Ocupações atrasam
Minha
Casa Minha Vida
Após
ser retirada de uma área de risco no Jardim Pantanal, na zona leste de São
Paulo, e aguardar por mais de dois anos, a auxiliar de cobrança Jucilene Alves
Gomes da Silva, de 27 anos, finalmente iria para a casa própria, pelo programa Minha Casa Minha Vida.
A decepção veio
na semana passada, quando descobriu que o prédio havia sido invadido.
Ela não
está sozinha. Pelo menos 40 prédios e terrenos destinados à moradia popular
foram invadidos desde a semana passada.
O prefeito Fernando Haddad (PT) afirma
que há uma ação “subterrânea” de um
grupo orquestrando as ações. Em alguns casos, os prédios ocupados estavam
prestes a ser entregues aos moradores.
“Doze
empreendimentos da Caixa Econômica Federal que estão praticamente prontos foram
invadidos e o próprio movimento (sem-teto) não reconhece legitimidade dessa
prática, prejudicando pessoas que esperaram por anos”, disse Haddad.
De
acordo com o prefeito, isso também acontece com terrenos públicos. “A gente tem
publicado decreto de desapropriação. Tem alguém aí, que não tem caráter, lendo
Diário Oficial. Sabe o que acontece?
Organiza as pessoas para invadir o terreno
que vamos desapropriar. Em vez de adiantar o processo, você atrasa”, afirma.
Heliópolis. Ontem, durante o anúncio da construção de 5 mil
unidades habitacionais em Heliópolis, em um terreno de 420 mil m² que será
comprado da Petrobrás, o prefeito pediu a moradores para impedirem que a área
também seja invadida.
Para que o projeto seja feito, ainda falta um laudo de
descontaminação da área. O custo de construção das moradias será
de R$ 350 milhões.
Fonte: Artur Rodrigues, in OESP, 3/8/13
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