quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Ditador Castro e apoio eclesiástico





Gonzalo Guimaraens (*) 

Sem os enigmáticos apoios eclesiásticos do mais alto nível — incluindo os três últimos Pontífices — o sanguinário ditador Castro e a revolução comunista cubana não teriam avançado além da Sierra Maestra e da província de Santiago de Cuba.

                               

Sim, enigmáticos e gigantescos apoios eclesiásticos, iniciados pelo Arcebispo de Santiago de Cuba e Primaz da Igreja Católica em Cuba, monsenhor Pérez Serantes [foto], que em 1953 salvou a vida de Fidel Castro, após frustrado ataque guerrilheiro ao Quartel Moncada. Depois veio o apoio do Núncio Apostólico em Cuba durante os primeiros anos da revolução, monsenhor Cesare Sacchi, de tão triste memória. Em seguida, o do então secretário para Assuntos públicos da Igreja, monsenhor Casaroli, que após visitar Cuba chegou a dizer que os católicos cubanos “são felizes dentro do sistema socialista”. Houve ainda o livro-entrevista “Fidel e a Religião”; o Encontro Nacional Eclesiástico Cubano (ENEC), cujo documento final, com o aval do Vaticano, adiantou o diálogo e a colaboração com o comunismo para uma coincidência em suas próprias metas sócio-econômicas; e finalmente os pontífices João Paulo II, Bento XVI e Francisco I, que visitaram Cuba, apertaram efusivamente as mãos sangrentas do ditador e, direta ou indiretamente, deram-lhe seu apoio, evitando a derrubada do regime comunista, que já se prolonga por seis longas décadas.

A História política não absolverá o ditador. E, com todo o devido respeito, não se vislumbra como a História religiosa poderá absolver tão altos clérigos responsáveis pelo prolongamento do nefasto regime. 

A propósito das viagens dos três últimos pontífices a Cuba, suas palavras, seus gestos e realizações foram objeto de dezenas de artigos e vários livros bem documentados de cubanos desterrados, especialmente das análises respeitosas e firmes do ex-preso político Armando Valladares, uma das maiores figuras do exílio; artigos e livros que constam no website

Fidel Castro morreu na cama, sem pena nem glória. Durante anos já não mais usava seu uniforme militar, substituído por uma ordinária jaqueta Adidas. E do ponto de vista do marketing revolucionário, levou muito tempo, demasiado até, para morrer, o que contribuiu para que seu mito fosse murchando dia após dia. Isso se percebe em muitas das reportagens ditirâmbicas sobre o ditador, guardadas durante anos nas gavetas das redações de jornais, e que agora saíram à luz, enchendo páginas e mais páginas, nos meios eletrônicos ou em papel. Elas ficaram com o característico cheiro de mofo, rançoso e úmido, de gavetas mal ventiladas. Quando Castro morreu, os pró-castristas do mundo inteiro fizeram tudo o que puderam para reciclar o mito do “comandante”, mas a realidade está mostrando que esse mito murchou. 


                        


Entretanto, são gigantescos os destroços espirituais e materiais que Castro e a revolução cubana produziram em Cuba, nas três Américas e no mundo inteiro. A descrição e enumeração de tais destroços mereceriam ser registradas em um Livro Negro da revolução castrista que, ao mesmo tempo, decifrasse o misterioso enigma da colaboração comuno-católica em Cuba. Aqueles que conseguirem explicar esse mistério da autodemolição católica fariam um bem imenso à Igreja e assinalado serviço à humanidade. E, sem dúvida, mereceriam um reconhecimento muito superior ao de um Prêmio Nobel.
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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fora, Sarneyzinho


Ruralistas pedem saída de Sarney Filho
do Meio Ambiente
Contrariados com regras de licenciamento ambiental, grupo vai apresentar nomes de substitutos ao presidente Temer

Gustavo Porto e André Borges,
O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pedirão ao presidente Michel Temer (PMDB) a saída do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, do cargo.
Descontentes com o trabalho do titular, cuja condução da pasta é classificada como "ideológica”, os ruralistas têm uma audiência prevista para a próxima quarta-feira, 30, no Palácio do Planalto. 
As críticas e o pedido para que Sarney Filho saia do cargo são escancaradas. 
“É muito grande a insatisfação e o que mais nos machuca é que vão lá para fora, como fizeram em Marrakesh, contam as conquistas que o Brasil teve no avanço da preservação ambiental e chegam aqui e fazem quase um boicote”, disse o deputado Marcos Montes. Vamos colocar ao presidente a extrema preocupação do setor rural com a atuação ideológica no ministério. Ajudamos a tirar o governo passado e agora temos que abrir o caminho para o presidente governar.
Segundo o deputado, “criam-se impasses e dificuldades para o financiamento agrícola, licenciamento ambiental, embargam-se áreas. Em resumo, se posicionando contra o processo produtivo. Que colaboração é essa?”, questionou o ruralista.
Na visão dos ruralistas, o governo tem dificultado os avanços do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o Programa de Regularização Ambiental (PRA). 

Quem está por trás do terrorismo indígena?




Megaoperação policial em  aldeia indígena no interior do Rio Grande do Sul  

Publicada em: 23/11/2016 - 10:31 , por Jornalismo Uirapuru



Créditos: Divulgação/Polícia Civil

Uma megaoperação policial envolvendo a Brigada Militar, através do 3º BOE e a Polícia Federal foi desencadeada na manhã desta quarta-feira em  uma aldeia indígena no interior de Cacique Doble e também no interior de Sananduva.

Foram presos 11 indivíduos, sendo indígenas e agricultores.

A ação foi motivada após  200 indígenas atearem fogo em lavouras e intimidaram agricultores de Sananduva, no último final de semana, motivando o prefeito a decretar calamidade pública.

A operação policial iniciou antes do clarear do dia e contou com o auxílio de um helicóptero.

Índios pouco civilizados mas muito politizados


Índios urinam na entrada do Planalto em protesto contra PEC dos gastos

Entradas do Palácio estão fechadas e a segurança foi reforçada

POR EDUARDO BARRETTO


Índios urinam em pilastra do Palácio do Planalto em Brasília - Ailton de Freitas / Ag. O Globo

BRASÍLIA — Cerca de 300 indígenas, segundo os organizadores, protestaram nesta terça-feira na entrada do Palácio do Planalto contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos. Alguns urinaram no parlatório do palácio.
O protesto acabou por volta de 14h, e teve cerca de quatro horas de duração. O Planalto não estima o número de manifestantes. As entradas do Planalto ficaram fechadas e a segurança foi reforçada, inclusive na rampa do palácio.
Um represente da Secretária de Governo, Henrique Vila, manteve contato com os manifestantes.
Em documento entregue pelo grupo, os índios afirmam que são contra o "programa neo-liberal do governo" e "todo e qualquer retrocesso nos nossos direitos já conquistados, com muita luta e sangue derramado". Eles pedem mais verbas para órgãos de demarcação de terra e também criticam o Poder Judiciário e o Legislativo, que dão o "aval" para o governo de Michel Temer.
Os indígenas identificam-se como sendo de tribos como pataxó, avá-canoeiro, kanfla, guarani, tumbalalá e krikatí. A manifestação começou por volta das 10h e não tem previsão de encerramento.
Todas as pessoas só podem entrar pelos fundos do Palácio do Planalto, por meio da garagem.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Órgão dos bispos ataca Blairo Maggi sem misericórdia


CPT repudia afirmações de ministro Blairo Maggi

Diante das falas do Ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante a Conferência Mundial do Clima, a COP 22, em Marrakesh, no Marrocos, de 15 a 18 de novembro, a CPT vem a público manifestar sua indignação e repudiá-las.
As falas do ministro expressam muito bem o pensamento do atual governo usurpador sobre a realidade do campo, externando algumas das razões do desferido golpe contra a democracia representado pelo afastamento definitivo do governo de Dilma Roussef, legitimamente eleita pelo voto popular.
Num cenário de uma crescente degradação ambiental decorrente do aumento do desmatamento tanto da Floresta Amazônica, quanto do Cerrado, e do descontrolado uso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro, o ministro, conforme divulgado por diversos veículos de comunicação nacionais no dia 17/11, disse que ”a agricultura brasileira é a mais sustentável do mundo, todos os rios são protegidos por uma legislação. Mas, mais que a legislação são protegidos pela consciência dos produtores brasileiros.”
Comparou ainda a reserva legal de 80% na Amazônia a “um hotel de 100 quartos que só pode ocupar 20”, e afirmou que as metas que o Brasil assumiu em relação às emissões dos gases de efeito estufa são somente intenção.
Mais grave ainda, o ministro se somou ao conjunto de autoridades policiais e do Judiciário que tentam jogar na vala comum dos desentendimentos pessoais os assassinatos em conflitos no campo, envolvendo o acesso e a posse da terra. Assim disse: “quando você vai no cerne da questão, você vai ver que tu tem problema de relacionamento de pessoas de determinados lugares e que não pode ser computado nesta questão”.
Ao ser confrontado pelas organizações da sociedade civil brasileira que acompanhavam a COP sobre dados da Global Witness, de que um terço das mortes de ambientalistas, 50 das 150, teriam acontecido no Brasil, a grande maioria na Amazônia, o ministro cinicamente disse: “Fico feliz em saber que de ontem para hoje morreram menos 150 ambientalistas, porque ontem ouvi que eram 200 por ano e agora diz aqui que foram 50”.
Enquanto o governo tenta fechar os olhos aos fatos, as violências e os conflitos crescem. Até final de outubro deste ano, o Centro de Documentação Dom Tomás Balduino, da CPT, já registrava o mesmo número de assassinatos registrado em todo o ano 2015. 
Ainda estão sob análise diversos outros casos, exatamente para se evitar que sejam inseridos dados em que não haja clareza quanto à sua motivação. Comparados estes assassinatos aos de igual período de 2015 (41 assassinatos), são 22% a mais.
A Amazônia continua sendo o palco maior dos conflitos e da violência. De janeiro a outubro, em dados parciais de 2016, 75% dos conflitos por terra ocorreram na Amazônia Legal. O número de famílias expulsas aumentou 110%, com ações de pistolagem, passando de 438 em 2015 para 920 famílias expulsas em 2016. 
Houve ainda um aumento de 324% no número de vítimas detidas, criminalizadas, em geral nas ações de despejo. Famílias que são levadas à delegacia e fichadas, enquadradas nos crimes de formação de quadrilha e esbulho possessório, ou outras formas de violência “legal”.
Na Amazônia, ocorreram 39 assassinatos até final de outubro de 2016, 31 no mesmo período de 2015. As tentativas de assassinato deram um salto de 142%, passando de 19, em 2015, para 49, em 2016. Os ameaçados de morte passaram de 64 em 2015, para 103 em 2016, um aumento de 61%. O número de prisões teve um crescimento de 85%, passando de 45 presos em 2015 para 87 em 2016.
Isso deixa mais que claro que não se trata simplesmente de “problemas de relacionamento”, como disse o ministro, mas faz parte de um quadro muito grave propiciado pelo ambiente político golpista, marcado por perseguição, criminalização e eliminação de quem tente se opor aos que se consideram donos e senhores das terras, dos territórios.
A sociedade brasileira e internacional precisa tomar consciência da gravidade da situação e exigir dos que usurparam o poder, que ponham um fim a este estado de violência e barbárie. Não é só o Brasil que sofrerá as consequências, mas todo o planeta.
Goiânia, 21 de novembro de 2016.

Coordenação Executiva Nacional da Comissão Pastoral da Terra

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Não pendurem esta conta ao setor agrícola


Não queiram pendurar essa conta no setor agrícola, diz Blairo sobre o acordo de Paris 


O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, levantou uma polêmica na última Conferência do Clima, em Marrakech, na semana passada. Para o Ministro o setor rural brasileiro não pode arcar sozinho com o custo de redução de emissões de gases de efeito estufa assumido pelo Brasil nas negociações. 

"Posso dizer isso com toda tranquilidade. Nós não temos condições financeiras de levar adiante a intenção que o Brasil colocou", disse Blairo. "A intenção que o Brasil assumiu perante o mundo não pode ser obrigação do produtor brasileiro", completa.

No ano passado, como contribuição ao Acordo de Paris, o Brasil apresentou uma meta total de redução de emissões, de 37% até 2025 e 43% até 2030, e entregou anexada uma lista de ações que poderiam ser tomadas para atingir esses valores. Entre elas, estão o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a recuperação de 15 milhões de hectares de pastos degradados, mas também o fim do desmatamento ilegal e investimentos em energias renováveis.


Depois de fechado o acordo em Paris, o texto foi ratificado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente Temer, virando virou lei. Porém, a lista de ações que entrou como um anexo ao acordo não chega a ser obrigatória, mas é a linha que o País propôs seguir.

Blairo Maggi diz que as ações previsas no acordo não são obrigações. “É intenção. Não é a agricultura e a pecuária que tem de pagar essa conta. 


As metas são metas gerais que o Brasil colocou e ali deu uma indicação de por onde pode sair, mas se não cumprir através de reflorestamento ou de melhoramento de pastagem, vai ter de fazer em outro lugar. 

Não é obrigação da agricultura. Não queiram pendurar essa conta no setor agrícola sozinho”, disse o Ministro ao Jornal O Estado de São Paulo.

O grupo de ONGs ambientalistas está em campanha para fazer exatamente isto: pendurar mais essa conta no setor rural. Em carta entregue aos Ministros Blairo e Sarneyzinho, as ONGs afirmam que o Brasil deve usar os recursos que financiam a safra agrícola para custear as ações de acordo de Paris. 

"O Plano Safra destinou R$ 202 bilhões ao financiamento do setor agropecuário, cuja inadimplência histórica média é de cerca de 5%. Ou seja, haveria dinheiro para bancar a NDC. Bastaria, para isso, que os agricultores pagassem suas dívidas”, afirmam as ONGs.



As bruxas andam soltas: "Terrorista biológico" no governo Temer


Exclusivo: "terrorista biológico" no governo

De: O Antagonista

Em 1989, uma praga chamada vassoura-de-bruxa devastou as plantações de cacau no Sul da Bahia. Foi o maior desastre econômico da história do estado. Duzentas mil pessoas ficaram desempregadas.
Em 2006, a Veja revelou que a praga foi fruto de "terrorismo biológico". Quatro petistas disseminaram a praga para "minar a influência política dos barões de cacau", como publicou a revista.
Um dos petistas elencados pela Veja é Elieser Barros Correia. Ele foi nomeado pelo governo Temer para os serviços de assistência... à cultura do cacau!
Não é piada. É um escândalo.

sábado, 19 de novembro de 2016

Demarcação de terras indígenas é frágil e suscetível à manipulações







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Responsável por assessorar a Presidência da República na prevenção e combate à corrupção, o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma série de “fragilidades” na execução da política indigenista, a cargo da Fundação Nacional do Índio (Funai). 
Já há alguns anos tenho me empanhado em mostrar que os problemas são bem mais sérios e graves do que as reconhecidas “fragilidades”. Sim, o termo é inadequado para descrever o processo, mesmo assim, reconhecer a existência evidente de um problema, já é um indício de que mudanças maiores podem vir pela frente. 
Outra boa notícia, foi que, além de reconhecer a existência de fragilidades, a autarquia sugeriu ainda revisão nas regras para demarcação de terras indígenas.
Segundo a CGU, as “deficiências” encontradas “dificultam, em alguma medida, o alcance dos objetivos da política indigenista”. Sobretudo a demarcação das áreas tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas – uma das obrigações impostas ao Estado pela Constituição Federal.
Promulgada em 1988, a Carta Magna estabeleceu o prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas (TIs) do país fossem demarcadas. 
Entre as deficiências apontadas, estão o número insuficiente de servidores; falta de transparência em algumas das etapas dos processos demarcatórios e baixa execução dos recursos financeiros previstos para a fiscalização e demarcação de terras indígenas e localização e proteção de índios isolados ou de recente contato entre 2013 e 2015.
[...]






sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Produtor rural: veja o que dá a caridade com chapéu alheio!


Quem vai pagar o custo do acordo de Paris é o produtor rural brasileiro
  


O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse à Revista Globo Rural que o acordo de Paris custará ao Brasil U$ 40 bilhões, ou R$ 136 bilhões em valores de hoje

"Aos produtores rurais cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas para melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos e ampliar a área de plantio direto", disse o ministro por telefone. 

"Quem vai pagar esta conta?", perguntou Blairo. O blog do Código Florestal responde: quem vai pagar essa conta é o produtor rural brasileiro.

O compromisso assumido pelo Brasil em Paris foi voluntário. 

Assumimos porque quisemos. 

O acordo foi negociado por Dilma Rousseff, ratificado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, onde foi relatado pela Senadora Katia Abreu, foi sancionado pelo Presidente Michel Temer e hoje é defendido por Blairo Maggi e Sarney Filho.



Em setembro de 2015, há mais de um ano, o Blog do Código Florestal alertou que o governo brasileiro estava fazendo cortesia com o chapéu alheio. 

Na ocasião este escriba avaliou que a INDC brasileira custaria R$ 177 bilhões de reais e que o setor precisava se articular para obter o máximo em retorno sobre esse dispêndio.

Quem avisa amigo é.

Foto: Carlos Silva /Mapa

Fonte: http://www.codigoflorestal.com/2016/11/quem-vai-pagar-o-custo-do-acordo-de.html#more


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Venezuela: A quem aproveita estes acordos patrocinados pelo Vaticano?



Unasul e Vaticano pedem fim da troca de acusações na Venezuela


Quito, 16 Nov 2016 (AFP) - Os mediadores do diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição pediram, ontem (16), que "se ponha fim à campanha de desqualificações públicas" para fazer avançar o processo que busca reverter a crise política e econômica no país.


"Fazemos um apelo a todas as autoridades políticas do Governo Nacional e da Mesa de Unidade Democrática (MUD) para que respeitem o espírito e o conteúdo da Declaração Conjunta 'Conviver em Paz' (aprovada em 12 de novembro)", afirma um comunicado divulgado pela secretaria da Unasul.

O documento inclui o pedido para que "se ponha fim à campanha de desqualificações públicas que não contribuem para a convivência pacífica" na Venezuela, com o objetivo de "preservar as conquistas" [socialistas, das prateleiras vazias, das prisões políticas, da ditadura???] alcançados até agora.

https://t.dynad.net/pc/?dc=5550001577;ord=1479380025487


A secretaria-geral da Unasul, o representante do Vaticano, monsenhor Claudio María Celli, e os ex-presidentes Leonel Fernández, José Luis Rodríguez Zapatero e Martín Torrijos acompanham o diálogo entre o governo e a oposição.


No sábado passado, ambas as partes se comprometeram a manter "uma convivência pacífica, respeitosa e construtiva", de modo a encontrar um caminho para solucionar a crise.

Nos acordos anunciados, não há menção à exigência [por que não?] da oposição de reativar um referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, ou de antecipar eleições para o primeiro trimestre de 2017.

A próxima reunião entre os delegados do governo e da oposição está prevista para 6 de dezembro.


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Socialismo e conexos: fatores ativos da desagregação brasileira


União pela desunião

Péricles Capanema

No momento em que a América espanhola se esfacelava em dezenas de repúblicas, a sensatez da Casa de Bragança (dom João VI e dom Pedro I) assegurou a unidade nacional, debaixo de uma só coroa. Mesma língua, mesmo povo com três sangues principais, o branco, o negro e o índio, religião largamente predominante, facilitavam a coesão. 

Desde o Império, deixo de lado o que antes possa ter ocorrido, contudo, proliferaram agremiações separatistas, sob diferentes razões. A Constituição de 1988 virtualmente fechou a porta a seu êxito. Reza no artigo 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”. 

Contudo, voltaram a se manifestar. Julgam que, mesmo no presente quadro institucional, existe brecha para legalmente dividir o Brasil em vários países independentes.

O Estadão de 13 de novembro anunciou, está sendo fundado o partido Aliança Nacional, cujo objetivo é abrigar sob o mesmo teto as entidades separatistas. Seu presidente é o prof. Flávio Rebello que também preside o São Paulo Livre. 

Já aderiram ao novo partido, além do São Paulo Livre, O Rio de Janeiro é o Meu País, o Grupo de Estudo e Avaliação Pernambuco Independente – GEAPI, Roraima é o Meu País, Espírito Santo é o Meu País. Separatistas de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Ceará podem seguir o mesmo caminho. O Sul é o Meu País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) recusou formar parte, acha prematuro.

Pelas contas do prof. Rebello, o partido estará constituído em 2018, lançando candidatos em 2020. “Vamos trabalhar para ter prefeitos, governadores e principalmente deputados federais e senadores”, garante ele. 

Com base em bancadas fortes, propaganda e utilização hábil da legislação existente, espera tornar viáveis plebiscitos em que o povo decidirá se fica ou não no Brasil. Conta com o êxito já em 2032, centenário da Revolução Constitucionalista. Continua imaginando: “Em São Paulo, será um partido de direita ou de centro-direita. 

No Rio, provavelmente, será uma legenda de centro-esquerda”. De outro jeito, a orientação da legenda, local, vai depender do gosto do freguês. Seu programa, uma repactuação federativa, valorizará o poder local em relação ao nacional (mais autonomia para os Estados) e nova distribuição dos impostos.

Sou contra o separatismo, não acho que tenha chances sérias de triunfar no futuro previsível, mas não é sobre separatismo que quero falar. Pretendo comentar, ainda que rapidamente, assunto mais importante, as razões mais ativas que hoje alimentam o sentimento separatista.

O prof. Rebello enuncia a principal delas para os separatistas próximos a ele em São Paulo: “Quem derrubou a Dilma foi São Paulo”. Dilma foi eleita em 2014 com 54.501.118 contra 51.041.155 de Aécio (vantagem de 3.459.963). Em São Paulo Aécio teve 15.296.289, Dilma 8.488.383 (vantagem de 6.807.906). 

Se tirarmos São Paulo, a vantagem de Dilma sobre Aécio no Brasil sobe para 10.267.869. No espírito dos separatistas avultam imagens de um Estado operoso, responsável por um terço do PIB brasileiro que, contra sua vontade largamente majoritária, viu se assenhorarem do poder (de fato nele continuar) hordas famintas de incompetentes e corruptos com a cabeça lotada de ideias demolidoras, enraizadas no socialismo marxista. 

O movimento São Paulo Livre nasceu ali, desejava se livrar de um fator de atraso, o Brasil acorrentado ao PT.

Luís Cláudio Jesus Silva, presidente do Roraima é o Meu País reclama que seu Estado “está cansado de pagar as contas sociais do País”. Em Roraima, área de 224.299 km2, população por volta de 500 mil, existem cerca de 50 mil indígenas registrados. Suas terras (as reservas) cobrem 104.018 km2 (aproximadamente 1 habitante por 2 km2; no Estado de São Paulo vivem por volta de 180 habitantes por km2, 360 vezes mais). 

A mais das reservas indígenas, Roraima tem terras da União e áreas destinadas à preservação ambiental, cuja soma total deixa 9,9% do território livre para ser explorado por seus habitantes desejosos de crescer. Diante do disparate arrogante e impenitente, o Luís Cláudio e tantos outros roraimenses perderam a paciência. Só querem virar as costas e ir embora da federação.

O carioca Gabriel Moreira, presidente de O Rio é o Meu País, emenda: “A forma como a Federação confisca os valores referentes aos royalties do petróleo é exemplo de como o carioca é prejudicado por fazer parte do Brasil”. Quanto à repartição dos impostos, a queixa, comum, existe Brasil afora. 

O centralismo atravancador da mal chamada federação (tem pouco de instituições e práticas federativas) faz com que governadores e prefeitos (e quanto mais pobres, pior) se transformem em pedintes de verbas federais; e, como auxiliares, despachantes na prática, deputados e senadores de suas regiões. 

Centralização, intervencionismo, faces da mesma doutrina asfixiante, inimiga da sociedade civil atuante até o limite de suas competências naturais. Faz falta a aplicação ampla do princípio de subsidiariedade.


Moral da história. O socialismo e doutrinas conexas, fatores ativos de desagregação, precisam ser combatidos na teoria e nos efeitos deletérios. Seriam revigorados fatores de coesão nacional num caminho de harmonia e paz social.

COP 22: cheio de razão, ministro joga as nossas cartas



Blairo Maggi põe a Reserva Legal na mesa das negociações climáticas COP 22


Como havia prometido, nosso Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, cobrou hoje na Conferência do Clima, em Marrakech, um tratamento diferenciado à agricultura brasileira em função das nossas restrições ambientais. 

Ao final da palestra do Professor Marcos Jank, Maggi fez uma explanação clara sobre o custo privado da nossa Reserva Legal ressaltando o peso desse custo na competitividade da nossa produção em relação aos nossos concorrentes. Veja o vídeo.

O Ministro colocou o custo privado do Código Florestal Brasileiro na mesa das negociações climáticas. "Imputar sobre o produtor brasileiro o custo de reflorestamento mais o custo do Código Florestal sem que haja uma contrapartida financeira ou de preferência de mercado dos países ricos, nós não vamos conseguir avançar", disse Blairo.

"Aos produtores rurais brasileiros cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas para melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos. Também cabe ampliar a área de plantio direto", disse o ministro, que calcula o custo das intenções previstas no Acordo de Paris em cerca de US$ 40 bilhões.

Este blogger, que tem clareza sobre essa nuance da nossa lei florestal há vinte anos, riu muito da cara do Fernando Sampaio nesse vídeo. Além de Marcos Jank e Fernando Sampaio, no vídeo também estão o Presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o Diretor Técnico da CNA, Assuero Veronez e o Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

Imagem: Ministério da Agricultura e video publicado originalmente na página do Ministro Blairo Maggi no Facebook.



Donald Trump brasileiro?: Blairo Maggi pedirá, na COP 22, compensação à agropecuária brasileira por cuidados ambientais



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adotará uma posição firme na COP 22, a Conferência da ONU sobre o clima que se realiza até a próxima sexta-feira (18) em Marrakech, no Marrocos. O ministro Blairo Maggi, que integra a comitiva de governo, defenderá que os produtos agropecuários brasileiros tenham preferência no mercado global, em função de cumprirem regras ambientais rigorosas.

O ministro vai reforçar que o Brasil tem 61% de sua vegetação nativa preservada e de adotar práticas protecionistas no cultivo, como o plantio direto, por exemplo. Blairo Maggi, que falará na próxima quinta-feira (17) no painel O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris, tem defendido que ministros da área participem cada vez mais das discussões internacionais sobre meio ambiente, ”colocando a realidade do produtor nas grandes decisões”.

O assessor especial do Mapa para Desenvolvimento e Sustentabilidade, o ambientalista João Campari, que integra a comitiva do Ministro, lembra que Blairo Maggi cobrará compensações pelas práticas e regras ambientais seguidas por agricultores brasileiros. “Queremos ser compensados por todos esses cuidados que são compartilhados com o bem-estar da população dos demais povos”, destaca. “Temos aqui leis muito severas para o uso da terra, mais do que em qualquer outro país”, acrescenta.

Veja o que este blogger escreveu quanto Blairo Maggi anunciou a contratação de João Campari para o Mapa: Ambientalista assume assessoria especial do Ministro da Agricultura

O ministro vai defender ainda a pecuária, em contraponto a opiniões de que a produção de gado contribui para poluir a atmosfera. Artigo publicado na conceituada revista Nature, assinala Campari, revelou que os gases dos animais são compensados pelas pastagens plantada para alimentá-los.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Kleffman Group mostra que os produtores brasileiros já cumpriram as metas estabelecidas no Acordo do Clima com 14 anos de antecedência. O estudo sobre a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é o destaque da edição de novembro da revista Globo Rural que está nas bancas. O estudo, objeto da reportagem de capa,

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Silva, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, também viajam a Marrakech.

Com informações e imagem do Mapa

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Acordo do Clima: Ministro brasileiro fala a verdade inteira em Marrakech



Acordo do Clima vai custar US$ 40 bilhões ao Brasil, diz Maggi

"Quem vai pagar esta conta?", questiona o ministro da Agricultura em Marrakech
POR BRUNO BLECHER



Maggi lembra que o Brasil tem 61% do seu território coberto por matas e é responsável por 14% da água doce do Planeta (Foto: Agência Brasil)

"Os agricultores e pecuaristas brasileiros são os atores que podem ajudar o meio ambiente, mas devem ser compensados por isto", disse hoje à GLOBO RURAL por telefone o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que está em Marrakech, Marrocos, onde participa da COP 22, a Conferência Mundial do Clima.
Maggi lembra que o Brasil tem 61% do seu território coberto por matas e é responsável por 14% da água doce do Planeta, mas mesmo assim o governo se comprometeu a reduzir os gases efeito estufa.
"Aos produtores rurais cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas para melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos. Também cabe ampliar a área de plantio direto, a redução uso de nitrogênio nos adubos usando inoculação de rizobiuns nas gramíneas", disse o ministro, que calcula o custo das intenções previstas no Acordo de Paris em cerca de US$ 40 bilhões.

"Quem vai pagar esta conta?", questiona o ministro, acrescentando que os agricultores do Brasil fornecem alimentos a bilhões de pessoas usando 8% do território nacional para plantio e 19,7% para pecuária e ainda preservam às suas custas 11% do território brasileiro em suas propriedades.

"Os produtores de outros países não carregam estes custos nas costas", disse Maggi.

O ministro vai pedir durante a COP 22, em Marrakech, que os produtos agrícolas brasileiros tenham preferência no mercado global, em função de cumprirem regras ambientais rigorosas. Ele falará no painel "O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris" na próxima quinta-feira (17/11).

"O clima é um fator importante na produção agropecuária do país, o que motiva os agricultores a preservar o equilíbrio ambiental”, disse Maggi.


sábado, 12 de novembro de 2016

Papa Francisco e movimentos de esquerda: seus pesos e suas medidas


Sem palavras

Péricles Capanema

De 3 a 5 de novembro foi realizado no Vaticano o 3º Encontro Mundial de Movimentos Populares. O primeiro foi ali, o segundo na Bolívia, o terceiro voltou a ter lugar no Vaticano. O Papa Francisco encorajou-os e deles participou com o discurso de encerramento. Agora, segundo afirmam documentos oficiais, reuniu delegações de 67 países. São, de fato, movimentos de extrema esquerda do mundo inteiro.

Sobre o último encontro, declarou João Pedro Stédile, dirigente máximo do MST, presença destacada nessas reuniões, que ali iriam discutir formas de combater “a democracia burguesa hipócrita” e a “a apropriação privada dos bens comuns da natureza”. Esclareceu ainda que o principal instrumento teórico do movimento para aumentar a consciência é a encíclica Laudato Si do atual Pontífice. Não custa lembrar, em 2014 o líder do MST confessou, “nós, marxistas, lutamos junto com o Papa para parar o diabo”.

O encontro no Vaticano aprovou, “em diálogo com o Papa Francisco”, 41 moções das quais abaixo relaciono nove:

1. “Repudiamos os abusos de direitos humanos e assassinatos que a Polícia comete em diversos Estados dos Estados Unidos. [...] Repudiamos o genocídio contra os jovens negros brasileiros”. A Polícia brasileira praticaria genocídio contra negros.

2. “Repudiamos a ruptura da democracia no Brasil e o complô midiático presidencial-congressual que deu origem a um golpe de Estado institucional para impor um programa de governo que reduz os direitos dos trabalhadores”. Dispensa comentários.
3. “Denunciamos o Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais, Brasil, que determinou a desocupação forçada de 8 mil famílias das comunidades da região de Izidora Rosa”.

4. “Manifestamos nossa solidariedade aos delegados dos movimentos populares da Venezuela, os quais apoiam a mediação do Papa Francisco, e reclamamos o fim dos ataques à ordem constitucional”. De outro modo, apoio ao governo Maduro, ativo promotor da ditadura e fator principal da miséria e da fome sofridas pelos pobres na Venezuela.

5. “Denunciamos a grave situação dos presos políticos em vários países, [...], Porto Rico, Espanha, Turquia, Estados Unidos”. Silêncio revelador e vergonhoso sobre a situação dos presos políticos em Cuba, Venezuela, Coreia do Norte.

6. “Pedimos ao Papa Francisco que se manifeste contra o sistema THAAD na Coreia do Sul, fator de tensão no nordeste da Ásia”. Esse sistema militar antimíssil é contra a possibilidade de ataque por mísseis da Coreia do Norte comunista, que há pouco explodiu uma bomba atômica. Nem uma palavra sobre a bomba atômica do regime comunista de Pyongyang.

7. “Condenamos o emprego de venenos agrícolas produzidos e controlados por Bayer/Monsanto, Sygenta, Chemical, Du Pont, Steel Quinoa, multinacionais que envenenam os alimentos no mundo. A ChemChina, estatal do governo comunista chinês, caminha para ser a maior produtora mundial de agrotóxicos. É uma gigantesca multinacional presente em 120 países. Tem vendas de aproximadamente 40 bilhões de dólares anuais. Nem uma palavra contra ela.

8. “Basta de desocupações de camponeses. A terra é de quem a trabalha”. Antigo slogan dos agitadores comunistas. Quando no poder, a terra era coletivizada e ficava nas mãos do Estado.
9. “Expressamos nossa solidariedade com a Escola Nacional Florestan Fernandes, a escola de formação latino-americana do MST, que foi atacada pela polícia no Brasil.”

O Papa Francisco, como disse, encerrou o encontro. Aproveitou para reiterar sua proximidade com os participantes: “Neste terceiro encontro nosso expressamos a mesma sede de justiça, e o mesmo clamor: terra, teto e trabalho para todos”.

Estimulou estruturas de apoio: “Obrigado aos bispos que vieram acompanhando vocês”. O suporte episcopal no mundo inteiro, é claro, não existiria outra fosse a atitude da Santa Sé. A estes movimentos especializados na subversão e na agitação social o Papa Francisco qualifica de “poetas sociais”, por razão surpreendente, encadeiam criativamente grandes e pequenas ações.

Não quis deixar dúvidas: “Felicito-os, acompanho-os, peço-lhes que continuem abrindo caminho e lutando. Isso me dá força, isso nos dá força”. Quem não conhece, o velho programa desses movimentos, invariavelmente, onde foi aplicado, levou à tirania e à miséria. Foi o maior flagelo dos pobres ao longo do século 20.

E teve sempre uma nota anticristã, expressa em medidas libertárias e tantas vezes em perseguição religiosa. Hoje existe algum pobre fugindo para Cuba? Para a Coreia do Norte? Para a Venezuela? Milhões e milhões de pobres do mundo estão fugindo para os Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra.

Esbofeteado pela realidade, estou sem palavras. Edmond Rostand imagina no L’Aiglon o reencontro de Maria Luísa com o filho, a quem pede perdão. O duque de Reichstadt reza: “Meu Deus, inspirai-me a palavra profunda e entretanto leve, com a qual um filho perdoa à mãe”.


É do que todos precisamos: palavras filiais, respeitosas e profundas que desvelem a realidade inteira. Uma primeira constatação: chocado com repetidas atitudes de favorecimento aos lobos, o rebanho está se isolando do Pastor.