CNBB, MST, Via Campesina eReforma Agrária |
O projeto sobre a Questão Agrária deveria ser publicado como documento oficial da CNBB, na próxima sexta-feira.
Dezenas de sugestões e de emendas apresentadas no plenário da Assembleia Geral do episcopado, reunida em Aparecida, tornaram inviável a publicação do documento, que só será votado no próximo ano.
"Houve objeções à linguagem e ao conteúdo com relação, por exemplo aos movimentos sociais e à análise de novas realidades", disse o vice-presidente da CNBB, d. José Belisário da Silva, arcebispo de São Luiz (MA).
Os pontos mais polêmicos foram referentes à Via Campesina e o MST. O agronegócio, criticado no texto como se fosse uma realidade opressora dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, deverá receber outro tratamento na revisão da proposta de documento.
Para o bispo de Ipameri (GO) "houve avanço na Reforma Agrária, embora haja muito ainda a fazer, e conquistas da parte da sociedade, da ação política e da Igreja".
O conceito de latifúndio também deverá ser revisto, para evitar uma condenação generalizada, como se toda propriedade de terra fosse sinônimo de injustiça e contrária ao direito natural.
A linguagem do projeto de documento, segundo um bispo do Nordeste que lutou pela rejeição do texto, é cheia de chavões marxistas e desatualizada.
A mesma comissão que redigiu a versão rejeitada foi encarregada de melhorar a redação...
Quem viver, verá... Pois deste mato não sai coelho!
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