Peça o boné, Tarso
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Ao não condenar os assassinatos do MST, ele perdeu toda a condição de ser ministro.
O que se espera de um ministro da Justiça? Se o ministro da Pesca deve ao menos saber colocar uma minhoca num anzol, o mínimo que se espera de um chefe da Justiça é que ele tenha noções básicas de... Justiça. Parece óbvio, elementar e até mesmo ululante, como diria Nelson Rodrigues, mas o nosso ministro, Tarso Genro, deu a demonstração mais completa de que desconhece esse conceito.
Dias atrás, ao ser questionado sobre quatro assassinatos cometidos barbaramente pelo Movimento dos Sem Terra, numa chacina em Pernambuco, Tarso Genro afirmou que o movimento pretensamente social apenas adota táticas "arrojadas" na busca dos seus objetivos. Nenhuma palavra de condenação, luto ou mesmo de solidariedade em relação às vítimas.
Consta que na juventude Tarso Genro foi um radical militante comunista, adepto da revolução bolchevique. Com o passar dos anos, teria vindo a maturidade e, com ela, algum equilíbrio e uma certa sabedoria. Na família, o gene maluquinho continuaria se manifestando apenas na filha Luciana Genro, deputada federal pelo PSOL. Mas quem sai aos seus não degenera, já dizia o provérbio. A filha é o espelho do pai. Ou, quiçá, o pai é o espelho da filha.
No episódio do MST, Tarso Genro deixou claro que não enxerga a Justiça como um valor absoluto, mas sim como uma mercadoria subordinada às suas preferências e convicções políticas. Que petistas tolerem pequenos pecados, como um mensalão aqui e um dossiezinho acolá, tudo bem. Já estamos acostumados. Mas passar a mão na cabeça de quem executa uma chacina a sangue-frio, estando sentado na cadeira de ministro da Justiça, é demais. Só faltou vestir de vez o boné dos sem-terra.
O presidente Lula, que já chegou a usar o bonezinho numa cerimônia no Palácio do Planalto, classificou os assassinatos como "inaceitáveis". Se sua palavra for levada ao pé da letra, deve-se entender que é também inaceitável a permanência de Tarso Genro como ministro da Justiça. Sendo assim, Lula tem algumas opções. Pode dar uma de capitão Nascimento e ultimar ao seu ministro um "pede pra sair".
Se quiser ser ameno ou diplomático, pode sugerir a ele que peça o boné e vá pescar num arroio qualquer. Ou, quem sabe, que vá plantar alfaces em alguma terra improdutiva do Rio Grande do Sul. Com Tarso, o Brasil está virando terra sem lei.
Fonte: www.polibiobraga.com.br
O que se espera de um ministro da Justiça? Se o ministro da Pesca deve ao menos saber colocar uma minhoca num anzol, o mínimo que se espera de um chefe da Justiça é que ele tenha noções básicas de... Justiça. Parece óbvio, elementar e até mesmo ululante, como diria Nelson Rodrigues, mas o nosso ministro, Tarso Genro, deu a demonstração mais completa de que desconhece esse conceito.
Dias atrás, ao ser questionado sobre quatro assassinatos cometidos barbaramente pelo Movimento dos Sem Terra, numa chacina em Pernambuco, Tarso Genro afirmou que o movimento pretensamente social apenas adota táticas "arrojadas" na busca dos seus objetivos. Nenhuma palavra de condenação, luto ou mesmo de solidariedade em relação às vítimas.
Consta que na juventude Tarso Genro foi um radical militante comunista, adepto da revolução bolchevique. Com o passar dos anos, teria vindo a maturidade e, com ela, algum equilíbrio e uma certa sabedoria. Na família, o gene maluquinho continuaria se manifestando apenas na filha Luciana Genro, deputada federal pelo PSOL. Mas quem sai aos seus não degenera, já dizia o provérbio. A filha é o espelho do pai. Ou, quiçá, o pai é o espelho da filha.
No episódio do MST, Tarso Genro deixou claro que não enxerga a Justiça como um valor absoluto, mas sim como uma mercadoria subordinada às suas preferências e convicções políticas. Que petistas tolerem pequenos pecados, como um mensalão aqui e um dossiezinho acolá, tudo bem. Já estamos acostumados. Mas passar a mão na cabeça de quem executa uma chacina a sangue-frio, estando sentado na cadeira de ministro da Justiça, é demais. Só faltou vestir de vez o boné dos sem-terra.
O presidente Lula, que já chegou a usar o bonezinho numa cerimônia no Palácio do Planalto, classificou os assassinatos como "inaceitáveis". Se sua palavra for levada ao pé da letra, deve-se entender que é também inaceitável a permanência de Tarso Genro como ministro da Justiça. Sendo assim, Lula tem algumas opções. Pode dar uma de capitão Nascimento e ultimar ao seu ministro um "pede pra sair".
Se quiser ser ameno ou diplomático, pode sugerir a ele que peça o boné e vá pescar num arroio qualquer. Ou, quem sabe, que vá plantar alfaces em alguma terra improdutiva do Rio Grande do Sul. Com Tarso, o Brasil está virando terra sem lei.
Fonte: www.polibiobraga.com.br
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