Mato Grosso do Sul, traziam índios do Paraguai para receberem benefícios como se fossem brasileiros. Nesse caso, o prejuízo para o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) foi de R$ 4 milhões. Na outra ação da PF, desencadeada no Maranhão e Piauí, as irregularidades somaram R$ 11 milhões.
Na Operação Coiote Kaiowá, desencadeada em Amambai e Aral Moreira, no interior de Mato Grosso do Sul, as fraudes envolviam um casal proprietário de uma financeira e um ex-chefe de uma aldeia indígena da região. Eles falsificavam certidões de atividade rural da Funai (Fundação Nacional do Índio) e registravam índios paraguaios como se fossem brasileiros. 
Além disso, eram expedidos documentos de indígenas que não existiam, cujas aposentadorias ficavam para os envolvidos, assim como faziam empréstimos consignados fraudulentos. Com a apreensão de grande quantidade de documentos, a PF acredita que o valor das irregularidades seja bem maior do que o apurado até agora. Quatro pessoas foram presas.      
Quilópode

Na Operação Quilópode, realizada em sete cidades do Maranhão e em Teresina, a Polícia Federal está cumprindo 10 mandados de prisão desde a manhã desta terça-feira de envolvidos também em crimes previdenciários. 
O esquema envolvia fraudes em benefícios de Amparo Social ao Idoso, cujas titulares eram fantasmas. O grupo, segundo a PF, atuava desde 2010 e contava, com a participação de um servidor do INSS, responsável pela concessão das aposentadorias, além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios.
 O nome da Operação Quilópode é uma alusão à palavra de origem grega que significa aquela que tem mil patas, uma forma de demonstrar a ramificação do grupo criminoso. 

sábado, 5 de dezembro de 2015

O Brasil se cansou do PT


A  presidente  está  braba



Percival Puggina

 A presidente Dilma veio às falas e se declarou indignada. Ela, indignada. E nós, o quê? Nós, constrangidos a conviver com recessão, inflação e corrupção.  Nós, sentenciados a acatar aumentos de impostos, solução indicada por quem sequer entendeu a natureza do problema. Somos notificados, nós, em cadeia nacional, de que a presidente está braba...
 Ora, leitores, o Brasil cansou de Dilma, do seu partido, das enrolações, das mentiras e das mistificações que mantêm o PT no poder.
Hoje à tarde, quinta-feira (3), assisti a leitura do pedido de impeachment ao plenário da Câmara dos Deputados. Estarrecedora a lista de crimes de responsabilidade fiscal praticados pelo governo! Na origem de cada um deles a mesma motivação: ocultação da realidade, dissimulação dos fatos, enganação. A tais práticas, lembremo-nos, era dado o nome de “contabilidade criativa”. Valha-nos Deus!
A presidente espera enfrentar a crise acusando a oposição de conspirar contra o interesse público. Mas quem agiu prolongada e determinadamente contra a nação, olhos postos apenas no interesse próprio e nas parcerias ideológicas? Quem fez o diabo e todos os diabinhos possíveis para vencer a eleição gerando o caos subsequente, jogando o país em mais uma década perdida?
O Brasil precisa de união nacional para enfrentar a crise. A presidente não perdeu apenas 70% dos votos que fez no ano passado. Por não respeitar o interesse público, por valorizar mais a reeleição do que o bem do país, ela perdeu o respeito do país. E não há, tampouco, como seu partido unificar qualquer coisa politicamente consistente. Enquanto o governo jogava o país na valeta da estrada por onde outros avançam, o partido governante entesourava e tratava de dedicar o Estado, o governo e a administração à tarefa de construir conflitos e impor suas pautas.
A unidade, em torno de Dilma Rousseff, só pode ser na tarefa de nos enganarmos uns aos outros para que, ao final, estejamos todos vivendo o mesmo delírio. E a unidade, em torno do PT, é a guerra de todos contra todos, é a simultaneidade dos ódios provocados e a explosão de todos os conflitos existentes, inventados e ainda por inventar.

O impeachment no qual o país depositou suas esperanças neste ano que chega ao fim foi posto em marcha. Ao longo das próximas décadas estaremos falando destes dias, destas semanas, e saberemos que, em 2015, o povo brasileiro mobilizou-se para que se cumprisse a Constituição e fossem afastados do poder aqueles que se uniram na mentira e nela se abastaram.

Tanto semearam divisão que acabaram unindo o país contra si.

________________________________

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Dom Pedro e a coisa pública: em vez de criar impostos, cortava despesas


A coisa pública

Ruy Castro


RIO DE JANEIRO - Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público.

Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado.

Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro.

Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma).

D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã.



CIMI teria financiado e incentivado invasões


Documentos da CPI que investiga o Cimi em MS chega à Câmara Federal


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação da Funai e do Incra em demarcações de terra, recebeu nesta quarta-feira (2) documentos da CPI que investiga o Cimi (Conselho Indigenista Missionário - vinculado à igreja católica) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (MS).
A comissão foi criada a partir de denúncias de que o conselho teria financiado e incitado invasões de propriedades particulares por indígenas no Estado.

O presidente da CPI da Câmara, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), recebeu a documentação da deputada estadual Mara Caseiro, que preside a comissão de inquérito. Moreira avalia que há várias formas de influência na demarcação de terras indígenas: do Cimi, por parte da igreja e pela Funai. “Esse crime é de laboratório e feito a muitas mãos", avalia.

A sub-relatora sobre o Incra da CPI da Câmara, deputada Tereza Cristina (PSB-MS), aponta a existência de provas de que integrantes do Cimi ligados à Funai teriam instigado conflitos com produtores rurais em todo país.

Críticas

A deputada Érika Kokay (PT-DF), no entanto, criticou a falta de objeto determinado e marco temporal da CPI da Câmara. "Se busca criminalizar a Funai e criminalizar o Incra para que isso sirva de combustível para a PEC 215/00 [proposta que transfere do Executivo para o Congresso o poder de demarcar terras], porque esse é o objetivo: impedir a demarcação de terras indígenas e quilombolas, e não transferir para o Legislativo".

Em nota, o Cimi afirma que a investigação da CPI da Assembleia do Mato Grosso do Sul "faz parte da estratégia de ataques ruralistas aos povos indígenas e seus aliados".