Cimi quer apagar a denúncia do crime na CPI em MS
CPI do Cimi continua com polêmicas e impasse sobre
depoimentos
Leonardo Rocha
A CPI criada para investigar o Cimi (Conselho
Indigenista Missionário) continua gerando polêmica e impasse entre os
deputados. Agora que começou a fase de depoimentos, existem divergência sobre a
utilização de estudos apresentados, como na primeira reunião, onde Pedro Kemp
(PT) requisitou que seja retirada do documento final.
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Na reunião de ontem (14) foram ouvidos os
jornalistas Lorenzo Carrasco e Nelson Barreto, que fizeram uma explanação sobre
a história sobre a colonização do país e América do Sul, ressaltando a
histórias destes grupos e entidades que apoiam os povos indígenas, com duras
críticas e acusações ao Cimi, que teria outros interesses por trás destes
trabalhos.
Carrasco chegou a dizer que o Cimi é um “órgão de
fachada” para apoiar pleitos de ongs e que foge do seu papel para qual foi
criado. Já Barreto disse ser contrário a demarcação de terras que são
rentáveis, ressaltando que a Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, foi
abandonada.
O deputado Pedro Kemp (PT), integrante da CPI, fez
um pedido para que esta reunião não seja incluída nos trabalhos da comissão,
pois segundo ele, foram apenas palestras ou uma audiência com nenhuma
informação ou apresentação de provas sobre a investigação do legislativo.
“Registrei para que não entre no relatório final”.
Já a presidente da CPI, a deputada Mara Caseiro (PT
do B), ressaltou que os jornalistas estavam como convidados e não para prestar
depoimento, sendo importantes para contextualizar toda esta situação no campo,
que já houve em outros lugares e tem toda uma história por trás dos
acontecimentos.
“São estudiosos que puderam explicar o sentido real
destas invasões, eles não teriam que apresentar provas, mas colaborarem com
esta história, pois tem o entendimento da origem e do que aconteceu em outros
lugares, como na Raposo Serra do Sol, o que demostra que toda esta ação é
orquestrada, a reunião foi muito válida”.
A investigação vai apurar se o Cimi incentiva ou
financia as invasões de terras em Mato Grosso do Sul, por grupos
indígenas, além de verificar se os recursos que vem de fora do país, para
entidade, são usados para melhorar as condições de vida dos indígenas ou para
outros interesses.
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