quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Pá de cal na Reforma Agrária e a pujança do ...


... setor agropecuário



Há mais de 50 anos o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira denunciara através das páginas da revista Catolicismo e da imprensa, de livros e manifestos que a Reforma Agrária socialista e confiscatória, o que lhe custara, aliás, ferrenhos ataques da esquerda católica e mesmo de alguns produtores rurais mais desavisados.

Com efeito, poderia ter ocorrido entre os menos politizados a visão um tanto ingênua de imaginar tratar-se de iniciativa que viesse – sobretudo sob a capa de ‘reforma’ – resolver muitos problemas que poderiam alavancar nossa agropecuária com produção e renda para proprietários e trabalhadores rurais.

Foram muitas matérias e livros demonstrando ad nauseam que por trás da “Reforma Agrária” se ocultava a violação do direito de propriedade, através da luta de classes – trabalhadores rurais x patrões – objetivo último do socialo-comunismo. Concorria para essa demagógica Reforma qualquer objurgatória que viesse a tisnar a até então respeitável figura do fazendeiro.

A luta foi – e ainda continua a ser – renhida entre os patronos da implantação da Reforma Agrária e os defensores da propriedade privada, da livre iniciativa e do princípio da subsidiariedade. Luta desigual, aliás, pois ao coro dos demagogos de plantão favoráveis à revolução no campo se encontrava a Conferência Nacional dos Bispos e boa parte da mídia.

Cabe ressaltar que, em boa medida, foi implantada a Reforma Agrária – hoje existem quase 100 milhões de hectares de terras agro-reformados com os chamados projetos de assentamentos onde os ditos sem-terra, lotados pelo governo, se estabelecerem. Contudo, hoje, sabemos todos que essa dispendiosa política redundou em deploráveis favelas rurais.

Com a proliferação delas, o tempo deu razão ao clarividente Prof. Plinio Corrêa de Oliveira e a corrente de pensamento por ele idealizada. Seu elevado custo ao longo desses 50 anos, através de órgãos como o mastodôntico INCRA e até de um Ministério só para a propalada Reforma, representou e ainda representa verdadeiro ralo de dinheiro dos impostos.


E por ironia do destino, enquanto os assentados continuam sem terra, colhendo miséria e desolação – pois as terras são públicas como os kolkozes soviéticos, não lhes pertencem e não lhes pertencerão – os proprietários particulares se sobressaem a cada safra com recordes de produção devido à pujança do agronegócio. 

(continua no próximo post)

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