quarta-feira, 16 de novembro de 2016

COP 22: cheio de razão, ministro joga as nossas cartas



Blairo Maggi põe a Reserva Legal na mesa das negociações climáticas COP 22


Como havia prometido, nosso Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, cobrou hoje na Conferência do Clima, em Marrakech, um tratamento diferenciado à agricultura brasileira em função das nossas restrições ambientais. 

Ao final da palestra do Professor Marcos Jank, Maggi fez uma explanação clara sobre o custo privado da nossa Reserva Legal ressaltando o peso desse custo na competitividade da nossa produção em relação aos nossos concorrentes. Veja o vídeo.

O Ministro colocou o custo privado do Código Florestal Brasileiro na mesa das negociações climáticas. "Imputar sobre o produtor brasileiro o custo de reflorestamento mais o custo do Código Florestal sem que haja uma contrapartida financeira ou de preferência de mercado dos países ricos, nós não vamos conseguir avançar", disse Blairo.

"Aos produtores rurais brasileiros cabe a tarefa de reflorestar 12 milhões de hectares e recuperar 15 milhões de pastagens degradadas para melhorar a eficiência da pecuária e evitar novos desmatamentos. Também cabe ampliar a área de plantio direto", disse o ministro, que calcula o custo das intenções previstas no Acordo de Paris em cerca de US$ 40 bilhões.

Este blogger, que tem clareza sobre essa nuance da nossa lei florestal há vinte anos, riu muito da cara do Fernando Sampaio nesse vídeo. Além de Marcos Jank e Fernando Sampaio, no vídeo também estão o Presidente da Embrapa, Maurício Lopes, o Diretor Técnico da CNA, Assuero Veronez e o Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).

Imagem: Ministério da Agricultura e video publicado originalmente na página do Ministro Blairo Maggi no Facebook.



Donald Trump brasileiro?: Blairo Maggi pedirá, na COP 22, compensação à agropecuária brasileira por cuidados ambientais



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) adotará uma posição firme na COP 22, a Conferência da ONU sobre o clima que se realiza até a próxima sexta-feira (18) em Marrakech, no Marrocos. O ministro Blairo Maggi, que integra a comitiva de governo, defenderá que os produtos agropecuários brasileiros tenham preferência no mercado global, em função de cumprirem regras ambientais rigorosas.

O ministro vai reforçar que o Brasil tem 61% de sua vegetação nativa preservada e de adotar práticas protecionistas no cultivo, como o plantio direto, por exemplo. Blairo Maggi, que falará na próxima quinta-feira (17) no painel O papel do Brasil, da agricultura e da silvicultura no Acordo de Paris, tem defendido que ministros da área participem cada vez mais das discussões internacionais sobre meio ambiente, ”colocando a realidade do produtor nas grandes decisões”.

O assessor especial do Mapa para Desenvolvimento e Sustentabilidade, o ambientalista João Campari, que integra a comitiva do Ministro, lembra que Blairo Maggi cobrará compensações pelas práticas e regras ambientais seguidas por agricultores brasileiros. “Queremos ser compensados por todos esses cuidados que são compartilhados com o bem-estar da população dos demais povos”, destaca. “Temos aqui leis muito severas para o uso da terra, mais do que em qualquer outro país”, acrescenta.

Veja o que este blogger escreveu quanto Blairo Maggi anunciou a contratação de João Campari para o Mapa: Ambientalista assume assessoria especial do Ministro da Agricultura

O ministro vai defender ainda a pecuária, em contraponto a opiniões de que a produção de gado contribui para poluir a atmosfera. Artigo publicado na conceituada revista Nature, assinala Campari, revelou que os gases dos animais são compensados pelas pastagens plantada para alimentá-los.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Kleffman Group mostra que os produtores brasileiros já cumpriram as metas estabelecidas no Acordo do Clima com 14 anos de antecedência. O estudo sobre a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é o destaque da edição de novembro da revista Globo Rural que está nas bancas. O estudo, objeto da reportagem de capa,

O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Odilson Silva, e o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, também viajam a Marrakech.

Com informações e imagem do Mapa

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