segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

MST e quilombolas ...

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Irmãos siameses!
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Para convencer os quilombolas a não deixarem suas terras, há dez anos foi criado o Mabe (Movimento dos Atingidos pela Base Espacial).
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Desde a fundação, os coordenadores fazem seminários nas comunidades quilombolas - Alcântara tem por volta de 150. A Folha acompanhou um dos eventos.
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A inspiração, diz Sérvulo Borges, o Borjão, líder do Mabe, são as oficinas que o MST faz com os seus membros. "O MST é um grande parceiro, inclusive em formação política."
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Falando para 50 pessoas, outro participante questionou se é justo que "esses empresários [a ACS] ganhem dinheiro às nossas custas". "Estamos em guerra", disse Borjão aos quilombolas que assistiam.
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O material do evento vem com os logotipos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos e do governo federal. Questionado sobre como o movimento consegue se bancar, Borjão afirma que conta com a ajuda de Brasília.
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Ele divide o governo em duas metades: a que apoia os projetos do Mabe (ministérios da Cultura, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário) e a que não é amigável (ministérios da Defesa e da Ciência e Tecnologia).
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Os mais novos são incentivados pelo Mabe a estudar. Borjão lamenta o fato de os jovens das comunidades quilombolas receberem ensino básico tão ruim.
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Por isso, afirma ele, não conseguiu preencher as vagas que tinha conseguido via MST para enviar estudantes para Cuba e Venezuela. Um deles, entretanto, foi mandado para Goiás, por meio da Via Campesina, para cursar direito.
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No seminário, um dos que falam ao microfone diz aos jovens: "Se você quer ter algo, se quer ter emprego, precisa estudar". Em seguida, outro discorda:
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"Quem disse que devemos procurar patrão? Quem disse que devemos trabalhar para eles [se referindo ao Centro de Lançamentos de Alcântara]?"
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Carlos Ganem, presidente da AEB, tem procurado reverter a resistência quilombola com um discurso de inclusão social. "Desenvolvendo o setor aeroespacial você não promove só o desenvolvimento técnico e tecnológico", diz.
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"Você proporciona um extraordinário mecanismo de alavancagem social, cultural, educacional, turística e comercial também, para chegar ao espacial." (RM)
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Fonte: FSP, 03.01.2010
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Um comentário:

Anônimo disse...

È serio isto ?