domingo, 26 de maio de 2013

Alucinações sem fome” ou “Sem fome, mas alucinado”.



A FAO e a fome do absurdo

       
        Imaginemos um brasileiro bem instalado em Roma, onde é muito difícil não se sentir bem, pois lá até os gatos - bem alimentados por gateiras pagas pela prefeitura - levam simplesmente um vidão... que eles recompensam com o seu costumeiro farniente e calma, espraiados sobre os capôs dos automóveis nos meses frios, para mais bem aproveitar o calor do sol ou do motor...

       Pode até acontecer de o nosso brasileiro ter abraçado uma ideologia meio inspirada nos calvinistas, que imponha freios a seus lícitos desejos. Mas, ainda que não queira, ele desfrutará dos feéricos cenários e da ótima culinária italiana que, diga-se de passagem, ainda não inclui insetos nauseabundos nos seus cardápios.

      Esse brasileiro poderia ser o Sr. José Graziano da Silva – ex-ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome no gabinete do presidente Lula e ex-responsável do Programa Fome Zero –, hoje o diretor geral da Food and Agriculture Organization (FAO), cuja sede se encontra em Roma.

        Homem definidamente de esquerda, obcecado defensor da Reforma Agrária aqui e alhures, possuía todas as credenciais para se tornar o dirigente máximo daquele órgão supranacional. Em nossa maneira de ver e julgar, a FAO é um mastodonte, talvez o maior “latifúndio” improdutivo do planeta.

        Isso mesmo. Esse organismo internacional é certamente bem alimentado com dinheiro público dos países membros da ONU. Mais precisamente, com dinheiro do cidadão que produz e do qual ele é obrigado a repassar em forma de impostos um bom naco para os respectivos Estados.

        Por acaso, o leitor tomou conhecimento do programa que a FAO acaba de apresentar para zerar a fome no mundo sem agressão ao meio ambiente? – Reformar a gastronomia mundial para reduzir a poluição!


       Essa Reforma Culinária tem o odor e o sabor dos frutos de sua prima-irmã tupiniquim, a moribunda Reforma Agrária socialista. Quando se fala em “reformar”, é-se levado a esperar a restauração do objeto reformado, diria o Conselheiro Acácio. Mas, com tal reforma, não só isso não acontece, mas o objeto reformado simplesmente deixa de funcionar... Os assentamentos impostos pela Reforma Agrária transformaram-se em “favelas rurais” brasileiras e representam seu inevitável resultado. Que Reforma Culinária será essa?

       A FAO quer nos impingir a reforma de hábitos alimentares. Segundo seus técnicos, em vez de carnes, nós deveríamos passar a comer insetos como besouros, baratas, escorpiões, minhocas e formigas, pois o gado - sim, o gado bovino, ovino ou caprino - é tido e havido pelos ecologistas como grandes responsáveis pelo dito “aquecimento global”.

       Está na ordem natural das coisas que tanto nas “favelas rurais” quanto nos terrenos baldios da urbe comecem a grassar insetos e escorpiões (e como os há em Roma!), cobras e lagartixas, além de mosquitos (incluídos os da dengue), grilos e formigas. 

        Talvez dentro dessa perspectiva se explique por que a FAO – sob a direção desse abrasado agro-reformista brasileiro – produziu esse disparate  de 200 páginas!

       Com efeito, o fabrico desse relatório certamente não nutrirá as reais ou pretensas massas famintas que Graziano imagina perambularem pelo mundo. Aliás, em matéria de massas, alguém já disse que os utopistas da esquerda só gostam mesmo é daquelas servidas nos bons restaurantes italianos... pois as humanas lhes são refratárias.

       Imaginemos por fim que uma produção dessa monta – 200 páginas! - deva ter exigido anos a fio de vigílias para se demonstrar que comer insetos é ótimo para a saúde do corpo e da alma humanas, ademais de beneficiar o sacrossanto meio ambiente.

       Para os criadores e mentores do programa Fome Zero Mundial, os homens deverão abandonar as carnes bovina, suína, caprina, pois enquanto o gado consome muito vegetal e ração, causando a poluição ambiental, os insetos são bons para tudo e para todos, pois se alimentam de resíduos, lixo humano, compostagem e chorume animal.

       Donoso Cortés disse que o homem tem fome de absurdo e de pecado.  É só mesmo essa fome que pode explicar que a FAO esteja disposta a sacrificar séculos de civilização e de cultura em matéria de culinária sob o pretexto de salvar o meio ambiente.

       Estaremos seguindo as pegadas do Filho pródigo ao abandonar a casa paterna onde reinava o aconchego, a segurança e a boa mesa, para ir com o passo cadenciado rumo aos cochos nos alimentar das bolotas dos porcos?

       Parai e vede! Faça seu juízo e aja em consequência! É o que vimos lhe propor ao longo destas linhas. Talvez duras, mas sem interesse de ofender quem quer que seja. Afinal, vêm acontecendo tantas reformas, em tantos lugares, envolvendo tantas pessoas...

        A fome produz visões alucinantes. Prova-o milhões de vítimas da inanição nos países da ex-União soviética, em particular na Ucrânia. Os arquivos desse drama não registram um só caso de moribundos que no ardor de sua fome vissem passar por suas miragens insetos e escorpiões. Somente à FAO eles apetecem.

             

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mais uma favela rural a vista! Pobres quilombolas!




Se já era ruim, ficará bem pior


O INCRA assegurou, ontem (23/05), a posse de quatro novos imóveis, que serão destinados à criação de um território quilombola no Baixo São Francisco, em Sergipe.

Os sítios Faveira, Saco da Faveira, Serraria e Serraria I, no município de Amparo do São Francisco, tiveram sua posse imitida em favor do INCRA para ser território quilombola.

Fruto de um decreto (2009) de Lula da Silva, a área era ocupada por 21 imóveis particulares. Dentre esses, 13 tiveram sua posse revertida ao Incra e outros oito aguardam decisões de ações já ajuizadas pela autarquia. 

“Com a conquista desses novos imóveis, asseguramos a posse de cerca de 85% da área total do território. É uma marca importante, que demonstra o empenho do Incra em consolidar uma área para o desenvolvimento da comunidade”, afirmou Tânia Aciole Bomfim, chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra/SE.

Com uma área total prevista de 1263 hectares, o território de Lagoa dos Campinhos encontra-se em fase de desintrusão e titulação. 

“Sabemos da importância de promover o acesso a terra, definindo um território para o desenvolvimento (?) das famílias quilombolas. Por isso, seguiremos trabalhando muito para garantir novos avanços (rumo às favelas?) como esses em Lagoa dos Campinhos”, enfatizou Leonardo Góes, superintendente regional do Incra em Sergipe.

Localizada às margens do rio São Francisco, a comunidade de Lagoa dos Campinhos sobrevive por meio da manutenção de atividades como o cultivo de milho, feijão e mandioca, da criação de peixes e pequenos animais, além do desenvolvimento das pecuárias de corte e leiteira (com um rebanho de cerca de 600 cabeças).

Composta por 103 famílias auto-reconhecidas como remanescentes dos antigos quilombos, a comunidade foi, ao lado de Mocambo, a primeira em todo o estado de Sergipe a ter a área do seu território reconhecida e definida em decreto presidencial.

Fonte: Ascom Incra - 23/05/2013 - 15:01

http://www.infonet.com.br/economia/ler.asp?id=144601

Dia Nacional do Café



Um importante companheiro na vida cotidiana

Além de seus inúmeros benefícios para saúde, 
bebida é apreciada no Brasil como importante prática social 



São Paulo, 24 de maio de 2013 – Vamos tomar um café? Quem disseque nunca recebeu um convite  como este  pode estar mentindo. Afinal, esta é a bebida responsável pela maioria dos encontros entre duas pessoas, em um grupo de amigos e até mesmo para fechar assuntos  profissionais.

Comemora-se, em todo o país, o Dia Nacional do Café. Cerca de 97% dos brasileiros  aproveitauma pausa durante o dia na companhia de uma xícara de café. É o que aponta a Associação Brasileira de Indústria do Café (ABIC). De acordo com o estudo, cada pessoa consome aproximadamente 83 mil litros por ano.

Não é de hoje que  a bebida faz parte do cotidiano da população, pelo contrário, o café está no país desde a época da colonização e aparece nos lares brasileiros como um anfitrião exemplar.

O café se popularizou rapidamente com o passar dos anos e atualmente é experimentado de diversas maneiras: coado, expresso, cappuccino, com chocolate, com leite, entre outras combinações. Os baristas inovam as receitas afim de conquistar aqueles que ainda não caíram nos prazeres  da bebida 

Para celebrar a data, Monica Leonardi, diretora da La Spaziale, uma das maiores fabricantes de máquinas de café do país,  também afirma que, hoje em dia, não faltam ambientes para se tomar um  bom café.  "Há inúmeros  estabelecimentos que nos convidam a entrar e cair no gosto. A bebida nos trouxe um charme nunca antes visto e, tomado na dose certa, é capaz de prevenir uma série de doenças, como combater a depressão e prevenir o AVC”, explica.

Além disso,  hoje existem produtos e máquinas portáteis que possibilitam qualquer pessoa fazer a bebida em casade maneira rápida e sem o receio de que fique sem gosto ou ruim.  "A ótima qualidade do café brasileiro e o desenvolvimento de produtos variados no mercado cria uma forma das pessoas descobrirem novos jeitos de aproveitar a hora do cafezinho", finaliza Leonardi. 


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Processo Raposa/Serra do Sol não foi concluído




Senadores pedem ao STF agilidade no julgamento relacionado à reserva indígena de Raposa/Serra do Sol

Dezesseis senadores assinaram ofício endereçado ao presidente do STF, pedindo a redistribuição do processo que decidirá sobre a demarcação da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em Roraima.

Há ouço tempo, Sérgio Souza e outros seis senadores estiveram com Joaquim Barbosa e este informou que, caso não fosse nomeado um novo ministro para a Corte em um prazo de 15 dias, ele verificaria a possibilidade de avocar ou de redistribuir o processo, valendo-se do "poder de cautela".

No mês passado, os parlamentares pediram ao ministro que redistribua o processo para dar agilidade ao julgamento dos embargos declaratórios. O processo está sem ministro relator desde que o ex-presidente do STF, Ayres Britto, aposentou-se.

“Tendo em vista a relevância e a grande expectativa pela conclusão do processo, que servirá de jurisprudência, proporcionando critérios e norteando as diversas demandas envolvendo a demarcação de terras indígenas no país, apelamos à sensibilidade de Vossa Excelência pela imperiosa agilização do Julgamento”, diz trecho do documento.

Sérgio Souza explica que, após a decisão de homologar a reserva em terras contínuas e de determinar a retirada de não-índios da área, o STF não concluiu o julgamento, o que afeta a análise de outros conflitos fundiários semelhantes existentes no país, sobretudo no Paraná.

“Defendemos a agilidade para esse julgamento até mesmo para evitar e acalmar a tensão no campo”, afirmou Sérgio Souza. 

Assinaram o ofício, além do senador paranaense, Jayme Campos (DEM/MT), Ruben Figueiró (PSDB/MT), Waldemir Moka (PMDB/MS), Pedro Taques (PDT/MT), Acir Gurgacz (PDT/RO), Luiz Henrique (PMDB/SC), Álvaro Dias (PSDB/PR), Blairo Maggi (PR/MT), Ana Amélia (PP/RS), Pedro Simon (PMDB/RS), Paulo Paim (PT/RS), Paulo Bauer (PSDB/SC), Delcídio Amaral (PT/MS), Ivo Cassol (PP/RO) e Valdir Raupp (PMDB/RO).

Agência Senado - 22/05/2013.

A voracidade do Tridente CIMI, FUNAI e INCRA sobre os bens alheios


Alerta para aumento da tensão entre índios e produtores no MS



Em discurso no Senado, a presidente da CNA exigiu que o Ministro da Justiça assuma sua responsabilidade e cumpra fielmente as normas legais

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária Kátia Abreu denunciou nesta terça-feira (21), em discurso no Senado, o risco de conflitos e violência entre índios e produtores rurais que “estamos prestes a presenciar, especialmente no Mato Grosso do Sul”.

Foram 30 fazendas e 17 mil hectares de terras invadidas por grupos indígenas porque “um proprietário de fazenda conseguiu uma liminar, na Justiça Federal, de reintegração de posse da sua terra”, assinalou. 

“Para nossa surpresa e indignação, a Polícia Federal chegou ao local e, ao invés de cumprir a determinação judicial, prendeu o proprietário, sua esposa e filhos”, afirmou a senadora.

“Em que mundo estamos vivendo”, indagou. “Um conflito artificial entre índios e brancos está sendo armado por uma minoria e uma decisão judicial é descumprida”, destacou na tribuna. 

Parece que o Ministério da Justiça “só faz justiça aos brasileiros índios”, reclamou. “E quem fará justiça aos brasileiros brancos? Quem vai proteger os produtores rurais?”, questionou.

A senadora Kátia Abreu lembrou que o setor agropecuário responde por 37% dos empregos no Brasil, um quarto de tudo que é produzido no País e o equilíbrio da balança comercial brasileira. Sendo assim, “precisa ser tratado com equilíbrio e dentro dos pressupostos legais, das leis vigentes no País”, afirmou.

“Queria que o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, tivesse o mesmo senso de equilíbrio e justiça que teve no episódio das quatro mil famílias da Fazenda Suiá-Miçu. Mas eram brancos e foram expulsos, colocando 1000 crianças vivendo debaixo de lona, em condições deprimentes”, disse ela.

Lembrou que, na ocasião, “lá não apareceu ninguém dos direitos humanos, nem o Ministério Público ou qualquer outro organismo para defender os interesses e direitos daquelas quatro mil famílias de pequenos produtores”, assinalou. 

“Não existe lei apenas para branco ou apenas para índio, a legislação é uma só e vale para todos”, criticou a senadora.

Responsabilidade - A senadora insistiu que o ministro José Eduardo Cardozo cumpra o “seu papel e assuma as suas responsabilidades e não se omita”. Afirmou que “o ministro não é representante de uma classe ou de um segmento, ele á pago com o dinheiro público e deve satisfações ao povo brasileiro”.

Katia Abreu perguntou, ainda, o que o ministro fará com a Polícia Federal que descumpriu uma ordem judicial ao não retirar os índios que invadiram uma propriedade rural.

Para a presidente da CNA, a situação assemelha-se a “um barril de pólvora” por conta da ação de grupos radicais e minoritários que procuram, por meios artificiais, criar atritos e disseminar a violência. 

“Não é possível continuarmos vivendo nessa insegurança jurídica, num claro desrespeito à Constituição”, ponderou. A senadora disse, no entanto, que vai lutar até o fim para que as leis sejam cumpridas, “jamais rasgaria uma página que fosse da Constituição”.

CIMI e Funai – A presidente da CNA também fez duras críticas ao CIMI (Conselho Indigenista Missionário), à Funai (Fundação Nacional do Índio), ao Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e outros órgãos por não estarem cumprindo com suas obrigações legais. 

O CIMI, disse, representa uma parte da Igreja Católica, não o seu todo. “Sou cristã e católica e os brancos produtores rurais, em sua grande maioria, também o são”, destacou. Ela pediu ao presidente da CNBB que não permita ao CIMI “criar esse conflito entre brancos e índios porque nós somos cristãos e queremos a proteção de Deus”.

Disse que é preciso lembrar que os produtores rurais brasileiros produzem o arroz e o feijão, além de outras culturas, numa área de apenas 27,7% do território brasileiro, enquanto a Funai, o INCRA    e outros órgãos oficiais detêm mais de 50% do território do País. Mas “querem justamente as áreas produtivas, que estão nas mãos dos agricultores e lá vivem há mais de 40 anos”, alertou.

A senadora acusou a FUNAI de adotar uma política de “não ouvir realmente os povos indígenas”, mantendo-os na miséria e na ignorância, não lhes dando as condições econômicas e sociais adequadas para sobreviverem. A entidade “quer mantê-los no isolamento e na pobreza”, denunciou.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Lá e cá, más fadas há...



Epitáfio de um General

Alexandre Garcia


Morreu na prisão o General Jorge Rafael Videla, condenado na Argentina a duas prisões perpétuas. Cumpriu só uma, pois não tem duas vidas. Se ainda tivesse, creio que faria tudo de novo. Morreu com a consciência tranquila de quem cumpre com o dever. 

Foi condenado porque assumiu tudo que se atribuiu ao exército durante a guerra em que foram derrotadas duas organizações que pretendiam estabelecer no país um regime igual ao de Cuba. 

Desde a morte dele, não li nos jornais nada que não fosse a história escrita pelos derrotados. Testemunhei parte da história real quando eu era correspondente do Jornal do Brasil em países do cone    sul.

O que vou contar está no livro que escrevi e que a Editora Globo lançou em 1990 e teve 12 edições, inclusive com várias semanas na lista dos mais vendidos. Nenhuma revelação de agora, portanto. Conheci o General Videla numa recepção na embaixada do Brasil, em 1975. 

Era general-de-brigada, sem comando, e, na conversa, disse que Brasil e Argentina desperdiçavam energias com a rivalidade, já que o verdadeiro inimigo estava dentro da Argentina, matando o povo para aterrorizá-lo e tomar o poder, aproveitando-se do governo fraco da viúva de Perón. Católico praticante, ía à missa com comunhão todos os dias. Foi carola até nos filhos: nove. Alto e magro, tinha o apelido de pantera-cor-de-rosa.

Reencontrei-o um ano depois, quando  eu cobria o encontro de exércitos das Américas, em Montevidéu. Ele já era comandante do Exército. E me confidenciou: “Olhe, hoje há uma guerra interna na Argentina. Mas uma guerra estranha, em que apenas um lado está lutando: o lado da guerrilha e dos terroristas do ERP e dos Montoneros. 

Em breve, eles dominarão a Argentina e o Cone sul, se não houver uma reação. Vai ser preciso entrarmos nessa guerra. Vai correr muito sangue. Pode ser o meu sangue ou de alguns de meus nove filhos. Mas será preciso correr sangue, ou não teremos paz.” 

Em 24 de março de 1976, ele tirou a presidente fraca sob o aplauso da nação, entrou na guerra e venceu. Ameaçado, 10 dias antes eu me mudara para Brasília, depois de ter sido sequestrado pelos Montoneros - a extrema esquerda - e perseguido de morte pela Triple A - a extrema direita. A partir de então, deixei de testemunhar os acontecimentos na Argentina.

Agora leio as notícias da morte de Videla. Dizem que morreu de hemorragia causada por uma queda na prisão. E todas as notícias o responsabilizam por conduzir uma guerra suja. Ora, a guerra suja já existia. 

Uma bomba posta na lanchonete perto de meu escritório na Calle Florida obrigou os bombeiros a lavarem com mangueiras o sangue na rua. Metralhavam filas de ônibus para que o povo os respeitasse pelo terror. Tinham metralhadoras antiaéreas tchecas no território liberado de Tucuman; sequestravam e torturavam até a morte as suas vítimas. 

Mantinham tribunais revolucionários com execuções em seguida. Videla então entrou  nessa guerra suja. E venceu. Não o perdoam por ter impedido um regime totalitário marxista na Argentina. Quanto a guerra suja, que guerra não é suja? Nem mesmo as dos exércitos do Papa. O lado aliado, na II Guerra, não relata a sujeira, porque a história é escrita pelos vencedores. Menos por estas bandas.

 Fonte: http://diariodaamazonia


terça-feira, 21 de maio de 2013

Por discriminação contra índios ...



... colunista é condenado  

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou a condenação do colunista Ivar Paulo Hartmann, do Jornal NH, de Novo Hamburgo (RS), por incitar a discriminação contra indígenas. 

Ele terá de prestar dois anos de serviços comunitários e pagar 24 salários-mínimos de multa, que será destinada à Comunidade Indígena Kaingang de São Leopoldo (RS). O acórdão, que manteve a sentença, é de quarta-feira (14/5).

Hartmann foi denunciado pelo Ministério Público Federal após publicar, em outubro de 2008, o texto “Raposa do Sol e outras raposas”, no qual, segundo o Ministério Público, discriminava e ofendia os índios, com trechos como: 

“No Brasil de hoje, as tribos remanescentes são compostas por indivíduos semicivilizados, sujos, ignorantes e vagabundos, vivendo das benesses do poder branco (...)”. Ele foi incurso no delito previsto no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei 7.716/1989 — praticar discriminação por meio da imprensa.

O artigo tratava de reserva indígena Raposa Terra do Sol, em Roraima, que ocupa 8% do território do estado. O colunista alegava que os índios seriam manipulados por estrangeiros (as “outras raposas” apontadas no título do texto), e o Brasil acabaria por perder parte de seu território. 

Segundo ele, os índios seriam fracos e facilmente domináveis pelos brancos — no caso, integrantes americanos e europeus de organizações não-governamentais.

Após ser condenado pela Justiça Federal de Novo Hamburgo, Hartmann recorreu contra a sentença no tribunal. Ele alegou que não teve intenção de macular a honra dos indígenas nem de promover qualquer atitude racista ou preconceituosa. 

Argumentou, ainda, que sua intenção teria sido de “dar um grito de alerta ao povo brasileiro para os desmandos e desatinos do governo”.

Após examinar o recurso, a relatora do processo, juíza federal Salise Monteiro Sanchotene, convocada para atuar na 7ª Turma do TRF-4, decidiu manter integralmente a sentença. 

Segundo ela, “a tutela à liberdade de expressão não deve incentivar a intolerância racial e a violência, que comprometem o princípio da igualdade de todos perante a lei”. Ela frisou que as declarações de Hartmann representam ilícito penal.

“Está comprovado que o réu agiu com dolo, tendo plena consciência de que estava praticando e induzindo o seu leitor a praticar discriminação contra indígenas, com o intento de privá-los de direitos na demarcação de terras, defendendo a superioridade inata do branco brasileiro”, fundamentou a magistrada, citando trecho da sentença condenatória. 

Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.



Além do PT, novas pragas geram...


... preocupação entre acadêmicos


Pesquisadores apresentarão 12 pragas que podem adentrar as lavouras brasileiras a qualquer momento e causar prejuízos bilionários, a exemplo da lagarta helicoverpa.


SÃO PAULO – No próximo dia 23 de maio, especialistas e governo vão se reunir na capital paulista para discutir estratégias de combate às chamadas “pragas exóticas” que nos últimos anos têm causado prejuízos bilionários ao Brasil. 

No evento serão apresentadas ao menos 12 potenciais pragas que se encontram em países vizinhos e que podem adentrar as lavouras nacionais a qualquer momento. 

“É preciso ter um plano efetivo de combate e prevenção porque uma vez que a praga entra, por não ter inimigos naturais nem produtos registrados para combate, seu desenvolvimento é muito difícil de se prever”, analisa o professor Evaldo Villela, titular do departamento de etimologia da Universidade Federal de Viçosa e coordenador do evento. 

Exemplo recente é a lagarta Helicoverpa, cujos prejuízos estimados chegam a R$ 2 bilhões. “Pode haver outras helicoverpas e não estamos preparados”, alerta.

O evento terá participação de alguns peso-pesados da área de pesquisa. Entre eles o pesquisador Aldo Malavasi, da Universidade de São Paulo (USP), considerado um dos maiores especialistas no assunto. 

Representantes do Ministério da Agricultura e acadêmicos de áreas diversas também estarão presentes. Às 9h30 acontecerá entrevista coletiva em que será apresentada uma análise do quadro, das potenciais pragas que podem impactar o País e o que está sendo feito para evitar novos prejuízos. 

Jornalistas que desejarem, podem acompanhar o evento completo..


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Delenda Reforma Agrária! Quem parte e reparte fica.com a maior e a melhor parte...


O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.)

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

A capacidade de desconstruir que o programa da Reforma Agrária – nunca reformou nada em lugar algum – é dantesca. Precisaríamos do engenho e arte de Dante Alighieri em suas descrições do inferno para fazermos uma ideia do que vem acontecendo nas favelas rurais criadas pelos assentamentos de Reforma Agrária.

O jornal O Globo, na edição de domingo, dia 5 de maio pp. traz a impressionante matéria de Germano Oliveira com o sugestivo título: de antigo império da soja à maior favela rural no interior do Brasil.

Quem não se lembra da antiga fazenda modelo Itamarati e do legendário Rei da soja? Pois bem, ela foi transformada no maior assentamento agrário do país, e praticamente destruída. Silos e armazéns de grãos estão apodrecendo. A casa-sede da fazenda hoje é ocupada pelos padres do assentamento!

Aliás, faz jus ao ditado quem parte e reparte fica com a melhor e a maior parte...

O Governo gastou R$ 245 milhões para desapropriar a área de 50 mil hectares da Fazenda Itamarati, que pertencia ao então rei da soja Olacyr de Moraes. Com o empresário à beira da falência, o local foi invadido pelos sem-terra no ano 2000 e lá foi assentado pelo INCRA, a partir de 2002, um total de 2.837 famílias ligadas ao MST, à CUT, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e à associação dos ex-funcionários da propriedade.

Segundo Germano Oliveira, o INCRA perdeu o controle da imensa área ao jogar as 16 mil pessoas que lá se encontram a toda sorte de infortúnios. Sem financiamentos ou assistência técnica, os pequenos agricultores não conseguem sobreviver da lida no campo. 

Até traficantes de drogas arrendam terras por lá. Há fazendeiros que arrendam até 15 lotes. Para sobreviver, pelo menos 2.000 famílias de assentados recebem Bolsa Família, segundo o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes (PPS).

A pobreza do campo ganhou ares de favela na área de 400 hectares que o INCRA reservou para ser a vila urbana do assentamento, hoje administrada pela Associação dos Moradores do Assentamento Itamarati (AMPAI), com 360 famílias, que moram em barracos sem luz, sem água encanada e com ruas esburacadas. Quase todos ali são invasores, como diz o Presidente da AMPAI, José Roberto Roberval Barbosa Leila.

O problema maior é a falta de apoio do INCRA. Estou assentado aqui há oito anos e só no ano passado consegui um financiamento de R$ 21 mil do PRONAF. 

Muitos passam fome, vivem de Bolsa Família ou cestas básicas dadas pelas igrejas e acabam vendendo os lotes para morar na cidade e lá trabalhar como ajudante de pedreiro — resume Barbosa Leila.

O INCRA promete iniciar este ano, com atraso de três anos, a titulação das terras, que ainda pertencem à União. Sem documentação, os bancos não liberam financiamentos. É o caso de José Brasil dos Santos, há oito anos no lote. Nunca conseguiu financiamentos.

Meu pai pensa em arrendar a terra. Este ano meu tio plantou milho aqui, o que deu uma pequena renda, mas só para a gente não passar fome — diz seu filho José Carlos dos Santos.


Os que conseguem sobreviver da agricultura e ter renda melhor são os que se dedicam à produção de gado e leite. Muitos venderam seus lotes. Estima-se que 1.200 famílias, ou 40% do total assentadas, já comercializaram lotes, mas o INCRA sóadmite que 550 negociaram as terras. 

No fim do ano passado, o MPF denunciou integrantes do que chamou de uma imobiliária que comercializava lotes.


O ex-militante do MST, Ilmo. Ivo Braun, um catarinense de 64 anos, mal consegue caminhar. O pé inchado não o deixa andar pela lavoura de milho, plantada em seu pequeno lote de seis hectares, recebido a título de Reforma Agrária. Ele mora sozinho, sem filhos, na casinha sem reboco, construída com os R$ 15 mil recebidos do INCRA, há 11 anos.

Esse foi o único subsídio recebido desde que ele obteve a terra, depois de passar um ano acampado numa barraca de lona à espera do tão sonhado quinhão de terras. Sem apoio para plantar, Ilmo arrenda o lote para grandes fazendeiros da região. Dinheiro que complementa os R$ 678 que ganha de aposentadoria.

O arrendamento é ilegal. Mas foi a alternativa que encontrou para não cometer o mesmo crime de vizinhos, que aceitaram a tentadora oferta de R$ 150mil para vender a propriedade.

Sr. Presidente, a matéria de O Globo conclui a história de Ilmo. como exemplo acabado de que a Reforma Agrária fracassou no local. E ainda pior, é que o Assentamento Itamarati vem sendo utilizado como rota do tráfico internacional de drogas.

Depois de evocar o inferno da Divina Comédia encerro com o bordão emprestado dos pronunciamentos de Catão advertindo sobre a necessidade urgente em acabar com Cartago. Delenda Reforma Agrária!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Maduro, herdeiro de Chávez e amigo do PT: munição incomum


50 milhões de rolos de papel higiênico






cruzada ideológica chavista teve de recorrer a uma munição incomum

Maduro vai importar 50 milhões de rolos de papel higiênico para abastecer o mercado local e repelir uma suposta “campanha midiática” que denuncia a excessiva demanda pelo produto a fim de criar instabilidade social.

A revolução vai trazer ao país o equivalente a 50 milhões de rolos de papel higiênico (...) para que o nosso povo se tranquilize e perceba que não deve ser manipulado pela campanha midiática - disse o ministro do Comércio. 

Ele assegurou que não há deficiência na produção de papel higiênico na Venezuela, que tem um consumo mensal de 125 milhões de rolos, mas que agora registra-se uma sobre demanda, que exige 40 milhões adicionais. Serão os médicos cubanos?

- Vamos trazer 50 milhões para provar para aqueles grupos que não conseguem nos destruir - disse o ministro, que não detalhou quando o produto vai chegar à Venezuela, de quem comprará e por quanto, de acordo com a AVN.

Papel higiênico é um dos muitos produtos em falta na Venezuela, cujo governo também anunciou a chegada nesta semana de 760 mil toneladas de alimentos para aliviar a “escassez” (certamente fruto da Reforma Agrária chavista).



Poluição na China, assunto excomungado...



... pelos ambientalistas 

Poluição na China assusta famílias com filhos pequenos

EDWARD WONG

DO "NEW YORK TIMES"

PEQUIM - O garoto começou a apresentar tosse crônica e nariz sempre entupido quando tinha três anos, no ano passado. Os sintomas se agravaram no inverno, quando a poluição atmosférica no norte da China alcançou níveis recordes. Hoje, ele precisa fazer uma lavagem dos seios da face todas as noites com água salgada.

A mãe dele, Zhang Zixuan, contou que quase nunca deixa seu filho sair de casa. Quando isso acontece, ela geralmente o faz usar máscara. A diferença entre o Reino Unido, onde ela estudou no passado, e a China, é a diferença entre "céu e inferno", disse.

O nível de poluição do ar em Pequim e em outras cidades chinesas, que chega a ser 40 vezes superior ao limite máximo recomendado, está assustando pais, que andam confinando seus filhos em casa, mesmo que isso signifique mantê-los afastados de amigos.

Escolas estão cancelando atividades ao ar livre e estudos em campo. Pais com boas condições financeiras escolhem as escolas de seus filhos com base nos sistemas de filtragem de ar usados. Algumas escolas internacionais construíram enormes cúpulas futuristas sobre suas quadras esportivas para proteger a qualidade do ar.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/05/1273059-poluicao-na-china-assusta-familias-com-filhos-pequenos.shtml

http://www.nytimes.com/2013/04/23/world/asia/pollution-is-radically-changing-childhood-in-chinas-cities.html?pagewanted=all


terça-feira, 14 de maio de 2013

Será creditado ao aquecimento global?!



Onda de gelo avança sobre casas no Canadá 

Baixas temperaturas e vento forte formaram uma gigantesca onda de gelo no lago Mille Lacs, na fronteira entre Canadá e Estados Unidos. O efeito foi devastador.

A solução para os moradores foi deixar suas casas. E voltar para calcular o prejuízo depois. Ninguém ficou ferido.

O lago em que ocorreu o fenômeno fica na fronteira entre a província de Manitoba, no Canadá, e o Estado de Minnesota, nos Estados Unidos.

Veja o vídeo:



Pode chegar no seu bolso




Psicose ambientalista causa psicoses



  
Vizinhos de turbinas eólicas têm de frequentar psiquiatra e tomar psicotrópicos para dormir


Um argumento muito utilizado pelos ambientalistas para frear as hidrelétricas é que elas causam danos ao meio ambiente. Contudo, quando se trata de um capricho ideológico, o referido argumento deixa de valer. É o caso das turbinas eólicas, decretadas pelos “verdes” como fontes de energia limpa.

Elas invadiram a paisagem europeia. Mas, como ficou o bem-estar dos cidadãos? A pergunta soa como uma blasfêmia, pois se os “verdes” pontificaram tratar-se de energia “limpa”, logo é dogma, e os cidadãos que engulam, ainda que lhes faça mal à saúde. Aliás, para eles, a expressão “bem estar” equivale mais ou menos o mesmo que “bem comum” para os políticos corruptos...

O jornal The Daily Telegraph informa que um estudo científico sobre os parques de energia eólica aponta danos significativos para a saúde mental e o sono da população circunvizinha, e mostra como, na medida em que se distancia das turbinas, os efeitos maléficos diminuem.

Os referidos parques tiveram ainda significativa relação com uma saúde mental empobrecida pela má qualidade do sono. Mais de 25% das pessoas apresentaram sintomas de depressão e ansiedade a partir da instalação das eólicas perto de suas casas, tendo de tomar comprimidos para dormir.

Mas as queixas da população continuam aumentando e os municípios atingidos pedem um maior afastamento das turbinas de suas residências. Wiltshire, por exemplo, já adotou distâncias mínimas entre 1.300 e 2.900 metros, dependendo do tamanho das turbinas.

Para o diretor da Renewable Energy Foundation, a situação é inaceitável. O ministro de Energia britânico julga que as eólicas pipocaram em todo o país sem prestar atenção nos interesses das comunidades locais. E o ministro da Justiça manifesta-se cético quanto à sua eficácia, subsidiadas amplamente pelo Estado.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

CNBB, CPT, CIMI só podem querer mesmo é a fome que grassa...



 ... grassa em Cuba, pois não perde uma só ocasião de atacar a agropecuária

O ex-bispo de São Félix do Araguaia, o catalão Dom Pedro Casaldáliga, já pregava que o comunismo para ele era pouco, pois o que ele queria mesmo era ir além do comunismo... 

Ele deve ter feito escola entre os seus colegas. Senão, vejamos a notícia abaixo, publicada no portal de OESP, por Roldão Arruda:

O governo da presidente Dilma Rousseff está atropelando a Constituição e legitimando atos de violência contra grupos indígenas.
A afirmação está contida em nota pública divulgada nesta segunda-feira, 13, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A nota é uma resposta ao pronunciamento feito no dia 8 pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman.
Ao se apresentar perante a Comissão da Agricultura da Câmara, ela declarou que o governo está revendo as normas para a demarcação de territórios indígenas.
Também disse que existem grupos que usam os índios “para impedir obras essenciais ao desenvolvimento do País”.
Para a CPT, o governo Dilma tem uma “visão monocrática de desenvolvimento” e encontra-se submetido “aos interesses do agronegócio”.

FUNAI / CIMI: monopólio de má fé




Um novo modelo para as demarcações de 
terras indígenas

Jerônimo Goergen*

A missão oficial realizada à Raposa/Serra do Sol só fez reforçar a minha crença de que esse modelo de demarcação de terras indígenas e quilombolas está ultrapassado.

O atual sistema conduzido pela Funai gera exclusão social de parte a parte. Os produtores são expulsos das terras e não têm o ressarcimento devido.  Os índios são atirados nas propriedades que um dia foram dos não índios, mas sem assistência técnica e nem apoio governamental viram reféns do assistencialismo.

Ambos se veem lado a lado, engrossando os bolsões de pobreza das periferias, fato constatado na capital de Roraima, Boa Vista, onde vimos indígenas trabalhando como catadores de lixo e se prostituindo. A questão das drogas também é preocupante entre os índios.

Para o índio que insiste em permanecer na reserva, sobra a indiferença dos órgãos governamentais. Na Raposa, não há mais produção agrícola nas terras que um dia abrigaram vastos arrozais e uma pecuária intensiva. O gado que restou na reserva está morrendo de fome.

A infraestrutura inexiste: as estradas são precárias, pontes foram destruídas e a energia elétrica não chega para a maioria dos assentados. O saneamento básico também preocupa.

Abandonados pelo poder público, resta aos indígenas buscar o apoio e o conhecimento dos não índios para implementar as lavouras.

A história da Raposa Serra do Sol reflete a realidade da maioria das quase 700 terras indígenas espalhadas pelo Brasil. Falta uma política de gestão ambiental e territorial. 

A Funai acha que tem o monopólio do conhecimento sobre esses povos. Usa como pretexto a necessidade da manutenção da cultura para vender a falsa imagem de que o índio é um ser selvagem. Falso.

O índio quer ser um cidadão brasileiro de fato, não mais usar adereços e andar pelado pela floresta. Ele quer produzir, acessar os mercados mundiais, mostrar a qualidade de sua força de trabalho. Ele não é preguiçoso.

A preguiça está na Funai, que abriu mão de sua missão original: cuidar do índio. O objetivo é gerar dependência para manter negócios milionários com organizações não governamentais. Lá na quietude do rico subsolo estão guardadas as respostas para tantas indagações.

Não há necessidade de se criarem novas terras indígenas. Precisamos cuidar das que já existem. O avanço sem critérios das demarcações sobre estados do Centro-Oeste e Sul do Brasil merece a nossa atenção.

Temos de mudar o atual sistema, que confere plenos poderes à Funai, sem a possibilidade do contraditório e do amplo direito de defesa. Laudos antropológicos falsos estão sendo usados para produzir injustiças no meio rural.

Agora, o alvo são os pequenos produtores rurais, donos seculares de terras que nunca abrigaram indígenas.

A Funai deve explicações ao País. Se ela continuar calada, abriremos essa caixa-preta com a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

* Deputado federal (PP-RS) e presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados. Artigo originalmente publicado no sítio Congresso em Foco, em 2 de maio último.