sábado, 4 de junho de 2011

Mortes de "ativistas", desvio de atenção?

Homem assassinado: suspeito de

estupro e assalto


Reinaldo Azevedo escreveu em seu Blog que o governo desfilava com 4 cadáveres pelo País. Sustentou que não havia o menor indício de escalada “contra os movimentos sociais”.


Para ele, noticiou-se com estardalhaço a morte de um agricultor em Eldorado dos Carajás, no Pará. Seis ou sete ministérios foram mobilizados.


Ele chama a atenção que na Folha de hoje, num textinho de nada — e a imprensa não dará à verdade um décimo do destaque que deu à mentira - saiu:


*A Polícia Civil do Pará descartou que a morte do agricultor Marcos Gomes da Silva, 33, ocorrida na quarta-feira, em Eldorado do Carajás (PA), tenha sido motivada por conflito agrário.


[...]Para o delegado José Humberto de Melo, a morte pode ter sido causada por briga entre vizinhos. Silva era suspeito de assalto e estupro dentro do assentamento onde vivia.


A coordenadora da CPT, Jane Silva, disse que o lavrador não era militante do movimento agrário. A mulher do lavrador, segundo Jane Silva, se negou a falar sobre caso.


E Reinaldo continua:


Alguém poderia desconfiar: “Ah, claro que a Polícia vai dizer isso…” Pois é! Ocorre que a coordenadora da CPT também diz que ele nada tinha a ver com movimento agrário.


É lamentável o que aconteceu? É, sim, mas se trata de crime comum. E, para esse, o governo dará de ombros. Um moto sem pedigree.


Até um amigo me ligou por causa daquele texto de ontem: “Não compre essa briga; não vale a pena”. A verdade vale a pena. Os fatos valem a pena. Eis aí.


E atenção que vou fazer outra, vá lá, “revelação” aqui, embora a imprensa toda saiba disso tão bem quanto eu: em muitos assentamentos, prefere-se não chamar a Polícia.


Os líderes fazem as suas próprias leis, com Legislativo, Judiciário, Executivo — e executores — próprios. A criminalidade nos assentamentos costuma ser alta, e a própria “comunidade” resolveu seus problemas, entenderam?


Um dia algum veículo de comunicação faz um investimento de longo prazo e “planta” repórteres nesses acampamentos e assentamentos para nos contar como é esse estado paralelo por dentro.


Na Bahia, nós vimos que disputa entre líderes impede até a distribuição de alimentos enviados pelo governo federal!


Fonte: Reinaldo Azevedo

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