terça-feira, 30 de abril de 2013

A vaia do Brasil real e a carranca da presidente





A carranca de Dilma Rousseff, eternizada no vídeo de 25 segundos, confirmou a regra sem exceções:  a primeira vaia ninguém esquece.

Ontem, a presidente em campanha pela reeleição baixou em Campo Grande para entregar 300 ônibus escolares, plantar promessas e colher a gratidão dos prefeitos de 78 cidades de Mato Grosso do Sul beneficiadas pela doação federal.

Confiantes nas pesquisas encomendadas a comerciantes de estatísticas, os organizadores do comício esqueceram de providenciar a plateia ensaiada para aplaudir a campeã de popularidade. Deu no que deu.

Um ato de protesto que juntou centenas de produtores rurais apresentou Dilma ao Brasil real. O vídeo que já nasceu histórico só registra os apupos que sublinharam a saudação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, à “melhor presidenta do país”.

A coisa foi muito pior. A vaia começou quando foi anunciada a presença da superexecutiva de araque. E permeou a discurseira de quase 50 minutos em dilmês primitivo, sublinhada por alusões à manifestação hostil que só um Celso Arnaldo conseguirá decifrar.

Por exemplo:

“Tem gente que acha que democracia é ausência de uns querendo uma coisa e outros querendo outra. Não é, não. Democracia é o fato de que há diferenças e de que a gente convive com elas, procura um ponto de equilíbrio e resolve as coisas. Eu não tenho problema nenhum, podem falar sem problema nenhum, só deixem eu concluir aqui o meu finalzinho, que eu estou no fim”.

O que estava no fim era mais um parágrafo sem pé nem cabeça. Para a oradora, mal começou a descoberta do Brasil real. Foi só a primeira vaia.

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