quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Aquecimento global: objeto de piada



E agora, IPPC/ONU? 


Antes de apresentar o problema que lhes queima a mão, os arautos do alarmismo do aquecimento global se perguntam:

“O que aconteceu para o estancamento do aquecimento global? E agora, como vamos explicar isso ao público?”.

A grande revista alemã “Der Spiegel” saiu na frente para apontar o atordoamento da mídia europeia, governos e ONGs diante do fim do aquecimento global.
Passados 15 anos sem aquecimento, o jornalista responsável pela seção de ciência do semanário alemão, Axel Bojanowski, depois de entrevistar muitos cientistas, pôde constatar enorme perplexidade deles diante do acontecido.
Com efeito, a estagnação das temperaturas mostra a incerteza dos prognósticos climáticos feitos, sobretudo por alarmistas, enquanto o público aguarda em suspense o próximo relatório do IPCC-ONU, em setembro.
         Bojanowski afirma que nos países cultos o alarmismo ambientalista está virando objeto de piada, e indaga: “Quantos anos mais de estagnação são necessários para os cientistas repensarem suas previsões de aquecimento futuro?”.

Para ele, os modelos computacionais utilizados nos últimos anos falharam, e, portanto, não são bons. Bojanowski termina sua matéria à procura de argumentos dos defensores do aquecimento, mas assumindo cautelas que fazem rir.

Ou seja, para seus crentes, o aquecimento global antropogênico ainda está por vir, mas não se sabe bem de onde e quando... Isso positivamente não é ciência, mas piada.

Passe a entender desse assunto. Leia o livro do Príncipe Imperial do Brasil e ajude a romper com essa farsa de aquecimento antropogênico.



Fonte: Verde, a nova cor do comunismo



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Paranoia ambientalista


Aquecimento global e tapeação

A notícia no diário madrileno El País era para assustar. Apresentava uma mulher perplexa contemplando um panorama da Groenlândia – Terra Verde – cuja metade estava degelada.

O leitor afeito a passar rapidamente pelos títulos e fotos poderia com facilidade cair na arapuca armada, e, depois, sair dela sugestionado com o “aquecimento global”. Mas, quem lesse algumas linhas a mais do artigo, perceberia a tapeação entrar pelos olhos.

Para descrever um “acontecimento extremo e sem precedentes” – um derretimento parcial da cobertura de gelo da Groenlândia –, a matéria afirmava que “a Groenlândia caminha para fazer jus a seu nome”.

Só essa frase seria suficiente para negar aquilo que o artigo tentava enfiar na mente do leitor. Ou seja, o fato de significar “Terra Verde” indica que para a Groenlândia o normal é enverdecer-se, e não ficar coberta de gelo.

Se o “aquecimento global” está derretendo o gelo, ele vem trazendo as coisas de volta para a normalidade. Portanto, nada a temer, e sim, tudo para comemorar.

Mas o absurdo habita sem inibição nos cômodos mal arejados da mansão da propaganda ambientalista mundial.

A matéria de El País alega sem pejo, citando um extremado arauto do alarmismo, que “eventos desse tipo acontecem cerca de uma vez cada 150 anos”, tendo o último sido registrado em 1889.

Na realidade, no momento em que escrevemos, muitos leitores terão se esquecido de que a mídia falou desse fenômeno como sendo passageiro.
Com efeito, mais uma impressão errônea se terá acumulado no subconsciente deles,pari passu com muitos outros jogos midiáticos que envenenam o processo cognitivo do leitor.
Não se deixe mais envenenar, conheça o que está por detrás desse ambientalismo radical.

Leia o Livro – Psicose Ambientalista – Os bastidores do ecoterrorismo para implantar uma “religião” ecológica, igualitária e anticristã. Formato 16 x 23 cm – 176 páginas – R$23,90 – divulgação Editora Petrus.

Contatos com o autor:
Dom Bertrand de Orleans e Bragançadom.bertrand@paznocampo.org.br
Vendas: www.livrariapetrus.com.br ou nas principais livrarias



Quem não atrapalha, já ajuda.



←A-G-U-D-A-S-«&»-C-R-Ô-N-I-C-A-S→
de Jacinto Flecha

COM – SEM – APESAR DE

         Nos tempos longínquos em que abrilhantei com minha presença a faculdade de medicina, um professor mencionou doenças que se resolvem com o médico, sem o médico e apesar do médico. Mostrou depois a utilidade de umas e outras. Não pretendo trair segredos profissionais, mas quem conhece piadas sobre médicos não ignora a importância dos honorários...

         Saio correndo deste assunto, pois não me convém golpear interesses corporativistas, além disso minhas flechas estão hoje reservadas para o campo. Para qual campo? Ora, para o campo mesmo, o campo propriamente dito. Explico-me, antes que as flechas se voltem contra mim.

         Todos conhecemos o êxito do agronegócio brasileiro, cuja colheita recorde de 180 milhões de toneladas está chegando para engordar as raquíticas estatísticas do governo. A balança comercial (diferença entre exportação e importação) tem sido salva pela expansão da agropecuária, constante desde que se descartou a reforma agrária.

         Que relação tem a atividade agropecuária com a definição sibilina do meu professor? Aplique uma à outra, e veja o resultado: Nosso primitivismo agropecuário se resolveu com o governo, sem o governo e apesar do governo. Muito enigmático? Vamos esclarecer ponto por ponto.

         Com o governo – Não é justo atribuir todo esse progresso ao empreendedor rural. Grande parte se deve ao profissionalismo e dedicação da Embrapa, cujos técnicos competentes desenvolvem pesquisas de ponta para aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos do campo. 

Sendo a Embrapa uma entidade do governo, ao governo cabe uma parte desse êxito, certo? A qual governo? Pergunta importante, pois o governo de dez anos atrás quis obrigar a Embrapa a sepultar pesquisas de ponta e despejar adubo na antiquada agricultura de subsistência. Ainda bem que não conseguiu...

         Outra iniciativa elogiável dos sucessivos governos são os empréstimos para a produção. Vitais para a atividade rural, são para o governo um negócio bancário cercado de todas as garantias, além de lucrativo em juros e impostos. Um favor útil, sem dúvida, mas muito interesseiro; e que precisa, aliás, ser melhorado e ampliado.

         Sem o governo – Mesmo sendo o grande beneficiário do lucro que o agronegócio lhe dá de mão beijada, o governo deixa esses empreendedores à própria sorte: Malha rodoviária deteriorada; deficiência ou ausência de assistência médica; escolas rurais inexistentes ou em condições precárias; incentivo a invasores, com posterior leniência na reintegração de posse – tudo isso desestimula os empreendedores, gera prejuízos e encolhe o único benefício que o trabalhador rural honesto realmente procura: bom emprego.

Apesar do governo – A ação do governo no setor rural produtivo é uma sequência de tiros no pé, com penalização persistente aos empreendedores e prêmios a quem não merece: Exigências ambientalistas draconianas; legislação trabalhista só aplicável a gabinetes luxuosos de burocratas brasilienses; indústria de multas arbitrárias e exorbitantes; confisco de propriedades para torná-las improdutivas nas mãos de índios urbanos indolentes, manobrados por ONGs; expropriação de produtores para entregar terra a aventureiros rotulados de quilombolas, mesmo contrariando a lei, que exige continuidade no uso da terra reivindicada. Após remoção injusta de proprietários legítimos, o governo deixa assentados nelas (ou deitados) os índios urbanos e falsos quilombolas.

Obstáculos ou doenças são equivalentes, na medicina e no campo, desde que se entenda metaforicamente alguns deles: Ervas daninhas, mau tempo, micróbios, predadores, vírus, profissionais desqualificados, criminosos. Nos dois casos, a solução é remover os obstáculos ou causadores de doenças. Nos dois casos, essa faxina traz lucro e progresso.

Será que alguém no governo entende esta linguagem tão simples? Poderiam entendê-la facilmente, se não estivessem encharcados de ideologia tão ultrapassada. Minha fraca esperança é que acordem para esta norma de vida criada pela sabedoria popular: Quem não atrapalha,  já ajuda.

Caipira, sim, com muito orgulho




Marketing rural
                                                                                                                                                                   Xico Graziano

Duas fantásticas homenagens foram recentemente prestadas aos agricultores. A primeira foi em New Orleans, nos Estados Unidos, durante o intervalo do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano.

A segunda desfilou na passarela do carnaval carioca. Ambas atingiram, em todo o mundo, milhões de pessoas.

O longo comercial veiculado nos EUA aproveitou a maior audiência da televisão para reproduzir imagens retratando a vida no campo, sob a narração, esplêndida, de um texto elaborado em 1978 pelo radialista Paul Harvey.

O vídeo é emocionante. Oferecida ao agricultor existente 'dentro de cada um de nós', quase uma oração, intitulada E Deus fez o agricultor, prendeu a atenção dos ouvintes.

A seguir, sua tradução livre.

E no oitavo dia, Deus olhou para seu paraíso e disse: 'Preciso de alguém que cuide desse lugar'.

Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse: 'Preciso de alguém disposto a levantar antes do amanhecer, tirar leite, trabalhar o dia inteiro, tirar leite novamente, jantar e ir até à cidade e ficar até depois da meia-noite numa reunião de conselho escolar'.

Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse: 'Preciso de alguém disposto a passar a noite acordado cuidando de um potro recém-nascido, vê-lo morrer e enxugar os olhos e dizer 'talvez ano que vem'.

Preciso de alguém que possa transformar um tronco de árvore num cabo de machado, ferre um cavalo com um pedaço de pneu usado, que possa fazer um arreio com pedaços de arame, sacos de ração e sapatos velhos.

Alguém que, durante a época de plantio e de colheita encerre suas 40 horas de trabalho semanais na terça-feira ao meio-dia e passe mais 72 horas penando em cima do trator'.
Então, Deus fez o agricultor.

Deus disse, 'Preciso de alguém forte o suficiente para derrubar árvores e empilhar fardos, mas ainda gentil o suficiente para aparar cordeiros recém-nascidos, desmamar porcos e cuidar de galinhas, que seja capaz de parar seu trabalho por uma hora para cuidar de perna quebrada de passarinho.

Deve ser alguém capaz de arar fundo, reto e sem moleza. Alguém que semeie, capine, alimente, crie, e dome, e are, e plante, e transforme lã em linha e coe leite.

 Alguém que mantenha uma família unida com a partilha de laços fortes. Alguém que sorria, e depois olhe e agradeça com um sorriso nos olhos quando seu filho diga que quer passar o resto da vida fazendo o que seu pai faz'.

Então, Deus fez o agricultor.

Os EUA jamais deixaram de prestigiar seus agricultores, os colonizadores. Ruralismo, por lá, soa positivo, mesmo que bucólico em certas situações. Sempre se cultivou nos EUA o hábito de venerar a origem da nação, os empreendedores de outrora.

Não difere muito do que ocorre na Europa, onde os produtores rurais são protegidos, fartamente subsidiados, para que mantenham bela a paisagem, protejam o modo de vida, defendam a cultura originária e estimulem o turismo campestre.

Nos países desenvolvidos a moderna sociedade curte o berço do passado.

Carnaval do Rio de Janeiro.

Na madrugada da folia, em plena Marquês de Sapucaí, a escola de Vila Isabel desfila sob o inusitado enredo A Vila canta o Brasil celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um. O público se levanta, aplaude, dança, se entusiasma. Incrível.

A agricultura brasileira, homenageada, indiretamente se sagrou campeã do carnaval carioca.

O lindo samba, de autoria de Arlindo Cruz, Martinho da Vila, André Diniz, Tunico da Vila e Leonel, ganhou os corações citadinos enaltecendo a lide rural. A letra fala por si.
O galo cantou/com os passarinhos no esplendor da manhã/ agradeço a Deus por ver o dia raiar/o sino da igrejinha vem anunciar/ preparo o café, pego a viola, parceira de fé/caminho da roça e semear o grão/ saciar a fome com a plantação/ é a lida.../arar e cultivar o solo/ ver brotar o velho sonho/ alimentar o mundo, bem viver/a emoção vai florescer.

Ô muié , ocumpadi chegou/ puxa o banco, vem prosear/ bota água no feijão, já tem lenha no fogão/ faz um bolo de fubá.

Pinga o suor na enxada/ a terra é abençoada/ preciso investir, conhecer/ progredir, partilhar, proteger.../ cai a tarde, acendo a luz do lampião/ a lua se ajeita, enfeita a procissão/ de noite, vai ter cantoria/e está chegando o povo do samba/ é a Vila, chão da poesia, celeiro de bamba/ Vila, chão da poesia,celeiro de bamba.

Festa no arraiá,/ é pra lá de bom/ ao som do fole, eu e você/ a Vila vem plantar felicidade no amanhecer.

Aqui, no Brasil, ao contrário dos EUA, os agricultores costumam ser tratados com certo desdém pela sociedade urbana, que enxerga os homens do campo, depreciativamente, como 'caipiras'.

Vem de longe tal desprestígio, cujas razões nunca foram devidamente explicadas. Certamente o rápido e maciço êxodo rural contribuiu para gerar essa imagem negativa. O moderno erguia-se na cidade e agricultura virou sinônimo de atraso.

O ambientalismo recente tem dado lenha para essa visão distorcida sobre o campo. Começa pelo desmatamento. Antes, desmatar era sinônimo de progresso e todas as nações ricas ocuparam a totalidade das suas áreas agriculturáveis.

Agora, porém, a preocupação com a biodiversidade rema contra a expansão agrícola. O Brasil, que ainda dispõe de muita terra boa para explorar, ficou na contramão do relógio da História. Derrubou, leva bordoada.

Futebol americano, carnaval, agricultura, a criação divina. Misturados com boas doses emoção e alegria, esses díspares elementos resultaram em espetaculares lances de marketing rural, valorizando os agricultores, seu labor, sua cultura.

Oxalá a comunicação entre os mundos urbano e rural flua mais fácil a partir de agora.

Caipira, sim, com muito orgulho. E respeitado.

Xico Graziano é agrônomo e foi Secretário de Agricultura e Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Fonte: OESP, 19/02/2013.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aqueles que não querem ver...



                                                    Os piores cegos

Volta e meia, o PT e seus parceiros promovem fóruns de esquerda. Com tudo custeado mediante recursos públicos, trazem ao Brasil gente da pior espécie.


Reinaldo Azevedo mostrou muito bem, em um de seus textos mais recentes, o erro crasso cometido pelos jornalistas que avaliaram quase como se fosse um Fla-Flu a mobilização de grupos antagônicos em torno da visita de Yoani Sanchez ao Brasil. 

De fato, é um absurdo tratar as milícias fascistas montadas para impedir uma pessoa de falar e os cidadãos que a isso se opõem querendo ouvi-la como se fossem forças opostas com iguais méritos e deméritos. Não são.

Só para lembrar. Volta e meia, o PT e seus parceiros promovem fóruns de esquerda. Com tudo custeado mediante recursos públicos, trazem ao Brasil gente da pior espécie. Verdadeiros gângsteres da filosofia e da política. 

Se fosse consultada, a sociedade que paga impostos jamais concordaria em patrocinar esses gastos. Mesmo assim, não tenho notícias de que forças políticas oponentes organizem milícias para impedir que os participantes desses eventos profiram suas tolices e difundam seus maus ensinamentos.
Por outro lado, é indispensável escrever e sublinhar que os agressores da blogueira estavam - vejam só! - declaradamente a serviço de dois governos e de um projeto geopolítico. 

A serviço do governo cubano, a serviço do governo brasileiro e a serviço do Foro de São Paulo. Isso não é tarefa que se atribua a meninos arrogantes. A presença de um membro do gabinete do ministro Gilberto Carvalho na reunião preparatória dessas estripulias fascistas, ocorrida na embaixada de Cuba, torna tudo muito evidente. A reunião era para combinar as ações de repúdio à senhora cubana. 

A articulação se faria pelas redes sociais. Para facilitar o trabalho, foi distribuído um CD com as informações necessárias. E o funcionário do governo brasileiro presente à reunião era, casualmente, o assessor do Palácio do Planalto para redes sociais (um bom exemplo do que eu chamo de aparelhamento partidário da estrutura do Estado). 

Em São Paulo, na esquina do Conjunto Nacional onde Yoani autografava seu livro, um grupo gritava: "Sai fora, blogueira imperialista. A América Latina será toda comunista". Ora, esse é o projeto do Foro de São Paulo.
Tenho certeza de que muitas pessoas, ao lerem este pequeno texto - quase um desabafo para que não se diga que eu não entendi o que esteve em curso - dirão que estou ampliando as dimensões de um fato menor. 

Pois esses são os piores cegos. Lula, Dilma e os seus amam de paixão quem pensa assim. Os gangsteres da política, da filosofia e da educação não querem outros opositores. O projeto proclamado alta voz na esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, vai bem adiantado na Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Peru, Uruguai, Brasil, Nicarágua e - historicamente - em Cuba. 

Os resultados são péssimos, mas isso não tem qualquer significado diante da importância da causa. Para tudo contam com o generoso beneplácito dos que não querem ver. Nada mais adequado a estes do que um líder que nada sabe, nada vê e nada ouve.
Artigo de PERCIVAL PUGGINA 

Brasil, onde vais?




Tudo pelo eleitoral

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
Sob a direção da presidente Dilma Rousseff, efeitos especiais a cargo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva e aplausos da arquibancada, o Brasil está assistindo à reprise de um filme cujo desfecho é conhecido: o prejuízo vence no final.
Economistas, empresários e especialistas no tema vêm alertando para os desacertos na condução da política econômica, para o excesso de intervencionismo estatal, para os efeitos nefastos da manipulação de dados, para o abandono, enfim, dos alicerces de uma estabilidade a duras penas construída desde o início da década dos 90.
O governo não lhes dá ouvidos. Ao contrário: menospreza os alertas, qualifica a todos como inimigos de um projeto de País "glorioso", inovador e progressista. Nas palavras da presidente Dilma Rousseff, as críticas decorrem da "falta de compreensão dos conservadores".
Na verdade, quem não parece compreender a distinção entre o que é bom para o País e o que é bom para o partido no poder é o governo, com sua clara opção por proporcionar satisfação imediata aos seus eleitores (reais e potenciais) em detrimento das bases sobre as quais foi construído o edifício da estabilidade.
Quais foram elas? Sistema de livre movimentação de preços, controle fiscal e foco firme e constante no combate à inflação.
Da segunda metade do segundo mandato de Lula para cá houve uma clara troca de prioridade. Deixou-se de lado o conceito de crescimento com estabilidade para privilegiar o agrado ao eleitor a qualquer custo, notadamente à chamada nova classe média que sustenta em alta a popularidade, obviamente rende votos e assegura a sobrevivência política não só do PT, mas de todo o espectro partidário de sua área de influência.
O preço congelado dos combustíveis agrada ao consumidor, ainda que ponha em risco o desempenho da Petrobrás; a redução das tarifas de energia agrada ao consumidor, ainda que leve a um aumento de consumo e comprometa as empresas de energia; a interferência no Banco Central para forçar a baixa de juros, mesmo quando seria necessária uma margem de autonomia para calibrar a demanda, agrada ao consumidor de bens a prestação, mas põe em risco a meta de inflação.
Preço baixo é bom e todo mundo gosta, mas tem um custo que não é visível (ainda) ao público. Uma hora aparece, e da pior maneira possível. Como para manter essa situação o governo tem que entrar com dinheiro, o resultado é o aumento do gasto público, o descontrole fiscal. Daí para a volta de um cenário de inflação alta, o perigo é concreto.
Trata-se de uma lógica populista que seduz o eleitor, rende vitória nas urnas. Em contrapartida, planta as sementes do desajuste que, mais dia menos dia, apresenta a conta.
Queira o bom senso que os atuais locatários do poder, a pretexto de "construir" um Brasil de faz de conta em nome de vitórias eleitorais, não levem o Brasil de volta aos tempos de desorganização interna, descrédito internacional e aos malefícios decorrentes das concessões ao imediatismo que provoca sensação de bem estar agora e adiante pode levar a pique o patrimônio de todos.
Adeus às ilusões. Os tucanos que ficaram encantados com as mesuras da presidente da República a Fernando Henrique Cardoso no início do governo acabaram de ver a vida como ela é.
No rugir do palanque, Dilma Rousseff não teve dúvida: "Não herdamos nada, construímos tudo", disse, compartilhando a versão criacionista sobre o surgimento do Brasil sob a ação divina do PT.
Esses tucanos, entre os quais se incluem diplomatas, alguns intelectuais e até gente inteligentíssima na economia (pais do real), mas ingênua na política, chegaram a considerar seriamente os gestos de Dilma como sinal de que ela logo se afastaria de Lula.

Tomara que ajam mesmo!



"Deus salve" os parlamentares ruralistas

A bancada ruralista deve concentrar sua atuação neste ano legislativo em projetos que envolvam a demarcação das terras indígenas e a definição de um novo código de trabalho rural.
No que se refere às questões fundiárias, um dos projetos que serão acompanhados de perto pela bancada ruralista é a proposta de emenda à Constituição (PEC) 215/2000, do deputado Almir Sá (PPB-RR).
Os ruralistas se posicionam favoráveis à proposta de retirar do Executivo a demarcação de terras indígenas e incluir como competência exclusiva do Congresso a aprovação de demarcação das terras indígenas e a confirmação das demarcações já homologadas.
Não deixa de ser curioso que a CNBB se coloque ao lado de ONGs para lutar contra o interesse dos ruralistas...
Argumentos?  – A aprovação da proposta colocaria fim às demarcações de territórios para índios e quilombolas, pois ficariam condicionadas ao lento processo de aprovação parlamentar...
Os ruralistas devem lutar pela aprovação de um projeto de lei que cria uma indenização a produtores rurais que tiverem suas propriedades desapropriadas em favor de índios e quilombolas.
A bancada deve combater a criação do Conselho Nacional de política Indigenista (CNPI) que contará, se aprovado, com representantes do Executivo, dos povos e das organizações indígenas de todas as regiões do país.
Quando o assunto é relações de trabalho, a FPA vai brigar pela aprovação de uma legislação específica para o trabalhador rural. Segundo o coordenador técnico da frente, Paulo Márcio Araújo, as condições de trabalho no campo são diferentes das da cidade.
 Por isso, é preciso a criação de um código rural para delimitar regras mais flexíveis nas relações de trabalho do setor que leve em conta, por exemplo, que na época de colheita, muitas vezes, trabalha-se mais do que 8 horas por dia.
Ao mesmo tempo, o lobby rural tentará barrar no Congresso todos os projetos que dispõem sobre punições aos empregadores que colocam os trabalhadores em situações análogas à escravidão.
Segundo Araújo, é preciso primeiro que se defina o que é trabalho escravo. Para ele, a portaria do Ministério do Trabalho que trata do assunto é "muito vaga".
O coordenador da FPA, que trabalhou por sete anos no Ministério da Agricultura e assumiu o cargo na frente em novembro, criticou exigências do Ministério do Trabalho como a distância entre as camas em um alojamento.
Enquanto não forem definidos os critérios das condições análogas às de escravidão, a FPA é contrária à maior parte dos projetos que hoje tramitam no Congresso Nacional em relação ao tema.


Fonte: Valor Econômico

Função social da caça





Há bichos demais 

A recente autorização dada pelo Ibama para a caça do javali-europeu levanta a lebre sobre um problema mal resolvido em várias regiões do país. 

Há alguns anos, uma pesquisa feita pela Uerj identificou 200 exemplares de bichos e plantas invasoras. 

Espécies que foram trazidas de um jeito ou de outro e que ameaçam a biodiversidade. Só nos três estados do Sul existem mais de 300 mil javalis-europeus. 

Eles foram trazidos da Europa para a Argentina e o Uruguai e teriam entrado no Brasil. 

Foram uma boa oportunidade de negócio que se transformou em praga. Os javalis comem os ovos de espécies nativas, como jacarés e tartarugas, além de destruir plantações e florestas. 

As razões para esses modernos conflitos entre o homem e a natureza são vários. Vão desde o crescimento das cidades até a globalização. 

Precisamos encontrar um equilíbrio", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 21/2/2013.


Fonte: Manchetes Socioambientais - 21/02/2013

Agropecuária: um seguro anticrise



O que os citadinos devem saber

O saldo da balança comercial em 2012 foi o pior em 10 anos, com US$ 19,4 bilhões, um tombo de 34,8% em relação ao ano anterior. Esse resultado teria sido ainda menor não fosse o superávit anual das exportações da agropecuária, de US$ 79,4 bilhões.

Em outras palavras, um único setor da economia financiou US$ 60 bilhões do rombo dos demais. Ajudou a cobrir os US$ 22,2 bilhões gastos pelos turistas brasileiros no exterior.


As exportações recuaram 5,3% no ano passado, para US$ 242,58 bilhões, a primeira queda desde 2009. Mas US$ 96 bilhões, ou 40% das vendas externas, foram garantidos pelo campo.

E mais: quase metade das reservas cambiais do país, um seguro anticrise superior a US$ 360 bilhões, saiu do campo.
 
Kátia Abreu, da CNA, ressalta que o agronegócio é o segmento que mais contribui para o desenvolvimento nacional. “Há anos, o campo é responsável pelos sucessivos superávits da balança comercial e por 30% dos empregos formais”, sublinha.


Para Otaviano Canuto, do Bird, o setor não pode sequer ser mais chamado de primário, em razão da complexidade de processos que incorpora.

Na competição internacional pelo mercado de alimentos, algumas perspectivas também se modificaram nos últimos anos.

Apesar de ser apontada como promissora, a agricultura africana continua com baixa competitividade.

Um mito vencido foi o de que a cana-de-açúcar é uma ameaça ao meio ambiente: 

“Trata-se de uma política estratégica do Brasil, de busca da independência energética e a favor da economia verde, sem qualquer risco para a Amazônia e o Pantanal”, afirma o chefe da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior.

Fonte: Correio Braziliense, 24 de fevereiro de 2013 Sílvio Ribas.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Arquitetura do atraso



Artigo de Kátia Abreu


Nélson Rodrigues dizia que subdesenvolvimento não se improvisa: é uma longa e penosa elaboração. Triste verdade. Basta lembrar a campanha da vacinação obrigatória, comandada por Oswaldo Cruz no início do século passado.

O sanitarista lutava contra a febre amarela que, àquela altura, matava em escala epidêmica. Pois grupos organizados se insurgiram contra Oswaldo Cruz e a favor do mosquito. Estamos diante de episódio equivalente.

A ameaça de greve dos trabalhadores dos portos contra a medida provisória que abre à iniciativa privada os terminais portuários - e aumenta em escala geométrica a movimentação de cargas, barateando a exportação - é tão bizarra quanto a luta em favor do mosquito. Inscreve-se entre os primores da arquitetura do atraso.

O Brasil figura, no relatório "The Global Competitiveness Report", do Fórum Econômico Mundial, na 130ª posição em eficiência/qualidade portuária. Detalhe: são 144 os países incluídos no ranking.

E por que esta colocação? Difícil resumir a insensatez. O que temos é uma associação mortal (e desonesta) entre burocracia e corporativismo, que não deriva apenas dos trabalhadores. A eles, se associam empresários Estado-dependentes, empenhados em manter uma reserva de mercado, em prejuízo do país. Defendem com unhas e dentes o mosquito da febre amarela. Devem apreciar a posição do Brasil no ranking internacional, pois lutam para mantê-la.
O mais espantoso é que a MP dos portos não ameaça os privilégios dos grevistas. Não altera o seu anacrônico sistema trabalhista - único no país e no mundo! 

Nele, contratações, jornadas de trabalho e salários são regidos pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), um cartório que mantém o país refém de regras contraproducentes, que encarecem os custos de utilização dos portos e inviabilizam a competitividade.

Pois a MP não altera isto. Apenas enquadra os trabalhadores dos novos terminais nas regras da CLT, aquela que (imaginem!) vigora, desde Getúlio Vargas, para todas as categorias profissionais do país.

Os portuários e seus aliados querem que o atraso se estenda aos novos terminais, cuja missão é exatamente livrar-se do modelo atrasado. Alegam que os trabalhadores dos portos privados serão penalizados. É o contrário: não existe perda salarial onde há competitividade. 

E esses trabalhadores irão auferir ganhos efetivos de salários, sem a contrapartida da asfixia do setor.

O que essas corporações temem é o êxito desse novo modelo, que vai expor o anacronismo de seus métodos e regras. Como dizia Goethe, nada mais temerário que a ignorância ativa.

Sabe-se que o gargalo da infraestrutura é o maior obstáculo ao crescimento do país, impedindo-o de se tornar competitivo. Numa economia globalizada, nada mais letal.

O que a MP dos portos estabelece já vigora em relação a aeroportos, rodovias e ferrovias. 

Nada de novo: apenas um exercício de bom-senso e visão de futuro, na mesma sintonia que inspirou o Visconde de Cayru, há 205 anos, ao propor a Dom João VI a abertura dos portos do Brasil ao mundo.

Fonte: Folha de S. Paulo

Aquecimento global antropogênico = FARSA


Fala quem entende



IHU On Line - Segundo suas pesquisas, a região do Nordeste incluída no ecossistema do semiárido terá mais nove anos de estiagem, com chuvas abaixo da média. Quais as evidências que remetem a essa projeção?

Luiz Carlos Molion - Eu não afirmei que o Nordeste do Brasil terá mais nove anos de estiagem. Eu disse que existe probabilidade de os Estados da costa leste do Nordeste terem chuvas um pouco abaixo da média (10% a 20%) de longo prazo durante os próximos nove a dez anos. 

Essa conclusão foi resultante da análise de 60 anos de dados observados de chuva e está baseada na variação da temperatura da superfície do Oceano Pacífico.


IHU On Line - Que relações o Sr. estabelece entre as mudanças climáticas no oceano Pacífico e as mudanças climáticas na região Norte e Nordeste?

Molion - O clima do Nordeste responde muito bem às mudanças de temperatura da superfície do oceano Pacífico tanto na escala interanual como na escala decadal. Na escala interanual (de dois a quatro anos), é o fenômeno El Niño que, em geral, produz secas no Nordeste e excesso de chuvas no Sul/Sudeste. 

Na escala decadal, as temperaturas das superfícies dos oceanos ficam mais aquecidas durante 25 a 30 anos e, em seguida, se resfriam durante outros 25 a 30 anos, um ciclo total de 50 a 60 anos. 

Quando o Pacífico se resfriou, entre 1946 e 1976, as chuvas se reduziram no Nordeste e os Estados da costa leste tiveram chuvas abaixo da média de longo prazo durante praticamente 11 anos consecutivos. 

Como o Pacífico está se resfriando atualmente, por analogia, eu sugeri que devemos nos prevenir e nos preparar para o pior cenário que foi o da década de 1950. Mas, pode não acontecer, porque o clima é muito variável e complexo. 

IHU On Line - Atualmente, com os períodos de estiagem acentuados, já há muitas críticas à falta de investimento no semiárido brasileiro. O que é possível vislumbrar para a região em termos climáticos diante desta projeção de chuvas abaixo da média?

Molion - O Nordeste brasileiro é uma região semiárida por natureza. Anos chuvosos são exceção e não regra. Não há que se “combater” a aridez como vem sendo tentado há 500 anos. 

O que deve ser feito é encontrar soluções que se adaptem à região. Não é preciso reinventar a roda. Por exemplo, na Califórnia (EUA), chove apenas 200 mm/ano e é o maior pomar do mundo. 

Petrolina está no Nordeste e é um polo de produção de frutas, irrigado. Não se ouve falar de seca em Petrolina. Ao contrário, uma área próspera e muito rica. Então, por que não estender essa solução para o restante do Nordeste?

IHU On Line - Diante desta previsão de estiagem, que alternativas vislumbra para os sertanejos?

Molion - O balanço hídrico do Nordeste brasileiro é deficitário. Chove pouco e a demanda evaporativa da atmosfera é alta. A única solução é levar, aduzir água para a região. 

Califórnia teve um problema sério de secas entre 1895 e 1904. Tomaram a decisão e, em 1908, o rio Colorado já tinha sido desviado para dentro do Estado e, aos poucos, construíram mais de 14 mil quilômetros de canais de irrigação. 

Isso fez da Califórnia, o Estado de maior renda per capita dos EUA. A primeira vez que se falou sobre levar água do rio São Francisco foi em 1847, há 165 anos. E até hoje não resolveram o problema. Não existem soluções paliativas, tem que haver soluções definitivas e estruturais. 

Se não se aduzir água para a região, não há como resolver o problema. E uma redução do total de chuva, ou mesmo uma mudança em seu regime mensal, pode provocar grandes impactos sociais, pois a população é muito maior hoje que há 70 anos.

IHU On Line - De acordo com sua pesquisa, percebe-se uma variabilidade climática de tempos em tempos. Como o senhor vê, a partir disso, as discussões em torno das mudanças climáticas e do aquecimento global? Esses fenômenos de fato estão mais intensos por causa da ação humana? Há algo que se possa fazer para reverter esse processo?

Molion - Houve um aquecimento natural entre 1976 e 1998, devido ao aquecimento do Pacífico e frequência maior de eventos El Niño que, normalmente, aumentam a temperatura global

Mas, esse aquecimento terminou em 1998 e estamos nos dirigindo inexoravelmente para um novo, ligeiro, resfriamento global. Nunca existiu aquecimento global antropogênico (AGA). 

O AGA é uma farsa e, por detrás dele, só existem interesses econômicos dos países desenvolvidos. O CO2 não controla o clima global. O CO2 não é vilão, não é tóxico ou poluente. O CO2 é o gás da vida. Quanto mais CO2 tiver no ar, maior será a produtividade das plantas. E o homem depende das plantas para sobreviver. 

O homem sente que o clima está mais quente, porque, no Brasil, por exemplo, 85% da população vivem nas grandes cidades. E o microclima urbano tem temperaturas 5 a 6 graus mais elevados que o clima rural. 

O homem tem capacidade de mudar seu microclima, por exemplo, quando substitui uma floresta nativa por uma selva de pedras. Mas, o homem só manipula 7% da superfície terrestre. 

Portanto, não pode interferir no clima global. Ou seja, a variabilidade do clima global é natural. Não há crise climática e não há nada para fazer, a menos deixar de jogar dinheiro fora tentando reduzir emissões de CO2. 

Esse dinheiro poderia ser mais bem utilizado, diminuindo a pobreza e a miséria existente no mundo, reduzindo as diferenças sociais existentes. 

IHU On Line - O Sr. diz que em vez de um aquecimento global antropogênico (AGA), como o previsto pelo IPCC, haverá um resfriamento global. Quais as razões e por que se fala tanto em aquecimento global?

Molion - O Oceano Pacífico cobre 35% da superfície terrestre. A atmosfera (clima) é aquecida por baixo, em contato com a superfície.

Quando o Pacífico se resfria, o clima global se resfria como aconteceu entre 1946 e 1976. O Pacífico já se aqueceu entre 1976 e 1998, agora está se resfriando.

Portanto, vamos para um resfriamento global e não aquecimento. O AGA é uma farsa e seu objetivo é reduzir as emissões de CO2, lembram-se, o gás da vida. Como 80% da matriz energética global depende do petróleo, gás natural e carvão mineral (combustíveis fósseis), reduzir as emissões de CO2, produto da queima dos combustíveis fósseis, significa gerar menos energia elétrica, a mola propulsora do desenvolvimento mundial.

Menos energia, menor desenvolvimento, o que condenaria os países pobres à pobreza eterna e os ricos continuariam ainda mais ricos, explorando os pobres.

Daí, se falar muito no AGA, principalmente com uma imprensa tendenciosa e conivente.

IHU On Line - Quais os efeitos possíveis do resfriamento global, que o senhor menciona?

Molion - Um resfriamento global é ruim para todos. A História está cheia de exemplos, em que a Humanidade sempre prosperou com clima quente e regrediu, e civilizações até desapareceram, com clima frio.

De maneira geral, esse novo ligeiro resfriamento entre 1999 e 2030 provocará uma pequena redução de chuvas na Amazônia e no Nordeste brasileiro.

Nas regiões Sul e Sudeste, os invernos serão mais frios, com uma frequência maior de geadas severas, semelhantes as que ocorreram entre 1946 e 1976. Tais geadas poderão ocorrer fora de época, antecipadas (abril/maio) ou tardias (outubro/novembro).

A frequência de veranicos entre janeiro-fevereiro também deve aumentar. Ambos, geadas e veranicos, contribuíram para redução de safras agrícolas no Sul/Sudeste.

IHU On Line - A partir das suas constatações, como avalia as Conferências do Clima da ONU?

Luiz Carlos Molion - Infelizmente, como a ONU insiste no AGA, digo que tais Conferências das Partes (COP) são perda de tempo e de dinheiro. Não trouxeram nada de relevante até hoje como a Rio+20.

E o último exemplo, em dezembro emDoha, Qatar, mostrou bem o que produziram as anteriores. Mas, são de grande interesse dos “executivos negociadores” que são muito bem pagos, com os impostos que os cidadãos recolhem.

IHU On Line- Deseja acrescentar algo?

Luiz Carlos Molion - Há muita gente contra a erroneamente chamada “Transposição do São Francisco”. O Lago de Sobradinho tem uma superfície de 4.214 quilômetros quadrados em sua cota normal de operação.

Esse lago, inserido no semiárido, perde cerca de 400 cúbicos por segundo, isso mesmo, 400 mil litros por segundo, por evaporação.

Para se ter uma ideia do que isso representa, o mencionado rio Colorado (EUA), que transformou o deserto da Califórnia no maior pomar do mundo,  tem uma vazão média de 520 metros cúbicos por segundo.

Ou seja, o lago de Sobradinho perde um rio Colorado inteiro por evaporação para a atmosfera.

Bastaria reduzir de 4 metros de altura das comportas de Sobradinho para a área do lago encolher um terço e diminuir a perda de água por evaporação em 120 metros cúbicos por segundo, que poderiam ser “transpostos” para o Nordeste brasileiro, dando, assim, uma solução definitiva ao problema secular.

O lago poderia ter um “reforço” com a transposição do rio Tocantins, em Barra (BA), à montante de Sobradinho.

O Tocantins funcionaria como uma “torneira” para quando o São Francisco precisasse de água, em caso de seca nas serras de Minas Gerais. Soluções existem para o problema.

Mas, será que existe interesse em resolvê-lo, ou é melhor manter o povo na ignorância e na pobreza para ser mais facilmente manipulado?