terça-feira, 25 de junho de 2013

Os ecologistas, a corda e o pescoço dos europeus


 E a Bulgária é apenas um exemplo entre muitos



            A tecnologia para a exploração do gás de xisto (fracking) dá ensejo precioso para a Europa não apenas se safar da crise que a assola, mas, igualmente proteger os seus legítimos interesses políticos e econômicos, escreveu há pouco a revista polonesa “Polityka”, de Varsóvia.

          Esta perspectiva, porém, vem se deparando com um grande opositor de olhar enigmático: a Rússia, que astutamente segura os cordéis da rede de gasodutos que a KGB deixou instalada no Ocidente, tem o domínio quase absoluto sobre os mercados de gás da União Europeia, exercido pela Gazprom.

          Com efeito, os objetivos dessa gigantesca empresa de energia – construída com dinheiro e tecnologia ocidental – para a conquista da Europa e do mundo já haviam sido esboçados nos tempos da URSS, fazendo jus aos ensinamentos de Lenine de que “os capitalistas iriam nos vender a corda com a qual os enforcaremos”.

            Cordas não lhes faltaram ao longo de décadas, mas a indescritível inépcia do “socialismo” lhes dificultou muito a utilização delas. E o poder enorme que detinha através da rede de gasodutos em funcionamento na Europa acaba de ser posto em xeque pelo gás de xisto, especialmente o polonês e o báltico.

            Nações altamente dependentes do gás russo, como a Polônia e os Países bálticos, hoje contam com recursos até há pouco impensáveis para se tornar independentes da Rússia, do ponto de vista energético. Em graus diversos, também pode vir a ser o caso dos países da Europa Central e da Alemanha.

            Nessa hora crítica para os herdeiros dos soviets que figuram entre os mais poluidores da Terra, surgem em sua defesa como por magia os “verdes salvadores do planeta”. Em Dobrich, na Bulgária, estouram manifestações contra a prospecção de gás de xisto. Na vizinha Romênia, análogas manifestações exigem o imediato bloqueio das pesquisas de xisto no país.

            Os pretextos não faltam. Os manifestantes dizem recear a destruição da região histórica de Dobruja, na fronteira romeno-búlgara. Provas dessa destruição? – Nenhuma! Eles falam dogmaticamente, e ponto final. “Tal como os seus congêneres, os búlgaros anti-gás utilizam os mesmos argumentos”, escreve “Polityka”.

            Apesar de suas jazidas de gás de xisto ser estimadas em mais de 500 trilhões m³, a Bulgária baniu a sua exploração. Caso fosse explorado, o país reduziria sua dependência energética em relação à Rússia, a grande beneficiada dessa pressão ambientalista que continuará detendo essas preciosas cordas de aço que são os seus gasodutos.

           


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