quarta-feira, 26 de agosto de 2015

VEJA E JULGUE o terrorismo de quilombolas criados pelo PT



Quilombolas podem parar atividades da Aracruz Celulose (Fibria) a qualquer momento

Venceu no dia 24  último o prazo para que a Justiça Estadual soltasse quatro quilombolas  presos sob a acusação de roubar galhos de eucalipto da Aracruz Celulose (Fibria). 

A qualquer momento os quilombolas de Conceição da Barra e São Mateus podem parar a produção de mudas e embarque de eucalipto na unidade da empresa às margens da BR-101, próximo ao trevo de Conceição da Barra, norte do Espírito Santo.

Lideranças quilombolas informaram que os presos não vão ser mantidos no cárcere. Afirmam que estão dispostos a lutar por eles, e lembram que a Aracruz Celulose subverteu a situação para acusar de roubo os donos das terras, usurpadas desde a década de 1960. 

Estas terras são exploradas com plantios de eucalipto, que acabaram com a água  e com o solo da região. Os quilombolas não têm como subsistir com suas práticas tradicionais, como o plantio de mandioca.

As medidas que serão adotadas pelos quilombolas serão discutidas pela comunidade em assembleia. Porém, há indicativo de que parem tudo que a Aracruz Celulose (Fibria) mantém em Conceição da Barra. O dia e hora desta ação ainda não foi revelado.

Na última quarta-feira (19), cerca de 500 quilombolas  bloquearam a BR-101 por 9 horas, no norte capixaba, protestando  contra as prisões. Durante o protesto, só passaram ambulâncias e veículos particulares socorrendo doentes. 

Além da prisão dos quatro, houve clara intervenção do governo do Estado, apontada como terrorismo do governo do Espírito Santo, em favor da Aracruz Celulose (Fibria). Foram empregados três dos quatro helicópteros do Estado em rasantes sobre as casas dos quilombolas em Conceição da Barra durante uma tarde inteira.  

A prisão dos quatro quilombolas pôs em ação cerca de 30 policiais do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e a Corrupção (Nuroc) do Espírito Santo. Transportados em oito viaturas, empregou armamento de guerra e vasculhou casas dos moradores de São Domingos. Parte do efetivo, usava capuz para não serem identificados durante a operação.

Em um dos casos parecidos, em 2009, a intervenção do MPF levou a Justiça Federal a condenar o Estado a indenizar os quilombolas que sofreram a violência da Policia Militar. 

Também há reconhecimento federal de que o território que a Aracruz Celulose (Fibria) explora foi tomado da comunidade quilombola durante a ditadura militar. 

Contudo, os favores à empresa em detrimentos dos direitos dos quilombolas continuam até hoje.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Soja cai à mínima de 6,5 anos com preocupações com China


Soja cai à mínima de 6,5 anos com preocupações com China



Com previsão de grande oferta de grãos, investidores vendem contratos na Bolsa de Chicago e cotações caem

José Rocher/Gazeta do Povo
Autor: Agronegócio Gazeta do Povo (AgroGP) com Agências

Os preços da soja na Bolsa de Chicago caíram para uma mínima de seis anos e meio ontem (24), pressionados pela queda generalizadas nos mercados financeiros e de commodities em meio a temores sobre a economia da China. Milho e trigo, que acompanharam o movimento ao longo dia, conseguiram se recuperar e encerraram o pregão no terreno positivo.
A queda ocorre a 20 dias do início do plantio da soja no Brasil, que vai começar em 15 de setembro, após vazio sanitário. A soja é o principal produto do agronegócio e também motor de portos como o de Paranaguá.
Numa sessão que ficou conhecida como “Black Monday”(segunda-feira negra), o sell-off global começou durante a madrugada pelas bolsas asiáticas, que abriram a semana derretendo repercutindo a divulgação, na sexta-feira, de dados que mostram contração da atividade industrial na China. Xangai mergulhou 8,5%, na maior queda desde 2007. 

Seguindo o cenário de pânico, as bolsas europeias tiveram baixas de mais de 3% e, no mercado norte-americano, o S&P500, o Dow Jones e o Nasdaq caíram na mesma proporção. No Brasil, o Ibovespa chegou a registrar queda de 6,5% e o dólar bateu em R$ 3,57.

Nos mercados de commodities, o petróleo Brent rompeu a barreira dos US$ 45/barril pela primeira vez desde 2009, o minério de ferro atingiu limite diário de queda e outros metais como o cobre e o ouro recuaram ao menor patamar em seis anos. “As commodities agrícolas não conseguem resistir à espiral de queda na China”, disseram analistas do Commerzbank em nota a clientes.
A soja, que vinha pressionada pelo clima favorável para as lavouras nos Estados Unidos,chegou a despencar quase 35 pontos no pior momento do dia, mas acabou amenizando a queda e fechou os negócios do dia com o novembro/15 valendo US$ 8,74/bushel. 

Em apenas duas semanas, a oleaginosa já perdeu US$ 1,50/bushel, num mergulho de 15% desde que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) anunciou, no último dia 12, que o clima excessivamente chuvoso de julho não deve afetar negativamente a safra norte-americana.
No Brasil, a alta do dólar tem compensado parte desta desvalorização, com as indicações mantidas na caca dos R$ 70 por saca para o produto disponível no Porto de Paranaguá.
Depois de bater em US$ 3,6550/bsuhel, o novembro/15 buscou suporte na fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes, como o euro e a libra, para se recuperar das fortes perdas iniciais, e fechou  o dia cotado a US$ 3,8050/bushel (+3,50 pontos). 

O novembro/15 do trigo, que chegou a romper a barreira dos US$ 5/bushel no pior momento do pregão, acompanhou o movimento de recuperação e encerrou os negócios trocando de mãos a US$ 5,08/bushel (+4 pontos).
Terça da virada?

O mercado da soja torce que a liquidação desta segunda-feira tenha sido intensa o suficiente para acionar ordens técnicas de compra que deflagrem, no pregão de amanhã,  o que os norte-americanos chamam de “Turnaround Tuesday” (terça-feira da virada, na tradução literal) — movimento comum nos mercados de commodities, em que os preços revertem, na terça-feira, a tendência do primeiro pregão da semana.


Fundamentalmente, contudo, a oleaginosa não tem muitos motivos para subir. Relatos que chegam do campo vão confirmando a expectativa de mais uma safra gigantesca nos EUA, num momento em que a demanda internacional — principalmente da China — dá sinais de arrefecimento.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Agronegócio atingido pela crise do governo do PT



Crédito escasso atinge agronegócio e ameaça competitividade do campo
Ruy Baron/Valor
Plantio de soja em Primavera do Leste (MT)
TATIANA FREITAS
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO


O aperto no crédito chegou ao agronegócio. A menos de um mês do início do plantio da nova safra, produtores de soja se queixam de dificuldades para obter empréstimos para custear a produção.

Morosidade na análise de crédito, aumento das exigências dos bancos, alta nos juros –com um "mix" entre recursos subsidiados e crédito livre com taxas elevadas– e até venda casada são relatadas por agricultores.

As dificuldades provocaram atraso na compra de insumos necessários para o início do plantio, como sementes e fertilizantes, e aumentaram os custos de produção.

Se o problema persistir, poderá interromper os sucessivos ganhos de produtividade do setor nos últimos anos.

A situação é pior em regiões onde há mais produtores com dívidas pendentes, como no Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás. Mas, segundo o presidente da Aprosoja Brasil (Associação dos Produtores de Soja), Almir Daspasquale, o aperto é generalizado. "O dinheiro vem vindo a conta-gotas para todas as agências do Brasil", diz.

O problema teve origem no primeiro semestre, quando os produtores começam a se preparar para o plantio da safra seguinte. Nessa fase, eles buscam recursos nas linhas de pré-custeio, voltadas à compra de insumos.

Foi quando secou o dinheiro das contas-correntes e da poupança que, no caso do Banco do Brasil, vai para o financiamento do agronegócio. O banco estatal destina 73% da chamada poupança rural (90% do total da caderneta) para o crédito agrícola com juros subsidiados de 8,75% ao ano.

Nas demais instituições financeiras, 65% da poupança vai para o crédito imobiliário, que neste ano também teve restrição de recursos especialmente na Caixa.

Além da poupança rural, o agronegócio conta com o direcionamento de 34% dos depósitos à vista (conta-corrente) de todos os bancos.

Com a alta dos juros, tanto a poupança como as contas-correntes perderam depósitos para outras aplicações. Para reverter a situação, Caixa e BB fizeram campanhas para estimular os depósitos.

SECA NO CRÉDITO

Devido ao aperto, o BB só emprestou R$ 3,5 bilhões para o pré-custeio com juros subsidiados neste ano. No ano anterior, tinha feito cerca de R$ 8 bilhões nessa linha. Sozinho, o BB responde por 65% do crédito rural.

A consequência foi a queda de 14% na concessão total de crédito rural no primeiro semestre, segundo o BC.

"Neste ano, o pré-custeio foi nulo", diz Adolfo Petry, coordenador da comissão de política agrícola da Aprosoja-MT (associação dos produtores de soja de Mato Grosso).

"Em março do ano passado já tinha custeio para a safra seguinte. Neste ano, o financiamento só saiu no final de julho", afirma José Guarino Fernandes, produtor de soja em Sapezal (MT).

O alívio veio com o anúncio do Plano Safra 2015/16, em junho, prevendo R$ 187,7 bilhões em crédito para o setor, alta de 20% em relação ao anterior. Os recursos começaram a ser liberados em julho, mas produtores continuam reclamando de lentidão.

Preocupados com a inadimplência, os bancos apertaram as regras de cadastro e passaram a exigir mais garantias. Segundo produtores, na Caixa, crédito acima de R$ 500 mil só sai com hipoteca de primeiro grau (bens que não são garantia de outros financiamentos). O banco não concedeu entrevista.

O BB informou que não há restrição de recursos para a safra. Segundo o banco, o ritmo de liberação de empréstimos está acelerado. Com 50 dias do Plano Safra, as concessões para a agricultura empresarial são 34% superiores ao mesmo período de 2014. Na agricultura familiar, o crédito liberado é 11% maiore e, na linha para médio produtor, 95% maior.

O tema, no entanto, continua em debate em Brasília. Na última semana, uma audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara discutiu o acesso ao crédito agrícola. O caso também foi levado à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, por parlamentares. 

A preocupação não é apenas sanar os gargalos desta safra, mas também viabilizar fontes alternativas para o financiamento do setor. 



O petróleo é meu também?


Privatização da economia, por que não?

As manifestações limitam-se a atacar a corrupção e o governo petista, mas poucos são aquelas que reivindicam a privatização da economia

Têm-se a impressão de que o país inteiro se levantou contra a corrupção. Corrupção na Petrobras, na Eletrobras, nas usinas atômicas de Angra dos Reis e, possivelmente, os inquéritos poderão se estender à todas as demais estatais.
Cartazes, discursos, palavras de ordem, limitam-se a atacar a corrupção e o governo petista, mas poucos são os que reivindicam a privatização da economia. Isso talvez se deva à fixação dos sul-americanos, inclusive daqueles que se opõem ao bolivarianismo e ao petismo, pela permanência nas mãos do Estado das empresas que exploram riquezas naturais. 

Para eles seria suficiente que para as estatais fossem nomeadas diretorias honestas e competentes para evitar desvios de dinheiro e formação de carteis privilegiados. Esse modo de pensar, porém, é fantasioso e até perigoso. Vejamos.
O Congresso é feito para legislar, o Judiciário para julgar, e o Executivo para governar.
E qual a função do Estado no plano econômico?
Ele deve proteger as atividades econômicas por meio de leis e regras claras, que permitam que essas atividades econômicas se realizem livres de pressões políticas e de práticas monopolistas.
Não existe razão para o Estado ser proprietário de empresas e estabelecer monopólios que permitam que os preços sejam manipulados por interesses políticos.
Que as empresas privadas são inequivocamente mais eficientes que as estatais não é mais tema de discussão; que as empresas estatais são palco de conchavos políticos, roubalheiras e crescimento canceroso de burocracias, também são verdades conhecidas por todos.
E nasce uma pergunta delicada e complicada:
Qual a razão para a privatização não fazer parte das reivindicações dos líderes da oposição?
Será fruto da mentalidade esquerdista presente em alguns partidos que combatem o governo Dilma?   Quererão eles manter as estatizações caso em determinado momento conseguirem assumir o governo da nação?
Estatização ou privatização da economia?

Diante dessa configuração de fatos, cremos ser interessante relembrar alguns dos contrastes existentes entre as empresas particulares e as estatais:

1.         As empresas privadas assemelham-se à seres vivos – crescem, aperfeiçoam-se, adaptam-se às variações da economia, atingem sua “dimensões ótimas”, estabilizam-se e encerram suas atividades por não poderem continuar competindo no mercado ou por quaisquer outras razões. As empresas estatais não possuem nenhuma dessas vantagens: são criadas arbitrariamente ou por interesses popularescos, tornam-se hirtas, esclerosadas, pétreas, incapazes de se adaptarem às mutações do mercado, tendem à crescer desmesuradamente e a burocracia cresce nelas de forma cancerosa.
2.     Em nossas livrarias  vê-se dezenas de livros discorrendo de como os empresários devem governar suas empresas, de como torná-las lucrativas, de como simplificar a burocracia, torná-las inovadoras, agressivas no mercado, flexíveis, moldadas às demandas do público consumidor. As estatais, pelo fato de possuírem monopólios da produção ou da exploração dos serviços, pouco interesse têm em cortar gastos, racionalizar os trabalhos, simplificar a burocracia etc.

3.     Uma das principais responsabilidades das diretorias das empresas privadas é adequar o ganho – tanto dos diretores, como dos empregados – à sua capacidade operativa, disciplina e identificação com a personalidade da sociedade. Aumentos salariais, bônus,  prêmios,  promoções, participação nos resultados, são apenas exemplos de como os bons desempenhos são recompensados. 

Em toda empresa bem administrada existem acompanhamentos contínuos dos trabalhos para garantir a boa qualidade dos produtos. Nas empresas estatais, porém, o ganho dos dirigentes não é proporcional à sua boa ou deficiente gestão, pois seu valor é fixado por regulamentos ou leis de equidade. Além disso, a fiscalização é praticamente nula, pois não  é feita pelos acionistas interessados em seus lucros,  mas por burocratas  pouco interessados  em punir colegas de trabalho.

4.     Empresas particulares concorrendo entre si para oferecer produtos de melhor qualidade e por menor preço beneficiam os consumidores, enriquecem a economia do país e remuneram condignamente àqueles que são criativos, bem organizados e bons conhecedores do mercado. 

Pelo contrário, possuindo o monopólio da produção, as estatais  não se preocupam com a eficiência, com o bom atendimento aos consumidores, em procurar inovações ou  em simplificar custos. Os socialistas dizem que pelo fato delas não priorizarem o lucro  estão em condições de executar tarefas por preços reduzidos, mas esquecem que a má gestão à elas inerente, a burocracia e a falta de estímulo da concorrência, fazem com que as tarifas e preços por elas cobradas sejam muito superiores aos que seriam cobrados se os serviços fossem feitos por empresas privadas.

Encerrando estas considerações, podemos dizer que a corrupção endêmica na Petrobrás e nas demais estatais  é muito dificilmente evitável, e continuará à  existir quer sejam nomeados diretores honestos ou não.
A única solução para nos tornarmos uma potência econômica, conseguirmos um PIB  decente e meios para atender as populações de baixa renda, é privatizando as estatais. Não somente algumas, mas, se possível, todas!

O autor é engenheiro e fundador da CAL (Construtora Adolpho Lindenberg), fundador e Presidente do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira.

domingo, 23 de agosto de 2015

Roraima: Nova perseguição aos produtores rurais. Assista ao impressionante vídeo!



  Depoimento de Dorinha Serra da Lua





O Estado de Roraima ainda não se recuperou da tragédia representada pela expulsão de mais de 300 famílias. 

Há sete anos, em decorrência da criação da terra indígena Raposa/Serra do Sol, proprietários da região foram cruelmente retirados de suas próprias casas. 

Agora nova perseguição se abate sobre outros pioneiros ruralistas, pois a febre de demarcações dos governos do PT não cessa. 

Para perseguir as propriedades eles são capazes de "ressuscitar" novos índios, inventar falsos quilombolas, criar assentamentos de Reforma Agrária, e também parques ecológicos de conservação ambiental em terras de ocupação centenária. 

Depoimento emocionado de Dorinha Serra da Lua, que conta sua história de seu nascimento e, ao mesmo tempo, desabafa sobre como vem sendo este novo processo de desapropriação no Estado de Roraima.

Veja o link abaixo:





quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Comandante do Exército adverte sobre 'déficit de soberania' na Amazônia





O general Eduardo Villas Bôas em audiência no Senado



O Brasil tem um déficit de soberania sobre a Região Amazônica. A advertência foi feita por ninguém menos que o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, em recente audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, para analisar o controle de fronteiras e o combate ao tráfico de drogas e armas na região. 

Na ocasião, ele destacou a necessidade de se ter uma maior atenção com a atuação das ONGs internacionais que operam no País e ressaltou a ameaça representada pelo projeto do "corredor ecológico" proposto pelo governo da Colômbia.

De acordo com Villas Bôas, os militares estão apreensivos em relação a situações que limitam a autoridade do País em relação a questões estratégicas para o desenvolvimento da região, além de atender às aspirações dos brasileiros - em especial os da população da Região Amazônica. 

Como exemplo, citou o plano do "Corredor Triplo A" proposto ao Congresso de seu país pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, para a criação de uma zona de preservação ecológica dos Andes até o Oceano Atlântico, que, se implementada, poderá "esterilizar" 1,35 milhão de quilômetros quadrados dos territórios da Colômbia, Brasil e Venezuela. 

A intenção é apresentar o projeto para a análise da 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-21), a ser realizada em Paris, em dezembro (ver mapa - Alerta Científico e Ambiental, 30/04/2015).


Mapa do Corredor Triplo A proposto pelo governo da Colômbia

O general lembrou que a Amazônia representa 62% do território brasileiro e a eventual criação do "corredor" inviabilizaria a exploração de recursos naturais avaliados em mais de 23 trilhões de dólares, como reservas de minérios raros e biodiversidade. 

Ele aproveitou para se posicionar contra as propostas de se manterem os recursos naturais amazônicos "congelados" para sempre, e disse acreditar ser possível conciliar a preservação ambiental com o uso racional das riquezas da região. 

Para ele, tal condição configura um "déficit de soberania": "Esse déficit de soberania, esse processo todo é como combater fantasmas, porque a gente não sabe de onde vêm, o que são, o que fazem e quais são os seus objetivos, mas o resultado geral a gente pode verificar (Agência Senado, 16/07/2015)."

A proposta do "Corredor Triplo A" foi concebida pela ONG britânica Gaia International, cuja filial colombiana é a Fundación Gaia.

Além disso, Villas Bôas criticou o modelo atual de demarcação de terras indígenas, com grande concentração na Amazônia, inclusive, em áreas com forte concentração de riquezas minerais: "Não sou contra unidades de conservação em terras indígenas. (...) mas temos que compatibilizar esse objetivo com a exploração dos recursos naturais."

A falta de projetos que permitam que a exploração das riquezas naturais amazônicas seja feita de forma organizada e com fiscalização, observou, é um problema que tem provocado o contrabando ilegal desses mesmos recursos.

Como exemplo, citou o caso da exploração ilícita de diamantes cor-de-rosa em terras indígenas de Rondônia, que continuam sendo extraídos e exportados sem qualquer controle. "Isso é uma hemorragia; são riquezas que o país perde, que sai pelas estruturas de contrabando, e o país não se beneficia em nada com isso", questionou.

O comandante também expôs a situação do narcotráfico na região amazônica, e observou que o Brasil é usado como corredor de passagem de cocaína para o exterior, por fazer fronteira com os três maiores produtores da droga no mundo: Colômbia, Peru e Bolívia. 

Villas Bôas informou que foram identificadas e destruídas pequenas plantações de coca no interior de nosso território, e que há informações da ação de traficantes brasileiros e mexicanos na Amazônia: "Já foi detectada a presença de cartéis mexicanos, aqui, na Colômbia e no Peru. O cartel mexicano tem um modus operandi extremamente violento, e essa violência já começa a transbordar para o nosso lado."

Já o tráfico de armas, é mais presente em fronteiras no Sul do país, afirmou. Para proporcionar um monitoramento mais efetivo das fronteiras, principalmente na Amazônia, está sendo implantado o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), desenvolvido pelo Exército e composto de sistemas de comunicação, radares e veículos aéreos não tripulados (Vants), com 70% de tecnologia nacional. 

O sistema começou a ser implantado em Mato Grosso, com previsão de conclusão em todo o País para 2023, embora possa haver atrasos, devido aos cortes orçamentários do governo federal, observou Villas Bôas.

O sistema pode recuperar o investimento realizado em dez anos, contribuindo para uma economia de mais de R$ 13 bilhões em gastos com segurança, nesse período.

É de extrema relevância uma autoridade com a responsabilidade do comandante do Exército venha a público denunciar o caráter danoso do radicalismo ambientalista-indigenista praticado pelo aparato internacional de ONG que, há mais de duas décadas, colocou o Brasil na sua alça de mira. 

Aguardemos para observar as repercussões relevantes na cúpula do governo federal, principalmente, no tocante às propostas que serão apresentadas na COP-21.

Fonte: Sem medo da verdade


Mudanças climáticas são uma ameaça à saúde humana?




O espantalho das mudanças climáticas

Nas propriedades rurais, os espantalhos afugentavam os pássaros que vinham assolar os campos cultivados. Assim, esses “dogmas” científicos – como, por exemplo, o aquecimento global e sua plêiade de hipotéticas desgraças futuras – se tornam verdadeiros espantalhos a atormentar nossa existência diária e a condicionar nossos comportamentos.



Nesta época de um omnímodo relativismo religioso, moral, político, social, cultural, etc., certezas científicas tidas como incontestes – quase as chamaria de “dogmas” – têm sido brandidas para justificar a necessidade imperiosa de uma revolução radical na sociedade, nas relações políticas e sócio-econômicas, nas formas culturais e até nos modos de ser e de comportar-se dos indivíduos. 
Tudo na linha de um crescente estatismo – de uma governança mundial, sugerem alguns – de cunho altamente socialista e nivelador, de um estranho “decrescimento” rumo a uma sociedade eufemisticamente designada como “sóbria” (melhor talvez fosse designá-la de miserabilista).
“Dogmas” espantalhos

Assim como outrora, nas propriedades rurais, os espantalhos eram colocados para afugentar os pássaros que vinham assolar os campos cultivados, esses “dogmas” científicos – como, por exemplo, o “aquecimento global” e sua plêiade de hipotéticas desgraças futuras – se tornam verdadeiros espantalhos a atormentar nossa existência diária e a condicionar nossos comportamentos.
Como muitos de nós não possuímos formação científica suficiente para discernir acertos ou erros de tantas dessas “certezas”, corremos o risco de nos tornarmos joguetes nas mãos de homens e de teorias muito extremadas… e pouco científicas.
Cuidado com os falsos profetas

Por este motivo quis hoje trazer ao conhecimento dos leitores uma matéria estampada no New York Times e reproduzida no caderno de Ciência da Folha de S. Paulo (27/7/2015). O título é sugestivo: “Relação entre mais calor e doenças não é clara”. E o subtítulo completa a ideia:“No que se refere à saúde, ainda não se sabe se aquecimento global de fato é uma ameaça”.
Na verdade, o “aquecimento global” antropogênico, ou seja, fruto da ação humana, é muito contestado em meios científicos. Diante de certas evidências incômodas, os “aquecimentistas”, jeitosamente, foram mudando seu discurso para “mudanças climáticas”, o que lhes dá um campo de manobra bem mais amplo, pois tudo em tese justifica suas “certezas”.
A história do mundo registra muitas mudanças climáticas, aliás, inerentes ao ciclo vital do Universo. O problema para os “aquecimentistas” é provar que a ação humana gerou tais mudanças. Para evitar comprovações, agitam eles espantalhos de males futuros (secas, doenças, pragas, mortes, etc.). Entretanto, uma vez mais, pesquisas científicas desmentem seus modelos hipotéticos.
Tenhamos, pois, cuidado com aqueles falsos profetas que, em nome de pretensos “dogmas” científicos, nos tentam impingir mudanças sociais, políticas, culturais e até espirituais.
Vamos, então, à leitura do mencionado artigo:
Mudanças climáticas são uma ameaça à saúde humana?

A lógica poderia sugerir que a resposta é sim: o presidente dos EUA, Barack Obama, usa isso para conseguir apoio para tornar as mudanças climáticas o ponto central de seus últimos meses de governo.
Na lista da Casa Branca, os casos de asma vão piorar, as mortes ligadas ao calor aumentarão e o número de insetos transmissores de doenças, antes confinadas aos trópicos, também. Mas esses pontos expressam uma certeza que muitos cientistas dizem ser ainda inexistente.
Climas quentes têm efeito na saúde, mas a temperatura é só parte de um conjunto muito complexo de forças.
Por exemplo, as viagens pelo globo e o comércio – e não mudanças climáticas – trouxeram os primeiros casos dechikungunya para a Flórida.
As temperaturas podem estar subindo, mas a quantidade de mortes pelo calor, não. O progresso ajuda na adaptação – o fato de o ar-condicionado estar mais comum e os tratamentos para doenças do coração, por exemplo.
Como afirma Patrick Kinney, diretor do programa de clima e saúde da Universidade Colúmbia, ainda é difícil estabelecer causalidades.
Um estudo comparando Laredo, no Texas, e uma cidade do outro lado da fronteira do México descobriu que a incidência de dengue era muito maior no México, apesar de os mosquitos que transmitem a doença serem mais abundantes no Texas. No Texas, há ar condicionado e janelas que fecham bem, dizem os pesquisadores.
No Canadá, o número de áreas com carrapatos subiu de duas para treze desde 1997. Insetos como carrapatos e mosquitos não podem regular sua temperatura corporal, por isso são muito sensíveis às temperaturas. Mas o número de carrapatos tem aumentado mais ao sul também, como na Virgínia e na Carolina do Norte, e isso parece ter pouco a ver com o clima.
Ben Beard, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, diz que o reflorestamento e o aumento da população de veados e pessoas podem ser mais preponderantes. “Provavelmente não é o clima.”
Mas mesmo falar sobre o calor é complicado. Uma revisão recente da mortalidade por calor nos EUA descobriu que a taxa de mortes relacionadas às altas temperaturas diminuiu para menos da metade dos anos 1987 a 2005.
Em maio, um estudo do “The Lancet” analisou 74 milhões de mortes de 1985 a 2012 em mais de dez países e descobriu que cerca de 8% das mortes foram causadas por temperaturas anormais. Dessas, a taxa de mortes pelo frio (mais de 7%) é muito maior do que a de calor (0,42%).

Riscos para a saúde por causa da mudança climática são fundamentalmente locais. Os perigos do calor são maiores em Nova Deli do que em Nova York, não porque é mais quente na Índia, mas porque menos gente tem eletricidade, casas resistentes e cuidados médicos modernos. O que torna difícil tirar conclusões.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Que os anjos digam "amém"!


Fim de era
POR MERVAL PEREIRA
18/08/2015 08:00
A mudança qualitativa dos protestos ocorridos em todo o país no domingo não se mede em números, mas em símbolos. O boneco inflável do ex-presidente Lula como presidiário que surgiu em Brasília e hoje está em todos os lugares do mundo graças à criatividade liberada pela internet, marca o fim de uma era, quebra um mito, faz a ligação direta entre a corrupção e o chefe do grupo, responsável, na visão popular, pelos esquemas corruptos, e por ter colocado Dilma no Palácio do Planalto.
Dez anos depois do mensalão, quando seu nome era impronunciável, Lula aparece aos olhos da multidão como aquele que tem o domínio do fato. Pela terceira vez em oito meses, multidões vão às ruas em todo o país para rejeitar o governo Dilma, o que não deveria ser banalizado pelo governo se ele estivesse atuando dentro da realidade.
 Como Collor na ocasião de seu impeachment, a presidente Dilma parece estar em outra realidade. Aos olhos de Ulysses Guimarães falando sobre Collor, a reprovação das ruas vale mais que uma eleição, pois desse plebiscito saiu o repúdio da praça pública àquele que, embora eleito, perdeu a legitimidade.
A tese de Ulysses foi lembrada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que pediu um gesto de grandeza como a renúncia à presidente Dilma, ou ao menos um ato de contrição. Pois Ulysses também falou da renúncia no caso do Collor, em uma entrevista ao Jô Soares que o Jorge Bastos Moreno resgatou em seu blog, lembrando os casos de Getulio e Jânio Quadros.    
 Ulysses chegou a afirmar que a dimensão da praça pública “é maior do que na urna”. Collor morrera civicamente, decretou Ulysses, “morreu no respeito da nação e não acredita que morreu. É um fantasma”.  Não é mais presidente, pontificou.
Pois os petistas que hoje falam em golpe contra Dilma e alegam que 800 mil pessoas na rua não revogam 54 milhões de votos, naquela ocasião em que estavam na campanha para derrubar o então presidente Collor, não consideravam absurda a tese de Ulysses. E o próprio Lula, em declarações gravadas que circulam na internet para reavivar a memória dos mais esquecidos, disse que a maior lição dada pelo impeachment de Collor era que o povo enfim aprendera que os mesmos cidadãos que elegeram um presidente podem tirá-lo do poder.  
O frágil apoio que o senador Renan Calheiros está dando à presidente Dilma, portanto, não deveria ser suficiente para que o governo petista se sentisse seguro, pois, como bem salientou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no comentário que postou no Facebook, os conchavos políticos não garantem a legitimidade do governo.
Muito mais por que Renan, assim como Cunha, representa o que há de mais nocivo no fazer política do PMDB, a possibilidade sempre presente de uma traição. Enquanto interesses comuns os unem, Dilma e Renan caminharão juntos, mas, como gostam de dizer os peemedebistas, só até a beira do túmulo, pois ninguém cai na sepultura abraçado ao morto.
Depois das manifestações que chegaram até à porta da família Calheiros em Maceió, o presidente do Congresso deve estar menos à vontade na posição de garantidor do governo do que antes. Mas se os acordos de bastidores estão dando gás à presidente, as ruas continuam enviando suas mensagens.

 Bastará um gesto desabusado por parte de Renan, como sentar em cima da análise das contas da presidente Dilma caso o Tribunal de Contas da União (TCU) eventualmente as rejeite - o que agora ficou mais provável, pois a responsabilidade final está nas mãos do presidente do Congresso - para que a indignação latente volte a se manifestar pelo país.  

Fonte: O Globo