domingo, 26 de abril de 2009

Leitor aponta contradição

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Relativismo
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Recordo que, por ocasião do nascimento de uma criança anencefálica, há menos de dois anos, várias ONGs e “especialistas” dos mais diversos calibres condenaram a opção da mãe, que, por ser católica, escolheu seguir avante com sua gravidez, mesmo informada dos riscos para ela e para a filha (que, contra todos os prognósticos, viveu por mais de um ano).
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Leio agora na Folha de 17/4 (Juíza proíbe interrupção de tratamento de criança ianomâmi em hospital) que uma ONG se empenha, com o apoio oficial de um representante da Funai, para que um hospital de Manaus entregue uma criança ianomâmi sob tratamento crítico de hidrocefalia para que seja sacrificada pelos pais segundo seus ritos indígenas, com o argumento de que não podemos intervir em assuntos que dizem respeito aos valores culturais dos pais.
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Por que os pais indígenas podem optar pela morte dos seus filhos em nome do relativismo cultural e os pais católicos não podem, em nome do mesmo relativismo, optar pela vida dos seus? — Carlos Alberto Bárbaro,
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Fonte: Folha de São Paulo
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