quarta-feira, 20 de abril de 2016

MST quer Lula 3 e promete paralização



Plano é inviabilizar Temer, diz Stédile, dirigente do MST




 João Pedro Stédile é um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) (foto: Valter Campanato/Agência Brasil )

Após a admissão do pedido de impeachment, o plano dos movimentos sociais agora é promover uma paralisação geral, com o objetivo de inviabilizar um possível governo Temer, afirmou Stédile em entrevista à TV Brasil.


Para Stédile, quem articula o que ele chamou de “golpe” contra Dilma é uma parcela da burguesia que deseja a implantação de medidas neoliberais que os movimentos sociais "não aceitarão".

“Neste momento, temos que barrar o golpe e inviabilizar o governo Temer”, afirmou Stédile na entrevista, que foi ao ar ontem (19) à noite. Os movimentos reunidos sob a Frente Brasil Popular, entre eles grandes centrais sindicais, como a CUT, reúnem-se entre hoje e amanhã para definir uma data para uma eventual paralisação geral.

Perguntado se diante do desemprego crescente, os trabalhadores iriam aderir a um greve geral, Stédile respondeu: “É esse o termômetro que nós vamos levantar amanhã [hoje (20)]. Eu acho que tem muitos sindicatos que têm base organizada nas fábricas, como no ABC Paulista, no Vale do Paraíba. 

No Rio de Janeiro, os petroleiros da Petrobras, se quiserem, param o a Petrobras. 

Nós, na agricultura, temos condição de parar, parar as estradas, o transporte de mercadorias.”

O dirigente do MST reconheceu que os movimentos sociais não conseguiram angariar adesão expressiva da grande “massa” às manifestações contra o afastamento de Dilma, mas acredita que a juventude deva reagir.

Se nós conseguirmos barrar o impeachment no Senado, na verdade o governo Dilma de 2014 e 2015 acabou. Nós teremos um outro governo, coordenado pelo Lula, que até nos movimentos populares, nós brincamos que vai ser o Lula 3, porque ele que vai ter que coordenar, e vai ter que reformar o ministério, e vai ter que adotar um outra politica econômica.”


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