“MST: vai pra Cuba com o PT”
Gregorio
Vivanco Lopes
O prestígio da esquerda junto à opinião pública
brasileira vai aos tropeções, caindo cada vez mais. Tomemos o exemplo de João
Pedro Stédile, um dos líderes esquerdistas mais bafejados pela publicidade.
Recentemente, para escândalo de muitos católicos, ele foi uma das figuras de
proa do encontro dos movimentos populares promovido pela Santa Sé no Vaticano.
Não obstante esse apoio midiático e o esguicho de água
(pouco) benta, em 22 de setembro último, ao chegar a Fortaleza, onde
participaria de mais um desses encontros enfadonhos que a esquerda multiplica
na tentativa de aquecer a pólvora molhada, Stédile foi solenemente vaiado no
aeroporto.
Os manifestantes “gritavam ‘MST: vai pra Cuba com o PT’ e
chamaram Stédile de ‘terrorista’, ‘assassino’, ‘fascista’ e ‘comunista’. O
episódio durou aproximadamente seis minutos, até o líder entrar em um carro e
deixar o aeroporto” (“Folha de S. Paulo”, 23-9-15).
O MST, que adora ser incensado como
“movimento social” e detesta ser tachado de horda de invasores das propriedades
alheias, não gostou das vaias ao seu líder. Embora useiro e vezeiro da “arte”
de promover arruaças, quebra-quebras e intimidações, o movimento revolucionário
classificou o episódio de Fortaleza como "ato
agressivo e constrangedor" e ameaçou até com medidas judiciais. Logo o
MST, que vive numa espécie de clandestinidade jurídica para não ter que arcar
civil e criminalmente com as consequências de seus atos!
O episódio teve inclusive um corolário
ridículo. Segundo a jornalista Vera Magalhães, “um grupo de artistas, intelectuais e dirigentes partidários está
organizando um ato de apoio ao líder do MST em São Paulo” (idem, 27-9-15). Tal ato foi realizado? Caso tenha sido,
caiu no vazio, não repercutiu.
Escolhemos falar do episódio Stédile
porque ele é emblemático, mas poderíamos trazer à consideração dos leitores
diversos outros fatos que mostram como a esquerda está impopular, exceto, é
claro, dentro de certos grupos reduzidos.
Mas se a esquerda está tão desprestigiada
junto à opinião pública, como explicar que ela continue a avançar numa série de
frentes, como Ideologia de Gênero,
ecologismo radical, demolição da família, entre outras?
Primeiramente convém notar que esse avanço
é forçado. Ele não se faz por um desejo da população, mas a contrapelo desta, através
de uma propaganda ininterrupta, somada à pressão de certos políticos e governantes
e à aceitação por uma elite desviada de sua missão.
Em segundo lugar – e este fator é mais
decisivo –, o esquerdismo se infiltrou profundamente nos meios católicos, onde
utiliza púlpitos, cátedras e confessionários para, sob o pretexto de ajuda aos
pobres, justiça social e outros slogans
bem escolhidos, atiçar os sentimentos de revolta nas almas. Ou, não o
conseguindo, pelo menos paralisar as consciências incutindo-lhes o receio de
transgredir a religião se não aderirem às posições da esquerda.
Esse fator é tão poderoso que, hoje em
dia, no Brasil e em muitos outros países, o fator determinante da sobrevida e
atuação do esquerdismo se origina da atuação de prelados e clérigos de esquerda, seguidos de perto por seus
áulicos leigos.
“Como se escureceu o ouro, como se alterou o ouro fino! Foram
dispersadas as pedras sagradas por todos os cantos da rua” (Jeremias, Lamentações, 4,1).
Agência Boa Imprensa
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