quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pobres índios!

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Índios da Raposa/Serra do Sol aculturados há mais de 200 anos!
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Só para exemplificar, a maloca do Contão (maloca é aldeia, aqui no Norte do Brasil), a maior de todas nessa área indígena, tem (há mais de 20 anos) escola de 1º e 2º graus, telefone de orelhão, ruas traçadas, água encanada, eletricidade permanente com postes e luminárias, granja de projeto SEBRAE, lavoura de arroz e melancia (não é ROÇA, é LAVOURA mesmo), atendida por aviação agrícola, tem caminhões, tratores, arados, boa pista para avião, rádio transmissor e três antenas parabólicas; muitos índios possuem celular.

Existem lá sete índios formados pela Escola Agrotécnica Federal de Roraima, sendo que um deles agora se encontra estudando agronomia. O tuxáua dessa maloca (tuxáua é o chefe) chamado JONAS MARCOLINO está terminando o último semestre de DIREITO, na Universidade Federal de Roraima, onde mais 159 índios também estudam Administração, Economia, Agronomia, Magistério, Filosofia.

Existem 72 escolas de 1º grau na Raposa/Serra do Sol. São escolas- PADRÃO, de alvenaria, amplas, todas construídas pelo governo do Estado, há anos.

Nem a FUNAI nem o Governo FEDERAL puseram um prego ou deram alguma coisa para eles. Até as estradas foram construídas e mantidas pelo Estado de Roraima. Nada disso vai continuar existindo, porque agora a RESPONSABILIDADE TOTAL será do Governo Federal. Sabemos o que vai acontecer: pontes de madeira caindo de podres, escolas sucateadas, estradas intransitáveis, postos de saúde fechados.

A miscigenação em Roraima é intensa; basta olhar para as pessoas que passam pelas ruas. Lá estão os olhos puxadinhos, característicos dos índios. Há desembargadores índios, filhos ou netos de índios, advogados, prefeitos, vereadores. O Presidente da OAB de Roraima, doutor ONEILDO, é filho de índio.

Na área Ianomami, criada por Collor, a coisa é primitiva. A única unanimidade, são as ONGs estrangeiras que têm trânsito LIVRE tanto na Raposa/Serra do Sol quanto na Ianomami.

Chama-se Raposa, traço ou barra, Serra do Sol, porque NÃO ERA UMA ÁREA ÚNICA. Agora vai ser. Eram DUAS ÁREAS separadas uma da outra por quase 160 km. Entre elas estavam as áreas loteadas pelo órgão do governo federal, anterior ao INCRA, ou pelas antigas e CENTENÁRIAS FAZENDAS, do tempo em que Roraima não existia e as terras pertenciam ao Amazonas.

Acontece que além de ser PLANAS e excelentes para lavoura e criação de gado, as terras hoje transformadas em reservas indígenas também têm a maioria dos minérios que existem em Roraima, aí incluídos o NIÓBIO e o PETRÓLEO.

Assim, despertada a cobiça internacional, trataram de botar fora os fazendeiros e arrozeiros, agora chamados de “invasores”. Na época de D. Pedro II, perdemos para os INGLESES, as terras que hoje pertencem à Guiana (ex-inglesa). Eram as terras do PIRARA. Lá existem imensas jazidas de diamantes e de petróleo, afora os lavrados (campos gerais) e floresta.

Essas terras estão em frente àquelas que em 93 os ingleses e americanos também nos queriam tomar, e que hoje são a Raposa/Serra do Sol. Nas terras do lado guianense, manda o Príncipe Charles, que tem mais de 400 mil hectares.

A Raposa/Serra do Sol é quase do tamanho de Sergipe, MAIOR QUE PORTUGAL e quatro vezes maior que o MUNICÍPIO DE SÃO PAULO para
abrigar ENTRE 10 E 11 MIL ÍNDIOS.

Fonte: http://www.usinadeletras.com.br Izidro Simões – piloto de avião

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