segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Clima: última das preocupações dos jovens brasileiros!


Parabéns por desacreditar nos eco-terroristas!



Segundo informa post do EcoD, jovens brasileiros do movimento Clímax Brasil devem trabalhar por rede nacional de organizações e pessoas lutando contra as consequências das mudanças do clima.

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgado no final de julho revelou que o combate às mudanças climáticas está no fim da lista das prioridades dos jovens brasileiros de 19 a 25 anos.

De acordo com a pesquisa, assim como mostram as manifestações populares nas ruas desde junho, educação de qualidade (85,2%), e melhoria dos serviços de saúde (82,7%), são as principais preocupações da juventude brasileira. Enquanto o combate às mudanças climáticas aparece como prioridade para apenas 7,3 dessa faixa etária.



sábado, 24 de agosto de 2013

Veja no que dá o socialismo...


Agricultura dos EUA lucra com socialismo venezuelano

Steve Orlicek, produtor de arroz dessa pequena cidade no interior dos Estados Unidos, está vivendo o sonho americano. Ele é dono de um próspero negócio e tira férias nas Bahamas.

Sua sorte tem muitas explicações, inclusive uma bastante improvável: ele é um grande beneficiário das políticas econômicas socialistas de Hugo Chávez, falecido presidente da Venezuela e crítico voraz do que chamava de "imperialismo americano".

É um legado paradoxal da revolução socialista de Chávez que suas políticas tenham se tornado uma máquina de fazer dinheiro para o sistema capitalista que deplorava.

Durante seus 14 anos no poder, ele nacionalizou propriedades agrícolas, redistribuiu terras e impôs controles de preços de alimentos como parte de uma estratégia para ajudar os pobres.

Mas essas políticas fizeram a Venezuela passar de exportador líquido para importador líquido do arroz produzido por agricultores como Orlicek. "A indústria de arroz tem sido muito boa para nós", diz Orlicek, em sua casa recém-reformada, que tem até um piano de cauda.
Não se trata apenas de arroz. A produção de aço, açúcar e muitos outros bens foi drasticamente reduzida na Venezuela, levando a crises ocasionais de escassez.
Até recentemente, a Venezuela era praticamente autossuficiente na produção de carne e café. Agora ela importa ambos.

No primeiro semestre, os EUA exportaram US$ 94 milhões de arroz para a Venezuela, um salto de 62% ante o mesmo período de 2012, tornando o país o quarto maior mercado para o arroz americano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.

No geral, as importações da Venezuela quadruplicaram desde que Chávez assumiu o poder. As exportações dos EUA para a Venezuela atingiram US$ 12 bilhões em 2011, 16% acima do volume do ano anterior, mostram os dados mais recentes divulgados pelo governo americano.

O que fará o Ministério Público do Trabalho??



Os 4 mil escravos de jaleco do Partido Comunista de Cuba custarão ao 

Brasil R$ 40 milhões por mês 

Deve ser o maior escândalo do PT em quase 11 anos de governo

Nunca, leitores, nunca mesmo!, os subestimem. Quando vocês acharem que eles já chegaram ao limite do tolerável, fiquem certos: eles darão mais um passo, mais dez, mais mil. Não param nunca! 

Não têm compromisso com a palavra, com os fatos, com a razão, com a decência, com o bom senso, nada! 

Neste fim de semana, chega o primeiro lote de escravos-médicos de Cuba. Serão 400 de um total previsto de 4 mil. Por enquanto! Uma operação dessa magnitude não se planeja da noite para o dia.

Alexandre Padilha jamais deixou de cuidar do assunto, muito especialmente quando anunciou que o governo havia desistido da ideia. Pasmem! Isso aconteceu no dia 8 de julho — há menos de um mês e meio. 

Enquanto dizia ao país uma coisa, tramava outra. O que ele quis foi impedir a reação dos críticos. Por isso agiu à socapa, à sorrelfa, por baixo dos panos, transformando um projeto de governo quase numa conspiração.

Já lembrei aqui que o ministro da Saúde não criou um maldito estímulo que fosse para a interiorização dos médicos brasileiros. E não o fez porque seu projeto era outro. 

A decisão de importar os 4 mil escravos do Partido Comunista cubano, que também serão agentes do petismo, soma interesses de natureza ideológica, política e eleitoral. Esclareço.

Quem são?

Os médicos que chegarão ao Brasil já atuaram em democracias bolivarianas exemplares como Venezuela, Bolívia e Equador. Conheço bem a questão por razões que não vêm ao caso. Se os jornalistas investigativos forem apurar (eu só investigo a falta de lógica), vão descobrir que Cuba tem uma espécie de exército de jaleco para trabalhar mundo afora. 

Todos eles, sem exceção, são filiados ao Partido Comunista e considerados “quadros” do regime. Não! Não se trata de inferir que, no Brasil, tentarão fazer a revolução ou implantar o comunismo. Isso é besteira. A questão é de outra natureza.

Em todos os países onde atuam, eles se tornam, aí sim, prosélitos do governo que os importou. Se assim não agem por vontade, fazem-no porque não têm alternativa. 

Os países que os abrigam não fazem contrato com eles, mas com ditadura cubana. A Organização Pan-Americana de Saúde entra na história apenas para, como direi?, lavar a natureza do acordo indecente. Indecente?

Sim! O Brasil pagará R$ 10 mil por cubano importadoe esse dinheiro será repassado a Cuba. A ilha, então, se encarregará de pagar os médicos. 

Esse mesmo tipo de contrato vigorou com a Venezuela, Equador e Bolívia. Os médicos chegam sem suas respectivas famílias. Nem sonham, portanto, em desertar. A atividade, no entanto, rende um pouco mais dinheiro do que permanecer naquela ditadura paradisíaca.

Atenção! Embora trabalhando para o sistema público de saúde no Brasil, os médicos obedecem ao comando de cubanos. Estarão por aqui, mas sob a estrita vigilância de bate-paus do Partido Comunista. 

Deles se exige que, no contato com as comunidades pobres, sejam agentes de propaganda do governo. É evidente que, caso criasse as condições para interiorizar médicos brasileiros, Padilha não contaria com essa sujeição.

E por que os cubanos se submetem? Ideologia? Não necessariamente. É que não têm alternativa. Para o seu futuro e o de sua família, ficar na ilha é pior. O Brasil não terá nenhum controle dos médicos que vão entrar ou sair. 

Serão os cubanos a decidir quem fica e quem vai. Como eles não terão o seu diploma validado aqui, não têm como, por exemplo, abandonar o programa e passar a clinicar por conta própria.

ENTÃO VEJAM QUE MARAVILHA! OS CUBANOS SÓ SÃO CONSIDERADOS APTOS A TRABALHAR AQUI SE ESTIVEREM LIGADOS AO GOVERNO DA ILHA. SEM ISSO, NÃO!

Contra a terceirização?

Lembro-me do escarcéu que petistas e outros esquerdistas vulgares fazem contra a administração de hospitais públicos por OSs (Organizações Sociais). Os vigaristas costumam dizer que se trata de privatização do bem público e outras bobagens. 

E o que faz o PT? Na prática, terceiriza 4 mil postos médicos, entrega-os ao controle dos cubanos e alimenta aquela tirania com R$ 40 milhões por mês. 

Ora, poderia haver terceirização pior do que essa, com os médicos obrigados — alguns certamente por gosto e ideologia — a fazer proselitismo político, sob pena de ser mandados de volta ao hospício de Fidel e Raúl Castro? É um escândalo, a meu juízo, sem par na era petista.

A importação dos médicos se dá a pouco mais de um ano da eleição presidencial e para os governos de Estado. Dilma deve tentar um segundo mandato. Padilha vai disputar o Palácio dos Bandeirantes. 

Em recente encontro do PT, Lula afirmou que o ministro tinha antes de trazer os médicos para, aí sim, anunciar a candidatura.

Vamos ver, insisto neste ponto, o que fará o Ministério Público do Trabalho, sempre tão diligente quando se trata de apontar trabalho semelhante à escravidão em fazendas ou oficinas de costura. 

E no caso dos médicos? Resta evidente que o governo de Cuba os mantém atrelados ao regime, entre outras razões, porque dispõe de instrumentos para puni-los caso se rebelem — e a família é um argumento bastante forte.

Não sei, não! Tenho para mim que, num exame cuidadoso das leis, não será difícil chegar à conclusão de que esse acordo é ilegal. 

Numa entrevista, Padilha reafirmou que repassará a Cuba R$ 10 mil por médico, mas que a remuneração dos doutores é decisão daquele país; o Brasil não teria nada com isso. 

Como não? Então vamos encher as burras de Cuba com os recursos de um programa público de saúde, vinculado ao SUS, e ignorar que boa parte desse dinheiro será surrupiado?

Curioso, não é? Segundo as leis brasileiras, uma loja de departamentos que compre roupas de uma oficina que explore trabalho degradante pode passar a ser corré (essas novas regras do hífen são de matar…) numa ação ainda que ignorasse o fato. 

E se vai tolerar que a presidente de um país e seu ministro da Saúde sejam beneficiários de um trabalho em tudo similar à escravidão?

No encerramento deste texto, é forçoso que eu lembre: Hugo Chávez evidencia a excelência da medicina cubana, e Lula e Dilma, a da medicina brasileira. Na hora do pega pra capar, os petistas não apelaram nem aos cubanos nem ao SUS. 

Preferiram o Sírio-Libanês.



Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Trabalho escravo chapa branca...


Chegam os médicos cubanos

  • Hélio Dias Viana (*)

         A insistência do governo brasileiro em contratar médicos cubanos — que acabou de ser oficializada após ter sido desmentida mais de uma vez — é inquietante e revela que os atuais responsáveis pelo País parecem decididos a encaminhá-lo no mesmo rumo da Venezuela.

         De um lado, como o Brasil tem 400 mil médicos, nosso problema não é a falta deles, mas de condições básicas para o exercício da medicina nas zonas periféricas e recônditas, conforme declararam os órgãos competentes da classe.

         E não deixa de ser curioso imaginar que um País com tal quantidade de médicos ainda precise de apenas de 15 mil, como se esse contingente não pudesse ser preenchido por nacionais.

De outro lado, o custo desses quatro mil cubanos — cujos contratos deverão ser de três anos prorrogáveis — será na ordem de 250 milhões de reais. Está previsto um salário mensal de 10 mil reais, além de ajuda de custo para moradia e refeição.

Fica explicado por que esse invejável salário não é suficiente em lugares tão pobres, sendo necessária uma ajuda adicional: o mesmo não será pago aos médicos, mas ao regime cubano, que dele destinará algumas migalhas para seus escravos a serviço do governo brasileiro.

Sim, deste mesmo governo que para perseguir a propriedade privada blasona a existência de trabalho escravo no Brasil... É só imaginar o que aconteceria com qualquer produtor rural ou empresário que se entregasse à prática absurda e injusta de não pagar o salário integral a seus empregados, mas que o destinasse a um órgão que os controlasse de modo despótico que depois lhes passasse uma quantia irrisória.

A tais médicos cubanos — que enxameiam na Venezuela chavista e cujos 400 primeiros chegarão imediatamente ao Brasil, segundo se anunciou — não se exigirá a prova de aptidão para o exercício da profissão, justamente requerida pelos órgãos representativos da classe, beneficiando-os assim com uma espécie de cota preferencial. Nem tampouco o conhecimento do português, o que poderá dar azo a toda sorte de confusão na sua interlocução com pessoas mais simples.

         E eles chegam no exato momento em que, em localidades com características semelhantes às descritas para a sua atuação, estão sendo rearticuladas — com o decidido apoio de várias dioceses — as famigeradas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que constituem verdadeiros soviets para convulsionar o Brasil.

 À vista disso, uma pergunta se impõe: não estarão esses médicos chamados a desempenhar — sob a batuta de Frei Beto, o principal articulador das CEBs e “muy amigo” de Cuba — uma ação conjunta com estas?

Por fim, esta decisão do governo brasileiro aproxima-o dos países onde se exerce uma democracia sui generis, baseada numa ideologia que a torna surda tanto aos clamores da opinião pública quanto das associações representativas de classe.
        

_________  
(*) Hélio Dias Viana é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mercado de biomantas e biorrolo



Aposta no potencial brasileiro

Empresa fundada na Bahia, o Grupo Aurantiaca aposta no potencial brasileiro para o mercado de biomantas e birrolos de fibras naturais do coco. Com um investimento de mais de 250 milhões, a empresa atua em toda a cadeia produtiva do fruto. 

Além disso, conta com equipamentos de primeiro mundo para garantir o processo de produção das fibras com padronização industrial e larga escala. O produto está sendo cada vez mais usado na bioengenharia, agronegócio e no setor automotivo.

As biomantas já estão sendo aplicadas no setor de bioengenharia, na recuperação de áreas degradadas, erosões, em obras emergenciais, proteções de cursos d´água e também no agronegócio. 

Segundo Roberto Lessa, vice-presidente da Aurantiaca, o material ainda tem potencial para atender o mercado automotivo, na utilização das fibras e compósitos em assentos, encostos, apoios de cabeça, forro de portas, tapetes, teto, porta-luvas entre outros. 

“Temos ainda um laboratório com capacidade para atender, desenvolver e solucionar demandas específicas dos fornecedores, de maneira rápida e eficiente”, ressalta Lessa.

Feita a partir do aproveitamento integral do coco, as fibras são costuradas formando uma trama bem resistente e protegida por redes de polipropileno ou juta, o que permite uma vida útil suficiente para os vários ciclos de germinação, além de ser altamente sustentáveis.

O material evita erosões e ressecamento do solo, por reter a umidade, além de prevenir dispersão das sementes, criando um ambiente favorável para o desenvolvimento da planta. 

Sendo totalmente orgânica, a manta é biodegradável. Com o crescimento da vegetação no local, ela se decompõe e se transforma em adubo.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Reforma Agrária e pé-de galinha zumbi na China


Tira-gosto chinês: unha de galinha zumbi

Luis Dufaur (*)

Consta que a polícia chinesa tenha desmantelado uma rede que vendia pedaços de galinha – principalmente os pés, muito apreciados no país como aperitivo – velhos de 50 anos, noticiou o jornal “ABC” de Madri.

A descoberta aconteceu na cidade de Nanning, no sul da China. Teriam sido apreendidas 20 toneladas de pés-de-galinha congelados de modo precário e vencidos havia 46 anos nos casos mais extremos – portanto, desde os anos 60 do século XX.

O “achado arqueológico” foi objeto de muitas ironias nas redes sociais chinesas, já acostumadas com notícias de alimentos estragados de toda espécie distribuídos pelo governo ou com sua cumplicidade.

A ironia é o recurso que resta aos infelizes chineses, condenados pelo regime a beber e comer produtos suspeitos. Os internautas cunharam o termo “unha de galinha zumbi” para essa proeza da alimentação socialista.

Esses petiscos foram armazenados em plena Revolução Cultural e acarretaram enorme despesa com frigoríficos. Provavelmente fizeram parte de lotes de alimentos seletos destinados a líderes comunistas, enquanto o povo não tinha o que comer.
Segundo o “China Daily”, jornal do governo, esses produtos nem existiam na China da Reforma Agrária e foram importados ilegalmente de países vizinhos como o Laos e o Vietnã, que naqueles tempos eram livres e tinham alimento para vender.

Alguns lotes estavam conservados em peróxido de hidrogênio, substância ilegal que dá ao alimento um aspecto “recente”, sublinharam os responsáveis da segurança alimentar de Nanning.

Se a Reforma Agrária socialista e confiscatória tivesse sido imposta ao Brasil – como o foi na China e em todos os países comunistas – estaríamos ingerindo produtos como os oferecidos ao povo chinês!


(*) Luis Dufaur é webmaster do blog “Pesadelo chinês”

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Onde há fumaça, há fogo! Ou crise de verticismo?


Ruralistas se rebelam contra Kátia Abreu


A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, enfrenta uma rebelião no Congresso Nacional liderada por deputados e senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária, a FPA, representação que faz o lobby dos ruralistas em Brasília.

A queixa é quanto ao adesismo de Kátia ao governo da presidente Dilma Rousseff. O que, na visão da FPA, tem prejudicado o avanço das reivindicações do setor no Legislativo e no Executivo. 

As referências feitas ao governismo de Kátia são diversas. Como o fato de ela ter empregado Juliano Hoffmann, irmão da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ele é gerente de projetos no Instituto CNA. 

Outro exemplo é a distribuição de calendários da CNA, pelo país, com uma foto dela ao lado de Dilma. A insatisfação maior, porém, é com a sua falta de envolvimento nos principais embates do setor no Congresso. 

Acusam-na de ter se afastado das discussões sobre a PEC 215, que dá ao Congresso direito de definir as terras indígenas.

Fonte: Valor Econômico, 12/8/2013.
Manchetes Socioambientais - 12/08/2013

Valha-nos Deus!



Dilma supera Lula nas despesas com 


propaganda



Os gastos com propaganda do governo federal nos dois primeiros anos da gestão de Dilma Rousseff, incluindo estatais, é 23% maior, na média, do que nos oito anos de mandato de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva.
 A presidente também vem gastando mais - cerca de 15% -, na média, na comparação com o segundo mandato de Lula.
Ao todo, em dez anos de governo petista foram desembolsados, incluindo todos os órgãos da administração, cerca de R$ 16 bilhões, em valores corrigidos pela inflação, segundo levantamento inédito do Estado.

A quantia é quase igual aos R$ 15,8 bilhões que o governo pretende investir no programa Mais Médicos até 2014. 
Com o valor também seria possível fazer quase duas obras de transposição do Rio São Francisco, atualmente orçada em R$ 8,2 bilhões.

Fonte:  Ricardo Noblat // Fernando Gallo, Estadão

domingo, 11 de agosto de 2013

Produzir, produzir produz o governo...



Trava-língua


A lista de cargos prolixos do governo federal foi engrossada nesta semana pelo de “coordenador na Coordenação da Coordenação-Geral de Produtividade do Departamento de Produtividade e Inovação da Secretaria de Competitividade e Gestão da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República”.

Faz lembrar o princípio: "Tudo o que Estado faz de bom é mal feito e tudo aquilo que faz de ruim é bem feito..."

Folha de S. Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Painel / Vera Magalhães

Trabalho análogo à escravidão?!


Feitiço voltando contras os feiticeiros



Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Roraima têm dormido ao ar livre cobertos por lonas, bebido água de rios sem tratamento e cozinhado alimentos em fogueiras.

Por causa dessas condições, a Justiça do Trabalho da 11ª Região (Amazonas e Roraima) condenou a Funai e a União ao pagamento de R$ 500 mil por danos morais coletivos e determinou a resolução dos problemas. Cabe recurso contra a decisão.

A sentença, proferida no mês passado, foi em resposta a uma ação do Ministério Público do Trabalho. A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda recorrer.

O juiz Joaquim de Lima, da 1ª Vara do Trabalho de Boa Vista, classificou como “precário, indigno e insalubre” o ambiente de trabalho dos servidores da Funai que prestam serviço em áreas indígenas. 

De acordo com a ação civil pública, a Funai não tem alojamento em todas as bases de trabalho e, por isso, os servidores dormem em unidades da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), casas de fazendeiros, malocas indígenas ou ao ar livre, cobertos por lonas amparadas em estacas de madeira.

Nos locais em que há alojamentos da Funai, as condições também são “desumanas”, afirma o Ministério Público do Trabalho. Os alojamentos não têm cozinha (servidores improvisam fogueiras) nem refeitório (sentam-se sobre pedras ou tocos de árvores para se alimentar), diz a ação.


Com ou sem alojamentos, bebem água sem tratamento.

FRSP, 5/8/13 Aguirre Talento

A realidade sobre a Reforma Agrária



Custo dos assentados


Parabéns a Xico Graziano por mais um lúcido artigo (O País sem o MST, 6/8, A2). Permito-me corrigir-lhe um dado: uma família de assentados custa muito mais que R$ 100 mil. 

Em Araçatuba, onde há vários assentamentos instalados no governo Lula, um alqueire de terra custa cerca de R$ 50 mil. Cada lote tem, em média, seis alqueires, mais a reserva legal, área de preservação permanente e largos corredores (estradas que dividem os lotes). 

Tranquilamente, uma média de dez alqueires por família, ou R$ 500 mil. Mas não é só. Como a agricultura dos assentados não é sustentável, há várias subvenções: para construção da moradia (R$ 30 mil), Luz para Todos (R$ 30 mil), plantio (R$ 40 mil). 

Além desses R$ 600 mil que recebem em transferência direta de renda do contribuinte, há a cara, pesada e ineficiente estrutura do Incra para apoio aos assentados e assessorar novas invasões. 

Assim, uma família assentada custa mais que uma família sustentada pelo Estado não com um salário mínimo, mas com dez. O suficiente até para comprar a saúde, a educação e a segurança que o Estado deixa de fornecer por falta de prioridade no gasto público. 

Bendito seja o Bolsa Família, que represou a pressão social sobre o campo. Mesmo que os produtores rurais não estejam em paz (ainda tem os índios, os quilombolas, títulos não reconhecidos, etc.), o contribuinte ganhou um alento com o menor desperdício de seu suado dinheiro.

Fonte: Francisco de Godoy Bueno, diretor jurídico da Sociedade Rural Brasileira, São Paulo, in OESP, 7/8/13

Agropecuária se sobressai


Campo, câmbio e tecnologia

Pelo menos um setor, o agronegócio, pode exibir bons resultados num ano desastroso para o comércio exterior brasileiro. 

Chegaram a US$ 47,3 bilhões entre janeiro e julho, cerca de 12% mais que um ano antes, as vendas externas de soja e derivados, carnes in natura, café, milho, fumo, couro, suco de laranja e algodão. 

Estes são apenas os produtos principais. Um levantamento mais detalhado apontaria um faturamento maior, mas basta essa verificação incompleta para mostrar o contraste entre as exportações de base agropecuária e as vendas de manufaturados, no valor de US$ 50,69 bilhões, apenas 0,4% maior que as de igual período de 2012. 

Sem as commodities, e, de modo especial, sem as do agronegócio, o saldo comercial acumulado em sete meses seria bem pior que o déficit de US$ 4,99 bilhões apontado nas contas oficiais.


A busca da produtividade continua. Grande parte do investimento privado deste ano, apontado pelo governo como um dado altamente positivo, foi realizada pela agropecuária, mas este detalhe é raramente ressaltado

Enquanto a produção de veículos leves entre janeiro e julho foi 5,2% maior que a de igual período de 2012, a de caminhões pesados ficou 43,9% acima da registrada um ano antes, segundo os últimos dados da associação das montadoras, divulgados ontem. 

A boa safra de grãos e oleaginosas é uma das principais explicações desse resultado — provavelmente a principal. As vendas de máquinas agrícolas automotrizes de fabricação nacional aumentaram 28,6% na mesma comparação. 

Esse vigor é resultado de ações de longo alcance, muito diferentes das políticas imediatistas e eleitoreiras dominantes em Brasília nos últimos anos.

OESP, 7/8/2013
Notas & Informações

Feitiço se volta contra o feiticeiro


Ocupações atrasam 
Minha Casa Minha Vida



Após ser retirada de uma área de risco no Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, e aguardar por mais de dois anos, a auxiliar de cobrança Jucilene Alves Gomes da Silva, de 27 anos, finalmente iria para a casa própria, pelo programa Minha Casa Minha Vida

A decepção veio na semana passada, quando descobriu que o prédio havia sido invadido.

Ela não está sozinha. Pelo menos 40 prédios e terrenos destinados à moradia popular foram invadidos desde a semana passada. 

O prefeito Fernando Haddad (PT) afirma que há uma ação “subterrânea” de um grupo orquestrando as ações. Em alguns casos, os prédios ocupados estavam prestes a ser entregues aos moradores.

“Doze empreendimentos da Caixa Econômica Federal que estão praticamente prontos foram invadidos e o próprio movimento (sem-teto) não reconhece legitimidade dessa prática, prejudicando pessoas que esperaram por anos”, disse Haddad.

De acordo com o prefeito, isso também acontece com terrenos públicos. “A gente tem publicado decreto de desapropriação. Tem alguém aí, que não tem caráter, lendo Diário Oficial. Sabe o que acontece? 

Organiza as pessoas para invadir o terreno que vamos desapropriar. Em vez de adiantar o processo, você atrasa”, afirma.

Heliópolis. Ontem, durante o anúncio da construção de 5 mil unidades habitacionais em Heliópolis, em um terreno de 420 mil m² que será comprado da Petrobrás, o prefeito pediu a moradores para impedirem que a área também seja invadida. 

Para que o projeto seja feito, ainda falta um laudo de descontaminação da área. O custo de construção das moradias será de R$ 350 milhões.

Fonte: Artur Rodrigues, in OESP, 3/8/13

sábado, 10 de agosto de 2013

Integração de culturas reduz custos


Grãos, criação de gado e silvicultura

O sistema que integra em uma mesma área duas ou três atividades agrícolas, uma das técnicas empregadas no país, permite ao produtor obter maior produção em um mesmo ano agrícola e diversificar sua receita.

Com várias combinações possíveis entre plantio de grãos, criação de gado e silvicultura (plantação de árvores para venda como madeira ou lenha), a produção integrada diminui os custos e possibilita a obtenção de renda maior e constante durante o ano.

"A grande vantagem é otimizar o uso da terra, com grãos, carne, leite e madeira", diz Maurel Behling, pesquisador da Embrapa Agrosilvipastoril. Associado a boas práticas, como plantio direto, conservação do solo, manejo eficiente e trato adequado dos animais, o sistema pode multiplicar a produtividade.

Uma atividade beneficia a outra. O resíduo de adubo de uma área que foi plantada com soja, por exemplo, e a palha que fica no solo depois da colheita melhoram a pastagem. No caso da integração com floresta, o conforto que a sombra das árvores proporciona aos animais resulta em maior produtividade.

Estudos da Embrapa com gado leiteiro mostram que a produção de leite em sistemas com florestas é 20% maior do que a obtida com animais colocados a céu aberto.

Enquanto na pecuária tradicional o gado perde peso na entressafra, com a utilização do sistema os animais chegam a ganhar até um quilo por dia nesse período, segundo Lourival Vilela, pesquisador da Embrapa Cerrados.

"O sistema integrado está sendo adotado nas várias regiões de cerrado. Dependendo das condições climáticas, o produtor pode conseguir duas ou três safras, de grãos e carne, no mesmo ano", diz.

A integração de atividades também causa menor impacto ao meio ambiente, melhora a fertilidade do solo, diminui a incidência de pragas e doenças, o que leva a menor necessidade de aplicação de produtos químicos.

A técnica também reconstitui a cobertura florestal e diminui a pressão para desmatamento e abertura de novas áreas de cultivo, nas regiões de fronteira agrícola.

Introduzido por imigrantes europeus no sul do país, entre o final do século XIX e início do século XX, o sistema foi aperfeiçoado com tecnologia da Embrapa e outras instituições de pesquisa e hoje é adotado em quase todas as regiões.

O modelo permite ainda recuperar áreas de pastagem degradadas. Segundo Behling, essa pode ser a saída para resgatar metade dos 28 milhões de hectares de pastos no Mato Grosso que hoje se encontra em algum estágio de degradação.

"Para recuperar essa área há um custo. O agricultor pode amortizá-lo e ainda gerar rendas alternativas, com a integração lavoura-pecuária-floresta", diz o pesquisador.

Com a produção integrada, os pecuaristas também podem aumentar o número de animais por hectare, hoje de 0,8 animal em média por hectare no país.

"Quando passa para o sistema integrado, o produtor dobra essa taxa. Mas há levantamentos que mostram o aumento para até oito animais por hectares, em várias regiões espalhadas pelo país, afirma Behling.

No Mato Grosso, algumas áreas acompanhadas pela Embrapa já estão no quarto ano de implementação, com eucalipto, teca e mogno africano.

O sistema registra maiores resultados no Sul e Sudeste, onde é empregado há mais tempo. No Paraná, maior produtor de grãos do país, a integração de culturas com pecuária é adotada em cerca de 300 mil hectares, equivalentes a 5% da área cultivada.
Os produtores paranaenses costumam destinar três quartos da área à cultura de soja ou milho no verão (outubro a fevereiro) e, depois da colheita, colocar na mesma área pastagem para o inverno.

A produção integrada pode ser adotada em propriedades de todos os portes e é possível associar à pecuária diversos tipos de cultura, como milheto, sorgo e girassol. As árvores também podem ser frutíferas, em associação com animais como ovelhas.


Fonte: Adaptado de Valor Econômico em http://cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=305513&codDep=6

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A FUNAI continua agitando


Indígenas ignoram Justiça Federal 

e saqueiam propriedade em MS


Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul


Estavam encapuzados e utilizaram rojões e pedaços de madeira, enquanto outros dois grupos bloqueavam as estradas que dão acesso à propriedade

Apesar da determinação da Justiça Federal, para que os indígenas permaneçam em 100 hectares da Fazenda Cambará, localizada em Iguatemi, o produtor rural Osmar Bonamigo teve a sede da propriedade invadida e saqueada por Guaranis Kaiowá. 

O mesmo grupo que invadiu a área da fazenda no ano passado, avançou para a sede nesta segunda-feira (5) e, segundo Boletim de Ocorrência registrado na delegacia do município, furtou pertences da família. A Força Nacional e a Polícia Federal (PF) vistoriaram o local na manhã de hoje (6), depois que os indígenas se retiraram.

De acordo com o advogado do produtor, Armando Albuquerque, o BO e os documentos referentes ao crime serão apresentados à desembargadora federal do Tribunal Regional Federal 3ª Região, Cecília Mello, relatora do processo na segunda instância. O advogado do produtor também afirma que a PF investigará o caso. “A Polícia Federal fotografou o local e fará busca dos objetos roubados”.

Como em outras invasões, os indígenas estavam encapuzados e utilizaram rojões e pedaços de madeira, enquanto outros dois grupos bloqueavam as estradas que dão acesso à propriedade. O caseiro, que também teve bens subtraídos, foi expulso com sua família e buscou abrigo em propriedade vizinha.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) formou grupos de estudos – primeiro passo do processo demarcatório – para análise de três novas terras indígenas na região, a Iguatemi-Pegua I, II e III. A Terra Indígena Iguatemi-Pegua I, com portaria já publicada, abrange área de 41,5 mil hectares, o que equivale a 14% do município de Iguatemi. 

As Terras Indígenas Iguatemi-Pegua II e III, caso publicadas, abrangerão 5% de Amambai, 25,2% de Paranhos, 28,9% de Tacuru, além de 53,1% de Coronel Sapucaia, em um total de 159,8 mil hectares.

A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul) entregou no início do ano à presidente da República, Dilma Rousseff, documento relatando o impacto da demarcação dessas terras à economia do Estado. 

A área inclusa nos estudos da Funai corresponde a 21% do território sul-mato-grossense e gera 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que conta com 66 propriedades invadias. 

Amanhã (07), o presidente da Federação, Eduardo Riedel, participa de reunião agendada com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das invasões.

Publicado em: 06/08/2013.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Não há solidariedade na pobreza


 


Dior not war


"Dior não guerra." Vi esta frase numa camiseta. Lembra a clássica dos anos 60: "faça amor, não faça guerra". Melhor do que a bobagem com o rosto do assassino mais chique da América Latina, o Che.

O que me encantou na frase é que a Dior representa --ou qualquer outra marca-- a capacidade humana de produzir riqueza como forma de civilização, em vez de nos matarmos. Todo mundo sabe que riqueza material não é apenas riqueza material.

O que aborrece no Brasil é que ainda não entendemos que a riqueza da qual falam autores como Adam Smith (filósofo moral, e não um guru do egoísmo como alguns pensam por aqui) não é apenas material, mas moral e existencial.

Outro dia vi numa dessas cidades históricas mineiras maravilhosas um grupo de jovens, como cara de anos 60 extemporâneos, que falavam barbaridades contra o capitalismo, todos munidos de iPhones e iPads, registrando tudo a sua volta. Ignorantes, parecem pensar que toda esta tecnologia, que vai de celulares a cirurgias cardíacas, caem do céu. Não, tudo custa, e muito.
Recentemente li na revista "The Economist" duas matérias muito interessantes. Uma primeira falava de como o crime comum (roubos, assassinatos e similares) tem caído significativamente em países ricos, como EUA, Reino Unido e Alemanha, mesmo em cidades grandes como Nova York e Londres.

Não se trata apenas de mais punição, mas sim de um conjunto de elementos que passam por polícia mais equipada e treinada (o que não quer dizer mais violenta), tanto preventiva quanto científica. Crianças em boas escolas e ocupadas principalmente quando as famílias são mononucleares (só um dos pais), ruas limpas, estradas bem feitas, hospitais eficientes, transporte público operacional, vizinhos ativos no cuidado com seu bairro (quem não come nem dorme não pode ser um vizinho assim). Enfim, tudo que custa muito dinheiro.

Noutra, sobre Cuba, falava-se da luta das pessoas para poderem comprar e vender coisas e terras sem ter apenas o Estado como "parceiro" de negócios. E como isso é visto como um milagre dos céus. E ainda tem gente chique no Brasil que acha Cuba um "experimento" a ser levado a sério. Que horror!

E aí passo a um livro que recomendo a leitura para quem quiser pensar no mundo livre do neolítico --o socialismo, levado a sério por muitos de nós, é puro neolítico. "Why Nations Fail, The Origins of Power, Prosperity, and Poverty", de Daron Acemoglu, professor de economia do MIT e James A. Robinson, cientista político e economista, professor de Harvard.
Por que muitas nações são pobres, miseráveis, atrasadas, enterradas em crime e fome? Causas geográficas? Culturais? Religiosas? Étnicas? Não.

A diferença está num modo de organização política e social específico que cria condições para as pessoas buscarem livremente seus interesses. Democracia liberal, igualdade perante a lei e garantias de que as pessoas podem agir livremente no mercado de trabalho e de produtos. Numa palavra, sociedade de mercado. Foi isso que derrotou o comunismo, mas muitos já esqueceram.

Infelizmente entre nós, ainda se pensa que isso seja simplesmente um modo cruel de viver, negador da "solidariedade" e defensor da "ganância". Muito pelo contrário: é só a riqueza que torna a solidariedade possível, não há solidariedade na pobreza, isso é mito.
Apesar de as indicações históricas serem evidentes, ainda insistimos em não entender que a sociedade de mercado (longe de ser perfeita) dá ao ser humano a liberdade necessária para cuidar da sua vida e se tornar adulto.

Só dessa forma as pessoas entendem uma coisa óbvia que o economista Friedrich Hayek pensava. Quando perguntarem a você o que é a economia, a resposta certa é: a economia somos nós! E não algo planejado por "cabeções" teóricos que controlam a vida dos outros, como pensava John Maynard Keynes.

Mas, os políticos adoram Keynes porque sua teoria os faz parecer responsáveis pela riqueza, quando na realidade quem produz riqueza somos nós em nosso cotidiano, quando nos deixam em paz. Keynes é a servidão, Hayek, a liberdade.

Luiz Felipe Pondé
Luiz Felipe Pondé, pernambucano, filósofo, escritor e ensaísta, doutor pela USP, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, professor da PUC-SP e da Faap, discute temas como comportamento contemporâneo, religião, niilismo, ciência. Autor de vários títulos, entre eles, "Contra um mundo melhor" (Ed. LeYa). Escreve às segundas na versão impressa de "Ilustrada".

terça-feira, 6 de agosto de 2013

MST e Reforma Agrária: Lula alisando o seu ego



O País sem o MST



Noutro dia, em seminário do PT na Bahia, Lula alisava seu ego político quando lançou um enigma: "Eu fico pensando o que seria o Brasil se não fosse o MST". A resposta me brotou fácil: haveria mais prosperidade e paz no campo. Explico o porquê. 

O MST originou-se em 1979, sustentado pela CPT e apoiado por líderes da oposição. 

Renascia no País a Reforma Agrária carregada de conteúdo social e com a bênção da Teologia da Libertação. Um pedaço de terra redimiria os excluídos do campo. Nascia uma utopia agrária. 

Depois veio a modificação dinâmica do agro; antigos latifúndios viravam empresas Rurais. Mais à frente, o Plano Real retirou da terra ociosa seu ganho especulativo, empurrando-a para a produção. Começava o império da tecnologia na agropecuária brasileira. 

Nesse caminhar da História, a bandeira revolucionária do MST começou a perder seu brilho. 

Foi então que a organização decidiu, em 1995, mudar sua estratégia, partindo para o confronto direto com os fazendeiros do País: invadiu a Fazenda Aliança, situada em Pedra Preta (MT). 

Pertencente a um conceituado líder ruralista, a propriedade mantinha excelente rebanho, elevado rendimento, 29 casas de alvenaria, 160 quilômetros de cercas, 21 empregados registrados, reserva florestal intacta. Um brinco produtivo. 

E as invasões de propriedades tomaram conta do Brasil, avançando especialmente contra as pastagens de gado. 

Incontáveis "movimentos" surgiram alhures, arrebentando cercas, roubando gado, fazendo "justiça" com as próprias mãos. Verdadeiras quadrilhas disfarçaram-se de pobres coitados e saquearam regiões, como no sul do Pará. Banditismo rural. 

O MST militarizou-se. Seus quadros passaram a fazer treinamento centralizado, o comando definiu regras de comportamento e seleção. Centros passaram a oferecer cursos de capacitação, baseados na cartilha básica intitulada Como Organizar a Massa. 

Doutrinação pura. Nascido como "movimento social", o MST transformou-se em rígida organização, adentrando a cidade. Recrutando miseráveis urbanos, montou uma "fábrica de sem-terra" no País. 


Nunca se mediu sequer a produção agropecuária advinda das áreas reformadas no Brasil, que atingem 90 milhões de hectares, envolvendo 1,2 milhão de assentados. Ninguém sabe quanto nem o que produzem. 

Conclusão: o distributivismo agrário resultou na mais onerosa e fracassada política social da História brasileira. Para se ter uma ideia, o custo médio de cada assentado beira os R$ 100 mil, valor que manteria uma família durante 13 anos recebendo um salário mínimo mensal. 

Com uma agravante: pelas mãos raivosas dos invasores de terra se criou no País um foco contínuo de encrenca, antipatias, inimizades. Cizânia agrária. 

O que seria do Brasil se não fosse o MST? Respondo ao Lula, tranquilamente: mais produtivo e fraterno no campo.

Fonte: Xico Graziano, in OESP, 6/08/2013