sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Bazófia socialista: China e Cuba, os donos da Venezuela

 
O presidente ‘manchuriano’ da Venezuela
 
Com suas reservas cambiais diminuindo e a demanda por moeda forte crescendo, Maduro foi à China para, basicamente, pedir ajuda financeira.
 
No entanto, em vez de conseguir dinheiro vivo, ele firmou muitos acordos, principalmente de venda de petróleo, mas envolvendo também empréstimos destinados a projetos de infra-estrutura, como um novo porto.
 
A China também conseguiu primazia na exploração de uma promissora mina de ouro em Las Cristinas, no Estado de Bolívar.
Maduro também fechou um acordo de financiamento de US$ 5 bilhões, mas as condições não foram reveladas.
 
Citando fontes no governo, o jornal El Nacional informou que a Venezuela queria receber os US$ 5 bilhões em dinheiro vivo, mas a China recusou.
Para a China, os acordos firmados com a Venezuela são uma maneira de estimular sua economia doméstica. Com financiamento chinês, a Venezuela adquire infraestrutura e produtos de consumo chineses.
 
Em troca, exporta petróleo para a China, de modo que, no fim, os chineses ficam com o dinheiro e o petróleo.
 
O ambiente político em que esses acordos são firmados, sem nenhuma fiscalização, auditoria e ninguém tendo conhecimento dos termos exatos — é um negócio sob medida para Pequim.
Com a China ditando praticamente as condições do financiamento, uma coisa ficou clara na viagem de Maduro: os chineses, juntamente com os cubanos, controlam a Venezuela.
 
Uma surpreendente reviravolta no caso de um governo que se promove como “defensor da pátria”.
 
Fonte: O Estado de S. Paulo/ Juan Nagel, Foreign Policy, é blogueiro, um dos fundadores do blog Caracas Chronicles

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