segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

‘O PT deixa investigar’?


Saída de Cardozo enterrará o mantra ‘O PT deixa investigar’

Tentativa de controlar a Lava-Jato, além de inútil, afeta importante retórica petista
POR ALAN GRIPP

RIO - O PT deixa investigar. Essa é a grande diferença de suas administrações em relação ao PSDB e ao governo Fernando Henrique.

Embora seja uma meia verdade, o discurso, repetido como um mantra pela presidente Dilma Rousseff na campanha de 2014 e usado por petistas de uma maneira geral para se defender de acusações de corrupção, será implodido caso se confirme a saída de José Eduardo Cardozo do governo.

O ministro da Justiça, como se sabe, é alvo preferencial do PT por não “controlar” a Polícia Federal. Consta que a pressão chegou a níveis insuportáveis na semana passada, com a Lava-Jato no calcanhar de Lula.

O movimento pela saída de Cardozo seria articulado pelo deputado Wadih Damous, do PT do Rio. Damous costuma comparar a Lava-Jato ao fascismo; a relacionar delações premiadas a sessões de tortura. A postura fez com que ele caísse nas graças de Lula, que o levou ao Congresso (Damous fora eleito suplente). Na Câmara, o deputado comanda a defesa do ex-presidente.

O tal “controle” das investigações não existe não por falta de vontade, mas porque não é possível. Se já seria difícil tutelar a Polícia Federal e o Ministério Público em Brasília, que dirá os procuradores e policiais de Curitiba. A Lava-Jato não tem controle, não tem governo, é hoje uma das maiores e mais fortes instituições brasileiras.

Além de inútil, a tentativa de interferir na Lava-Jato afeta um discurso que, verdadeiro ou não, era usado com algum sucesso. Se confirmada, a saída de Cardozo enterrará de vez a retórica petista.


http://oglobo.globo.com/brasil/analise-saida-de-cardozo-enterrara-mantra-pt-deixa-investigar-18772885#ixzz41akkm5Zj 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Vitória em Roraima é comemorada por ruralistas



Suely Campos será homenageada por moradores da Serra da Lua e do Tucano


A governadora Suely Campos receberá neste sábado, 27, uma homenagem da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Serra da Lua e Associação dos Moradores da Serra do Tucano.

A cerimônia vai ocorrer na Fazenda Renascer, durante o Festejo que comemora os 112 anos da comunidade Serra da Lua. A homenagem é referente a todo trabalho realizado pela governadora para que a criação de unidade de conservação do lavrado fosse retirada do decreto Nº 6754/2009.

No ano de 2006 foi elaborado um projeto para a criação de unidade de conservação do lavrado, que elegiam áreas dentro do estado de Roraima para sua implantação.

Esse mesmo projeto foi respaldado pelo Decreto Presidencial Nº 6754, de 2009, cujo objeto impusera ao Estado para efetuação das transferências de terras da União, a criação da unidade de conservação do lavrado, e outras reservas de conservação ambiental.

O município do Bonfim esteve com duas áreas pretendidas: A região do Tucano, local para onde migraram os rizicultores oriundos da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, local com polo de produção de grãos, carnes e fruticultura, contribuindo diretamente com o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado.

 E ainda a região da Serra da Lua, considerada o berço da pecuária em Roraima, que perpetua essa atividade até os dias atuais, abastecendo o mercado local e vendendo para o estado do Amazonas, e tem propriedades centenárias.

Os moradores e produtores das duas regiões juntamente com a prefeitura do Município do Bonfim se posicionaram contra esse projeto, buscando alternativas para resolver a pretensão de mais uma reserva de conservação em Roraima.

Uma das moradoras que faz parte da Associação, Cristiane Thomé, afirmou que o empenho de Suely Campos foi fundamental.

 "A classe produtora já sofreu muito com a criação de reservas dentro do Estado, e a governadora conseguiu reverter o Decreto, nos dando seguridade para continuarmos nosso trabalho que já é feito há anos em Roraima", destacou.

O jornalista Nelson Ramos Barretto, que visitou a região em meados do ano passado com o seu colega Paulo Henrique Chaves, também foi convidado, tendo em vista o seu trabalho jornalístico em prol dos ruralistas ameaçados pelo decreto do ex-presidente Lula da Silva.




quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A ONDA AZUL COBRE A AMÉRICA DO SUL! A ONDA VERMELHA DESAPARECE!



A ONDA AZUL COBRE A AMÉRICA DO SUL! A ONDA VERMELHA DESAPARECE!
              
1. O costumeiro georreferenciamento do voto nos quadros que a imprensa apresenta vai mostrando nos últimos dois anos uma progressiva redução da mancha vermelha, que simboliza as forças políticas do centro para a esquerda, e uma enorme expansão da mancha azul, do centro para a direita.
              
2. Esse processo se inicia uns anos antes, com o aumento da rejeição dos governos da mancha vermelha. E se acentua mês a mês. Com o novo ciclo de eleições, as altas taxas de rejeição se transformam em mudanças nos governos. Apesar da enorme máquina peronista de Cristina Kirchner e sua resistência à rejeição, as eleições presidenciais surpreenderam as pesquisas no primeiro turno e mostraram a ascensão de uma frente de centro/centro-direita. No segundo turno, a vitória de Macri se deu sem sustos. A mancha azul ocupou quase todo o país.
              
3. As eleições parlamentares na Venezuela, em dezembro de 2015, apesar de todas as manipulações e prisões perpetradas pelo chavismo, representado pelo pior populismo, o de Maduro, confirmou de forma aplastante o que diziam as pesquisas. A mancha azul ocupou todo o país e a oposição venceu com a maioria constitucional de pouco mais de 2/3 dos parlamentares. O quadro político se inverteu e o governo aprovou lei delegada antes da posse do novo parlamento e –em seguida- passou a agir de forma obstrutiva lastreado por confirmações da Corte Suprema de lá.
              
4. Evo Morales, apoiado nas pesquisas que lhe davam maioria nacional, chamou a um plebiscito para alterar a Constituição e lhe abrir espaço para mais um mandato presidencial, o quarto, em direção a 2025. Um e outro escândalo de corrupção foram divulgados e Evo Morales censurou os responsáveis, lavando as suas mãos, no conhecido método lulista. E mais perto da eleição surgiu o caso de sua ex-namorada contratada por uma empresa chinesa por milhões. Mas o SIM e o NÃO foram convergindo e chegaram ao plebiscito empatados. Cumprida a tendência, o resultado foi a vitória do NÃO e a rejeição ao quarto mandato. A mancha azul ocupou quase toda a Bolívia, exceção significativa da província de La Paz, fronteira com Peru e Chile. A onda azul cresceu geometricamente em direção ao leste, à fronteira com o Brasil, onde a vitória do NÃO em Santa Cruz e Pando foi acachapante.
              
5. Agora, em abril, vêm as eleições presidenciais no Peru. A rejeição ao presidente Humala –militar chavista, mas acomodado na campanha pela propaganda petista estilo 2002- atingiu recordes próximos aos números de Dilma. O quadro das candidaturas presidenciais está pulverizado. Lidera a filha de Fujimori. Ascendeu Julio Gusman, economista que já foi do BID, ministro da fazenda e coordenador de gabinete. Criou um partido –Todos pelo Peru- e ocupa o segundo lugar uns 10 pontos abaixo dos 30 pontos de Keiko Fujimori, com um discurso genérico. Humala sequer se arriscou a ter candidato. Independente do resultado, a mancha azul ocupará todo o país.
              
6. Finalmente, o Brasil, que vive um “ciclo eleitoral” de impeachment com rejeição recorde –talvez- em toda a história política da América do Sul. Dilma respira com a ajuda das máquinas, mas a cada visita do noticiário fica mais difícil sobreviver. A mancha vermelha desapareceu do mapa, e o que se pergunta apenas é: Qual será a cor da mancha que substituirá a mancha vermelha em curto ou médio prazos: a azul de Aécio/Alckmin, a verde de Marina, a roxa de Ciro, a amarela de Alvaro Dias, a rosa de Cristóvam Buarque...? Um segundo turno garantido.
                  
7. Na ausência de lideranças substantivas, o único certo é que a mancha vermelha desparecerá nesse ciclo político. Que a imprevisibilidade de hoje abra caminho para o progresso amanhã.
Ex-Blog do Cesar Maia

Vitória em Roraima,...



... mas perseguição a ruralistas continua

Por Paulo Henrique Chaves

O Estado de Roraima ainda padecia da tragédia da demarcação do Território Indígena Raposa/Serra do Sol, quando nova perseguição começou a se abater sobre pioneiros ruralistas em outra região do Estado. Tratava-se desta vez de expulsar da Serra da Lua os seus habitantes tradicionais, para dar lugar ao Parque Nacional do Lavrado.

Contudo, Deus dispôs as coisas de tal maneira que bastaram alguns meses de campanha de nossa reportagem através da entidade Paz no Campo – dirigida pelo Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança –, ao lado da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Serra da Lua, para que se obtivesse uma vitória muito significativa.

Com efeito, o governo federal além de atender outras de nossas exigências, acabou também por revogar aquela absurda pretensão e os produtores não serão mais expulsos de suas terras.

O livro-reportagem Roraima: cobiça internacional com novas perseguições aos produtores rurais, escrito a quatro mãos como o meu colega Nelson Ramos Barretto, somado à forte resistência do povo roraimense, já alcançou assim o seu objetivo maior: 1) a revogação do decreto que impunha a desapropriação de mais uma larga faixa de terras junto à fronteira com a Guiana inglesa; 2) integrar o Estado ao Sistema Interligado Nacional de energia elétrica, outra demanda dos roraimenses.

Em meados do ano passado, fomos procurados pela veterinária Cristiane Thomé da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da região da Serra da Lua que nos relatou a preocupação e a grande aflição dos proprietários que estavam para ser expulsos de suas terras em virtude do Decreto 6.754, de 2009. Portanto ainda no governo Lula da Silva, que transferia "gratuitamente" as terras da União para o novo estado de Roraima, mas colocando como condição a criação do Parque Nacional do Lavrado. Para torná-lo realidade, o IBAMA vinha agindo então para expulsar as 132 famílias de produtores rurais da região da Serra da Lua que exploram a pecuária nessas terras há mais de 100 anos.

Diante de tamanha injustiça, resolvemos regressar a Roraima, pois havíamos estado lá em 2008, por ocasião de outra iniquidade que foi a demarcação do território indígena Raposa/Serra do Sol, viagem da qual resultou uma extensa reportagem, consubstanciada também em livro. Agora retornamos à região da Serra da Lua, município de Bonfim, fronteira com a ex-Guiana inglesa, no extremo norte de nosso país-continente para saber, in loco, o que se passava com os descendentes de desbravadores, então ameaçados de expulsão de suas terras para dar lugar a mais um parque ecológico.

De nossa viagem resultou o livro-reportagem, que por sua vez foi sendo veiculado nas redes sociais, alcançando grande repercussão, razão pela qual os meios políticos começaram a se mover para evitar outra catástrofe para aquele Estado. Tivemos notícias de que a nossa reportagem chegou às mãos das autoridades de Roraima, que se empenharam em tomar providências imediatas para impedir a demarcação. Daí resultou a primeira vitória que consistiu simplesmente na revogação do decreto de 2009.
Em recente viagem a Roraima, a Presidente da República anunciou a assinatura de decreto abdicando da construção da Unidade de Conservação do Lavrado, desobrigando assim o Estado de criá-lo, como estava previsto no decreto 6.754/2009. Eis as suas palavras textuais: "Assino hoje, aqui em Boa Vista, um novo decreto sobre destinação de terras da União abdicando da criação de unidades de conservação". (http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2015/12/dilma-anuncia-em-rr-licenca-para-construcao-do-linhao-de-tucurui.html)

Outra vitória foi a liberação da licença do IBAMA que permitirá Roraima ficar integrado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) através do linhão de Tucuruí. Roraima era o único estado da Federação que não se achava unificado ao sistema por mero capricho da FUNAI, o que constituía um escândalo a ser divulgado pelos quatro cantos do Brasil.

Em nossa reportagem, salientamos que tal interligação significava mais que energia abundante e barata, era também uma necessidade para o desenvolvimento do Estado, ponto muito ressaltado por nós. A partir de agora, não ‘faltará mais luz’ como nos últimos tempos, em que o Estado vinha enfrentando diversas quedas de energia devido a falhas no fornecimento da energia de Guri, Venezuela, que abastece Roraima.

Gostaria de chamar a atenção dos leitores para que não nos iludamos com este passo atrás, pois pareceu-nos muito mais um recuo tático e circunstancial com fins de busca de apoio político do que persuasão de erro anterior ao engessar praticamente 90% do território de Roraima. Por outro lado, a cobiça internacional sobre a Amazônia não deu mostras de arrefecimento.

Como tive ocasião de escrever em edição anterior de Inconfidência, a febre de demarcações dos governos do PT não cessa. Para perseguir produtores, eles fazem surgir índios onde nunca os houve; transformam descendentes de negros em quilombolas onde jamais existiram quilombos; espalham favelas rurais como praga em nossos campos com a demagógica Reforma Agrária; erigem parques ecológicos em terras trabalhadas por pioneiros radicados há mais de um século.

É nossa tese de que os produtores rurais brasileiros não suportam mais tanto descaso com o seu direito natural à propriedade privada, ao trabalho e ao sustento familiar, direito esse concedido por Deus e anterior ao Estado. Quantas desapropriações injustas de terras foram feitas pelos últimos governos, não apenas em Roraima, mas em todo o País, simplesmente para dar continuidade aos seus planos prenhes de utopia socialista e que conduzem forçosamente à miséria!


A mídia nacional tem sido muito parcimoniosa no que se refere às denúncias sobre o tribalismo indígena. Na proporção em que a mídia é vezeira em noticiar alarmismos eco-ambientalistas, ela o deixa de ser quando se trata de denúncias sobre a ação criminosa de ONGs e organizações oficiais que manipulam os índios para investir contra propriedades particulares. Só no Mato Grosso do Sul já são quase 100 fazendas invadidas por índios, na maior parte das vezes, movidos pelo Conselho Indigenista Missionário – CIMI, órgão vinculado à CNBB.

Encontra-se em curso uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para investigar o CIMI. No mesmo sentido, em meio ao enigmático silêncio dos meios de comunicação, a Câmara dos Deputados instalou em novembro p.p., presidida pelo deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), uma CPI para investigar a atuação da FUNAI e do INCRA em demarcações de terras.

Foi a ele quem a deputada Mara Caseiro – que preside a CPI sul mato-grossense – entregou recentemente graves e importantes documentos comprovando as denúncias de que o CIMI teria financiado e incitado invasões de propriedades particulares por indígenas no Estado de Mato Grosso do Sul. O deputado Alceu Moreira avaliou que há várias formas de influências na demarcação de terras indígenas: do CIMI, de parte da Igreja e da FUNAI. E completou: “Esse crime é de laboratório e feito a muitas mãos”.

Portanto, são duas CPIs, sendo uma estadual e outra de âmbito federal que poderão resultar na descoberta e penalização dos agentes ocultos dessa imensa revolução tribalista que ameaça o estado de direito do Brasil. A CPT e o CIMI pregam abertamente o conceito de “territorialidade”, segundo o qual vastas regiões da Amazônia e do país deveriam ser transformadas em territórios autônomos para os índios, para os quilombolas e para os "sem-terra”. Se isso acontecer, infelizmente, enquanto unidade política e social, a nação brasileira deixará de existir.

Já na década de 1970, quando Plinio Corrêa de Oliveira publicou sua obra Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil no século XX, denunciando a ação do CIMI – Conselho Indígenista Missionário por sua ação subversiva junto aos índios, não foram poucos o que o acusaram de visionário e alarmista.

Nesses 40 últimos anos, no entanto, ficou provado que existe toda uma conspiração internacional formada por ONGS, órgãos da ONU e figuras esquerdistas do episcopado, atuando em uníssono, visando criar, entre outras, uma questão indígena baseada no falso conceito de que a catequese e a civilização atentam contra os costumes, as crenças e o modo de viver deles.


Aos que quiserem conhecer a matéria do livro-reportagem, os pedidos poderão ser feitos na livrariapetrus.com.br



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

CPI do CIMI - Esquerda católica e PT: sempre juntos



Quem não deve, não teme!

Quem tinha aprovado a suspensão da CPI do CIMI na Assembleia do Mato Grosso do Sul foi o seu arcebispo, o mineiro de vocação tardia, Dom Dimas Lara Barbosa, arcebispo de Campo Grande, por ocasião do lançamento da campanha da Fraternidade.

(Foto: Allan Nantes)
         

Dom Dimas havia concordado com a decisão do juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara de Justiça Federal de Campo Grande, que havia suspendido a CPI do CIMI, alegando que a matéria era de responsabilidade da União. Para ele, não cabe ao Estado propor ações sobre conflitos no campo. Afinal, o CIMI é um braço da Igreja Católica, vinculado à Conferência Nacional dos Bispos.

         O presidente da Assembleia, deputado Júnior Mochi recorreu da decisão, pois a investigação estava trazendo elementos importantes para entender este conflito no campo em seu Estado.

A presidente da CPI, a deputada Mara Caseiro declarou que a suspensão foi equivocada, pois a investigação era sobre o CIMI e não sobre grupos indígenas. Ela ainda revelou que já tem provas que a entidade financiava e influenciava a invasão de terras no Estado.


Para o deputado Pedro Kemp (PT), que também faz parte da CPI, e que defende o CIMI, a CPI não tinha consistência e nem fato determinado. A bancada do PT inclusive havia entrado com requerimento para barrar a investigação, antes de ela começar.

CIMI: volta da CPI no Mato Grosso do Sul




Presidente do TRF suspende liminar e CPI do

CIMI volta a funcionar
Leonardo Rocha

O presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Fábio Pietro, suspendeu a liminar concedida pelo juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara de Justiça Federal de Campo Grande, que tinha paralisado as atividades da CPI do CIMI.

Com esta decisão, a investigação pode retornar aos seus trabalhos normais, inclusive tendo audiência nesta semana.

O presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi, tinha lamentado a decisão anterior, dizendo que a CPI pode contribuir muito para este conflito agrário no Estado, já que mostra como funciona as invasões e os elementos usados neste processo.

A deputada Mara Caseiro, presidente da CPI, disse que as atividades voltam a funcionar.

"A CPI foi restabelecida, teremos o direito de continuar e já pretendo retornar os trabalhos, estamos empenhados nesta investigação, que vai trazer muitos fatos novos sobre as invasões".

Ela já tinha dito antes que a investigação não era sobre as comunidades indígenas e sim sobre o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que estaria incentivando e financiado as invasões de terras em Mato Grosso do Sul.

Ela inclusive relatou que já tinha coletado muitas provas contra a entidade.


Fonte: http://www.campograndenews.com.br/politica/presidente-do-trf-suspende-liminar-e-cpi-do-cimi-volta-a-funcionar

sábado, 20 de fevereiro de 2016

A derrota da fome



América do Sul pode derrotar a fome no mundo

Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México produzem 82% do total continental de proteína animal. A liderança desses países será decisiva nos anos vindouros



No ano 2020, a Argentina poderá estar alimentando 600 milhões de pessoas no mundo, segundo o Ministério de Agricultura do país vizinho, noticiou“Clarín de Buenos Aires.
Esse patamar está ao alcance das mãos se incorporadas as novas tecnologias existentes. Atualmente, embora com uso limitado dessas tecnologias, a Argentina é o país que produz mais alimentos per capita no mundo.
Inúmeras inovações nas comunicações estão à disposição do produtor, como imagens de satélites, sensores e modelos que predizem eventos climáticos ou permitem adiantar safras, sensores eletrônicos para os grãos e software para estocagem, etc.
Os problemas do agronegócio argentino são análogos aos do brasileiro. Entre eles a hostilidade e o descaso de anos de governo populista peronista “bolivariano”, que flagelou os produtores da agropecuária.
A Argentina perde 16 milhões de toneladas de alimentos por ano, ou 12,5% da produção alimentar nacional, por abandono das estrutura básicas.

Segundo o Conselho Latino-americano de Proteína Animal (Colapa), a Argentina produz anualmente mais de 17 milhões de toneladas de proteína animal, o maior produtor do continente e um dos máximos do mundo, apesar de a pecuária ter sido hostilizada ideologicamente por governos populistas.
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México produzem 82% do total continental de proteína animal. A liderança desses países será decisiva nos anos vindouros, quando por volta de 2050 a população mundial poderá atingir 9 bilhões de pessoas, demandando mais 200 milhões de toneladas extras.
Nossos países porém apresentam potencial para “romper o ciclo da pobreza e da insegurança alimentar” mundial, segundo a FAO, acrescentou o “Clarín”.
A verdadeira esperança dos famintos do mundo reside no colossal potencial agrícola da América do Sul.
Mas não faltam os autoproclamados “defensores e arautos dos pobres”, que dos ministérios, púlpitos, cátedras universitárias e redações pregam contra os produtores rurais, a propriedade privada e a livre iniciativa, que, se deixados em liberdade, com certeza afastariam o espectro da fome dos mais necessitados da terra.
  

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Os temores do campo - por JOÃO MARTINS DA SILVA JUNIOR


Os temores do campo


JOÃO MARTINS DA SILVA JUNIOR*

O ano de 2015 se encerrou com as mesmas notícias com que já estamos ficando acostumados: a economia retraiu-se, a inflação elevou-se, a indústria encolheu e o desemprego aumentou. Nesse cenário desalentador, só a agropecuária seguiu crescendo, produzindo mais, exportando mais e gerando US$ 80 bilhões de superávit. 

Se as previsões dos analistas econômicos se confirmarem, 2016 repetirá a mesma história. Será possível que, numa economia em crise generalizada, um setor isolado continue se expandindo sem ser afetado pelo ambiente ao seu redor?

Isso só seria possível se nosso setor de produção rural fosse uma espécie de enclave econômico, operando no território do País, mas com a produção voltada quase exclusivamente para os mercados externos. Exemplos dessa natureza podem ser encontrados em países produtores de petróleo ou outros minerais, cujas cadeias produtivas têm pouca integração com sua economia interna. O que se passa com a agricultura e a pecuária do Brasil é muito diferente.

Apesar de sermos hoje um dos três maiores fornecedores de alimentos para o mundo, com presença dominante numa lista de mercados que inclui a soja, café, suco de laranja, carnes bovina, suína e de frango, açúcar, algodão, tabaco, além de investidas promissoras em mercados como os de milho, frutas e lácteos, a verdade é que a produção rural brasileira é predominantemente voltada para o mercado interno.

Além disso, nossa estrutura de produção é altamente diversificada, produzindo centenas de produtos exclusivamente para o consumo nacional. A produção rural brasileira não é um enclave exportador, mas surgiu e cresceu para atender ao mercado interno e graças à sua produtividade e a seus custos competitivos exportou excedentes e conquistou os mercados mundiais.

Para que a agricultura e a pecuária do Brasil possam seguir crescendo é absolutamente necessário que o País supere a crise que está vivendo. Caso contrário, o setor também será arrastado para as dificuldades que hoje atingem tão duramente a indústria e o setor de serviços. 

Se o desemprego e o declínio da renda familiar se mantiverem por mais tempo, o resultado natural será a contração do mercado interno, com pressão sobre os preços, em atividades cujas margens de lucro já são muito estreitas na maioria dos casos.

A maior parte dos produtos da nossa agricultura é destinada exclusivamente ao mercado doméstico e não poderá compensar a retração das vendas externas com a exportação. Quanto aos outros produtos com tradição exportadora, o aumento dos saldos exportáveis poderá pressionar ainda mais os preços externos, que já estão em trajetória declinante faz algum tempo.

Um possível colapso de algumas atividades produtivas atingirá especialmente os produtores mais vulneráveis, desorganizando estruturas produtivas longamente construídas, com inevitáveis reflexos sociais. Como é uma atividade sazonal, dependente do curso das estações, a agropecuária tem pouca capacidade de adaptação aos ciclos econômicos.

Se a crise brasileira nos atemoriza quanto à demanda, a história não é menos assustadora em relação à oferta. A moderna agropecuária do País, que teve início nos anos 70 do século passado, é um empreendimento essencialmente privado. 

O Estado teve sua parte, em especial na produção do conhecimento científico e tecnológico, por meio da excelência singular de nossas universidades rurais e da experiência pioneira da Embrapa, bem como na montagem de um sistema eficiente de crédito rural.

Foi a iniciativa privada que transformou os campos do sul do Brasil e ocupou os vastos cerrados improdutivos que predominavam em grande parte de nosso território. Foi trabalho de pioneiros, portadores de experiência profissional na produção e capazes de empreender e assumir riscos tremendos. 

Povoaram grandes vazios, sem os confortos das cidades e sem a menor infraestrutura, numa aventura pessoal que merece justo registro na História moderna do Brasil.

A eficiência do setor privado excedeu, em muito, a competência do Estado brasileiro. Assim, os resultados de grande parte da produção são afetados pela carência quase absoluta de infraestrutura. Não temos rodovias, ferrovias, hidrovias ou portos para escoar a produção a custos minimamente razoáveis. Os custos logísticos recaem sobre o produtor e o consumidor doméstico.

Por mais que os produtores aumentem sua produtividade, com pesados investimentos dentro das fazendas, seus lucros estão cada vez menores e os preços aos consumidores são maiores do que poderiam ser. O Estado brasileiro encontra-se, há muito, em situação quase falimentar e não tem sequer uma fração dos recursos necessários aos investimentos que precisam ser feitos.

Esta é uma realidade que não podemos disfarçar com a retórica fútil das ideologias políticas. Só o setor privado pode construir e operar a infraestrutura que precisamos. Mas a incompetência dos órgãos estatais, capturados pela baixa política, e a aversão ideológica ao capitalismo e ao setor privado ou retêm mais encargos do que ele pode suportar ou impedem que os processos de concessão cheguem a termo.

Enquanto os preços externos estavam anormalmente elevados, todas as deficiências puderam ser ignoradas. Agora que a realidade bate à nossa porta, quem vai pagar o preço da imprevidência? Mais uma vez, não será 

o Estado abstrato, mas os produtores e consumidores, gente de carne e osso.
Até agora, a produção rural tem sobrevivido à crise geral do Estado e da economia brasileira. Infelizmente, nosso sentimento é que esta crise vai afetar a agricultura e a pecuária, se durar mais tempo. A paisagem política, porém, não nos deixa margem para muita esperança. 

O poder político, entre nós, parece aspirar apenas à sua própria sobrevivência, sem mais nenhum propósito de resolver os problemas verdadeiros do País e das pessoas. É o que nos dá razão de sobra para temer pelo futuro.


* JOÃO MARTINS DA SILVA JUNIOR É PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL (CNA)

Fonte OESP

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Falso mito da esquerda católica



Esquerda católica sustenta falso mito
Gregorio Vivanco Lopes
Enquanto o chamado Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) vai perdendo a credibilidade (se é que algum dia a teve) entre os próprios homens do campo, a esquerda católica se obstina em defender com unhas e dentes os restos de prestígio desse movimento subversivo.
Nascido das entranhas poluídas da “Teologia da Libertação” como movimento auxiliar da revolução social comunista, o MST recentemente resolveu ficar ecologista, para estar aggiornato com a última moda das esquerdas. De vermelho virou verde, como um esperto camaleão.
Mesmo assim, está difícil pegar. Como isso “não cola”, a propaganda tem insistido em promover o personagem que foi escolhido para ser o símbolo do MST, o marxista João Pedro Stédile.
Alguns dados sobre ele – suas ligações com a esquerda católica e sua adesão ao ecologismo – nos são fornecidos em interessante artigo “O Natal de Stédile”, do jornalista Mario Sergio Conti, publicado no blog leonardoboff.com (22-12-15). Sintomático o trecho que abaixo reproduzimos.
*        *        *
“O Brasil é o país que abriga o maior rebanho católico do mundo. Entre eles está João Pedro Stédile, dirigente do Movimento dos Sem Terra. Ele é primo de Dom Orlando Dotti, bispo de Vacaria, no Rio Grande do Sul, e de vários frades capuchinhos. Os primos párocos marcaram a sua formação franciscana, que considera ‘mais atual do que nunca’.
“Stédile sustenta que o líder religioso da hora, o papa Francisco, ‘tem um comportamento revolucionário’. O pontífice, disse ele no intervalo de uma peregrinação pelo interior paulista, ‘teve uma experiência política no peronismo, é um nacionalista que defende os pobres e é contra o abuso do capital’.
“Para ele [Stédile], a encíclica papal sobre o meio ambiente ‘é uma obra histórica maior do que dez COP21, a conferência da ONU sobre o clima, que não serviu para nada’.
“O MST se atualizou na teoria e na prática nos últimos anos. O movimento, diz Stédile, é contra a ‘reforma agrária burra’, que só se preocupa com a divisão dos latifúndios. Advoga que a agricultura produza alimentos saudáveis para o povo, em vez de exportar commodities. Prega a ‘agroecologia’, técnicas de cultivo que não vitimem a natureza.
“Ele também se insurgiu contra o machismo, disseminado no meio rural, inclusive no MST. O movimento conseguiu que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra, passasse a entregar títulos de propriedade a casais de sem-terra gays.”
*        *        *
O realce de Stédile lhe vem do apoio que recebe da esquerda católica e de certas tubas midiáticas. Ora, que pessoas e movimentos que se dizem católicos, se obstinem em propagandear e patrocinar tal homem e tal movimento, quando este último visivelmente já declina, põe em evidência quão perniciosa tem sido para o Brasil a atuação da corrente denominada “esquerda católica”.

E a utilização para tão funesta empresa do sagrado nome de “católico” só pode provocar indignação.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A SENHORA DE UM TRILHÃO


A SENHORA DE UM TRILHÃO


PAULO RABELLO DE CASTRO*

Despertam curiosidade popular as listas de bilionários. Gente que se deu bem, pelos muitos milhões que amealhou no caminho da vida, quer por talento excepcional no esporte, nas artes, nos negócios, nas ciências (aqui, raramente), ou por pura esperteza e, no limite, por banditismo em nível corporativo, como são exemplos “El Chapo” e seu mestre, Pablo Escobar. 

Santos ou pecadores, são indivíduos fazedores, com grande poder de realização e liderança. O ponto comum entre todos é a enorme capacidade de criar e acumular ativos. São “realizadores”, para o bem ou para o mal.

Pouco se ouve falar, contudo, de outra lista, semelhante à primeira, só que com sinal trocado. Em vez de serem acumuladores de ativos, há também os acumuladores de passivos – referência aos indivíduos produtores de guerras, de moléstias ou, simplesmente, detonadores de riqueza, aqueles capazes de agir só para erodir, derrubar, solapar e deletar a riqueza e a capacidade de crescer de uma empresa, comunidade ou país. Alguns desses seres especiais têm custado caro à humanidade inteira. Outros, ao seu próprio país.
Em recente artigo nesta página (Narrativas brasileiras, 23/1), Monica de Bolle levantou a pergunta incômoda, mas necessária:quanto nos custou Dilma? E deu números ao debate: “... o Brasil perdeu R$ 300 bilhões de renda e de riqueza nos últimos quatro anos...”. 

Economistas podem fazer essa conta de “prejuízo bruto” de várias maneiras, todas válidas. Monica optou por olhar pelo lado da poupança, parcialmente destruída no período Dilma Rousseff. A poupança de famílias e empresas teria recuado – como ocorreu de fato – do patamar de 20% para 15% de um produto interno bruto (PIB) anual de cerca de R$ 6 trilhões. 

Perdemos, assim, cinco pontos porcentuais do PIB. Daí a conta de uma dilapidação de riqueza da ordem de 5% de R$ 6 trilhões, igual a R$ 300 bilhões. Será mesmo?

Estou disposto a colocar Dilma no Livro Guinness dos Recordes. Acho que Monica fez cálculo conservador da contribuição da nossa presidente para a destruição da riqueza nacional. Dilma seria a senhora de um trilhão de reais! Negativos, é verdade, mas ninguém pode ameaçar-lhe o troféu.

E por que um trilhão?

Pensem no quanto o Brasil teria crescido, a mais, se Dilma não tivesse feito nada (grande contribuição já seria!). A poupança referida por Monica ficaria nos 20% desde 2011, acarretando correspondentes investimentos, palavra-chave sem a qual não criamos riqueza nova alguma. Com 20% do PIB aplicado em investimentos (quem se lembra do PAC?) o País teria exibido um crescimento mais próximo do seu potencial, com ou sem a tal “crise mundial”.

O “potencial” do PIB é conceito usado pelos economistas para calcular quanto um país é capaz de fazer, ano a ano. No Brasil, tal potencial já foi de 7% ao ano (que saudade!); caiu para 5% no fim dos anos 1970, depois para 3% nas décadas perdidas de 1980 e 1990; ameaçou pequena melhora para 3,5% com o milagreiro Lula e, finalmente, recuou para 2,5% na era Dilma. Se ela nada houvesse feito para atrapalhar, ainda assim o País do juro alto e da carga tributária de manicômio poderia ter crescido uns 2,5% ao ano.

Dilma conseguiu, no entanto, perpetrar um estrago sobre o qual falarão para sempre nossos livros de História. Estimando as perdas de PIB, ano a ano, desde que Dilma se aboletou na cadeira presidencial, e supondo que a ela seja concedido completar a façanha, teremos esbanjado uns 15% do PIB ao longo do octênio dilmista, que, em valores de hoje, correspondem à estonteante marca de um trilhão de reais!

Mas tem gente querendo impedir Dilma de atingir seu recorde. Quanta maldade!

Outra maneira de garantir o recorde é pelo método da acumulação de passivos. É aquela roubada coletiva que ocorre quando metem a mão grande no nosso bolso enquanto cantamos marchinhas carnavalescas sem ira nem birra. É preciso, às vezes, um rio inteiro de lama – no sentido literal – para despertar o raquítico instinto de interesse coletivo do nosso povo. 

Acumulação de prejuízos, entretanto, não figura no Direito brasileiro como responsabilidade direta de um mau gestor público. A imputação se atém a atos administrativos, como apontados no “Relatório Nardes” sobre as pedaladas de R$ 40 bilhões, que Dilma se apressou a “pagar”.

Mas pagar o quê, se a perda de riqueza permaneceu, como bem mostrou Monica? A omissão do dever de bem administrar gerou acumulação de passivos também pelo lado financeiro, pelos juros anormais que o Brasil vem pagando, e que pagará, pelo despautério da gestão dilmista – outro modo de se chegar ao mesmo trilhão de reais.

É o governo que nos avisou, na semana passada, quanto custou o encargo de rolar a dívida pública de R$ 3,9 trilhões: a bagatela de R$ 502 bilhões, apenas em 2015, entre juros e prejuízos de câmbio, os famigerados swaps inventados para segurar o câmbio antes do pleito de 2014. 

Este ano, mesmo com o Banco Central mantendo a taxa Selic onde está, a absurda conta do juro deve se repetir. Então, pelo lado do custo financeiro, Dilma também é a senhora de um trilhão de reais.

Os encargos dantescos elevaram a dívida pública de 51% do PIB, em 2011, para 66% ao final do ano passado. Bingo! São 15 pontos porcentuais do PIB acrescidos ao nosso passivo financeiro, portanto, mais um trilhão de reais acumulado à dívida dos brasileiros, pedágio ruinoso que todos pagamos para o mercado continuar “confiando” nas autoridades econômicas.

Um trilhão, essa é a conta. Juros a mais, PIB a menos, empregos eliminados, capital evaporado, confiança desfeita, futuro destroçado. Para tal crime, espantosamente, não parece haver remédio legal em nosso Direito positivo. Por isso a década “esbanjada” será concluída com êxito! Ninguém, afinal, conseguirá roubar essa Olimpíada de Dilma.

* PAULO RABELLO DE CASTRO É PH.D PELA UNIVERSIDADE DE CHICAGO, SÓCIO DA RC CONSULTORES, É AUTOR DE ‘O MITO DO GOVERNO GRÁTIS’ (ED. DE JANEIRO 2014)

Fonte: OESP

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Incomprensibles elogios de Francisco a Cuba comunista


Destaque Internacional – Análisis de actualidad. Domingo 14 de febrero de 2016.
Incomprensibles elogios de Francisco a Cuba comunista

Francisco y el patriarca ortodoxo Kirill, en documento conjunto firmado en La Habana,  tratan de justificar el lugar escogido afirmando que Cuba sería “un símbolo de esperanza del Nuevo Mundo”. Sinceramente, no se comprende en qué sentido una isla-cárcel comunista, con casi 60 años de siniestra existencia, podría ser considerada como símbolo de “esperanza”.

1. El papa Francisco y el patriarca ortodoxo de Moscú Kirill, en documento conjunto firmado en La Habana,  tratan de justificar el lugar escogido afirmando entre otros conceptos que Cuba sería “un símbolo de esperanza del Nuevo Mundo”.

2. Sinceramente, no se comprende en qué sentido una isla-cárcel comunista, con casi 60 años de siniestra existencia, podría ser considerada como símbolo de “esperanza”.

3. En efecto, se trata de una cárcel que continúa subyugada por los mismos carceleros que persiguieron a los católicos con centros de “reeducación”, con presidios y hasta con paredón de fusilamiento para librarse de jóvenes católicos, muchos de los cuales, es de justicia recordarlo, morían gritando “¡Viva Cristo Rey! ¡Abajo el comunismo! Es la misma cárcel que, con la anuencia de obispos sumisos a los carceleros, y con el silencio de la propia diplomacia vaticana, continúa persiguiendo  a los católicos a través de torniquetes legales y constitucionales inicuos, que califican como “punible” (Constitución, art. 62) el simple hecho de oponerse verbalmente a los objetivos del comunismo en nombre de la fe. Una cárcel que actualmente combina la represión institucional con sofisticados métodos policiales de represión física y psicológica.

4. Francisco, en posterior diálogo con los periodistas, dijo que el texto firmado por ambos no es una “declaración política”. No obstante, al menos en lo que se refiere a Cuba comunista, la propia declaración se encargó de politizar ese delicado tema. 

5. El pontífice, también delante de los periodistas, dijo que no quería irse sin manifestar un “sentido agradecimiento” al dictador Castro, elogiando su supuesta “disponibilidad activa”; y concluyó que “si sigue así, Cuba será la capital de la unidad”. Se trata de una conclusión particularmente incomprensible por el hecho de que la isla-cárcel en realidad ha sido y continúa siendo la capital de la desunión y la discordia en el seno de las Américas, mediante la constante difusión de gérmenes revolucionarios.

5. En lo que a Cuba comunista se refiere, tanto la declaración conjunta como las referidas declaraciones de Francisco no hacen sino aumentar y prolongar el sufrimiento de los desdichados habitantes de la isla-cárcel, que presencian de qué manera los Lobos cubanos cuentan con la benevolencia incomprensible de los Pastores. Los defensores de la libertad en el mundo entero tenemos el derecho y hasta el deber de señalar públicamente esa paradójica situación, de una manera invariablemente respetuosa, pero firme.

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Francisco y Cuba (15 artículos)