quinta-feira, 30 de abril de 2009

Raposa/Serra do Sol: epílogo ou epitáfio?

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Pobre Brasil!
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Confesso ser duramente constrangedor escrever o epílogo, ou melhor, o epitáfio, da outrora Raposa/Serra do Sol.
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Credito o meu mal-estar ao sangue que corre em minhas veias, pois ele não é outro senão o brasileiro, mistura do português, do índio e do negro. E de longa data.
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O desassossego não é apenas psicológico, espiritual e moral, mas chega a ser até físico, ao registrar acontecimento tão insano que marcará com nódoa indelével a nossa História.
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Insensatez que já me tirou sono, apetite, e, por vezes, quase me 'tira do sério', como se costuma dizer informalmente. Acordo à noite, sinto apertura no estômago quando leio, penso e escrevo sobre a matéria.
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Sem nenhum interesse particular senão o de servir o Brasil, fui conhecer in loco a Raposa/Serra do Sol. Sim, com os olhos que um dia a terra há de comer. Fui ver e fazer um juízo do que realmente ocorria lá. Tal viagem se deu em meados do ano passado.
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Uma vez visto e formado juízo, passei a ação. Escrevi, juntamente com o jornalista Nelson Ramos Barretto, um livro colocando os pingos nos 'ii' na questão da propalada reserva Raposa/Serra do Sol. (Cf. Tribalismo Indígena", Artpress, São Paulo, 2008).
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Contudo, venceu o desatino! Venceu a ideologia espúria e cega! E quem perdeu? -- Perdeu a lógica. Perdeu a razão. Perdeu o bom senso! Perderam os brasileiros, inclusive os índios. Perdeu o Brasil! Com efeito, nosso País acaba de dar um enorme passo no sentido contrário ao de sua grande vocação histórica!
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Mas, a História, ela mesma, é implacável e registrará para sempre a hora, o dia, o mês, o ano e o século do acontecimento. Registrará igualmente o nome dos protagonistas favoráveis e contrários ao desatino cometido.
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Sobretudo, Deus registrará e, em tempo oportuno, dará o seu veredicto acompanhado da pena devida a este enorme pecado contra a Sabedoria.
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Santo Agostinho afirma que não podendo as nações ser recompensadas nem castigadas na outra vida, recebem elas neste mundo o prêmio de suas boas ações e a punição de seus crimes. Pobre Brasil!
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Desculpem, leitores, o desabafo feito ao correr das teclas. Era meu desejo apenas postar hoje, às 23,59 horas, um mapa do Brasil tarjado de luto. Talvez o símbolo pudesse expressar mais que palavras, ainda que eloqüentes.
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Afinal, que vocábulo poderia encerrar acontecimento mais espúrio, mais poltrão e mais desavergonhado? Veja e julgue o que governador de Roraima, José de Anchieta Júnior [foto], acaba de afirmar:
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A Raposa/Serra do Sol [agora grafada em vermelho] vai se transformar em um "zoológico humano".
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Para ele, os índios não terão a menor condição de sobrevivência sem contato com o branco. Eles passarão a ser tratados não como homens, mas como animais.
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Anchieta Júnior afirma não haver resistência por parte das pessoas que deverão deixar o local - o prazo se esgota hoje - e sim falta de condições logísticas para isso:
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"São pessoas que estão lá há quatro gerações e não têm para onde ir, nem como se locomover", argumentou o governador.
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Segundo Anchieta Jr., "cerca de 1 milhão de sacas de arroz vão se perder sem ser colhidas em função da retirada dos arrozeiros da área".
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O que ocorrer de agora em diante dentro da reserva, como disputas entre índios de diferentes etnias, inclusive pelo Lago Caracaranã, o governador lembrou que a responsabilidade será do governo federal.
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Pobres índios! Pobre Brasil!
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Prêmios e prêmios!


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É muita cara de pau...

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Enquanto os produtores de Roraima recebem como “prêmio” pesadas multas – apenas o líder da resitência pelo “direito de permanecer” na Raposa/Serra do Sol recebeu CR$36.000.000,00 por supostas agressões ao meio ambiente –, o governador da Bahia, do PT, [foto] paga viagem de integrantes do MST que invadiram a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Estado.
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Com efeito, o governo baiano pagou R$ 161,3 mil em aluguel de ônibus para transportar de volta ao interior do estado integrantes do MST que tinham ocupado a Secretaria entre 13 de 18, no "abril vermelho".
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Os 39 veículos foram alugados da empresa Atlântico Transportes e Turismo, com dispensa de licitação, segundo publicação da Casa Militar do governo. O texto explica que o aluguel se refere ao retorno dos representantes do MST que participaram do "abril vermelho".
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A coordenadora do MST, Vera Barbosa, disse não ver problemas no fato de um governo pagar as despesas de transporte de um grupo de pessoas que ocupou (sic) instalações de um prédio do próprio governo.
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Para ela, o patrocínio do Estado é mais freqüente do que parece, e não há motivo para tanto "alarde". Trabalhador rural não tem dinheiro para voltar sozinho. Se não fosse assim, como seria? - indaga.
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Blog: Convenhamos. É muita cara de pau! Pobre Brasil!
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Fonte: A Tarde
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terça-feira, 28 de abril de 2009

Reserva indígena na Rio-Santos

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Será que vão interditá-la?
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Diário Oficial, Seção 2, de 24 de abril de 2009
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O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO
- FUNAI, no uso das atribuições, conferidas pelo art. 23 do Estatuto aprovado pelo Decreto nº 4.645, de 25 de março de 2003, de conformidade com o art. 19 da Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973, e com o Decreto nº 1.775, de 8 de janeiro de 1996, resolve:
No- 367 - Art. 1º Alterar o art. 1º da Portaria nº 1441/PRES, publicado no DOU de 26.11.08, Seção 2, pág. 24, prorrogando por mais 70 dias a entrega do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Guarani do Rio Pequeno localizada em Parati/RJ e o de Revisão de Limites da TI Guarani Boa Vista do Sertão do Promirim em Ubatuba/SP.
Art. 2º Os efeitos desta Portaria retroagem a 28 de março de 2009.
MÁRCIO AUGUSTO FREITAS DE MEIRA

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"Já me tomaram tudo"

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O que vão fazer agora?
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A dois dias da data-limite para a saída da Raposa/Serra do Sol, Quartiero, que tem duas fazendas na região, diz que só será possível desocupar até o dia 30 uma delas.
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Na outra, Quartiero afirma ter 400 mil hectares plantados à espera da colheita e quase 5 mil cabeças de gado. Por isso, ele estará lá no dia 1º de maio.

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Assim como ele, alguns produtores deverão resistir ao cumprimento da determinação do STF. Trezentos agentes da PF estarão a postos para uma desocupação forçada.

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"O prazo dado é inexeqüível. Já me tomaram tudo. O que vão fazer agora? É minha obrigação estar lá. Não vou deixar meus funcionários sozinhos.
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Sua esposa, Erecina, também reclamou: "Estão vendo que estamos saindo, mas insistem em pressionar. A gente não pode ser atropelado pela Justiça."

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Quartiero quer permanecer na reserva pelo menos até o fim de maio, para colher 60 mil sacas e encaminhar o gado até a fazenda de um amigo.
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A possibilidade de deixar a plantação e o material sob a custódia do governo federal não é sequer cogitada pelo produtor.
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"Se eu tirar as bombas, o arroz morre. A CONAB avaliou minha plantação em R$ 900 mil, mas vale pelo menos R$ 3,5 milhões”, questionou ele.
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O produtor justifica a demolição da sede e dos galpões da fazenda. "Vamos colaborar com a cultura indígena. Índio não gosta de viver em palhoça?", afirmou com toda razão.
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Fonte: Agência Brasil
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

CNBB, CIMI: Veja no que dá!



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Nem as almas
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nem os corpos

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Com 25 aldeias indígenas em sua diocese, o bispo de Dourados (MS), Redovino Rizzardo afirma que não basta dar terra aos índios para devolver aos jovens das diversas etnias esperança de futuro e reduzir, assim, o alto índice de suicídio na região.


Segundo ele, é preciso, além de demarcar terras, levar às aldeias técnicas de pequenos negócios, como piscicultura, apicultura e artesanato para que as comunidades se desenvolvam. Nos dias de hoje, já não se pode sobreviver de caça e pesca - diz o bispo.


Rizzardo afirma que são poucos os índios que conseguem trabalho nas usinas de cana-de-açúcar do Mato Grosso do Sul. A maioria, sem emprego e, sem terra para cultivar, passa a vagar sem rumo pelas aldeias.


No caso de Bororó, o problema se agrava pela proximidade com a cidade, rota do tráfico de drogas que vem do Paraguai. Eles se envolvam com drogas e fazem surgir inúmeros problemas, como o da prostituição infantil.


A maioria dos assassinatos já não é mais cometida pelos brancos, mas entre eles próprios, em razão do alcoolismo ou vinganças ligadas ao tráfico – explica.


Apesar do trabalho da Igreja Católica na região, com voluntários que atuam em áreas como educação e profissionalização, a maioria dos índios não freqüenta as igrejas da diocese, pois há muitos evangélicos.


Metade é de evangélicos, metade segue a cultura própria. Os católicos não passam de 50. Fazemos um trabalho muito mais social do que religioso, sem proselitismo – explica o bispo.


Comentário do BLOG:
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Social, social! Quantos crimes se cometem em seu nome... O presente relato do bispo de Dourados o confirma. Não seria o caso de ele fazer um exame de consciência junto com seus colegas de episcopado?


Fonte: O Globo, 27/4/09

36 milhões de multa! ...



... Prêmio para quem produz


O maior produtor de arroz da Raposa/Serra do Sol era o gaúcho Paulo César Quartiero. Ademais, criava cerca de 5 mil bois da raça canchim, além de plantar soja. Encontrava-se ali desde a década de 70, quando o governo Médici implantou a política "ocupar para integar" Foi exemplo de pioneirismo, de coragem e de muito trabalho.


Quartiero e mais 6 produtores eram responsáveis por 8% do PIB de Roraima! Por 10 anos, lutaram para continuar no local. Prevaleceu a insensatez, e 30 de abril será o último dia para eles deixarem tudo para trás e nunca mais voltar...


Apesar de certa imprensa acusá-lo de destruir tudo antes de sair, cremos que ele apenas facilita a vida dos índios ao retirar tudo o que ele pôs lá, deixando apenas a terra e as águas para os índios. Não é exatamente por isso que ele e seus colegas foram expulsos de lá? Afinal, índio não vive de caça e pesca?


Ontem, ao falar sobre a sua saída das terras que regou com seu suor durante mais de três décadas, Quartiero desabafou não sem razão: "Meu erro foi ter confiado na Justiça, foi ter confiado no Exército, que me disse: 'Lute que nós apoiaremos'', mas não apoiaram".


De acordo com as leis, ele e os outros produtores não terão direito a indenização pelas terras nas quais investiram pesadamente, poderão receber apenas pelas benfeitorias. A avaliação já foi feita por órgãos do governo, mas Quartiero contestou o valor e se recusou a receber a primeira parcela, já depositada em juízo.


Quartiero enfrenta ações ambientais. Por liderar a resistência para continuar produzindo, técnicos da área ambiental o acusam de crimes ambientais. As multas chegam a R$ 36 milhões!


Este é o prêmio para quem produz no Brasil!!!


Quartiero afirmou que havia perdido a batalha, mas sairia de cabeça erguida. E completou: Ficarão aqui os fundamentalistas do famigerado CIR - Conselho Indigenista Missionário, irmão siamês da CPT e do MST, a serviço de interesses internacionais.



domingo, 26 de abril de 2009

O arroz da Raposa/Serra do Sol acabou

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Dois milhões deixarão de
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comer arroz de Roraima!
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Atendendo a um leitor, damos abaixo os números do arroz de Roraima.

A miopia ideológica do governo em relação à Raposa/Serra do Sol provoca um irônico esbarrão com a realidade da crise mundial de alimentos. A ironia está em que a demarcação implica na interrupção da produção de arroz na área. Roraima será importador do produto.
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Além de abastecer o mercado local, o arroz abastecia o mercado do Amazonas, Pará e Amapá. Estimativas da Embrapa estimam que o arroz de Roraima alimentasse uma população de dois milhões de pessoas.

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O arroz era cultivado em Roraima há mais de três décadas, com índices de produtividade que hoje são os mais altos do País, superiores a 6 toneladas por hectare.
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Como a área cultivada era de 20 mil hectares, a produção oscilava entre 120-130 mil toneladas/ano. E proporcionava mais de 6 mil empregos diretos e indiretos, sendo que representava 7 a 8% do PIB de Roraima.
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Com a decisão de expulsar os arrozeiros, o Governo coloca em risco não apenas a ordem social do Estado como a própria segurança alimentícia da população de Roraima e dos Estados para os quais o arroz era enviado.

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Arrozeiro pede mais prazo

Ser-lhe-á concedido?


Apesar do tráfego de caminhões carregados com tratores, colheitadeiras e outras máquinas agrícolas ter se tornado intenso nos últimos dias na Raposa/Serra do Sol, Paulo César Quartiero diz ser impossível retirar tudo de lá antes de quinta-feira. "Quero ao menos 45 dias."

Quinta-feira é o “Dia D” dado pelo STF aos não índios para deixar as terras onde viviam e trabalhavam. "Já fizemos mais de 100 viagens de caminhões da fazenda para Boa Vista", diz Quartiero sobre percurso de mais de 200 km.

O fazendeiro, que chegou a ser preso no ano passado após conflito entre funcionários de sua fazenda e índios, diz quer tirar tudo que puder do interior da reserva: "vou levar azulejos, piso, telhado."

Os ex-arrozeiros dizem que todas as despesas com a operação de retirada estão sendo custeadas pelo grupo, "sem ajuda nenhuma do governo federal". Ivo Barili alugou um terreno em Boa Vista para guardar o maquinário retirado.

Afirma que ele e seus colegas que plantavam arroz na Raposa se tornaram "sem-terra". "Está tudo jogado no tempo lá no terreno. Vai apodrecer. Vou entrar para o movimento dos sem-terra e acampar em algum lugar", ironizou.

Barili reclama que ainda não foram identificadas áreas para que os rizicultores sejam colocados e que o valor da indenização que eles podem receber só deve ser resolvido após a retirada dos não índios do local.

Mas não são apenas equipamentos que ainda precisam de destino. Os arrozeiros dizem que, juntos, têm ao menos 5.000 cabeças de gado na região. Até agora, não sabem o que fazer com os animais. Também dizem que ainda falta colher parte do arroz plantado.

Após a saída dos não índios, a próxima pendência a ser resolvida é a convivência entre grupos de índios rivais.

Desde a homologação, índios ligados ao CIR (Ligado à CNBB) defendiam que só índios ficassem na área. Já a SODIUR (Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima) apoiava a permanência de não índios.

Fonte : http://www.folhabv.com.br

Leitor aponta contradição

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Relativismo
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Recordo que, por ocasião do nascimento de uma criança anencefálica, há menos de dois anos, várias ONGs e “especialistas” dos mais diversos calibres condenaram a opção da mãe, que, por ser católica, escolheu seguir avante com sua gravidez, mesmo informada dos riscos para ela e para a filha (que, contra todos os prognósticos, viveu por mais de um ano).
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Leio agora na Folha de 17/4 (Juíza proíbe interrupção de tratamento de criança ianomâmi em hospital) que uma ONG se empenha, com o apoio oficial de um representante da Funai, para que um hospital de Manaus entregue uma criança ianomâmi sob tratamento crítico de hidrocefalia para que seja sacrificada pelos pais segundo seus ritos indígenas, com o argumento de que não podemos intervir em assuntos que dizem respeito aos valores culturais dos pais.
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Por que os pais indígenas podem optar pela morte dos seus filhos em nome do relativismo cultural e os pais católicos não podem, em nome do mesmo relativismo, optar pela vida dos seus? — Carlos Alberto Bárbaro,
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Fonte: Folha de São Paulo
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Governadora do PT rejeita ajuda

CNA vai pedir impeachment de Carepa

A entrada da Força Nacional de Segurança nos conflitos agrários no Pará não vai ocorrer, ao menos por enquanto.
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Em nota, o governo paraense diz ter tropa especializada para atuar no campo e fazer reintegrações de posse em áreas invadidas.
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O recente confronto armado entre integrantes do MST e seguranças da Fazenda Castanhais deixou 8 feridos. Segundo a nota, o governo “não tem medido esforços para diminuir a violência agrária”.
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E cita a criação de Delegacias de Conflitos Agrários — a de Marabá tem 1 delegado e 6 policiais para atender 14 municípios.
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A CNA vai protocolar pedido de impeachment contra a Ana Júlia Carepa (PT), por descumprir decisões judiciais que ordenam a retirada de integrantes do MST de fazendas no Estado.
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Fonte: OESP
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sábado, 25 de abril de 2009

Democracia não é direito de discordar?

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Sintomática retirada. E se
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a moda pega? - Pobre Brasil !
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Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Gilberto Thums fala de suas convicções: considera o MST um grupo paramilitar que usa técnicas de guerrilha e tem pretensões de chegar ao poder.
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Gilberto Thums – procurador do Ministério Público Estadual – é responsável pela iniciativa que levou Estado a acabar com escolas itinerantes [os madraçais] do MST no Rio Grande do Sul.
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Pressionado por ONGs e pelas pastorais da Igreja Católica progressista, Thums decidiu se afastar da luta que empreendia contra o MST...
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Em 2007, quando investigou as ações do MST no Estado, Thums elaborou um relatório que orientou as ações de promotores para contenção do MST. xxxx
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Uma delas retirou dois acampamentos do entorno da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, depois de quatro anos de assédio, em junho de 2008.
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Respondendo à pergunta do jornalista Elder Ogliari de onde vinha sua convicção de que o MST é paramilitar, Thums respondeu:
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"É uma soma de várias constatações. Eles têm hierarquia; estão organizados para criar espaços livres, onde o Estado não entra, como em favelas do Rio de Janeiro; têm sempre uma estratégia de confronto com o Estado ou com as instituições privadas, a quem veem como oponentes; contestam abertamente a ordem jurídica; alegam que a legislação é feita por burgueses para não cumpri-la; mantêm controle rígido sobre os acampados e têm um sistema de informações que não tem comparação. Quando a força pública procura alguém num acampamento, ele não está lá. Procura no outro, ele já saiu. Eles não têm paradeiro, não têm local fixo. Para mim isso demonstra nitidamente um caráter paramilitar".
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Outra pergunta respondida por Thums foi sobre a identificação do uso de táticas de guerrilha pelo MST:
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"Isso aqui é movimento pacífico? (Mostra fotos de tratores explodidos, lavouras, serrarias e casas queimadas, guaritas e trincheiras protegidas por lanças de bambu, perto ou dentro de uma fazenda em Coqueiros do Sul, e carcaças de animais apodrecendo dentro de fontes de água potável depois da desocupação de uma fazenda em São Gabriel). Tudo isso é técnica de guerrilha, é incontestável. A gente nunca vai ter um cara que vai dizer "olha, nós fizemos tal coisa". Mas as evidências são muito fortes".
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Fonte: OESP, 25/4/2009
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Enquanto arrozeiros são enxotados...



...fome ameaça mais de 1 bilhão de pessoas




A crise econômica afetará as nações em desenvolvimento com aumento da pobreza extrema em 2009, revela o Relatório de Monitoramento Global do FMI e do Banco Mundial.


O mais grave é que número as pessoas que sofrem cronicamente de fome no mundo vai ultrapassar pela primeira vez um bilhão ou 15% da população mundial.


Segundo o economista-chefe do FMI, Justin Yifu Lin, calcula-se que entre 55 milhões e 90 milhões de pessoas devem entrar no grupo de miseráveis.


O número de famintos vem aumentando de 850 milhões, em 2007, para 960 milhões, em 2008, e mais de um bilhão este ano, diz o relatório.


Blog: Enquanto isso, as nossas autoridades que decidem –executivo e judiciário – se dão ao luxo de enxotar grandes produtores de arroz de suas terras e passá-las a índios que nada produzirão e, quiçá, padecerão fome!


Fonte: O Globo, 24/4/2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Como se instala um quilombo

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Parece não ser sério, mas é!
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É significativo o nome do 1º quilombo urbano a ser reconhecido: Associação Quilombo da Família Silva.
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Esse sentido “familiar” exprime muito bem a distorção conceitual que existe entre o que foram os quilombos e o que é a proteção que o ordenamento jurídico se dispôs a dar aos descendentes dos escravos que neles se refugiavam, os quilombolas.

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Localizado em plena Porto Alegre, com área de 6,5 mil metros quadrados, o quilombo dos Silvas pode receber, ainda este ano, titulação definitiva. O INCRA já tem a posse formal de parte do terreno e só aguarda o encerramento da discussão sobre valores para transferir a titularidade aos quilombolas.
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Um pormaior: os membros da família Silva não são de lá. Como conta reportagem de Elder Ogliari, no Estado de domingo passado, seus antepassados — quatro na ocasião — lá chegaram na década de 1940, saídos de São Francisco de Paula, no interior do Rio Grande do Sul.
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Os quatro membros fundadores do quilombo dos Silvas, evidentemente, não haviam fugido da escravidão — extinta havia mais de sessenta anos. Chegaram à capital, vindos do interior, para lutar pela vida como tantos imigrantes, de muitas regiões do País e do mundo.
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“O Quilombo Silva” — afirma um dos dirigentes do Movimento Negro Unificado do Rio Grande do Sul — “é um divisor de águas. O fato de o grupo assumir identidade étnica para garantir seu espaço físico e de ter sido vitorioso em sua luta provocou impactos em todo o País.”
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É a vantagem dos quilombos urbanos sobre os rurais, até agora os únicos a obterem “registro” legal.
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E vão proliferar, uma vez que para sua aquisição basta escolher o terreno que se pretende, ocupá-lo, demonstrar “resistência” em eventuais tentativas de despejo — e entrar com a documentação no INCRA...
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Fonte: OESP// 19/4/09 //Notas & Informações
Blog: Se quiser ver a seriedade da questão em foco, não deixe de ler "A Revolução Quilombola" do jornalista Nelson Ramos Barretto.
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"TRABALHO ESCRAVO"

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A quem interessa?
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A votação da Proposta de Emenda Constitucional [PEC] sobre o assim chamdo "Trabalho Escravo" está colocando o PSDB e os Democratas em lados opostos na Câmara.
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Enquanto os Democratas não desejam a votação da PEC, pois implicaria em aceitar que o Estado promova injustas expropriações de fazendas sob pretexto de trabalho escravo, o líder do PSDB, José Aníbal (SP), está ao lado do PT e quer votá-la...
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Afinal, o que é trabalho escravo? - A expresão continua indefinida mesmo na PEC. Pior. Foi estendida às áreas urbanas. De modo que qualquer trabalho informal poderá servir de pretexto para o confisco de imóvel rural ou urbano.
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De acordo com o projeto, o poprietário e seus herdeiros não terão direito a qualquer indenização. Convenhamos. Por trás de uma causa nobre como a luta contra a escravidão - pretensamente admitida no Brasil - e a defesa da liberdade e da dignidade do trabalhador rural, pode-se adivinhar outras intenções...
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Estaria o MST muito desgastado e tornou-se necessário outro pretexto para fazer expropriações de terras a custo zero e, assim dar prosseguimento a esta nefanda Reforma Agrária que nada reforma e nada melhora, resultando apenas as "favelas rurais"?
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Blog: Quer conhecer a fundo toda esta questão quilombola? - Este Blog aconselha o livro de Nelson Ramos Barretto: "Trabalho escravo: nova arma contra apropriedade privada".
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Pecado social ser proprietário?


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MST e CPT = farinha do mesmo saco

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D. Anastácia Basilícia de Camargo Ferraz [foto] era proprietária de uma fazenda em Querência do Norte (PR), pois suas terras foram brutalmente invadidas pelo MST e desapropriada pelo INCRA. Ela é filha de destacado fazendeiro que muito contribuiu para a colonização do Norte do Paraná.


Hélio Brambilla, nosso colaborador, esteve recentemente com D. Lícia, como é conhecida, obtendo dela informações dignas de ser conhecidas por nossos leitores. Este Blog pretende fazer algumas postagens referentes à entrevista com mais esta vítima da Reforma Agrária.

Indagada sobre o papel da Pastoral da Terra (da CNBB) na invasão de sua fazenda, D. Lícia respondeu:

Só não perdi a fé porque minha formação foi muito sólida e eu soube discernir – como Cristo ensina na parábola do joio e do trigo. A invasão se deu na calada da noite, mas todo mundo na cidade sabia que os elementos da Pastoral da Terra foram os propulsores da invasão”.

E continua Da. Lícia: “O ato foi perpetrado contra uma pessoa em cadeira de rodas e que, no exato momento da invasão, passava por uma cirurgia em São Paulo. Ainda convalescente, saí do hospital e, sozinha, fui para a fazenda enfrentar os invasores, pois meus filhos estudavam fora”.

Ela passa aos detalhes: “Passei a ser ameaçada pelos vândalos. Durante a noite davam tiros para o ar, jogavam pedras na casa a fim de me meter medo e abandonar a casa. Fiquei refém deles e não podia pôr o pé fora da casa. Minha pressão arterial subiu às nuvens e deixou seqüelas”.

Indagada sobre o Padre de sua paróquia, ela respondeu: “Ele vinha celebrar missas para os invasores. Certo dia, mandei recado para ele me trazer a comunhão, mas ele se negou a fazê-lo por imaginar certamente que eu teria um grande pecado social: ser proprietária!”


quinta-feira, 23 de abril de 2009

Não roubarás! Não cobiçarás os bens alheios!

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Em defesa do direito de propriedade

Maílson da Nóbrega

"O conceito de função social da propriedade pode prestar-se a interpretações absurdas e criar riscos para quem empreende e investe".

"Ocupar fazenda de banqueiro bandido é dever do povo brasileiro." Assim falou o delegado Protógenes Queiroz, que chefiou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Com a tirada, em evento do PSOL, ele defendeu as ações do Movimento dos Sem-Terra (MST), que já invadiu pelo menos oito fazendas de Daniel Dantas.

Pior do que o soneto foi a emenda. "Não estou fazendo apologia criminosa de nada. Não estou incentivando ninguém a invadir terra produtiva. Estou falando que vou revelar em que condições essas terras foram adquiridas e quais os interesses escusos por trás disso." Conclusão: ele será a fonte do direito de esbulho de propriedade alheia.

O direito de propriedade tem papel fundamental na promoção do desenvolvimento, mas ele só existe se for garantido pela lei, contra a ação predatória de governantes e saqueadores, açulados por visões arbitrárias como a do delegado.

O direito de propriedade está na origem do fascinante processo de crescimento e bem-estar dos últimos dois séculos. Antes, a propriedade (e não o direito a ela) havia sido discutida por distintos filósofos: Platão, Aristóteles, Santo Tomás de Aquino, Hegel, Hobbes, Locke, Hume, Kant e outros.

Já havia venda de propriedades na Suméria. Textos anteriores ao Código de Hamurabi previam penalidades contra o roubo. A idéia de propriedade está implícita no sétimo mandamento: "Não furtarás".

A propriedade é um conceito abstrato, que implica a posse de riqueza. Ela existe sobre um imóvel, um automóvel, um título de crédito ou uma invenção patenteada (propriedade intelectual). Seu complemento é o direito de propriedade, aquele reconhecido pelo ordenamento jurídico, que um Judiciário independente faz cumprir.

Segundo Armen Alchian, o direito de propriedade é uma forma de "atribuir a indivíduos a autoridade para escolher, em relação a bens específicos, qualquer utilização entre as classes de uso não proibidas". Não é permitido cultivar maconha, estacionar um veículo em qualquer lugar e assim por diante.

O atual direito de propriedade nasceu nos séculos XVII e XVIII na Europa, na esteira de mudanças institucionais que aboliram o poder dos reis de confiscar bens ou de limitar o seu uso legítimo. Antes, os indivíduos não tinham segurança em relação a seus bens e respectivos frutos. Era baixo ou inexistente o incentivo ao investimento.

Com o direito de propriedade, os benefícios da atividade econômica, depois de pagos os tributos legítimos, passaram a pertencer inequivocamente a quem assume o risco de empreender. Pesquisas mostram que o acesso à casa própria constitui a maior aspiração das famílias pobres e de classe média.

Karl Marx e seus seguidores defenderam a abolição da propriedade privada, identificando-a como a fonte de todos os males sociais. A adoção dessa equivocada idéia foi, como se sabe, um enorme desastre. Daí o restabelecimento do direito de propriedade após o fracasso do socialismo soviético. Na China, mudança constitucional recente qualificou de sagrado esse direito.

A importância do direito de propriedade não foi de todo assimilada nos países de tradição ibérica. No Brasil, a Constituição menciona a "função social da propriedade", conceito inexistente nos países anglo-saxônicos. Nestes, entende-se que a propriedade cumpre função social quando o direito a ela cria incentivos para sua utilização nos melhores e legítimos usos, produzindo o máximo de crescimento e bem-estar.

O conceito de "função social da propriedade" pode prestar-se a interpretações absurdas e criar riscos para quem empreende e investe. O mesmo se pode dizer da idéia de "propriedade rural improdutiva", que tem permitido ao MST se arvorar no direito de invadir fazendas. Mesmo que uma propriedade seja "improdutiva", a desapropriação é uma violência exclusiva do estado, de acordo com a lei e mediante justa indenização.

O mesmo raciocínio se aplica aos imóveis de Daniel Dantas. Se provado que a propriedade deles é indevida, cabe ao estado, observado o devido processo legal, reparar o erro. Imaginar que um delegado teria o poder de autorizar o esbulho constituiria um desprezo a uma das grandes conquistas da civilização.

Fonte: Revista Veja, Ed, 2107, 08.04.09

Roraima: violência contra agricultores

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MOZARILDO DENUNCIA

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O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) afirmou em discurso no Senado que os agricultores retirados da reserva indígena Raposa/Serra do Sol estariam sofrendo violência.
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Disse ter informações de que a Polícia Federal e os agentes da Fundação Nacional do Índio - FUNAI estariam “escorraçando os brancos da reserva recém-demarcada com metralhadoras”.
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Já acontece no Brasil

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Índios com milícia própria
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Há 4 meses, índios ticunas têm sua própria delegacia para combater o crime na aldeia Umariaçu, a 1.105 km de Manaus. As armas usadas pelos "policiais" são palmatória, chicotes e cassetetes. O fardamento apresenta um logotipo: dois cassetetes e um facão.
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Os detidos vão para uma prisão de 1,5 m². Cansados da omissão do poder público, os índios tomaram a iniciativa para proteger sua gente, disse o coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia, Jecinaldo Sateré.
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Sateré esteve em Tabatinga com pajés de Umariaçu pedindo apoio, e enviaram carta ao Ministério da Justiça e ao governo do Amazonas solicitando a legitimação da delegacia, treinamento para os “policiais” e pagamento, pois são voluntários. E reclamam que o poder público não investe em espaços de lazer e esporte para os jovens.
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Ex-soldados do Exército, os "policiais" se utilizam de sua experiência para coibir o crime na aldeia. Já proibiram a entrada de bebidas alcoólicas. Fazem serviço de ronda, controlando o fluxo de veículos e de pessoas na aldeia. Cerca de 60 índios atuam no projeto.
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A posição da Secretaria de Segurança do Estado é do “não reconhecimento da delegacia, que é uma forma de milícia fora da lei". Procurado, o Ministério da Justiça não se manifestou.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

MST provoca mais confusão...


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...com troca de
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tiros no Pará
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Vídeo mostra imagens de violência numa fazenda em Xinguara, no sul do Pará, pertencente ao grupo Opportunity, de Daniel Dantas. Nove pessoas, a maioria integrantes do MST, ficaram feridas após o conflito ocorrido no sábado.
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O MST refutou nesta segunda (20/4), em nota, que pretendesse ocupar a sede da fazenda Espírito Santo, no sul do Pará. Negou ainda ter mantido quatro reféns no local.
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Segundo a nota, os sem-terra "apenas fecharam a PA-150 em protestos pela liberação de três trabalhadores rurais detidos pelos seguranças. Os jornalistas permaneceram dentro da sede da fazenda por vontade própria".
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Para assistir ao vídeo sobre invasão com troca de tiros, procure o site abaixo:
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A Raposa/Serra do Sol e o seu futuro (fim)


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Barril de pólvora com pavio curto

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Há índias casadas com “brancos”, há brancas casadas com índios, cujos filhos são discriminados pelos índios associados ao CIR, como se fossem filhos de criminosos! E estão sendo impedidos de freqüentar escolas, pois suas famílias são contrárias ao CIR e seus radicalismos.

Atentem bem: centenas de famílias estão sendo despejadas de seus lugares, de seus lares e de suas próprias vidas e jogadas ao deus dará. Razão: 30 anos depois de ter acontecido a mesma coisa na Área Indígena São Marcos, também em Roraima, até hoje ninguém foi indenizado...

Outras, mesmo sendo indígenas, estão sendo preteridas, ridicularizadas, antipatizadas, ofendidas e também proibidas de viver na área, porque foram formadas com gente "branca". Como se vê, a "faxina" étnica e social já está sendo feita pelos próprios índios do CIR.

Poderá sair algo de bom disso? – Dentro de dois, três ou cinco anos, poderemos ter em Roraima a reedição da barbárie presenciada na Sérvia ou na Bósnia ou ainda no conflito árabe-israelense. Por que não? A semente foi plantada. Os frutos serão colhidos em tempo oportuno.

A indisfarçável cobiça internacional, sem dúvida, fomentará mais um pouco de discórdia ao colocar mais lenha na fogueira. Disso tudo, fiquemos com o conceito fundamental: o plantio é livre, mas a colheita será obrigatória. E ainda aqui neste mundo!

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Não tem faltado avisos de que há um barril de dinamites com pavios curtos, na Raposa/Serra do Sol. As charges diárias no jornal FOLHA DE BOA VISTA já apontam para um barril prestes a explodir. Ninguém em Roraima duvida sobre o futuro da área, visto que os conflitos localizados já começaram. Quem viver, verá.


Fonte: Izidro Simões, jornalista MTb nº 157/10 DRT/RR, aeronauta.

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A Raposa/Serra do Sol e o seu futuro (II)



Raiva que não conhece limites


Assim que se espalhou a notícia da saída de Joaquim e sua família, 20 índios ligados ao CIR marcharam para o local e exigiram a entrega das chaves para eles. Como não foram atendidos, eles agrediram os índios ali residentes, segundo notícias que chegam.

Para completar a confusão armada, por coincidência, chegou lá uma equipe da Companhia Energética de Roraima, a fim de desligar um dos grandes transformadores que pertence à empresa. Os índios do CIR também reagiram e aumentou a confusão.

Foi enviada uma equipe da Polícia Federal e da FUNAI que pretende fazer do local sua base de operações para a expulsão dos moradores não índios, senhores legítimos e documentados dessas terras, alguns dos quais com posses mais que centenárias.

Os índios do CIR, apresentados como sendo os representantes de todos os índios, e fazendo parecer que todos os índios são contrários aos fazendeiros, além das cidades e vilas, ajudaram a cobrir com o manto da mentira a farsa legalizada pelo STF.

As etnias indígenas nunca foram unidas, e, tão pouco, todas ligadas ao CIR. Acontece que o CIR os adestrou como seus congêneres adestraram o MST, índios viajando para os EUA e Europa, a fim de convencer a quem ainda desconfia dos propósitos deles.

A Raposa/Serra do Sol, região riquíssima de minérios diversos, inclusive NIÓBIO, prato cheio para a cobiça de brasileiros e estrangeiros versados em dissimular seus propósitos, agasalha dissensões ideológicas e religiosas entre os índios, rancores mal guardados e cobiça de ONGs.

Quem os conhece, sabe que não são anjos... São seres humanos e como tais sentem ódio, inveja, ciúme, mentem, perseguem, roubam, fingem. Na Raposa/Serra do Sol, o conflito ideológico, político, religioso e “ongueiro” já se desenha inevitável.

Não falta mais nada – até bandeira já existe – para que esta área se separe do Brasil, e se torne país independente. O estresse dos roraimenses, a raiva contra o governo federal, o quase desespero de quem nasceu na região e acabou ficando sem nada não conhece limites.

Fonte: Izidro Simões, jornalista MTb nº 157/10 DRT/RR, aeronauta.


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Raposa/Serra do Sol e seu futuro (I)

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Caso emblemático

Os índios filiados ao CIR, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, apesar de minoritários na região, são muito escolados e aguerridos, razão que os leva a provocar toda espécie de conflitos contra os que discordam deles.

Em Surumu, centro do terror na Raposa/Serra do Sol e quartel general do CIR, tais índios – sob os olhares perplexos dos habitantes da Vila - aguardam o dia 30 de abril para, no dia seguinte, invadir as residências que já escolheram para moradia.

A quase totalidade das casas da Vila é de alvenaria, há energia elétrica domiciliar e pública, água encanada, escola estadual e uma excelente pista de pouso, ponte de concreto sobre o rio, além de estar às margens de importante rodovia que cruza toda a área em questão.

A estrada passa pelos arrozais e pela maloca da Raposa, um vilarejo que também conta com casas de alvenaria, escola, praça de esportes coberta, igreja, energia elétrica, água encanada, telefone de orelhão, radiotransmissor e uma bem construída pista de pouso.

Por toda parte, as obras foram feitas pelo Governo do Estado; dinheiro do contribuinte roraimense, portanto. Próximo à Raposa está o Lago Caracaranã, cuja posse data de quase cem anos, local onde nasceu e viveu Joaquim Correia de Melo, hoje com 86 anos.

Distante cerca de 190 quilômetros da capital Boa Vista, e sendo um local de muita beleza nos “lavrados” roraimenses (campos naturais), sendo esse grande lago cercado por finíssima areia branca e cajueiros nativos, o local era bastante procurado para lazer e prática de windsurf.

O empreendedor Joaquim, há uns 26 anos montou uma estrutura turística composta de vários chalés, restaurante, galpões para festa, canoas e pedalinhos, afora a energia elétrica, hidráulica e sanitária. Construiu pista de pouso. O local – realmente bonito – atraía multidões.

Cansado pela idade, desanimado pela longa batalha judicial para tentar manter-se na sua propriedade engolida pela demarcação, Joaquim acaba de se retirar do local com sua família, deixando as chaves de tudo o que possuía nas mãos de uma família de índios que trabalhava com ele.
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Fonte: Izidro Simões, jornalista MTb nº 157/10 DRT/RR, aeronauta.
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nação indígena já tem bandeira...

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O que é, o que é?

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Durante as comemorações do Dia do Índio em Roraima, alguns indígenas portavam a seguinte bandeira:
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Ao observarmos o contorno em amarelo da bandeira acima, deparamo-nos com a área demarcada para a Terra Indígena da Raposa/Serra do Sol.
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A foto foi publicada no site do Jornal Folha de Boa Vista para ilustrar a notícia sobre as comemorações do Dia do Índio.
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A pergunta que não quer calar: Se tem território próprio, população própria, lei que exclui a entrada de pessoas, bandeira própria... O que é então? é uma nova nação, uma nova pátria ou um novo país
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Príncipe no Canal do Boi

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Convite
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Convidamos os leitores do GPS do Agronegócio a assistir amanhã, dia 21, às 11,30 horas, no Canal do Boi - Zebu para o Mundo a mais uma entrevista do Príncipe Dom Bertrand de Orléans de Bragança sobre temas candentes da agporopecuária brasileira.
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Como deve ser do conhecimento de nossos leitores, o Príncipe Dom Bertrand coordena o movimento Paz no Campo.
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Idéias se combatem com idéias. Vale a pena se instruir bem... E lembrem-se todos do 'canto' de Dante Alighieri citado pelo Alerta Verde do Rio Grande do Sul:
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"Os lugares mais quentes do INFERNO estão reservados para aqueles que EM TEMPOS DE CRISE MORAL optam por ficar na NEUTRALIDADE."
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MST e violação de sepulturas

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Até cadáveres


Junto com as narrativas da covarde execução de quatro colonos e vigias de uma fazenda em Pernambuco por integrantes do MST, chegou às nossas mãos farto material sobre a invasão da fazenda São Vicente, no município de Salgadinho, no mesmo Estado, onde a sanha revolucionária do MST não poupou sequer os cadáveres que jaziam em suas tumbas.

O macabro episódio teve seu início com a invasão em 18 de maio de 2003 da fazenda pertencente ao Dr. Raimundo Barbosa Braga, à Profa. Neuciene Souto Maior Braga e a mais dois outros herdeiros por uma horda do MST. O primeiro ato praticado pelos ditos sem terra foi o de trocar a placa da fazenda “São Vicente” por outra: “Assentamento Carlos Marighela”.

A fazenda de apenas 123 hectares era produtiva, e, quer pelo tamanho quer pela produtividade, não se enquadrava em nenhum dos requisitos que pudessem justificar a sua desapropriação para efeitos de Reforma Agrária, infelizmente contemplada pela espúria lei vigente no Brasil sobre a polêmica questão fundiária que se arrasta por mais de meio século.

Quem narra a tragédia acima é Raymundo Wilsom Barbosa Braga, filho de um dos proprietários. “Sou mais uma das verdadeiras vítimas do terrorismo, junto com minha família”. O MST invadiu e ocupou a fazenda São Vicente por quatro meses. Durante todo esse período os invasores não sofreram nenhuma ameaça ou agressão por parte de seus legítimos proprietários.

E prossegue Raymundo sua narrativa: “Logo após a invasão, minha mãe, minha irmã e tia foram obrigadas a entrar na própria casa para fazer a remoção forçada de seus pertences [...] Meu pai foi obrigado a vender seus bois e cavalos sob ameaça de que se ele não os vendesse, simplesmente os perderia”.

Durante os quatro meses que permaneceram na fazenda, os invasores do MST ocuparam todas as suas dependências, arrasaram todas as suas plantações, arrombaram o escritório de meu pai e destruíram vários livros manuscritos que ele ainda não havia publicado. Roubaram centenas de objetos, destruíram a reserva florestal permanente.

Era costume do Brasil de antigamente possuir cemitérios nas próprias fazendas. Sobretudo na zona canavieira do Nordeste, em quase todas as fazendas existe um pequeno cemitério. Pois bem, leitor, esses malfeitores chegaram a ‘violar a sepultura dos meus antepassados à busca de dentes e de outros possíveis objetos de ouro’, afirma Raymundo demonstrando desconsolo.

E justificando suas afirmações sobre esse assombroso acontecimento, Raymundo aponta para os autos do processo, cita – entre outros - o documento de número 4 que consta no livro de registro de queixas da Delegacia de Salgadinho, além de testemunhas que atestam a violação das sepulturas.

São impactantes tais monstruosidades que vêm se operando em nosso País. Se fossem apenas as leis a ser desrespeitadas! Mas não. Nem mesmo o ‘descanso dos justos que morrem na paz do Senhor’, como tão poeticamente no diz a liturgia católica para o sepultamento de um fiel, é respeitado.

Com efeito, violam-se as leis civis que tipificam como crime profanar cadáveres. E violam-se os ditames da Santa Igreja que considera tal prática uma grave profanação. Alguém poderia imaginar que isso poderia causar algum incômodo aos criadores e sustentadores do MST, a esquerda católica.

Qual nada! No máximo, darão de ombros e exclamarão: “A lei, ora a lei..., Deus e sua lei...” Pela Teologia da Libertação ensinada ao MST pela Comissão Pastoral da Terra - CPT, os pobres são como que ‘divinizados’. Na concepção de seus ideólogos, como Dom Tomás Balduíno, no pobre oprimido estaria “o Cristo”...

Infelizmente, para tais “teólogos” os integrantes do MST são considerados ‘deusinhos’, portanto acima de toda lei e de toda ordem. É bem o caso de exclamarmos: “Pobre Igreja Católica! Pobre Brasil!”
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

MST: Brigada apoia Thums

Procurador sofre pressão

A Associação dos Oficiais da Brigada Militar divulgou recente nota de apoio ao Procurador de Justiça Gilberto Thums. Ele havia informado que iria se afastar das questões que envolvem o MST por estar sofrendo pressões de entidades de direitos humanos.


Abaixo, a nota na íntegra:

A Associação dos Oficiais da Brigada Militar vem a público manifestar seu apoio às iniciativas de restabelecimento das normas constitucionais e infraconstitucionais realizadas pelo Ministério Público do Estado do RS, em especial, pela iniciativa do procurador de justiça Gilberto Thums, em face das reiteradas ações de desrespeito à integridade física e do direito à propriedade perpetrada por chamados 'movimentos sociais' encabeçados pelo MST.

O histórico de esbulho e destruição deste autodenominado 'movimento social', que não passa de um movimento organizado que busca a instauração de um Estado totalitário em nosso país, requer do poder público, em especial do fiscal da lei, o MP, ações eficazes para que a lei não reste desmoralizada e o direito de cada cidadão de viver em paz em sua propriedade, no campo e na cidade seja respeitado.

O desgaste institucional do Ministério Público é uma mera decorrência de sua função, assim como nós, Policiais Militares, que apesar de ver nosso sangue derramado pelas ações criminosas do MST, convivemos com críticas ferozes de facções partidárias e organizações defensoras da desordem institucionalizada.

Nunca esqueçamos o saudoso Cabo PM Valdeci, assassinado a golpes de foice por integrantes do MST na Capital de nosso Estado, pois fatos como esse devem ser lamentados, porém não esquecidos.

É vergonhoso que o Ministério Público tenha de recuar por 'pressões' de quem desrespeita a lei, traz o terror aos produtores rurais e se coloca acima da Constituição.

Reiteramos nossa confiança no Ministério Público e nas instituições republicanas para que a escuridão não cubra os ideais democráticos conquistados a duras penas em nosso país.
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"Massacre", "massacre", "massacre"



Certo noticiário facilita a vida do MST...


Acompanhando as notícias sobre MST e El Dourado dos Carajás, tenho notado as referências ao “massacre”, aos "19 massacrados", etc.

A fim de corrigir a distorção dos fatos, seria interessante que os responsáveis pelas matérias olhassem as imagens daquele episódio, no qual se constata que os integrantes do MST encurralaram os policiais contra os veículos, e, se eles não tivessem reagido, teriam sido mortos pelo MST. [Blog: Ou será que o MST queria mesmo era ter vítimas?!]

Uma das mais configuradas legítimas defesas que tenho conhecimento, pois há imagens do fato. Confiram.

Fonte: Diogo M. Duarte – advogado.

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Alerta Verde na espreita












Produtores se defendem
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As noites de lua cheia nas estradas da região se tornam mais iluminadas sob os flashes de lanternas, fogueiras e faróis de caminhonetas. São os olhos vigilantes dos produtores rurais que estão atentos a qualquer ação do MST.
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Barreiras foram montadas nas estradas e rodovias. Ninguém escapa do pente fino. Tudo que se movimenta é identificado. A ação dos produtores rurais começou com o lançamento do “Alerta Verde” no dia 31 de março.
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O movimento é um contraponto ao “Abril Vermelho” do MST. Ao longo desses dias, os ruralistas – com 15 postos de vigilância – vêm monitorando as estradas de Aceguá, Bagé, Candiota e Hulha Negra.
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Com aproximação do dia 17, data em que é lembrado o episódio de Eldorado dos Carajás o movimento dos produtores se intensificou ainda mais. Precavidos, os produtores querem coibir qualquer ação dos sem terra.
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Além dos quatro municípios, agora outros de toda a região da Campanha estão em alerta máximo. Ontem, Dom Pedrito montou oito postos de vigilância. São Gabriel também está em alerta total. Todos os acessos da região estão bloqueados.
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Fonte: www.jornalminuano.com.br (Francisco Rodrigues)
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Para filosofar:

"Os lugares mais quentes do INFERNO estão reservados para aqueles que EM TEMPOS DE CRISE MORAL optam por ficar na NEUTRALIDADE." (Dante Aligheri)

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MST continua agitando...

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...em nome da Reforma Agrária
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Ontem, dia 15, o MST agitou em seis Estados, por conta do Abril Vermelho. As invasões, manifestações e protestos ocorreram no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Pará, Distrito Federal e Bahia.
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No Rio Grande, 200 famílias (sic) invadiram fazenda São João D’Armada, no município de Canguçu - área de 1.130 ha. Também houve marcha em São Luiz Gonzaga com cerca de 300 agitadores.
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Em Pernambuco, a fazenda Cristina, em Vitória de Santo Antão, foi invadida por cerca de 100 famílias (sic). A área de 500 hectares é da prefeitura do município.
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Em Mato Grosso, cerca de 300 agitadores iniciaram uma marcha de cerca de 100 km até o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, onde devem chegar no domingo.
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No Pará, a agitação teve início num acampamento onde cerca de 500 jovens de todas as regiões do Estado se reuniram para debates.
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No Distrito Federal, 300 famílias (sic) do MST além de bloquearam trecho da rodovia BR-020 invadiram a fazenda Engenho, em Planaltina (DF). Hoje, às 14h, deve haver audiência dos agitadores com representantes do INCRA e do IBAMA.
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Na Bahia, 400 famílias (sic) invadiram a fazenda Culturosa, no sul do Estado. Desde segunda-feira, a Secretaria de Agricultura, em Salvador, está tomada pelos agitadores...
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O leitor já sabe o que eles querem? - Apenas a reforma de 5.000 casas, a construção de 1.200 km de estradas nos assentamentos bem como a estrutura nos assentamentos...
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Fonte: Portal Terra
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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Aires Brito: arrozeiros não e não!

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Quem vai pagar
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as contas ?
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A 15 dias do prazo dado aos arrozeiros para deixarem a Raposa/Serra do Sol, o ministro Aires Brito afirmou que em nenhuma hipótese aceitará prorrogação do prazo. Os que insistirem em permanecer serão obrigados a fazê-lo pelas mãos da Polícia Federal. Com efeito, o apelo dos agricultores em fazer a colheita não o sensibiliza e não há hipótese em tolerá-los lá depois do dia 30 de abril.
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Para Brito, o que não puder ser removido fica, mas o ser humano tem de sair, reitera. O ministro chega a admitir a hipótese de os produtores rurais não terem condições de sair com o gado, que não tenham tempo de colher o arroz nem condições de retirar todos os equipamentos. Nesse caso, que eles deixem tudo para trás e saiam. O governo se responsabilizará pela custódia, e, se for o caso, os indeniza.
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Como perguntar não ofende nem mesmo os mais susceptíveis, este Blog indaga: "Quem vai pagar as contas da custódia e da 'possível' indenização? O contribuinte brasileiro"? Entre nós, ultimamente, a cortesia vem sendo feita sempre com o chapéu dos outros!
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Fonte: Agência Brasil/15/04/09
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