segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

No mato sem ajuda

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"Nós passaremos fome"
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Antevendo o que poderá lhes suceder no momento em que alguns rizicultores já se preparam para se retirar e começam a demitir empregados, começa a surgir o sentimento de desespero e de revolta entre os índios da Reserva Raposa/Será do Sol, em Roraima.
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Há poucos dias, houve uma grande manifestação de índios em Boa Vista, em frente ao Palácio do Governo. Eles manifestaram sua inconformidade com a demarcação da Reserva em área contínua e desejam a integração à sociedade brasileira e não continuarem sendo segregados a uma espécie de zoológico humano.
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Há informações de que as manifestações vão se repetir com um número crescente de índios, podendo chegar mesmo a 10.000, ou seja, a grande maioria dos índios que residem na Raposa/Serra do Sol.
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Para a Sociedade de Defesa dos Índios Unidos que congrega a maioria dos índios, o raciocínio é que "os fazendeiros perderão as fazendas, mas lhes restarão dinheiro para sobreviver; porém nós passaremos fome". Caso eles fiquem, garantirão não apenas o progresso da região, mas impedirão o isolamento das comunidades indígenas.
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Indagados pelos índios favoráveis à demarcação contínua, a resposta é que o CIR – Conselho Indigenista de Roraima, ligado à CNBB, é uma ficção, alimentado por entidades estrangeiras com o incompreensível apoio da FUNAI. E que o CIR não passa de alguns poucos protegidos, como as dos privilegiados Jaci e seu filho Dionito.
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É de se presumir que ao bater a fome nos índios desempregados venha a ocorrer violência. Tudo em razão do abandono à velha e sábia política brasileira, seguida por Rondon e outros grandes brasileiros de "integrar para não entregar", substituindo-a pela política segregacionista do "desintegrar para entregar"...
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Fonte: Comentário do Cel. Gélio Fregapani, doc. nº26 – 2009
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