segunda-feira, 18 de agosto de 2008

“Marcha a Roraima” encerra manifestação...




... com carta de repúdio
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Depois de percorrer mais de 3.000 km por dentro da floresta amazônica, o movimento “Marcha a Roraima” encerrou sua manifestação neste final de semana na cidade de Pacaraima, município fronteiriço com a Venezuela.

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O movimento, idealizado pela Associação dos Produtores Rurais de Juína (Apraju), em Mato Grosso (MT), apóia os produtores de Roraima na luta contra a permanência da demarcação em forma contínua da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.

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No dia 15, os mais de 60 agricultores, em 18 caminhonetes, passaram por momentos de incerteza quanto à continuidade do percurso quando um grupo do MST, CUT, CPT e alguns índios manipulados pelo Conselho Indígena de Roraima – ligados à Conferência Nacional dos Bispos – bloquearam a rodovia para impedir a passagem da comitiva.

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A tentativa foi em vão, pois a carreata desviou-se pela Vicinal Roxinho, estrada sem asfalto que liga o município de Iracema ao de Mucajaí. Sobre o bloqueio da rodovia, Aderval Bento, coordenador da Marcha, comentou:

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"Foi um ato ilegal, pois tentaram obstruir o direito de ir e vir, ainda bem que não ocorreu nada de mais grave. Quero que as autoridades tomem as providências necessárias para evitar que isso ocorra novamente”.

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Os manifestantes conseguiram concluir a ação com êxito, e partiram rumo a Pacaraima, onde foram recebidos com fogos de artifício no sábado, dando início à programação de encerramento do movimento.

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Na cidade, a programação durou o dia inteiro e contou com a presença do vice-almirante RRm, Sérgio Tarso Vasquez de Aquino, com o diretor do Movimento da Solidariedade Ibero-Americana e com os habitantes da cidade.

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No final, foi assinada a Carta de Pacaraima dirigida ao Presidente da República. O documento critica as ONGs estrangeiras, além de reafirmar que independentemente da cor, raça e etnia, índios e não-índios são brasileiros e, portanto, todos têm direitos semelhantes no Brasil.

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“A carta expõe a necessidade do Brasil em garantir a soberania nacional em relação à Amazônia e defende que todos nós roraimenses e brasileiros somos iguais”, esclarece Nelson Itikawa, presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima.

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Indagado quanto à importância do acontecimento, Bento respondeu: “Foi um marco épico para a história do Brasil e para os produtores agrícolas”. A próxima meta é realizar uma marcha a Brasília com produtores do Brasil inteiro.


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