quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mamonas assassinas

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Petrobras e o biodiesel
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ARTHUR CHAGAS DINIZ *
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Ao contrário do que parece sugerir o título desse comentário, as mamonas aqui são realmente assassinas. Enquanto o grupo de músicos, pela irreverência e gaiatice, encantou boa parte de jovens brasileiros, as mamonas da Petrobras assassinam a potencial seriedade de uma esdrúxula diretoria de desenvolvimento agrário da Petrobras.
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Quando Lulla imaginou um programa de biodiesel substitutivo do originário do petróleo, com a pressa e a leviandade que caracterizou seus pronunciamentos, anunciou a mamona como uma extraordinária criação brasileira. O que se constata agora é que a Petrobras já pagou duas safras de mamona estocadas em precário estado de conservação.
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E quem é o gestor do "programa agrícola da estatal"? Ninguém menos que o famigerado Miguel Rosseto, ex-ministro do desenvolvimento agrário, hoje respondendo pela área agrícola da Petrobras.
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Açodado pelo viés ideológico que marca o MST, Rosseto já fez adiantar a três cooperativas de assentados, através do Movimento de Luta pela Terra e da CONTAG, R$3,5 milhões. E o que recebeu o comprador? Zero.
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Esta farsa do governo (Petrobras), usando instituições ou ONGs para repassar recursos para quem não está autorizado a recebê-los, é apenas mais uma evidência de que o princípio de que os fins justificam os meios nunca esteve tão presente nas ações do Governo.
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Recentemente, a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a título de nem se sabe bem o quê, "indenizou" usinas de álcool em mais de 160 milhões de reais, com recursos da Petrobras.
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* Presidente do Instituto Liberal, comentário/ 09.06.2009
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