Feliz Nova Zelândia, Brasil
Flavio
Azevedo
Até os anos 1980, a Nova Zelândia era um país rico, mas
estagnado, fechado e ineficiente. Possuía renda per capita similar a Portugal e
Turquia. Hoje a Nova Zelândia é considerada a terceira economia mais livre do
mundo, segundo o centro de estudo Heritage
Foundation.
Ironicamente, essa
tremenda reinvenção se iniciou com um governo de esquerda, que estudou a
máquina pública com o rigor das mais modernas empresas, cortando custos
injustificáveis.
Simplificou o papel do
Estado, por meio de reformas que combinaram drástica redução de impostos com gestão profissional e enxuta,
orientada por metas de desempenho para todos os braços do governo. Tarefas
públicas mal desempenhadas ou desnecessárias eram ajustadas ou simplesmente
abolidas.
Alguns exemplos desse impressionante “milagre neozelandês”,
como depois ficou conhecido o caso:
De
5.600 funcionários, o Ministério de Transportes foi enxugando para 53. O de Meio Ambiente passou de 17 mil para
17. Obras Públicas, de 28 mil para 1. Ao contrário do que se possa pensar, mais e melhores empregos foram criados para
todos, iniciando um projeto de inovação que impulsionou a economia do país.
O professor e político Maurice McTigue foi um dos
responsáveis pela continuidade do projeto que ajudou a reinventar um povo
desiludido. Hoje trabalha também como consultor de governos.
Para os
interessados em saber mais, uma palestra de McTigue está traduzida para o
português, com o título Como a Nova
Zelândia reduziu o Estado, enriqueceu e virou a terceira economia mais livre do
mundo. Basta pesquisar na internet. Feliz Nova Zelândia para você!
Folha de S. Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Tendências / DebatesFlavio Azevedo, 44, empresário e membro do GIG Global Intelligence Group, grupo de
comunicação e negócio
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