sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Venezuela na UTI. Será isso que a CNBB quer para o Brasil?


Agenda ideológica...

A irresponsável aventura bolivariana na Venezuela não para de dar seus frutos. Um dos mais recentes, e graves, é a escassez generalizada de insumos médicos e hospitalares, que ocorre já há algum tempo, mas que neste mês atingiu um ponto crítico. 

Faltam desde materiais básicos, como bisturis e gaze, até produtos para procedimentos complexos. A Associação Venezuelana de Clínicas e Hospitais e outras entidades médicas qualificam a situação de “crise humanitária”.

As consequências são inúmeras, muitas delas dramáticas. Sete clínicas de Caracas decidiram suspender as cirurgias eletivas para poder atender somente às emergências. Cerca de 6 mil pacientes com cirurgias marcadas não puderam ser operados por falta de material. O presidente da Sociedade Venezuelana de Anestesiologia, Nerio Bracho, disse que o déficit de anestésicos inaláveis, por exemplo, atinge 90%.

Em nota, a Sociedade Venezuelana de Saúde Pública advertiu que “a falta de respostas do governo para os problemas identificados há meses nos conduz irremediavelmente a uma crise humanitária na saúde, como já advertimos publicamente em janeiro deste ano, com graves e imprevisíveis consequências para a saúde e a vida das pessoas”.

Além de não dar nenhuma satisfação para as organizações médicas, Maduro parece mais interessado em privilegiar sua agenda política e ideológica, ao lotar um avião com alimentos, remédios e equipamentos hospitalares e enviá-lo à Faixa de Gaza. 

Não foi a primeira vez que o governo chavista, em meio ao agudo desabastecimento na Venezuela, prestou “ajuda humanitária” a sócios de sua empreitada anti-imperialista, como Cuba e Síria. 

Enquanto isso, em seu país, pacientes deixam de ser operados e consumidores enfrentam filas para comprar comida, situação que mais se assemelha à de lugares conflagrados pela guerra.

No final do ano passado, Maduro admitiu que a situação dos hospitais era “uma vergonha”. Foi um súbito acesso de sinceridade, que não resultou em nenhuma medida para encaminhar uma solução concreta. Ao contrário: a inépcia do governo venezuelano está atirando o país de vez na UTI

O Estado de S. Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Notas & informações

CNBB vai além do Khmer rouge!!! O que sobrará do Brasil?



CNBB defende reforma agrária em 

36% do território brasileiro (por enquanto)



Brasília — Há muita coisa errada na agricultura brasileira na opinião da Igreja Católica, a começar pelo agronegócio, que seria um péssimo modelo de desenvolvimento ao concentrar riquezas e tornar o país um exportador de produtos primários. 

No documento A Igreja e a questão agrária brasileira no início do século XXI, a CNBB defende, entre outras coisas, as ocupações de terra, a destinação de mais de um terço do território brasileiro para a reforma agrária e uma emenda constitucional que estabeleça um limite para o tamanho da propriedade rural.

Sobram críticas ao governo, que estaria sendo omisso e inerte para resolver os problemas do campo; e ao agronegócio, que estaria indo contra a vontade e o desígnio de Deus, além de ser uma ameaça ao meio ambiente e à segurança alimentar.

O documento da CNBB foi publicado em maio deste ano. Nele, a entidade diz que 310 milhões de hectares, dos 851 milhões que compõem o Brasil, foram aparentemente grilados ou cercados por pessoas que não são donas deles. Ou seja, 36,4% do território brasileiro deveriam ser destinados à reforma agrária. 

O documento diz ainda que é “necessário fortalecer a resistência contra todas as formas de violência que atingem a vida dos trabalhadores e suas famílias”, entre eles os despejos ilegítimos, “mesmo quando aparentemente legais”, e as arbitrariedades dos órgãos de segurança pública. 

Segundo a CNBB, as ocupações são uma forma legítima de pressão e a reforma agrária é a única resposta de fato eficaz e possível a isso, sendo “urgente, necessária e inadiável”.

O agronegócio é mencionado 22 vezes no texto, sempre numa abordagem negativa. Segundo a Igreja, houve, no século XXI, “recrudescimento das tendências excludentes da modernização agropecuária”, seguindo os “ditames da concentração do capital e do dinheiro no campo”. 

Segundo a CNBB, isso é acompanhado pelo aumento do conflito agrário, “alimentado pela omissão tácita ou explícita dos organismos governamentais encarregados da política fundiária (Incra, Ibama, Instituto Chico Mendes e Funai)”. Os quatro órgãos citados fazem parte da esfera federal.

Para a Igreja, o agronegócio seria inclusive contra os desejos de Deus. “Na doutrina social da Igreja, o processo de concentração da terra é julgado um escândalo, porque em nítido contraste com a vontade e o desígnio salvífico de Deus, enquanto nega a grande parte da humanidade o benefício dos frutos da terra. 

O agronegócio em desenvolvimento no Brasil não só reforça esta dimensão absolutista da propriedade em detrimento da sua função social, mas destrói a possibilidade de se ter um adequado espaço e equilíbrio nas decisões políticas de desenvolvimento, no que se refere aos pequenos produtores rurais e familiares”, diz o documento.

Condenação de transgênicos

Entre os problemas identificados pela CNBB no campo está o uso de sementes transgênicas. Além da preocupação com os riscos à saúde humana, a Igreja diz temer o “cartel das grandes empresas controladoras dos grãos”, que ameaça a soberania e a segurança alimentar do povo e cria uma relação de dependência por parte dos produtores rurais. 

Outro problema, na opinião da CNBB, são os biocombustíveis que, em vez de avanço, representariam na verdade uma ameaça ao meio ambiente por exigir muitas terras para sua produção. Há ainda críticas ao uso de agrotóxicos pelo agronegócio. 

A CNBB pede também a atualização, pelo poder Executivo, dos índices de produtividade, que estariam baseados ainda nos dados do censo agropecuário de 1975. Aumentando o índice, mais terras seriam consideradas improdutivas e estariam aptas para a reforma agrária

A igreja defende ainda que os crimes de trabalho escravo e de assassinato em conflitos entre grandes e pequenos agricultores sejam julgados em âmbito federal, “distante das pressões de pessoas e grupos locais e estaduais”.


Procurado, o Ministério da Agricultura informou que “não trata de questões agrícolas”, o que seria uma atribuição do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O ministério, por sua vez, disse apenas que não recebeu oficialmente o documento da CNBB. 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), principal entidade do agronegócio, não deu retorno.

André de Souza in O Globo, 24/8/2014

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dilma X Marina (PT X PT) = PT+


Amigos

Dizem, sobre as próximas eleições, que Dilma x Marina=PT x PT, com o que concordo em parte, pois se no final der Marina, teremos PT+.

Ambos, o PT e REDE, da Marina são comunistas, porém o comunismo da REDE é mais avançado que o do PT. Este está, ainda, no comunismo antigo, hoje em uso em Cuba e Coréia do Norte, em que um Estado forte é o instrumento de dominação da nação por um partido.

A REDE defende um comunismo sem Estado: um eco-anarco-tribalismo.

Marina começou a sua vida pública nas CEBs, Comunidades Eclesiais de Base, o braço de ação da teologia da libertação, para o domínio da Igreja no Brasil e, justamente, na Amazônia, é que tais Comunidades eram mais fortes, especialmente pelas influências de Dom Pedro Casaldaliga, Bispo de S. Felix do Xingu e Dom Tomás Balduíno do CIMI, Conselho Indigenista Missionário. 

As CEBs seguem à risca os preceitos da teologia da libertação, sintetizados por Leonardo Boff:" Construir uma sociedade verdadeiramente comunista no sentido bíblico da palavra, não tem como meta um socialismo da abundância, mas da pobreza."

Assim, no campo econômico, Marina defenderá uma agricultura de subsistência, com pequenas unidades de produção coletiva: uma volta à agricultura do neolítico, na base do tribalismo indígena. Daí a afirmação da ampliação das reservas indígenas. 

De modo semelhante, isto será aplicado aos demais setores da economia, pois tem que se reduzir exploração do homem, esse intruso na natureza, contra a MÃE TERRA, que já não suporta mais tantas agressões. Esta é a razão do apoio incondicional que lhes dão os vários grupos de ambientalistas, aqui e lá fora.

Na busca do igualitarismo, sabendo ser impossível igualar todos os homens num mesmo padrão de riqueza, os “sonháticos da Marina”, pregam que o homem deva ter as suas condições materiais reduzidas ao mínimo indispensável à sua sobrevivência, condenando como supérfluo e pecaminoso todo o progresso individual e a busca do conforto. Para eles “o pecado” não é a riqueza, mas as desigualdades; têm como lema que “a miséria repartida não é sentida”.

Como o mesmo nome do seu "Partido”, REDE DE SUSTENTABILIDADE, a sociedade seria organizada como uma malha de grupos, ou tribos, interligados, sem que haja qualquer supremacia de uns sobre os outros, ou “autoridades coatoras”.
Embora Marina tenha se baldeado da Igreja Católica para a Assembléia de Deus, (olha o assembleismo presente outra vez), isto não afastou daquilo que bebeu nas CEBs, durante a sua formação, pois a Assembléia de Deus, a Amazônia está bastante impregnada da teologia da libertação.

Como o nosso sistema partidário é um frankstein, com múltiplos braços esquerdos e alguns apêndices que tramitam da direita para a esquerda, segundo as circunstâncias, não vejo a possibilidade do Aécio, um destes tais apêndices, sair vitorioso, a não ser que consiga a maioria absoluta já no primeiro turno: em um eventual 2° turno, certamente haverá uma migração dos votos de Marina para Dilma, ou vice versa.

Conclusão: estamos no mato sem cachorro, a não ser que algo imponderável, como o que ocorreu como o Eduardo Campos, aconteça.

Por Ralph Solimeo 

Quilombolas: Disputa de território já motivou protestos na Bahia


INCRA delimita área quilombola 

Rio dos Macacos
Do G1 BA

(Foto: Gabriel Gonçalves/G1)


Dois anos após o início das discussões lideradas pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o INCRA publicou os limites do Quilombo Rio dos Macacos, região alvo de disputa entre moradores da comunidade e Marinha. 

Conforme publicação, os trabalhos envolvidos na elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) definiram que, dos 301,3 hectares de terra que integram o quilombo, 104 serão destinados à regularização fundiária de 67 famílias remanescentes.

De acordo com o Incra, o desenho da delimitação foi definido por meio da necessidade de que fossem asseguradas a regularização das terras quilombolas e também a manutenção de áreas necessárias à segurança nacional. 

Além das famílias que vivem no quilombo, a Marinha do Brasil mantém no local a Vila Naval e a barragem que abastece a Base Naval de Aratu, uma das mais estratégicas bases do país, que funciona desde a década de 1970.

Em maio deste ano, o governo federal ofereceu à comunidade quilombola uma área de 86 hectares ao norte da barragem que existe no local, como também seis hectares ao sul da Vila Naval. 

O Governo da Bahia concedeu mais uma área de 12 hectares ao lado do terreno de propriedade da Marinha, totalizando 104 hectares.

Segundo o Incra, durante reunião entre os envolvidos no processo, ocorrida no dia 21 de agosto, em Brasília (DF), houve a aprovação final do governo e definição da regularização fundiária do território da comunidade. 

O relatório foi aprovado no dia 22 de agosto pelo Conselho Diretor do Incra.

Os bons selvagens. É bom lembrar



Índio 7 anos é detido após 
degolar e decapitar professor
Criança cometeu o crime com outros cinco adolescentes no interior do Amazonas


Facas usadas pelos menores foram encontradas às margens do rio em que o corpo foi jogado. Foto: Divulgação

Um menino de 7 anos e cinco adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, foram detidos nesta segunda-feira no município de Juruá, a 640 km de Manaus. Eles assumiram terem degolado e esfaqueado um professor de 42 anos. Segundo a polícia, o crime foi motivado por vingança porque um parente da vítima teria assassinado o pai da criança apreendida. Todos os suspeitos são índios da etnia Madijá Kulina.
O caso, segundo o delegado Daniel Trindade, foi descoberto somente no final da tarde, quando a tia de um dos suspeitos procurou a delegacia do município para contar a história. “Ela (tia) contou que o sobrinho chegou em casa muito alterado e visivelmente embriagado. Ao conversar com ele, o adolescente de 13 anos contou o que tinha feito com os outros colegas”, contou Trindade.
Após tomar conhecimento do crime, o delegado apreendeu todos os cinco adolescentes e a criança. Em seguida, os policias foram até uma área às margens do rio Juruá, onde o professor Roressi Madija Kulina, de 42 anos, que também é indígena, foi assassinado. No local a polícia encontrou a roupa da vítima e as facas usadas no crime.
“Quando conversamos com os garotos, ficamos horrorizados. O menino de 7 anos contou em detalhes como deu as duas facadas no professor. O adolescente de 17 anos foi quem decapitou a cabeça da vítima e os outros adolescentes ajudaram a esfaquear. Depois o corpo foi jogado no rio”, explicou o delegado que acredita ser difícil localizar o corpo.
Os cinco adolescentes irão permanecer em uma cela da delegacia de Juruá e a criança já foi entregue aos avós maternos, pois ela não pode ficar detida. O caso será encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE), que decidirá se eles irão permanecer no município ou se serão encaminhados para Manaus.

Fonte: Terra

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Porto de Paranaguá bate recorde histórico de exportação de grãos




Porto de Paranaguá é o maior porto graneleiro da América Latina e 3º maior porto de conteineres do Brasil





O Porto de Paranaguá bateu o recorde histórico de exportação de grãos pelo Corredor de Exportação. Foram embarcadas 112,9 mil toneladas de grãos no intervalo de 24 horas, mesmo com paralisação por conta das chuvas. Quando o recorde foi batido, estavam sendo carregados dois navios de milho e um de soja. 

Segundo Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, o recorde foi atingido pois não há filas, a chegada dos caminhões é ordenada e, com a nova configuração do corredor, os terminais têm atingido cada vez maiores índices de produtividade. 

Desde janeiro, está em vigor a norma que dá preferência para atracação em um dos três berços do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, os operadores de grãos que apresentarem melhores índices de produtividade. As novas regras, deixam um dos três berços do corredor com preferência na atracação para navios que forem embarcar cargas de até três terminais diferentes. 

Divino explica, que em esta norma chegou a ser questionada logo quando começou a vigorar. “Cerca de 35% dos navios que operavam no corredor já operavam nestas condições. Hoje, mais 80% dos navios que operam no corredor estão fazendo uso desta preferência porque perceberam que a norma traz benefícios para todos”, afirma. 

De janeiro a julho, o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá embarcou 9,7 milhões de toneladas de produtos, volume é 2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As exportações de soja já estão praticamente finalizadas e agora o Porto começa a exportar, sobretudo, o milho. 

O Porto de Paranaguá é o maior porto graneleiro da América Latina e 3º maior porto de conteineres do Brasil, perdendo só para Itajaí e Santos. O terminal exporta e importa grãos (soja, algodão, arroz e feijão, arroz, café, entre outros), fertilizantes, contêineres, líquidos, automóveis, madeira, papel, sal, açúcar, entre outros. 

Guia Marítimo

Agrolink - Da Redação

sábado, 23 de agosto de 2014

Comentário e documentário


De um leitor paranaense recebi interessante correspondência. Veja o leitor

Colheita de bananas na Costa Rica!

É bem interessante o vídeo (ver no link) para se perceber a dedicação das pessoas no seu trabalho (na Costa Rica), tanto no cultivo, como no acondicionamento do produto (com alta qualidade).


O nosso Governo poderia pegar todos os MSTerra + MSTeto +  MSem vergonha
+MS emprego (porque não querem trabalhar ... e... outros (pois há muitos deles) e mandá-los plantar bananas, pois, terra, não é o que falta no Brasil...


 HARVESTING BANANAS IN COSTA RICA

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Arde barba de vizinho "muy amigo"...


Maduro é criticado por racionar alimentos
GUILHERME RUSSO, ENVIADO ESPECIAL / CARACAS - 

O ESTADO DE S.PAULO
22 Agosto 2014 | 02h 02



Nicolás Maduro, foi criticado ontem por entidades de comerciantes e consumidores após afirmar, no dia anterior, que pretende registrar e limitar, usando dados biométricos, a venda de alimentos nos mercados privados e estatais. 

Em entrevista ao Estado, o diretor executivo da Câmara de Comércio de Caracas, Víctor Maldonado, comparou a medida à caderneta de racionamento de Cuba.

"Essa medida nega o direito à propriedade e ao livre-comércio. É o reconhecimento de que a escassez tem de ser administrada, contornada por uma caderneta eletrônica. O governo pretende coordenar a fila, não eliminá-la. Reconhece o desabastecimento e faz dele um modo de vida. O contrabando é apenas a face de uma propaganda", disse Maldonado.

De acordo com ele, para a economia venezuelana melhorar é preciso "eliminar todos os controles espúrios" no setor, como a Lei de Custos de Preços Justos, que, desde o fim de janeiro, limita a 30% o lucro máximo das atividades econômicas no país.

A comerciante María Rojas, de 47 anos, gerente de uma loja de artigos femininos no centro comercial El Tolón, no bairro caraquenho de Las Mercedes, concorda com a comparação de Maldonado sobre o futuro controle biométrico no comércio de alimentos na Venezuela. "É como o livreto cubano, mas com mais sofisticação."

Na opinião de Roberto León Parilli, presidente da Aliança Nacional de Usuários e Consumidores (Anauco), instalar máquinas de captura de impressões digitais nos mercados não deve diminuir a escassez na Venezuela. "Não creio que seja a fórmula mais adequada. O que temos aqui é um problema de abastecimento intermitente", disse ele à Radio Unión. 

A mesma rádio relatou uma briga por azeite de cozinha em um supermercado do bairro de La Yaguara, em Caracas. A disputa começou na fila e, segundo a Unión, parte dos compradores gritava: "Assim como o colocamos, podemos tirá-lo (em referência a Maduro)". A Guarda Nacional Bolivariana apartou a briga.

Em rede nacional de rádio e televisão, o presidente venezuelano afirmou, na noite da quarta-feira, que "já está dada a ordem para que, por meio do ministro da Economia e da Superintendência de Preços, se proceda a adoção do sistema biométrico em todos os estabelecimentos e redes das cadeias distribuidoras e comerciais da república".

"Em todos (os locais)", ressaltou Maduro. "Isso será como os captadores de impressões digitais no sistema eleitoral: uma bênção antifraude. Será um sistema perfeito. A lei de preços justos e a lei contra o contrabando devem ser aplicadas de maneira implacável."


O novo sistema deverá ser adotado até o fim do ano. A Venezuela tem fechado, durante a noite, sua fronteira com a Colômbia desde o dia 11, para evitar o contrabando de produtos, principalmente de alimentos e de gasolina, cujos preços no território colombiano são muito mais elevados.


Bem que avisei!


As traições de Marina. Bem que avisei!
DENER GIOVANINI
Segunda-Feira 18/08/14

Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. 

Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.

Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de dificuldades políticas para Eduardo, levando seu nome a patinar entre 10% do eleitorado. Não fosse sua trágica morte, ele sairia da eleição muito menor que entrou. E grande parte da culpa teria o sobrenome Silva.

Seria eu um implicante sem razão contra Marina Silva ou será que Deus me concedeu o dom da adivinhação? Nem uma coisa, nem outra. Sou apenas um pragmático, que não dá asas a paixões avassaladoras de momento e nem me deixo levar pelas emoções de ocasião. E assim penso que deva ser cada brasileiro que tenha consciência sobre a sua responsabilidade de decidir o destino do país.

Marina Silva foi ministra de Lula por oito anos e “abandonou” o governo quando percebeu que seu ego se apequenava diante do crescimento da influência da então também ministra Dilma Rousseff. O Planalto estava pequeno demais para as duas. Também deixou o Partido Verde ao perceber que a legenda não se dobraria tão fácil a sua sede de poder. Eduardo Campos sentiu o amargo sabor de Marina ao ver alianças importantes escorrerem por entre seus dedos. Marina atrapalhou, e muito, sua candidatura. Isso é um fato que nem o mais bobo líder do PSB pode negar.

Marina está fadada a trair

O grande ego é o pai da traição. Quem se sente um predestinado e prioriza o culto a personalidade tem medo da discordância, da crítica. É esse medo que gera uma neutralidade perigosa e falsa. E a neutralidade é a mãe da traição. Seres humanos com grandes egos quase sempre se posicionam entre o conforto de “lavar as mãos” e o silêncio covarde de suas convicções.

Marina Silva é assim. Simples assim.

Nas últimas Eleições presidenciais Marina ficou NEUTRA. Alguém se lembra?
Ao contrário do que desejavam seus milhões de eleitores – que ansiavam por uma indicação, uma orientação ou um caminho – Marina calou-se. Não apoiou Dilma e nem Serra. Com medo de decidir, declarou-se neutra. E ajudou a eleger Dilma.

Claro, não se espera de um político uma sinceridade absoluta, mas pelo menos transparência em algumas das suas convicções básicas. Isso Marina não faz. E quem não o faz assume o destino da traição. Vejamos:

a)      Se eleita, Marina Silva irá mudar o atual Código Florestal?
SIM (trairá o agronegócio)
NÃO (trairá os ambientalistas)
b)      Se eleita, Marina Silva irá abandonar os investimentos no Pré-sal e passará a investir em fontes alternativas para a matriz energética?
SIM (trairá a Petrobrás e seus parceiros)
NÃO (trairá os ambientalistas)
c)       Se eleita, Marina Silva irá interromper a construção de Belo Monte?
SIM (trairá os empresários)
NÃO (trairá os ambientalistas)
d)      Se eleita, Marina Silva irá apoiar o casamento gay?
SIM (trairá os evangélicos)
NÃO (trairá os movimentos sociais)
e)      Se eleita, Marina Silva será contra a pesquisa de células tronco?
SIM (trairá os pesquisadores e a academia)
NÃO (trairá os evangélicos)
f)      Se não for ao segundo turno, Marina repetirá sua posição de 2010?
SIM (trairá a oposição)
NÃO (trairá a si mesma)

Essas são apenas algumas perguntas que Marina Silva não responderá. Ou o fará por meio de respostas dúbias e escamoteadoras, bem ao seu estilo. No final, ninguém saberá realmente o que ela pensa. Sob pressão, ela jogará a responsabilidade para a platéia e sacará de seu xale sagrado a carta mágica:FAREMOS UM PLEBISCITO!  

Esse é o estilo Marina de ser. E esse é o tipo de comando que pode levar o Brasil ao encontro de um cenário de incertezas e retrocessos. O que ela fala – ou melhor – o que ela não fala hoje, será cobrado no Congresso Nacional caso venha a se eleger. Como Marina negociará com a bancada ruralista? Com a bancada religiosa?

Você, caro leitor, vai arriscar?

Eu não. Se não me bastassem os fatos, tive a oportunidade de olhar profundamente os olhos de Marina e de segurar em suas mãos. E não gostei do que vi. E não tenho medo de críticas. E tenho orgulho das minhas convicções.


Marina: olhei em seus olhos e segurei em suas mãos. Dener Giovanini

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Agronegócio diante de INCOERÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS?


                                INCOERÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS



Raphael de laTrinité

A imprensa deu conta de que o candidato Eduardo Campos, pouco antes do terrível acidente de avião que o vitimou, estaria portando a Medalha de Nossa Senhora das Graças, além de outras medalhas, que, segundo se diz, trazia junto a si presas a um cordão.
Na impossibilidade de aferir a realidade dos fatos, ou efetivamente saber se as citadas medalhas estariam com o mesmo no momento em que expirou, é inconteste que, do fundo de algumas mentalidades, poderá facilmente emergir, como fruto dessa inserção noticiosa, uma equivocada associação entre catolicismo e socialismo.
Se assim for, é de presumir que, mediante mais um ardil bem arquitetado, a chamada esquerda “católica” possa tirar evidente proveito da circunstância presente.
No intento de coactar uma investida dessa natureza, convém frisar alguns pontos, que jamais será supérfluo repisar:

a) O falecido Eduardo Campos era dirigente do Partido Socialista Brasileiro. Ora, católico não pode ser socialista, segundo o magistério tradicional dos Papas. Entre a longa série de ensinamentos pontifícios a respeito, salienta-se o da encíclica QuadragesimoAnno’, de Pio XI,que diz textualmente: ‘Socialismo religioso, socialismo cristão exprimem conceitos contraditórios; ninguém pode, ao mesmo tempo, ser bom católico e usar com veracidade o nome de socialista’ (A.A.S., vol. 23, p. 216).Ao longo do texto, o Pontífice faz ver que o socialismo concebe a sociedade de um modo completamente avesso às verdades cristãs;

b) Conforme Comunicado oficial da Direção Nacional do MST, "Campos foi um grande amigo do MST e apoiador da luta pela terra e pela Reforma Agrária, fato que o fez ganhar notável confiança dos trabalhadores rurais do estado de Pernambuco".http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/eleicoes/2014/conteudo.phtml?id=1490990
“Dize-me quem te elogias, e te direi quem és”. O velho adágio não induz a erro: na mais benigna das hipóteses, Eduardo Campos terá sido um cobiçado “companheiro de viagem” das hostes dos agitadores rurais, que timbram em violar sistematicamente, além das leis civis, dois preceitos do Decálogo (“Não furtarás” e “Não cobiçarás as coisas alheias”) promovendo invasões de terras pelo Brasil afora. Seria uma injúria à inteligência do falecido candidato conceber que não tivesse esse quadro bem delineado em sua mente.

c) À vista disso, não parece difícil supor que, iludidos pela miragem de um falacioso ‘socialismo-católico’, haja quem, muito simploriamente — seja por razões de ordem sentimental ou outras quaisquer —, em face do quadro político que se descortina, esteja propenso a sufragar nas urnas uma chapa politica atentatória da doutrina social da Igreja.

d) Falecido o candidato titular, que dizer, então, sobre a trajetória política de Marina da Silva, agora candidata oficial da coligação encabeçada pelo Partido Socialista Brasileiro?

e) Sobre o currículo da candidata,importa referir que, ainda jovem, foi aspirante a freira em um convento da capital acriana. Participou das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base). http://eleicoes.uol.com.br/2010/pre-candidatos/conheca-a-trajetoria-de-marina-silva-pre-candidata-a-presidencia-pelo-pv.jhtm

Merecem realce, nessa visão panorâmica, as palavras do jornalista Percival Puggina(arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+):
“A fala mansa da ex-vice de Eduardo Campos não se harmoniza com a rigidez e o radicalismo de suas posições. O dever cívico de conhecê-las não se cumprirá ouvindo o meigo discurso eleitoral que vem por aí. Há informações muito mais precisas e irrefutáveis na biografia da candidata.
Seu primeiro alinhamento político deu-se com filiação ao Partido Comunista Revolucionário (PRC), célula marxista-leninista albergada no PT onde militou durante uma década. Foi fundadora da CUT do Acre e lá, filiada ao PT, conseguiu o primeiro de uma série de mandatos legislativos: vereadora em Rio Branco, deputada estadual, senadora em dois mandatos consecutivos. Em 2003, no primeiro mandato de Lula, assumiu a pasta do Meio Ambiente, onde agiu como adversária do agronegócio. Sua gestão deu-lhe notoriedade internacional e conquistou ampla simpatia de organizações ambientalistas europeias que agem com fanatismo anti-progressista em todo mundo, menos na Europa...
Foram cinco anos terríveis para o desenvolvimento nacional. No ministério, Marina travava projetos de infraestrutura, impedia ou retardava empreendimentos públicos e privados, aplicava a torto e a direito um receituário avesso às usinas, aos transgênicos, ao agronegócio, principal motor do desenvolvimento nacional e responsável pela quase totalidade dos superávits de nossa balança comercial. Os pedidos de licenças ambientais empilhavam-se, relegados ao descaso. Empreendimentos eram cancelados por exaustão e desistência dos investidores. Sempre irredutível, Marina incompatibilizou-se com governadores, com os setores empresariais e com a então ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Foram cinco anos terríveis!
Quando se sentiu politicamente firme, largou a Igreja Católica, mudou-se para a Assembleia de Deus e para o PV. Depois, largou não sei que mais e se mudou para o projeto da Rede. Mas isso não a fez menos alinhada com as trincheiras de combate às economias livres, ao agronegócio, e ao evangélico domínio do homem sobre os bens da Criação. A ecomania de Marina Silva inverte a ordem natural nesse convívio, submetendo os interesses da humanidade às determinações que diz extrair do mundo natural. No fundo, vestido com floreios ecológicos, é o velho ódio marxista à propriedade privada dos bens da natureza.
De um leitor, a respeito da animosidade de Marina Silva para com o agronegócio: ‘Ela é uma praga de gafanhotos stalinistas reunidos numa pessoa só’”.http://www.puggina.org/artigo/puggina/marina-silva-cuidado/1721

f) Entretanto, na esteira dessas propostas de conciliar o inconciliável, não é de hoje que existem as mais inauditas propostas de simbiose ou convergência entre catolicismo e socialismo.
Em particular, sobreleva o papel de Antonio Gramsci, célebre pensador e co-fundador do Partido Comunista Italiano, o qual, já nas primeiras décadas do século XX, afirmava que, ao invés de enfrentar de rijo a Igreja Católica, mais valia a pena criar enfrentamentos no interior do catolicismo.  Com efeito, Gramsci chegara à conclusão de que uma das chaves da sobrevivência do catolicismo ao longo dos séculos foi o fato de que em seu seio conviveram harmonicamente humildes e elites, sentenciando que “a Igreja romana sempre foi a mais tenaz em impedir que oficialmente se formem duas religiões: a dos intelectuais e a das almas simples”.
[grifos meus]
Ao mesmo tempo em que proclamava “odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes” (Antonio Gramsci, “indifférent”, Février 11, 1917, apud "La Città futura", pp. 1-1 Raccolto in SG, 78-80,http://bellaciao.org/it/spip.php?ar...),  o pensador comunista definia o socialismo como “uma religião, no sentido em que também possui um conjunto de crenças, uma mística, fieis seguidores; é uma religião porque substituiu, na consciência [de cada indivíduo], o Deus transcendental dos católicos pela confiança no homem e em suas melhores energias como sendo a única realidade espiritual existente”.[A. Gramsci, “Audacia e fede”, Sottola Mole, 22.6.1916, cité par Rafael Diaz-Salazar, El proyecto de Gramsci, Barcelona, Ed. Anthropos, 1991, p. 47.].
[grifos meus]
Ora, para muitos adeptos do aggiornamento pós-Vaticano II, afirmações como estas não estão longe de serem admitidas, por muitos, como verdades de... fé!

g) Na turbulenta conjuntura história em que vivemos, será que o maquiavélico plano de Gramsci virá à tona?
Só o tempo dirá.