sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Papa Francisco encoraja grande e bendito encontro revolucionário! Fiquemos atentos.


Pastoral da Juventude Revolucionária


Por Hermes Rodrigues Nery – Fratres in Unum.com

Para prestigiar o 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, realizado em Manaus, de 11 a 25 de janeiro, o Vaticano enviou uma carta1 do Papa Francisco dirigida, com afeto, a Aline Ogliari e Alberto Chamorro, dirigentes da Pastoral da Juventude, agradecendo, através da carta, de participar “deste grande e bendito encontro2, “a partilhar ‘a vida, o pão e a utopia'3. E concluiu a missiva, dizendo: “Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!”4

Se todos são escolhidos para ser grandes, o que dizer daquilo que afirmou Santa Teresinha: “Se todas as florinhas quisessem ser rosas, perderia a natureza as suas galas primaveris e os campos os esmaltes das suas boninas5. E ainda: “O amor de Nosso Senhor tanto se revela na alminha mais simples, que nenhuma resistência opõe às suas graças, como nas almas que em voos sublimes se remontaram à perfeição6. Mas, Bergoglio exorta os jovens a apostar em “coisas grandes”7.

– Para quem escreve o Vaticano?

Para a jovem Aline Ogliari, 23 anos, que em sua página no facebook, naquele mesmo dia fazia a seguinte apologia: “Viva Evo Morales!!! Seguimos adelante, nuestra Pátria Grande!”8

A mesma Aline, secretária nacional da Pastoral da Juventude, que apoiou Dilma Roussef nas eleições de 2014 e afirmou numa carta9 aos jovens participantes do 11º encontro nacional que “vários movimentos juvenis foram agentes fundamentais na reeleição da presidenta Dilma, porque acreditaram que o projeto político vencedor representava de forma mais clara a linha de avanços nos campos sociais e na garantia dos direitos, e o projeto popular em curso na América Latina.”10 

Reconhece, naquele mesmo documento, “a capilaridade da PJ”11, como uma “das maiores organizações juvenis do Brasil”12, a defender as seguintes bandeiras:

“…a luta contra a violência e o extermínio da juventude, expressa na Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens; a luta contra a redução da maioridade penal; o fim dos autos de resistência; a desmilitarização da polícia; a defesa integral dos direitos das juventudes, respeitando sua imensa diversidade; a democratização da mídia; e o fortalecimento dos instrumentos de participação popular, que estimulam e valorizam o engajamento e a construção concreta, tanto a partir dos mecanismos formais, como também pelas novas formas de participação – pela internet, pela expressão cultural, pela experiência comunitária.”13

E mais:

“Nos unimos também a outros movimentos sociais que lutam pelo direito à terra, à moradia e aos direitos básicos previstos, além da luta pela Reforma Política, pilar fundamental para o avanço verdadeiramente popular e democrático, e base de tantas outras reformas necessárias.”14
E completa:

“Temos ainda a luta pela igualdade de gênero que precisa ser fortalecida em todos os espaços. Enquanto estivermos junto à juventude, não nos faltará pelo que lutar.”15

Num outro artigo, intitulado “Organizando a esperança”16, publicado no site da Pastoral da Juventude, Aline Ogliari disse ter ficado profundamente indignada com “os discursos vazios de ódio contra o PT e a Dilma17 e do “conservadorismo ao extremo18 da campanha eleitoral de 2014.

Mas, afinal, ela acredita na força da Pastoral da Juventude para mover o projeto revolucionário, não só no Brasil, mas em toda a América Latina, pois, não foi o que o próprio Bergoglio pediu aos jovens, na Jornada Mundial da Juventude de 2013, quando disse: “sejam revolucionários”19?

Por isso, Aline disse, com convicção:

“O sonho de um mundo de liberdade deve ser permanente! Ele revela o nosso jeito, a nossa genética, e fala da essência juvenil que é a intensidade, a ousadia, a rebeldia. Construir o Reino de Deus é um ato de resistência de quem insiste em sonhar, de subversividade de quem, dentro desse sistema, anda na contramão.”15 E assim, concluiu: “não pedimos licença a ninguém para construir o Reino. Essa deve ser uma das nossas alegrias!”20

Foi à jovem Aline, revolucionária, eleitora do PT e de Dilma, que atua pela reforma política que favorece o projeto bolivariano da Pátria Grande, que o Vaticano escreveu, com toda a estima, estendendo o elogio aos jovens revolucionários da PJ: “tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador”.
PS:  Quem será o ghost writter de Bergoglio ou quem teria escrito essa carta que Francisco assina?
* * *
Notas:
2. Ibidem
3. Ibidem.
4.Ibidem.
5. Santa Teresinha do Menino Jesus, História de uma Alma, p. 27, Livraria Apostolado da Imprensa, Braga, Portugal, 1990.
6. Ibidem.
10. Ibidem.
11. Ibidem.
12. Ibidem.
13. Ibidem.
14. Ibidem.
15. Ibidem.
17. Ibidem.
18. Ibidem.



Um comentário:

Dante Ignacchitti disse...

Carta aberta à pastoral da juventude revolucionária

Quando eu tinha 14 anos, em 1964, achava Guevara o máximo: cabeludo, revoltado contra as injustiças do mundo, rebelde, parecido com os Beatles. Nos anos 60 o comunismo entusiasmava a juventude e os intelectuais terceiro-mundistas. Amadureci, e hoje aquele homem é, para mim, o que sempre foi: médico que não exerceu a medicina, pai que abandonou a família, homicida em série que matava pessoalmente, dono de um imenso e incontrolado ego, o qual só se satisfazia matando, mandando, comandando e determinando o que as pessoas tinham que fazer, pensar, ler, estudar, comer e vestir; nunca um comunista foi um bom pai, bom empregado, bom comerciante, comerciário, industrial, industriário, médico, lojista ou bom qualquer coisa mais. A URSS implodiu há mais de 25 anos, mas os comunistas do 3º mundo ainda não aceitaram isso. Povo nenhum, em época nenhuma, jamais quis o comunismo. Foi sempre uma minoria de desajustados, sindicalistas que nunca trabalharam, professores que não aprenderam com a experiência alheia, além de pseudo-filósofos do absurdo, todos porque não amadureceram, que puseram em prática a "ditadura do proletariado" em seus países. Acabaram com todas as classes sociais e criaram duas: eles, os dirigentes, e “as massas”, os obedientes, mortos-vivos sem personalidade, sem iniciativa, sem senso crítico, sem capacidade de indignar-se com mais nada – o “novo homem” comunista. O que todos eles deveriam fazer, a uma simples análise da atual conjuntura do mundo, ou simplesmente comparando as duas Coreias, a do norte e a do sul, seria declarar que estavam errados e pedir desculpas ao povo – logo após isso, fazer os que as pessoas comuns fazem para “melhorar a vida das pessoas”: trabalhar; porque todas as pessoas normais querem os produtos do capitalismo –bens e serviços, liberdade de ir e vir, comprar, vender, criar e decidir o que vão fazer da vida. Mas... Isso nunca vai acontecer. Por quê?
Porque um comunista jamais vai aceitar que errou e porque ele jamais vai resistir a 8 horas diárias de trabalho duro, rotineiro, árduo e contínuo, por 10, 20 ou 35 anos, em uma profissão normal. Simplesmente por isso. Ele já incorporou a convicção de que nasceu para mandar, matar e decidir o que o povo tem que fazer, pensar, vestir, comer, assistir ou ler para ser feliz aqui na terra.
RESUMO:
Repetindo citação encontrada na web: “Quando as pessoas começarem a sair dos Estados Unidos a nado, em boias ou jangadas improvisadas, enfrentando o Mar do Caribe, com seus furacões e tubarões, com destino a Cuba, fugindo do “capitalismo selvagem e opressor”, avisem-me, porque então terá ocorrido somente UMA hipótese: Os Estados Unidos viraram comunistas e Cuba virou capitalista.
EPÍLOGO
É para vocês verem que há quem pense diferente. Porque se seus avôs comunistas tivessem implantado o comunismo em 1935, quando tentaram (matando inocentes e companheiros de farda pelo Brasil afora), ou em 1964 ou ainda em 1968, quando novamente tentaram, com bombas, assassinatos e “justiçamentos” entre si, eu teria sido fuzilado se tivesse escrito essas palavras. E você, se tivesse manifestado concordância com elas, teria sido assassinado também. Era o que meu antigo ídolo de adolescência fazia muito bem: matar quem discordava dele.