Vae
victis! Ai dos vencidos!
Paulo Henrique Chaves
País
de índole cordial e amena, o Brasil vem sendo sistematicamente empurrado para
um caos institucional que, a cada dia, o descaracteriza de uma das melhores de
suas qualidades: a bondade. Ao ser fustigado por maus políticos, por péssimas
leis e pelos mais corrompidos costumes, o país vem se tornando estranho aos
seus próprios filhos. Com efeito, o Brasil está deixando de ser brasileiro.
Cinjo-me
a um exemplo: a questão fundiária. À primeira vista, pareceria estar em ordem,
dado os repetidos êxitos da agropecuária, fonte de divisas e de alimentação
farta e barata para a mesa dos brasileiros. Mas, desde que relativizaram o
direito de propriedade na Constituição, muitas injustiças vêm sendo cometidas
contra quem trabalha e produz.
Essa
perseguição aos proprietários rurais rompe tradições, destroça lares e
desarticula famílias ao criar rancores com o assalto às suas propriedades. O
brasileiro assiste, como que anestesiado, a sua bonomia dar lugar à luta de
classes -- que representa o anti-Brasil -- configurando a sua derrota
diante da vocação providencial de se tornar um dos maiores povos da terra.
Na
Roma antiga, costumava-se bradar diante do inimigo derrotado: “Ai dos vencidos!” Enquanto nas classes
dos proprietários muitos parecem dormitar num incompreensível torpor, a
esquerda leiga, e, muito acentuadamente, a eclesiástica espalham a revolução e
a discórdia de norte a sul do País. O que vem ocorrendo nos últimos anos em
Roraima – de onde acabo de chegar -- é resultado sintomático dessa ação
perversa.
Ainda
bem o Estado não tenha se recuperado da tragédia representada pela expulsão das
300 famílias -- além de uma dezena de arrozeiros responsável por 8% de seu PIB
-- para a criação da reserva Raposa/Serra do Sol, nova perseguição se abate
sobre outros de seus pioneiros nos confins do Brasil com a Guiana inglesa.
Tal
desatino leva os nossos governantes -- coadjuvados pela CPT, CIMI, ONGs – a
fazerem aparecer índios onde nunca os houve; a transformarem descendentes de
negros em quilombolas onde jamais existiu quilombo; espalharem favelas rurais
nos campos, através da reforma agrária socialista; a criarem unidades de
conservação, como mais um parque ecológico em Roraima.
Com
uma população de apenas 500 mil habitantes e território equivalente ao do
Estado de S. Paulo, Roraima já possui 32 reservas indígenas e mais de uma
dezena de parques que tomam mais de 60% de sua superfície. Se do restante
excluirmos as áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente, além dos
leitos de seus rios, igarapés e estradas...
...
O leitor se dará conta de que pouco restou para se plantar e criar, ou seja,
apenas 1.500.000 de 22.500.00 hectares. Ademais, a situação fundiária do Estado
está à mercê das políticas caprichosas do INCRA, IBAMA e FUNAI, o tridente do
governo federal, segundo expressão do arrozeiro expulso da Raposa/Serra do Sol
e hoje vice-governador do Estado, Paulo César Quartiero.
Mas
não há antídoto que debele a febre de desapropriações deste governo. Em virtude
do Decreto 6.754, de 2009, foram transferidas as terras da União para Roraima,
mas com a condição de se criar alguns parques, entre eles um na área do
lavrado. Os sensatos afirmam que, a ser feito, deveria ser dentro de uma terra
indígena, enquanto os insensatos discordam, alegando “dupla afetação”.
Quanto
farisaísmo! Pois para esses mesmos insensatos, o parque poderá afetar terras de
particulares que trabalham e produzem numa região há mais de 100 anos! E depois
não é verdade que tal não possa ocorrer, pois há o precedente insofismável de a
reserva Raposa/Serra do Sol ter sido criada dentro do já preexistente Parque
Nacional Monte Roraima!
Para
concretizar este diktat do governo
Lula, o tridente IBAMA, FUNAI, INCRA vem agindo para enxotar cerca de 150
famílias de produtores da região da Serra da Lua, coincidindo não por acaso com
mais uma grande faixa de fronteira. E isso vem despertando uma reação salutar
das pessoas em vias de ser atingidas pela medida.
Enquanto
os governos militares mantiveram na Amazônia a política de ‘ocupar para
integrar’, os atuais procedem em direção oposta, ou seja, retiram aqueles que
há décadas, para não dizer um século, estão ali radicados, bem como os que se
integraram à região a partir de 1970 e 1980, mas hoje qualificados de
‘intrusos’. Causa estranheza tanta terra para tão poucos índios manipulados por
incontáveis ONGs.
Tanto
é verdade que o ex-comandante militar da Amazônia, General Augusto Heleno R.
Pereira, chegou a declarar ser difícil entender a razão de haver pouquíssimas
ONGs se dedicando aos nordestinos,
enquanto centenas de outras atuam junto aos índios. Segundo o general, trata-se
de uma questão de soberania do país.
E
mais. Essas extensas áreas demarcadas vêm coincidindo sistematicamente com as
nossas fronteiras, como poderão ser vistas no mapa e, ainda, sobre importantes
jazidas minerais. Parece que sob o pretexto de salvar o planeta, ONGs
internacionais querem comprometer a soberania e restringir o desenvolvimento
brasileiro, contando infelizmente com a cumplicidade da esquerda de todos os
naipes.
E
não foi por falta de aviso. Por ocasião da discussão do Projeto da atual
Constituição, Plinio Corrêa de Oliveira advertiu: “Ao adotar concepção tão hipertrofiada dos direitos dos índios, abrirá
caminho a que se venha a reconhecer aos vários agrupamentos indígenas uma que
soberania diminutae rationis. Uma
autodeterminação, segundo a expressão consagrada”.
E
fez um apelo: “Resista, brasileiro, a menos que tenha morrido em sua alma a fibra do
cristão e do desbravador dos outros tempos.”
Um comentário:
*
Marxista massacre
da fina flor cambojana
pelo khmer vermelho?
- FLASh
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_do_Khmer_Vermelho?wprov=sfia1
http://gpsdoagronegocio.blogspot.com.br/2015/10/roraima-ai-dos-vencidos.html?m=1
*
Poema
de haicais
CAMBOJANA RORAIMA?
- Fernando L A Soares (FLASh)
Definha a olhos vistos
a lusa desbravadora
fibra roraimense?
Patriótico lema
"ocupar para integrar"
lê-se hoje ao contrário?
Funai, Incra e Ibama
transformando os fazendeiros
em párias sociais?
Qual postiças tribos
indígenas, quilombolas
jamais dantes vistos?
Minerais riquezas
feito posseiros abelhas
ONGs cobiçando?
Coincidentes mapas
de fronteiriças jazidas
e áreas demarcadas?
Aloprante slogan
de autodeterminação
baratina aos índios?
Espiões evangélicos
curumins catequizando
no idioma inglês?
Mercenária troca
de bandeiras em Roraima
"salvando o planeta"?
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