segunda-feira, 27 de abril de 2009

CNBB, CIMI: Veja no que dá!



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Nem as almas
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nem os corpos

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Com 25 aldeias indígenas em sua diocese, o bispo de Dourados (MS), Redovino Rizzardo afirma que não basta dar terra aos índios para devolver aos jovens das diversas etnias esperança de futuro e reduzir, assim, o alto índice de suicídio na região.


Segundo ele, é preciso, além de demarcar terras, levar às aldeias técnicas de pequenos negócios, como piscicultura, apicultura e artesanato para que as comunidades se desenvolvam. Nos dias de hoje, já não se pode sobreviver de caça e pesca - diz o bispo.


Rizzardo afirma que são poucos os índios que conseguem trabalho nas usinas de cana-de-açúcar do Mato Grosso do Sul. A maioria, sem emprego e, sem terra para cultivar, passa a vagar sem rumo pelas aldeias.


No caso de Bororó, o problema se agrava pela proximidade com a cidade, rota do tráfico de drogas que vem do Paraguai. Eles se envolvam com drogas e fazem surgir inúmeros problemas, como o da prostituição infantil.


A maioria dos assassinatos já não é mais cometida pelos brancos, mas entre eles próprios, em razão do alcoolismo ou vinganças ligadas ao tráfico – explica.


Apesar do trabalho da Igreja Católica na região, com voluntários que atuam em áreas como educação e profissionalização, a maioria dos índios não freqüenta as igrejas da diocese, pois há muitos evangélicos.


Metade é de evangélicos, metade segue a cultura própria. Os católicos não passam de 50. Fazemos um trabalho muito mais social do que religioso, sem proselitismo – explica o bispo.


Comentário do BLOG:
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Social, social! Quantos crimes se cometem em seu nome... O presente relato do bispo de Dourados o confirma. Não seria o caso de ele fazer um exame de consciência junto com seus colegas de episcopado?


Fonte: O Globo, 27/4/09

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