sábado, 29 de novembro de 2014

OAB - 'descoberta da escravidão negra'... O Petrolão ainda não foi descoberto



OAB e sua insólita Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra. Mas sobre o Petrolão, nada

Percival Puggina.


A recente decisão tomada pelo Conselho Federal da OAB me fez ver como esses devaneios históricos transitam no Brasil. Devagar e sempre. Demoram mas vão para onde os querem levar. As motivações para que avancem são muitas e graves: é tudo questão de privilégio, poder e dinheiro.
A notícia me lembrou de um artigo que escrevi em 1999, para o Correio do Povo. Estávamos, no Rio Grande do Sul, sob o governo petista de Olívio Dutra, nosso conhecido Exterminador do Futuro. 
A Secretaria de Educação, totalmente dedicada à conquista gramsciana da hegemonia, lançara uma cartilha que tratava obviedades históricas como achados ideológicos do governo popular e democrático. O texto que escrevi a respeito dessa cartilha tinha por título "Aqui são outros quinhentos" e, lá pelas tantas, dizia assim:
"Doravante, de acordo com o livrinho vermelho dos pensamentos da SEC, passa-se a ensinar a grande novidade de que havia índios no local do desembarque ocorrido em 21 de abril de 1500, atribuindo-se a esse episódio, portanto, o nome de Invasão. 
Tal verdade histórica estabelece uma conveniente referência para homologar as práticas do MST. Nesse livreto é ensinado ao povo que o país chamado Brasil, constitui, há cinco séculos, uma sinistra e gigantesca usucapião lançada contra os primitivos e legítimos proprietários."
E prossegui, ironizando: "Também é denunciado, ali, que os ancestrais dos negros e mulatos foram trazidos para a América como escravos, nos infectos porões de navios negreiros. 
Quem ler a cartilha fica com a impressão de que antes do governo popular e democrático, a versão dominante é a de que os negros aportaram ao Brasil como turistas, a bordo de confortáveis transatlânticos. 
Só a democracia popular e participativa do governo petista teria permitido arrancar o véu da mentira e revelar para a História, que os escravos, inclusive, trabalhavam de graça e eram frequentemente maltratados."
Passados 15 anos, chega a vez da OAB. Transitando ao largo de bibliotecas inteiras, toneladas de livros escritos sobre o tema em diversos idiomas, propõe ela que o governo crie uma Comissão da Verdade sobre a escravidão. 
A tarefa, é claro, tem que envolver o governo petista. Qualquer outro mandaria a OAB cuidar da própria vida. Mas sabe bem a OAB que se o governo não participar não aparece dinheiro para a colheita.
Enfim, na perspectiva dos pais da ideia, tudo se passa como se a vinda dos escravos africanos fosse um mistério insondável, um autêntico naufrágio da verdade que agora, felizmente, sob um governo que sabe muito bem criar e se beneficiar de cisões e ressentimentos, será "resgatada" dos mais profundos abismos da história universal. Parolagem político-ideológica que a Secretaria de Educação do governo Olívio Dutra iniciou no Rio Grande do Sul há 15 anos e que, agora, poderá render um "fundo de reparação" cuja conta, como sempre, virá para a sociedade. 
Como será com a farra do "Petrolão", a respeito da qual a OAB nada diz.

_____________
* Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Kátia Abreu: futura ministra? Ela vem sendo acusada de gestão temerária na CNA




Denúncias incluem gastos de R$ 32,2 milhões com empresas de aliado da senadora
  • Agência O Globo

A futura ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), é acusada pela oposição na Confederação Nacional da Agricultura (CNA) de gestão temerária à frente da entidade e de não permitir o acesso integral à prestação de contas de 2013, aprovadas pelo Conselho de Representantes (órgão deliberativo máximo) no dia 25 de abril deste ano. 

Kátia foi reeleita para a presidência da CNA em outubro, em eleição contestada na Justiça. Por meio de sua assessoria de imprensa, a senadora respondeu que as acusações não têm fundamento.

Os opositores apontam uma série de irregularidades. As denúncias vão de gastos de R$ 32,2 milhões com empresas de informática de um aliado da senadora a não contabilização de recursos que teriam sido recebidos de convênio com o Sebrae. 

Além disso, apontam que não haveria comprovação de despesas de R$ 31,1 milhões na rubrica de "projetos da presidência" e "serviços de terceiros".

Em julho de 2014, o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná, Ágide Meneguette, protocolou uma ação na Justiça Trabalhista de Brasília na qual acusa Kátia Abreu de aprovar apressadamente as contas de 2013 sem permitir que os presidentes das federações tivessem acesso à documentação. 

Ele argumenta que o exame das contas poderia ser feito até 31 de maio, mas a presidente da CNA teria exigido a votação em 25 de abril, mesmo sem a presença do presidente do Conselho Fiscal.

Segundo a denúncia, apesar de faltarem documentos contábeis, as contas foram aprovadas porque a presidente é apoiada pela maioria dos presidentes das federações. 

Na reunião do Conselho Fiscal em 15 de abril, o conselheiro Carlos Fernandes Xavier chamou a atenção para o gasto de mais de R$ 9 milhões com "serviços profissionais de pessoas jurídicas" e pediu mais informações.

No entanto, conforme ata do encontro, a superintendente administrativa, Benildes de Barros Garção, disse que dependia de outras áreas para fornecer a relação dos pagamentos, o que não seria possível naquele momento. Mesmo assim, as contas foram aprovadas, com a ressalva de que Xavier queria ter acesso aos documentos.

Num demonstrativo das despesas realizadas pela entidade consta pagamento de R$ 62,5 mil à Talk Comunicação, embora pelo contrato assinado esse valor refere-se a pagamento mensal, o que daria R$ 750 mil anuais. 

A Talk pertence ao empresário Luiz Alberto Ferla, também proprietário de outras duas empresas que atuam para a CNA - a Knowtec e a Suiteplus. Juntas, elas receberam R$ 32,2 milhões desde 2009.


A assessoria da CNA informou que todas as contratações e gastos de Kátia Abreu na presidência foram aprovados pelo Conselho Fiscal, por auditoria externa independente e pelo Conselho de Representantes.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Terras de Reforma Agrária produzindo corrupção?



Irmãos do ministro da Agricultura se entregam à PF


Alvos da Operação Terra Prometida, dois irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller, se entregaram no fim da noite dessa quinta-feira à Polícia Federal em Cuiabá. 

Odair e Milton Geller devem prestar depoimento na tarde desta sexta-feira, 28. Eles são acusados de integrar um esquema de compra e invasão de terras da União destinadas à reforma agrária. 

De acordo com o Ministério Público Federal, Odair teria usado uma empregada como "laranja" para ocupar ilegalmente um terreno na região de Itanhangá.


O advogado dos irmãos Geller, Edy Piccini, negou o envolvimento dos dois em irregularidades. Segundo ele, a empregada de Odair é a real exploradora da área. "Ela tem raízes no município e tem o terreno lá", declarou.

A defesa aguarda a oitiva dos presos para ter acesso ao inquérito e ajuizar pedido para que sejam soltos. 

Piccini afirmou que os dois irmãos nunca exploraram terras na região. A ação, alegou, teria motivações políticas. "Acreditamos que deve ser político, para atingir o ministro", disse.


Ecologia: belo X hediondo...


O que a ecologia não diz

Gregorio Vivanco Lopes


Ecologia é a palavra de ordem da moda. Tudo tem que se dobrar ante as exigências ecológicas: a agricultura, as construções, as barragens, as fábricas, o lazer, o próprio homem. A natureza é intocável.

Se o leitor se der ao trabalho de analisar o fundo do pensamento ecológico contemporâneo, no que ele tem de mais central, verá que ele repudia a ideia de uma natureza criada por Deus e que reflete as perfeições do Criador. É o culto do meio ambiente pelo meio ambiente, da natureza pela natureza.

Deixando à margem o que essa concepção tem de ateia, panteísta e gnóstica, fixemos apenas um ponto: com que olhos um católico deve ver a natureza? Qual é a verdadeira e mais elevada ecologia?

De um lado, é claro, ela contém tudo de que o homem precisa para manter-se. Dela tira ele o sustento para a vida, os medicamentos para as doenças, os abrigos nas intempéries, além de infindáveis outros elementos de apoio. Mas sobretudo o meio ambiente é o habitat criado por Deus para o homem nele crescer e formar sua alma, de modo a estar apta, no fim da caminhada desta vida, para o encontro com o Criador.

Essa finalidade mais alta do ser humano, a natureza nos ajuda a atingi-la de dois modos: a) admirando aquilo que ela tem de belo, reflexo do Supremo Artista que a modelou; b) tendo horror aos aspectos hediondos com que o pecado original marcou certos aspectos dela. De fato, Deus disse ao homem: “Porque comeste do fruto da árvore que eu te havia proibido comer, maldita seja a terra por tua causa” (Gen. 3,17).

* * *

A foto ao lado, representando uma paisagem de outono no hemisfério norte, é um exemplo característico de beleza a ser admirada, e que eleva a alma. O colorido exuberante da vegetação espelha-se nas águas, formando um quadro impressionista de rara beleza. O casal de cisnes parece, mais do que nas águas, banhar-se naquela feeria de cores que sua alvura completa e contrasta. A cena, na sua simplicidade, é paradisíaca. Admirá-la, e encantar-se com ela, prepara a alma para o Paraíso.


Na foto à esquerda, pelo contrário, a natureza nos apresenta um símbolo do mal e do pecado existentes nesta Terra: uma sucuri estufada após ter engolido um animal de grande porte. Dir-se-ia uma imagem do demônio, digna de ilustrar o inferno de Dante.

Estes aspectos pelos quais a natureza se nos apresenta como símbolo, ora do Céu, ora do Inferno, a corrente ecológica atual os ignora, voltada que está apenas para o endeusamento de minerais, plantas e animais, quando não é utilizada como instrumento para patrocinar o miserabilismo comunista...



(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

Nero, Átila, Hitler... Os comunistas foram muito além!



O assassinato da alma brasileira

Leo Daniele
Com os olhos postos no presente drama da Ucrânia, vale a pena perguntar qual foi o resultado de quase um século de massificação operada pelo chamado “socialismo real” na Rússia post revolução bolchevista de 1917.

Disse François Furet: “O comunismo destruiu o tecido social dos países do Leste. Não há mais sociedade, não há mais regime político e as populações foram privadas de seu passado”.
Essa destruição do sentido social foi assim descrita por Saulo Ramos, ex-ministro da Justiça do Brasil:
“É preciso ir e ver. Meninos, eu fui e vi. A Rússia não existe mais, isto é, existe, mas não há possibilidade de se definir o que está existindo naquele doloroso vazio de vontades e destinos.”
Após registrar os inúmeros fatos que ilustram seu artigo, ele prossegue:
“O Estado soviético deixou um povo sem nada na alma, nos desejos, nas ambições, na luta pelo próprio destino. Segundo os fiéis intérpretes com quem conversei, o assassinato mais grave deu-se, nos 80 anos de comunismo, na mentalidade e sentimento dos russos.
“O que antes de 1917 era poesia, música, ballet, vontade e alegria de viver, mesmo diante das atrocidades do regime czarista, hoje ainda é medo da polícia, desinteresse pelas coisas da vida, um vago esforço limitado à comida de cada dia ou à extravagância de um refrigerante estrangeiro. O resto é afogar-se em vodca, povo e chefões”.
E conclui, melancolicamente:
“Nero, Átila, Hitler assassinaram pessoas, roubaram a vida de milhões de seres humanos, mas os sobreviventes reconstruíram os bens e as terras devastadas. O comunismo, por ter durado muito tempo, além dessas mesmas e macabras proezas, assassinou a alma dos que sobreviveram, roubando-lhes, depois de várias gerações, a vontade de reconstruir o que não conheceram”.
O título do artigo é expressivo: “Assassinato da alma russa”.
Não presenciamos algo semelhante em torno de nós, ou seja, o assassinato em curso da alma brasileira?
Não estamos sendo moídos pelos escândalos sucessivos da classe política — Mensalão, Petrobrás, o cadáver ainda insepulto de Celso Daniel e o também insepulto escândalo de Pasadena, e assim por diante? 
E a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), para a qual a salvação eterna das almas parece preocupar menos do que uma reforma política que traz em seu bojo a sovietização do Brasil prevista no decreto 3.243?
Presenciamos o assassinato da alma brasileira do mesmo modo como os russos assistiram e assistem ao assassinato da alma russa?
São perguntas oportunas que no caos no qual nos encontramos não podem deixar de preocupar quem ama com amor sério este nosso querido Brasil.

Dizia Plinio Corrêa de Oliveira: “Não gostamos do ‘não’, não gostamos da dúvida, não gostamos da incoerência, também nos sentimos mal dentro da confusão e somos adversários dela". 
"Não gostamos da confusão e, por causa disso, ela nos causa perplexidade, nos atormenta, nos causa angústia, porque queremos uma certeza, queremos um rumo, queremos um desfecho. E a confusão cria condições onde certezas, rumo e desfecho não aparecem”.
— Até quando?


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Parceiros ideológicos do PT: Cuba, Venezuela, Equador, Argentina, Equador, Nicarágua, Angola, Moçambique e outros.


CRIME PERFEITO

O Brasil padece de graves problemas de infraestrutura. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deveria então financiar a construção de portos, estradas e ferrovias no país. 
Contudo, ele realiza com ênfase esta função não exatamente no Brasil, mas em diversos países ao redor do mundo. Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES, em 2006, passando a ser ministro da Fazenda, o Banco tornou-se peça chave no modelo de desenvolvimento proposto pela administração petista. 
Desde então, o total de empréstimos do Tesouro ao BNDES saltou de R$ 9,9 bilhões — 0,4% do PIB — para R$ 414 bilhões — 8,4% do PIB. Alguns desses empréstimos, aqueles destinados a financiar atividades de empresas brasileiras no exterior, eram considerados secretos pelo Banco.
Só foram revelados porque o Ministério Público Federal pediu à Justiça a liberação dessas informações. Em agosto, o juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, considerou que a divulgação dos dados de operações com empresas privadas “não viola os princípios que garantem o sigilo fiscal e bancário” dos envolvidos. 
A partir dessa decisão, o BNDES está obrigado a fornecer dados sobre aquilo que o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitarem. 
Descobriu-se assim uma lista com mais de 2.000 empréstimos concedidos pelo banco desde 1998 para construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior.
Outra questão polêmica são os juros abaixo do mercado que o Banco concede às empresas. Ao subsidiar os empréstimos, ele funciona como um “Bolsa Família” ao contrário, no melhor estilo Hood Robin: tira dos pobres para dar aos ricos. 
Ou melhor, capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11,25% ao ano), e empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5,25% de todo o dinheiro emprestado. Dos R$ 414 bilhões emprestados este ano, mais de R$ 20 bilhões são pagos pelo Banco.
É um valor similar aos R$ 25 bilhões gastos pelo governo no Bolsa Família, que atinge 36 milhões de brasileiros. Confirme todas as informações clicando aqui
A maior parte dos 20 investimentos mais significativos que o Banco considerou estarem aptos a receber investimentos financiados por recursos brasileiros foram realizados em países administrados por parceiros ideológicos, como Cuba, Venezuela, Equador, Argentina, Equador, Nicarágua, Angola, Moçambique e outros.
Na realidade, a Constituição atribui ao Congresso competência para aprovar acordos e tratados internacionais ou realizar operações internacionais, na condição de contratos de financiamento, por meio de instituições de fomento. Contudo, sucessivos governos vêm fazendo letra morta do texto.
A desculpa apresentada enfatiza que os empréstimos e financiamentos são feitos a empreiteiras brasileiras incumbidas de realizar as obras no exterior e não aos governos estrangeiros diretamente. Ora, o BNDES paga diretamente aos empreiteiros, que fazem as obras. 
E quem deveria pagar ao Brasil seriam os governos estrangeiros. E caso não o façam, como costuma acontecer? Diplomaticamente, a administração petista perdoa a dívida. E com o nosso dinheiro. 
Não por acaso, as principais empreiteiras prestadoras deste serviço externo são justamente as denunciadas na Operação Lava Jato. E não havia, antes da decisão judicial, como as Instituições brasileiras fiscalizarem devidamente os contratos firmados, como está sendo feito agora. Tratava-se de um crime perfeito.
Considerando esta vulnerabilidade, o deputado Mário Feitoza (PMDB-CE) apresentou proposta de Emenda à Constituição (PEC) 410/14, que estabelece como competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar, previamente, a concessão de empréstimos a governos estrangeiros, por intermédio de qualquer instituição nacional de crédito, fomento ou desenvolvimento. 
Para ele, a União tem sido vítima de prejuízos em operações “polêmicas e de viabilidade discutível” realizadas em território internacional. “Até o presente, não existem certezas acerca do retorno dos empréstimos secretos concedidos por contratos firmados com o governo cubano para a construção do Porto de Mariel”, afirma Feitoza. 
Ele destaca que o porto responde pela maior parte do total de financiamentos (US$ 1,6 bilhão) concedidos pelo Brasil a Cuba. “A autorização prévia legislativa, de cunho constitucional, tem o condão de evitar que o País seja arrastado para aventuras de natureza política, econômica ou ideológica, sem a autorização do Parlamento”, complementa.
De fato, é estarrecedor constatar esta triste situação, em que ninguém sabe de nada, as empreiteiras ganham cada vez mais, oferecendo “doações” vultosas durante as campanhas eleitorais para muitos partidos e políticos que serão eleitos, para depois da posse, retribuírem a “gentileza”. Haja PF, TCU, MPF e CGU.
Fonte: Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Economista Marcos Coimbra, Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Enquanto o governo atrapalha, o particular trabalha...



Terminal tira das BRs 6 mil t de grãos por dia

Sílvio Oricolli

Volume suficiente para encher 130 caminhões agora desce de Maringá para Paranaguá sobre trilhos


Um novo terminal intermodal da Seara Agronegócios, instalado em Marialva, no Norte do Paraná, está embarcando diariamente 6 mil toneladas de grãos em comboios ferroviários com 120 vagões com destino a Paranaguá. O volume é suficiente para encher 130 caminhões, que deixam de trafegar nas BRs 376 e 277.

Com grandes companhias, corretoras e cooperativas entre parceiros e clientes, a unidade recebe produtos provenientes da região de Maringá, de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e de Goiás.

O transbordo cresce entre os negócios da Seara. Com quatro terminais intermodais, a empresa deve movimentar 10 milhões toneladas de grãos por ano, conforme o gerente operacional dos terminais do grupo, Vitor Goltz.

Apresentado aos clientes, na semana passada, durante o evento do lançamento oficial da Expedição Safra 2014/15, o Terminal Maringá é resultado de investimento de R$ 70 milhões.

Está dimensionado para atender demanda de até 5 milhões de toneladas de grãos por ano. Deve operar com metade dessa capacidade, como os outros três (Itiquira, Londrina e Paranaguá.

A capacidade estática de armazenamento do novo complexo é de 80 mil toneladas. O carregamento dos vagões é feito em linha, na ordem de 1,5 mil toneladas por hora.

“Isso garante eficiência ao processo de embarque dos grãos, o que reduz o tempo de operação e da chegada da carga ao seu destino”, sustenta o gerente da unidade, Sidnei Aparecido Fritzen.

Num país com demanda crescente por infraestrutura para o agronegócio, a Seara se especializa também em outras pontas do sistema produtivo, com mais de 50 unidades de negócio. Montou, por exemplo, frota de 1,7 mil caminhões (200 próprios) e 1,23 mil vagões de trem.

Ao todo, sua capacidade estática de armazenamento de grãos totaliza 300 mil toneladas. Com aumento de 21,4% sobre os R$ 2,8 bilhões de 2013, o grupo prevê faturar R$ 3,4 bilhões neste ano.

No setor de agroindustrialização, a Seara atua no mercado de alimentos derivados do milho, com a marca Zanin, e empacota e comercializa açúcar, com a marca Supersucar.

Também atua no segmento de Pet Food, com fabricação de ração para cães e gatos, e na produção de nutrição animal e de fertilizantes e defensivos agrícolas, além de sementes de milho e soja.


Para Leonardo Justino Gonçalves, gerente comercial da Cooperativa Agroindustrial Nova Produtiva, que opera com a Seara há cinco anos, o novo terminal representa uma “extensão da cooperativa”, com serviços como secagem de grãos e transporte“que não conseguiríamos com recursos próprios”.

A cooperativa recebe de seus cerca de 2 mil associados em torno de 250 mil toneladas de grãos por safra, principalmente de soja e milho.

O presidente da Cooperativa Agroindustrial Integrada, Jorge Hashimoto, diz que o terminal preenche uma lacuna na região. “No nosso caso, podemos dizer que somos vizinhos. O que é uma enorme vantagem”, diz.

A Integrada, com sede em Londrina, tem 8 mil cooperados e recebe em torno de 1,7 milhão de toneladas de grão por ano. São 750 mil toneladas de milho, 650 mil toneladas de soja e 270 mil toneladas de trigo, além do café.

A cooperativa exporta 30% do volume recebido, ou seja, mais de 500 mil toneladas por safra.

Gazeta do Povo Online


Terça-feira, 25 de novembro de 2014

PT, Lula e Dilma = os piores cegos



O pior cego

Dora Kramer (OESP)


Vejam só o senhor e a senhora que curiosa essa notícia de que o PT encomendou pesquisa para saber que história é essa de tantos brasileiros manifestarem rejeição ao partido. Por que será?

No mundo da lua, realmente seria caso de investigação profunda. Seguida de amplo debate para detectar as razões, definir responsabilidades e providenciar uma arrumação na casa. Doa em quem doer.

Consta que os petistas estão assustados com o clima da campanha e os resultados das últimas eleições. Não sabiam de nada - como é de praxe no partido - a respeito da insatisfação disseminada País afora com o acúmulo de desmandos dos seus anos de exercício de poder.

Ficaram especialmente espantados com o ocorrido em São Paulo, onde estavam certos de que bastaria somar o natural desgaste dos governos tucanos à novidade de mais uma invenção de Lula, contar com a submissão do PMDB fazendo papel de sublegenda no Estado e esperar que a seca se encarregasse do resto.

Deu-se na vida real que a fiança dos postes perdeu prazo de validade, a longevidade do PT no Planalto revelou-se mais cansativa, o candidato do PMDB preferiu prudente distância e os paulistas, em sua maioria, resolveram dizer em alto e bom som que andavam fulos da vida.

Trata-se, obviamente, de resumo simplificado de um quadro mais complexo cuja amplitude, variadas as dimensões, alcançam todo o Brasil. Razões que qualquer cidadão razoavelmente informado não ignora.

De onde é espantoso o fato de um político com a sensibilidade e o tirocínio político de Lula não ter captado a mudança de ares no ambiente. Tão incrível quanto seu desconhecimento enquanto presidente sobre o método de organização da base de sustentação do governo no Congresso, local composto por maioria de "picaretas", conforme sua avaliação quando lá conviveu como deputado.

De modo semelhante intriga como Dilma Rousseff, uma servidora exigente, competente, detalhista e centralizadora, possa jamais ter-se dado conta, enquanto ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil e presidente da República, de que havia superfaturamento nos contratos da Petrobrás, a despeito dos alertas do Tribunal de Contas da União.

Diga-se, ignorados também pelo Congresso, cuja maioria governista manteve o veto do então presidente Lula a uma decisão que suspendia obras da Petrobrás na qual havia indícios de corrupção. Na mesma época ele fazia discursos criticando duramente órgãos de fiscalização, como o TCU, dizendo que "atrapalhavam" o andamento de obras.

Em mais de uma ocasião Lula desqualificou instituições. A Justiça Eleitoral, por exemplo, por diversas vezes, chegando a debochar do valor das multas e transigindo as regras de maneira explícita. Da mesma forma, dava abrigo a atos incorretos e antiéticos de seus aliados, como José Sarney durante crise devido a privilégios no Senado e Renan Calheiros enquanto enfrentava processo de quebra de decoro.

Do alto de uma altíssima aprovação popular, Lula fez, aconteceu, desfez e o partido seguiu o modelo de completa arrogância, tratando os escândalos que surgiam jogando o lixo para baixo do tapete, contando uma mentira atrás da outra, acreditando poder fazer o Brasil todo de bobo.

Ao ponto de insistir que o mensalão não existiu e que o Supremo havia atuado como tribunal de exceção, enquanto a prisão dos companheiros era vista pelo País como um avanço institucional.

Agora o PT não compreende o motivo de ser alvo de tanta "intolerância" e "preconceito". Para desvendar o mistério, encomendou uma pesquisa para consultar os eleitores de todo o Brasil a respeito.

Perceberam o senhor e a senhora? O partido só passou a se preocupar com a opinião do público sobre suas condutas diante do risco eleitoral. Deve ser por isso, por não ouvir, não querer ver e ter como única referência o poder é que as coisas acontecem e ninguém sabe de nada no PT.



Brasil à beira do precipício, alerta em jornal espanhol


Corrupção da Petrobras põe o Brasil à beira do precipício




Bandeira do Brasil em plataforma da Petrobras. / FELIPE DANA (AP)

O sistema é simples, diabólico e eficaz: um acusado de corrupção reduz sua pena se delatar outros, que por sua vez podem receber o mesmo tratamento, com o que o caso se ramifica ao infinito. É a maneira que o juiz brasileiro Sérgio Moro tem para reconstruir o rastro da bilionária corrupção que domina de cima a baixo a maior empresa pública da América Latina, a Petrobras, e que sacode o país: contratos forjados no valor de bilhões de reais, obras superfaturadas para a construção de refinarias, contas bancárias repentinamente esvaziadas para que não sejam congeladas, arrependidos que fazem acordos após pagar quase 100 milhões de reais, maletas com notas de dinheiro que vêm e vão, jatinhos levando somas estonteantes, um tesoureiro do PT envolvido na trama e intermediários que se entregam após passar dias foragidos da polícia.
E, além disso, vários dos maiores empresários do país, todos detidos na mesma carceragem sob a acusação de suborno, dividindo espaço e destino com o delator, Alberto Youssef, que tudo sabe e tudo conta…
O sonoro nome que a Polícia Federal deu à última fase da operação, Juízo Final, é sintomático. Tudo no Brasil gira atualmente em torno dessa gigantesca empresa pública e das venenosas revelações que surgem a cada manhã.
Há no momento 16 detidos. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, e dois diretores de uma empresa fornecedora, que aderiram ao programa de delação premiada, estão sob prisão domiciliar. Os outros 13 (empresários, diretores de empresas, altos executivos, outro ex-diretor da Petrobras e o quarto delator, o doleiro Alberto Youssef) convivem na carceragem da sede da Polícia Federal em Curitiba.
Youssef, claro, está numa cela à parte, pois seu advogado não se fia totalmente na preservação da sua integridade física, já que Youssef se tornou o alvo a abater.
Todos os envolvidos são acusados de alimentar um esquema ultraconhecido: os altos funcionários da Petrobras recebiam subornos das empresas em troca da concessão de contratos. Figuras marginais andavam para lá e para cá com malas que azeitavam uma máquina que chegou a movimentar mais de 10 bilhões de reais.
Ninguém conhece a soma real. As empresas implicadas tinham (e têm) contratos no valor de 60 bilhões de reais. Mas quanto disso ficava pelo caminho? Seriam 10%? Ou 20%? Ou 50%? O ex-diretor Costa e o doleiro Yousseff dizem que os partidos políticos, entre os quais o PT de Lula e Dilma Rousseff, levavam sua parte, que chegava a 3%.
A Petrobras, com seus 86.000 funcionários, não é uma empresa qualquer: refina 98% da gasolina consumida no Brasil, mantêm negócios com quase 20.000 empresas que lhe fornecem todos os tipos de produtos e serviços, e é ela própria responsável por um décimo de todos os investimentos feitos no Brasil.
Por isso o Governo, nocauteado pela crise, teme não só a repercussão política do caso (há acusações ainda não confirmadas de financiamento ilegal de partidos, entre os quais PT e PSDB), mas também uma eventual ressaca econômica e também social.
Das dez maiores empresas de engenharia e construção do país, só duas não estão envolvidas no escândalo da Petrobras. Por isso há quem enxergue um risco concreto de que as principais obras públicas em andamento sejam paralisadas. Ou seja, que o país pare.
Foi o que disse na quinta-feira José Costa Neto, presidente da principal empresa elétrica brasileira, a Eletrobras, controlada pelo Governo. Nesse mesmo dia, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, acrescentou após uma reunião com a recém-reeleita Rousseff:
“A presidenta está preocupada com o que vai acontecer com as obras. E eu, como Governador, também. Imagine o que significaria agora paralisar, por exemplo, a construção dos canais do São Francisco”.
Um dos advogados dos presos declarou nesta semana, após visitar seu cliente, que o suborno era inevitável. “Se não, a obra não saía. Se alguém ignorar isso, ignora a história deste país”.
Dias atrás, o empresário Ricardo Semler, de 55 anos, escreveu um artigo na Folha de S. Paulo intitulado “Nunca se roubou tão pouco”. “Não sendo petista, e sim tucano, sinto-me à vontade para constatar que essa onda de prisões de executivos é um passo histórico para este país”, escreveu Semler. “Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos setenta. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos oitenta, noventa, e até recentemente. Em 40 anos de persistentes tentativas, nada feito.”
Outro advogado dos presos, ao ser perguntado sobre as consequências do caso, respondeu: “Não sei aonde isso vai dar”. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acrescentou numa recente entrevista à Folha de S. Paulo que “isso é um rastilho pólvora. Quando um começa a falar o outro diz: vai sobrar só para mim? E aí eles começam a falar mesmo”.
As ramificações políticas são imprevisíveis: Costa e Yousseff acusam diretamente o tesoureiro do PT, João Vaccari, de receber subornos para ajudar as campanhas políticas do seu partido. Também apontam outros intermediários de outros partidos.
Enquanto isso, Rousseff, em Brasília, tenta driblar o temporal como consegue, sem aparecer muito, agarrando-se à tese que já defendeu durante a campanha, que consiste em assegurar que sob o seu mandato a corrupção é investigada e perseguida.
A favor dela está o fato incontestável de empresários até recentemente intocáveis estarem na prisão. Janot disse de forma clara na entrevista à Folha: “A Justiça de três, quatro anos para cá não é mais uma Justiça dos três Ps: puta, preto e pobre.
Ela está indo em cima de agente político e de corruptor”. O ex-presidente Lula, enquanto isso, recomendou à presidenta, segundo O Globo, que espere mais tempo para anunciar integralmente a sua nova e fornida equipe ministerial, assegurando que nenhum dos indicados estará envolvido no escândalo.


Eleições e safra agrícola (3)



   “Volume morto”, eleições e safra agrícola (3)

Helio Brambilla

Pretendo encerrar hoje a análise dos altos riscos que vêm passando os agropecuaristas no Brasil. Entre eles se encontra a insegurança jurídica, aliás, o que lhes acarreta maiores danos, além das contínuas ameaças de invasões por parte do MST, das acusações de trabalho escravo, de degradação do meio ambiente, de o proprietário rural não passar de um intruso em terras de índios ou de quilombolas.

O déficit do setor elétrico chega 100 bilhões de reais e poderia ser possantemente auxiliado pelo agronegócio. Só a cogeração de energia a partir do bagaço de cana poderia gerar mais que Itaipu, justo no tempo menos chuvoso. No momento, as hidrelétricas estão gerando apenas 20% de sua capacidade.

O setor canavieiro só não produz toda a energia possível porque o governo oferecia até há pouco tempo menos de 200 reais o KW/h. Com a crise atual passou a pagar às termoelétricas 800 reais o KW/h e, quando movidas a diesel, o valor já ultrapassa os 1000 reais o KW/hora.

Outro dado preocupante quanto aos combustíveis é que a Petrobrás sempre foi uma empresa rentável. Depois de ter sido "aparelhada" pelo governo para se tornar instrumento político, para segurar a inflação, por exemplo, a defasagem dos preços vem gerando déficit enorme em suas contas, sem contar a roubalheira.

Com a defasagem dos preços dos combustíveis foi estabelecido um “tabelamento branco” do etanol que ficou com um preço totalmente defasado levando à ruína financeira quase um terço das usinas sucroalcooleiras, além de fazer com que cerca de um milhão de funcionários fossem dispensados. De exportador de etanol, o país passará a importar 600 milhões de litros.

O setor canavieiro também sofreu muito com a seca do sudeste que o levou a diminuição de 50 milhões de toneladas de cana colhida, o equivalente a toda safra do nordeste brasileiro. Para não me alongar, citamos de passagem o que todos os leitores já sabem, isto é, a total falência de nossa estrutura básica.

Portos com filas gigantescas de caminhões, navios esperando até 60 dias para cargas e descargas, estradas em péssimas condições, ferrovias já várias vezes inauguradas e que ainda não transportam nada. E ainda mais, tem os seus dormentes e trilhos roubados.

E apesar de as hidrovias não terem saído do papel, o setor do agronegócio vem prosperando apesar do governo e graças a força propulsora dos nossos valorosos produtores rurais que diuturnamente, com chuva ou sem ela, continuam a cultivar este país continente.

Que Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, miraculosamente encontrada nas águas outrora puras do Rio Paraíba, não permita que perdure a seca que compromete os nossos mananciais, e, sobretudo, livre o Brasil do lodo moral no qual se acha atolado.

Invoquemos a Ela para que nos mande chuva para que os seus filhos tenham a sua sede aplacada e colheitas abundantes, também para que do Oiapoque ao Chuí os brasileiros recebam uma chuva de graças num país sempre irmanado e não dividido, como apregoam aqueles que querem romper com a sua vocação providencial.


Capitulação e traição na Colômbia



Capitulação e traição na Colômbia


Helio Dias Viana


         Não se pode qualificar de outro modo a política do presidente colombiano Juan Manuel Santos em relação às FARC, grupo narcoguerrilheiro que vem há mais de 50 anos ensanguentando a Colômbia com os crimes mais covardes e nefandos.

            É do mais comezinho bom senso a impossibilidade de qualquer acordo com um inimigo que antes de ir para a mesa de negociações não tenha cessado completamente as suas atividades criminosas.

          Ora, Santos não somente está negociando com as FARC em Havana — capital de uma ilha-presídio, cujos dirigentes há décadas oprimem sua população — como o está fazendo enquanto a narcoguerrilha mata, mutila e sequestra incontáveis colombianos. E, a propósito desse tema, convém notar o silêncio de entidades ligadas aos direitos humanos, tão sôfregas em defender qualquer ato que atinja algum esquerdista.

            Mas não é só isso. Nas presentes negociações em Cuba, a grande vencedora serão as FARC, cujos membros trocarão a sua desgastada guerra na selva por prestigiosos e estratégicos cargos públicos, a partir dos quais poderão conduzir a Colômbia pelos rumos nefastos da revolução bolivariana. E sem que se tenha a menor garantia de que de fato renunciarão às armas...

            O lance mais recente das FARC ocorreu no domingo, 16 de novembro, quando uma de suas facções sequestrou ninguém menos que o  importante general Rubén Darío Alzate Mora, o qual estava desarmado e acompanhado de duas outras pessoas em uma zona guerrilheira de alta periculosidade sob a sua jurisdição.

            Esse fato fez com que o presidente Santos declarasse suspensas as negociações, até a libertação do general e de seus acompanhantes. Por sua vez, as FARC, cínicas como sempre, pedem diálogo e dizem que a solução do caso depende apenas do governo.

Tendo em vista o espírito entreguista do primeiro mandatário colombiano, não era só previsível, mas já está anunciado que ele engolirá mais esse desaforo, deixando assim patente que são as FARC que decidem a situação e fazem o que bem entendem diante de um governo sôfrego em capitular.

Resumindo, a um gesto de suma ousadia das FARC, Santos respondeu apenas com a suspensão provisória das negociações, quando o fato era de molde a que as mesmas fossem definitivamente canceladas e a narcoguerrilha voltasse a ser tratada com a única linguagem que compreende... e detesta, a qual Santos infelizmente também detesta, embora insista em não compreender.


* Hélio Dias Viana e escritor e colaborador da ABIM

Ação de dois gigantes: Anchieta e Nóbrega



Nas urnas: rejeição da forma e 
do conteúdo




*Pe. David Francisquini





Após o resultado das últimas eleições, manifestação na Av. Paulista contra projetos bolivarianos do PT
          
Uma das lições das urnas nas recentes eleições foi mostrar a existência de algo promissor que se faz sentir tanto na vida pública quanto na dos indivíduos em relação aos valores da instituição familiar e da moralidade em geral. Na verdade, vem causando acentuado desconcerto na opinião nacional a situação civil e religiosa na qual nos encontramos.

            Se de um lado parece haver uma máquina organizada para conduzir o País rumo ao caos, as recentes eleições evidenciaram de outro lado a existência de uma crescente e atuante oposição que tenta impedir o pior para o Brasil, ou seja, que ele se aprofunde cada vez mais no despenhadeiro da decadência moral, cujo último termo é a sua completa bolchevização.

A expressiva votação no candidato da oposição – sem falar dos milhões de brasileiros que se abstiveram por não se sentirem representados por nenhum dos contendores – não pode ser creditada somente aos predicados do senador Aécio Neves, mas à rejeição de forma e do conteúdo do governo do PT, e ao desejo de mudanças profundas na condução da coisa pública.

 Mudanças essas sintetizadas num excelente documento difundido a mancheias durante o período eleitoral pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, o qual apresenta ideias como a defesa da vida humana inocente desde a fecundação até a morte natural, isto é, o rechaço à legalização do aborto, da eutanásia e das drogas.

E o documento vai além, ao defender a família como Deus a fez – um homem e uma mulher; ao condenar a intromissão do Estado no direito dos pais à educação dos filhos; ao reivindicar a proteção das propriedades rurais e urbanas, alvo crescente de invasões; a defesa do agronegócio, esteio de nossa economia; ao rejeitar a sovietização do Brasil através de “conselhos populares” e “movimentos sociais”.

Se o candidato da oposição recebeu votação tão expressiva, isso significa que o Brasil real, verdadeiro, autêntico e cristão anela por uma ordem de coisas superior e está pronto a defender uma posição não concessiva ao processo desagregador.

      Enquanto os políticos caminham para rumos que o grande público desconhece, o povo brasileiro está despertando e erguendo-se contra os descaminhos do atual governo, que vai conduzindo o País rumo ao caos.

Ao fazer a presente análise, não posso deixar de ressaltar o papel da graça divina, de modo especial a de Nossa Senhora Aparecida, que como Mãe e Rainha de todos os brasileiros quer nos salvar da crescente decadência provocada por aqueles que tentam desestabilizar a Nação e conduzi-la para rumos opostos aos de sua vocação providencial.

Vejo nisso a ação profunda da evangelização conduzida por homens da têmpera de Nóbrega e Anchieta, que tudo fizeram para que o Brasil fosse inteiramente cristão. A ação desses dois gigantes da fé percorreu os 500 anos de nossa história, e que se fazem hoje sentir. 

De um lado, na preservação do povo brasileiro do espírito anticristão de luta de classes e de raças que tanto se lhe deseja incutir; e de outro, pela atuação de entidades beneméritas, que sabendo auscultar esse sentimento profundo empenham-se em preservar o Brasil dos erros do marxismo e da degenerescência moral.

(*) Sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria- Cardoso Moreira-RJ e colaborador da ABIM.