sábado, 12 de setembro de 2015

Madeira apreendida apodrece em pátio de prefeitura enquanto aguarda decisão


Estima-se que o prejuízo chegue a R$ 3 milhões, já que a carga apreendida é composta de madeiras nobres.
A prefeitura aguarda agora um parecer da Promotoria de Justiça
Quase cinco meses depois, os mais de 900 metros cúbicos de madeira apreendidos e doados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para a Prefeitura de Cláudia (MT) ainda não tiveram uma destinação final.
A primeira possibilidade seria o leilão para a construção e reforma de pontes no município, porém, de acordo com o prefeito João Batista (PSD), o órgão ambiental encaminhou um ofício proibindo a venda do material. “A alegação é que a própria madeira tem que ser utilizada para a fabricação das pontes. O problema é que não é possível construir pontes com algumas espécies, como o Cambará, por exemplo, que é mole”, afirmou.
Com parte das madeiras apodrecendo no pátio, a prefeitura aguarda agora um parecer da promotoria de Justiça da cidade. Caso este seja negativo, o Executivo deve entrar com uma ação judicial, cobrando, ao menos, o ressarcimento dos gastos com o transporte do material. “Vamos ter que entrar com medida cautelar, pelo menos para rever os custos. Mobilizamos dez caminhões, tratores, pá-carregadeiras, além de vários funcionários. Um pouco da madeira já apodreceu. Enquanto isso, a gente continua precisando de pontes no município”.
O edital de leilão chegou a ser lançado, no entanto, acabou cancelado, por divergência na classificação das espécies. Com o dinheiro arrecadado no leilão, a prefeitura pretendia complementar a receita obtida com o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e reformar dez pontes do município.
Foram apreendidos aproximadamente 2,5 mil metros cúbicos de madeira (pelo menos 1.500 toras) de uma área em União do Sul (130 km de Sinop), durante a Operação Apoena. Entre as espécies de madeiras doadas estão a peroba, angico, copaíba, angelim, caiçara, cedro, amescla, sucupira-preta e jatobá. Não foi informado para onde foram destinados as demais toras.

Estima-se que o prejuízo chegue a R$ 3 milhões, já que a carga apreendida é composta de madeiras nobres. Fiscais também destruíram quatro caminhões e duas motocicletas, supostamente utilizadas na extração ilegal de madeira.
Fonte: Só notícias

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