... num dia de festa da alimentação
Folha DE SÃO PAULO
Na Venezuela não há
filas nos supermercados, há uma "direita de m.", disse o líder do
MST, João Pedro Stédile, em pronunciamento à TV do país ao lado do
presidente Nicolás Maduro.
A declaração de
Stédile foi feita durante a inauguração de um supermercado, onde estavam
reunidas autoridades, entre elas o próprio Maduro.
No rápido pronunciamento,
ele parabenizou "a festa de alimentação" na Venezuela, "que
provava que tudo era mentira". "Aqui não há filas. Aqui há uma
direita sem vergonha, uma direita de m., que algum dia o povo colocará em
seu verdadeiro lugar."
Depois, dirigindo-se a Maduro, disse que não entendia porque
a direita venezuelana não fazia como a de Cuba, viajava para Miami, "e que
nos deixem em paz, para trabalharmos, estudarmos e construirmos uma pátria
livre e socialista".
Após a fala do líder do MST, Maduro disse: "Como
podem ver, João Pedro Stédile tem uma voz e uma língua
picantes".
ABASTECIMENTO
A Venezuela atualmente enfrenta uma séria crise de
desabastecimento, e faltam nos supermercados artigos como leite, carne e
açúcar, além de material de higiene pessoal e remédios.
No domingo (8), o governo anunciou que irá instalar cerca de
20 mil leitores de impressões digitais em supermercados em todo o país para
tentar acabar com as estocagens e com as compras por pânico da população.
Na sexta (6), a Unasul disse estar disposta a ajudar o país
com a distribuição de produtos básicos.
Nicolás Maduro faz discurso durante inauguração de supermercado em Cristóbal Rojas (Miranda).
A principal causa do problema é estrutural: o país não é um
grande produtor de alimentos e bens de consumo e depende da importação para
suprir a demanda interna.
Com a forte queda do preço do petróleo,
responsável pela maioria das exportações do país, essas importações rarearam.
No entanto, alguns produtos permanecem nas prateleiras, como macarrão, legumes
e refrigerantes.
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