terça-feira, 21 de outubro de 2008

Índios, terra, pobreza e aspirações

Por que condenar os pobres índios à barbárie perpétua? Não têm também eles o direito de progredir na vida e de prosperar em liberdade? Por acaso foram eles criados por Deus para que vegetem sempre num regime coletivista, miserável e primitivo?

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Vejam e leiam resumo do artigo de Onofre Ribeiro - Diretor e articulista do Portal e Revista RDM de Cuiabá - MT.
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Em Brasnorte, a 370 km de Cuiabá, cobri a manifestação dos produtores rurais “Marcha a Brasnorte: acorda Brasil, a Amazônia é nossa!”. O movimento combate a demarcação e a ampliação indiscriminada de áreas indígenas sobre terras legalmente tituladas.
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A essência das discussões acaba na insegurança jurídica que o governo federal vem provocando quando expropria áreas legalmente tituladas, contrariando a Constituição Federal, sem consulta, sem indenização e sem respeito aos princípios mínimos da legalidade.
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Hoje, ressalto um aspecto paralelo da questão. Estiveram presentes dois caciques da área indígena de Sangradouro: Paixão, de 78 anos e Domingos, de 42. Domingos fez uma explanação didática.
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Os caciques são muito politizados e têm a perfeita consciência de sua realidade. Querem máquinas para produzir, não querem enxadas porque elas não bastam para alimentar as mais de 600 crianças da aldeia.
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Os índios lidam com cartões magnéticos de bancos, dirigem pick-ups, possuem celular, televisão na aldeia, energia elétrica, muitos têm computadores, a maioria sabe ler e falar em português e aspiram tudo que os não-índios também aspiram.
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Apesar disso, a burocracia em Brasília aposta contra qualquer aproximação com os não-índios. Mas, a realidade é mais real do que as ideologias dos antropólogos esquerdistas que sonham com a segregação étnica.
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Em Brasnorte o cacique Domingos repetiu a performance, quando disse que “a Funai não ajuda os índios, mas os insufla contra os fazendeiros. Existem 36 municípios do estado em risco de ser transformados em áreas indígenas por iniciativa da Funai”.
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Para Domingos, existe o risco de confronto entre os fazendeiros e os técnicos da Funai. Não por parte dos índios, que raramente são os provocadores das ampliações e das demarcações de áreas sobre terras tituladas.
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“Não são necessárias mais áreas, disse. Os índios precisam de assistência às suas causas para sair da pobreza, da miséria e acabar com a fome nas aldeias. Os índios querem trabalhar, não querem ampliação de áreas”.
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